Há algum tempo, no reino procarionte, pouco era entendida a diferença entre as bactérias e arqueas, já que ambas faziam parte desse Reino Monera e eram chamadas de bactérias, como se fossem a mesma coisa. Porém, depois de décadas de estudo, foi descoberto que na realidade existem algumas diferenças entre esses dois modelos de microorganismos, o que possibilitou então a criação de um novo grupo, diferenciando as arqueas das bactérias. As arqueas chegaram à Terra muito antes das bactérias, já que sempre foram abundantes desde mais de três bilhões de anos atrás. Elas ficaram reconhecidas então como archaeobacterias, sendo que Acheos, no grego, significa antigo. Enquanto isso, todo o resto das outras bactérias foram classificas como ‘eubacterias’. No grego, eu é o significado para verdadeiro. Sendo assim, as arqueas e bactérias passaram a ocupar diferentes grupos no Reino Modera, já que foi descoberto que suas características não são assim tão similares umas às outras. Mas poucos ainda são os indivíduos que saibam que existe uma diferença entre ambas. Os estudos mais recentes são capazes de provar que as arqueas são, em termos evolutivos, muito mais relacionadas com outros organismos eucarióticos do que propriamente dito com as bactérias. Características em comum Tanto as arqueas como as bactérias fazem parte do reino dos seres vivos procaróticos, sendo que eles constituem o maior número de seres vivos de todo o nosso planeta. As arqueas adoraram como habitats naturais ambientes mais externos, como é o caso das fendas vulcânicas, fontes termais, águas muito geladas ou muito salgadas e assim por diante. Além disso, muitas são as arqueas que nem se quer contam com uma parede celular. Mas, em outras, há até mesmo uma estrutura constituída por proteínas e/ou por polissacarídeos. Enquanto isso, nas bactérias, sempre há a presença dessa parede e ela é composta pelos peptidioglicanos. As arqueobactérias são menos conhecidas na sociedade exatamente por esse fator, já que muitas são as dificuldades para acessar seus habitats naturais e estudar tais seres. Além disso, coletar seus materiais e entender a complexidade de seus processos bioquímicos também são algumas dificuldades encontradas pelos estudiosos. Nos dias de hoje, as arqueobactérias mais conhecidas são: • As metaogênicas, que são responsáveis pela produção de metano; • Halófitas, que vivem principalmente nos locais com grande concentração de sal; • E por fim, as termoacidófilas, que são aquelas que convivem em ambientes com temperaturas mais altas, assim como grande acidez envolvida. Na realidade, é possível concluir que as arqueas são muito similares com as bactérias, mas foram diferenciadas graças aos componentes tecnológicos que permitiram melhor análise molecular. Além da diferença na composição da parede celular, certamente a diferença mais significante é na própria organização e na atuação dos genes. Isso porque as últimas pesquisas na área chegaram à conclusão de que os genes das arqueas estão
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