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Modelo de um relatório psicológico ?

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Joana Afonso

Relatório de Avaliação Psicológica

 

 

Nome: Francisco

Idade: 6 anos e 6 meses

Local da Avaliação:

Data:

Finalidade do Relatório: Avaliação Psicológica

Avaliador:



Motivo

Francisco XXXXXXXX, de 6 anos e 6 meses de idade, veio à consulta de psicologia clínica por motivo de baixo rendimento escolar, associado a uma agitação significativa (sic).

História clínica Francisco é filho único, vive com os avós maternos, tem um contacto assíduo com a figura materna, e no período de férias, com a figura paterna que se encontra a desenvolver actividade laboral no estrangeiro. Frequenta actualmente o 1º ano do Ensino Básico, apresentando uma adaptação escolar parcial (sic). Denota satisfação na frequência escolar mantendo uma boa relação com os pares, todavia apresenta dificuldades no que concerne à apreensão de conteúdos, mostrando-se ausente no que respeita aos limites na sala de aula (sic). Apresenta uma boa relação familiar pautada por um investimento significativo por parte dos avós maternos e paternos, manifestando no entanto um desejo significativo de maior proximidade da figura paterna. Denota níveis de autonomia relativos (a nível de higiene pessoal, alimentação e ritmos de sono), manifestando ainda uma significativa intolerância à frustração. Ao longo do seu percurso desenvolvimental não apresenta dificuldades médicas a ressaltar.

A avaliação psicológica compreendeu a entrevista clínica realizada junto dos avós maternos e paternos, bem como a compreensão do enquadramento sócio-emocional da criança no contexto escolar e familiar. Foram analisados níveis cognitivos, adequação comportamental e maturidade emocional. Recorreu-se ainda ao uso de meios auxiliares de diagnóstico como fonte de apoio, nomeadamente o Teste do desenho de uma família, Teste Pate Noire, Cópia da Figura Complexa de Rey, Reversal Test, BAPAE, bem como a Prova Percetiva e de Atenção de Toulouse Pierron.

Aquando da avaliação Francisco denota um aspecto físico coadunante com a sua idade, evidenciando uma aparência cuidada; apresenta uma postura solícita e segura, manifesta boa compreensão das tarefas requeridas todavia tem dificuldade em manter o contacto ocular permanente e direccionar-se para uma tarefa durante períodos prolongados de tempo.

Mantém um discurso claro e coerente, embora manifeste significativas dificuldades na fonética de alguns sons o que pode dificultar a aquisição da linguagem verbal e o desenvolvimento da leitura e escrita. Revela curiosidade por cada uma das tarefas correspondendo às mesmas sempre que solicitado e acompanhado. No entanto, evidencia significativos níveis de intolerância não cumprindo todas as etapas das tarefas conforme solicitado.

Os resultados da avaliação cognitiva denotam que Francisco se encontra num nível médio a ligeiramente baixo para o que seria esperado para a sua faixa etária, apresentando níveis médios de compreensão verbal, constância da forma e orientação espacial e níveis ligeiramente inferiores, para o que seria esperado, de conceitos quantitativos e relação espacial. De ressaltar que Francisco apresenta boa lateralidade, todavia revela alguma imaturidade percetiva na identificação de símbolos com simetria simples – direita-esquerda (e.g. d/b). Ao mesmo tempo denota níveis grafo-perceptivos ligeiramente abaixo do esperado para a sua idade, manifestando uma compreensão e organização espacial algo imatura. Apresenta boa compreensão das tarefas, todavia níveis de concentração muito dispersos. No que concerne ao desenvolvimento comportamental percebe-se que Francisco tem baixa consciência dos limites e adequação no desenvolvimento das atitudes perante situações especificas. Para além da componente cognitiva, manifesta uma interacção social significativa na actividade lúdica, mostrando-se disponível e criativo. Note-se que esta componente é de todo relevante para o desenvolvimento da criança sendo facilitadora do seu desenvolvimento (pela imaginação, cooperação e partilha). A nível emocional denota uma boa adaptação e enquadramento no seu contexto familiar e escolar, desenvolvendo fortes laços com as suas figuras significativas de afecto em casa e na escola. Sugere um bom enquadramento na relação com os colegas, com os quais, encontra reciprocidade e similitude de experiências.

Pelo exposto conclui-se que Francisco denota um bom enquadramento sócio-emocional a nível do contexto escolar. Apresenta imaturidade no que concerne à disponibilidade para a apreensão de conteúdos, situando-se ainda num contexto emocional muito simbólico e pouco pautado pelo cariz racional que o 1º ciclo do ensino básico requer. Pelo que apesar de ser uma criança com capacidades cognitivas situadas no nível normativo, manifesta dificuldades na apreensão de conteúdos dada a sua significativa dispersão atencional. Note-se que a dificuldade em manter a atenção se coaduna com uma agitação interna da criança o que dificulta o cumprimentos dos limites externos.

 Neste sentido seria relevante promover um trabalho paralelo no contexto escolar e em casa acompanhando a criança no intuito de desenvolver maior tolerância às regras e limites (na elaboração das tarefas, no tempo dispendido, etc). Seria ainda importante trabalhar com a criança no sentido da sua responsabilização e valorização pessoal, facto que poderá ser promovido também no contexto escolar (e.g. responsabilização pela organização/coordenação de dinâmicas com os colegas). Dado que se trata de uma criança com dificuldades atencionais, eventualmente seria pertinente equacionar o seu posicionamento na sala de aula e exposição a factores distratores.


Sugere-se que dada a idade da criança e o tempo limitado de frequência no 1º ciclo, seja realizada numa primeira fase uma adequação do contexto em casa e na escola no sentido de fomentar o desenvolvimento da mesma face às exigências escolares. Propõe-se uma reavaliação da criança numa fase posterior por forma a ponderar a pertinência de outras necessidades interventivas. Sugere-se ainda o encaminhamento da criança para a consulta da terapia da fala por forma a colmatar as dificuldades na articulação da linguagem verbal.

XXXXX, 7 de Fevereiro de 20XXX


A Psicóloga Clínica,

      _____________________________ 

                                                                                                    (XXXXXXXXXXX)


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Ana Julia da Silva

1. Identificação

Autor: Fulano de Tal – CRP/SP 00.XXX.

Interessado: Colégio Maria das Dores Agudas.

Assunto: Apoio para Medida Disciplinar.

2. Descrição da Demanda

Em decorrência de dificuldade de adaptação às regras e normas escolares de déficit de atenção, falta de estímulo, reprovações subsequentes, falta de socialização, atitudes suicidas impulsivas, excessiva agressividade, acusações de furtos e danos materiais a patrimônio da escola e de professores, bem como experiência de expulsão em várias escolas, o adolescente (Nome do adolescente) foi submetido à avaliação psicológica como condição necessária à sua permanência na atual escola onde estuda. A família tem total conhecimento do comportamento do adolescente, afirmando que desde pequeno o mesmo apresentava dificuldade no seu desenvolvimento social. Gostava de ficar isolado, de quebrar seus brinquedos e atear fogo em objetos. Não conseguia se envolver emocionalmente com os membros da família, parecendo distante de todos. Ainda em relação à família, particularmente em relação aos genitores, detectou-se na figura paterna dificuldades de se impor, tendo o mesmo história de dependência alcóolica. Na figura materna, observou-se uma excessiva autoridade, bem como comportamento ambivalentes nos métodos disciplinares utilizados com o filho, ora se mostrando indiferente, negligenciando nas condições essenciais de desenvolvimento, ora abusando do seu poder, com castigos físicos exagerados, ficando evidenciado o caráter conflituoso na interação familiar.

3. Procedimento

Forem realizados entrevistas e aplicação de testes psicológicos em 4 encontros de 1 (uma) hora de duração em dias alternados.

4. Análise

Nas primeiras sessões de avaliação, o examinado demonstrou excessiva tensão, irritabilidade, agitação, ansiedade, auto estima negativa, pensamento auto destrutivo e revolta em relação à sua mãe. Passado o período de comprometimento emocional, procedeu-se à aplicação dos testes buscando a investigação dos campos de percepção familiar, personalidade, inteligência e memória. No teste de percepção familiar, demonstrou desarmonia familiar, insegurança, introversão e sentimento de inferioridade. Foi observado distanciamento entre os familiares, rejeição ou desvalorização dos membros. No interrogatório, os conteúdos apresentados demonstraram bastante desinteresse pela vida. A avaliação de personalidade foi realizada através da observação e da aplicação dos Testes (A – percepção Temática (T A T), Rorschach e Casa, Árvore, Pessoa (HTP). Observou-se total conhecimento da realidade vivida por ele. Os principais traços encontrados foram: introversão, imaturidade, auto-estima negativa, egocentrismo, ambivalência de comportamento, oscilação de humor, insegurança, agressividade, falta de objetivos e interesse, excessiva fantasia, fixação por objetos, insatisfação com as normas e regras sociais, imprudência, satisfação com as situações de perigo, gosto pela velocidade, forte tendência piromaníaca e bastante capacidade para planejar ações. Quanto à avaliação da inteligência, os resultados obtidos através do R-1 e do Raven demonstraram boa capacidade intelectual, colocando-se acima da média para sua escolaridade e idade. Porém, em relação à memorização, verificou-se dificuldades no campo da memória auditiva e visual, classificando-se em categoria inferior ao esperado


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maria das graças batalha

Obrigada,Ana Júlia!
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