No processo penal, na maioria das vezes, a prova é oral, embora as testemunhas de um fato delituoso contem aquilo que viram, ouviram ou sentiram, o armazenamento da memória não é a absoluto ou completo. Portanto, a capacidade de reprodução do acontecimento também será deficitária.
Técnica para poder estudar melhor as falsas memórias, chamada de Procedimento de Sugestão de Falsa Informação, o qual consiste em inserir uma informação não verdadeira a uma experiência vivenciada ou não, resultando o efeito chamado de falsa informação, onde a pessoa acredita realmente ter passado por essa situação falsa, ou seja, a partir da influência de um agente externo, a pessoa passa a recordar fatos que na verdade não foram vivenciados por ela, ou que foram, mas a partir dessa indução alheia, o ocorrido se destorce. Nesse contexto, entende-se que “as falsas memórias são caracterizadas pela recordação de algo que, na realidade, nunca aconteceu. A interpretação errada de um acontecimento pode ocasionar a formação de falsas memórias".
Nesse viés, há quatro teorias que explicam os mecanismos responsáveis pela ocorrência das falsas memórias: Teoria Construtivista, Teoria dos Esquemas, Teoria do Monitoramento e a Teoria do Traço Difuso.
Sendo assim não cabe tecer conclusões finais, mas realizar algumas ponderações e alcançar conhecimentos para a busca de processos penais e, consequentemente, punições corretas, onde o sistema penal possa se valer da utilização de provas baseadas em depoimentos e/ou testemunhos de memórias que realmente tenham acontecido.
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