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-Didática e Metodologia no ensino da Arte, Educação e Arte, Educação e Terapia(2) Didática e Metodologia no Ensino de Artes, Educação e Terapia Mód 3

1. Pensamos que a diversidade de culturas deve ser respeitada e celebrada, mas não era esse o pensamento durante o período colonial. Como era o pensamento no período colonial no Brasil? 

    Os índios eram vistos como uma cultura a ser descoberta e valorizada, buscando assim aprimorar a cultura portuguesa.


A ideia era juntar a cultura indígena e a cultura portuguesa criando uma nova forma de arte que envolvesse contribuições das duas culturas.


A ideia de civilizar considerava os índios como selvagens e, portanto, sem cultura. A cultura desse povo não era valorizada e era vista como falta e a sua riqueza não era percebida.


Pensava-se em enviar índios para a Europa para que pudessem estudar em escolas de arte e assim voltar à colônia e ensinar aos habitantes novas formas de arte.


2. Com a vinda de Dom João e a corte portuguesa para o Brasil, algumas mudanças começaram a acontecer. Em 1816, a Missão Artística Francesa desembarca em terras brasileiras, com a intenção de trazer a estética vigente na Europa, diferente da arte barroca que dominava o Brasil. De que forma isso aconteceu?


Os artistas que vieram para o Brasil eram Leonardo da Vinci e Michelangelo, que acabaram desenvolvendo aqui suas pesquisas e enriquecendo a arte brasileira a partir das ideias do Renascimento.


O grupo de artistas, os franceses Lebreton, Debret, Taunay, Montigny dentre outros, influenciou fortemente a criação da Academia Nacional de Belas Artes, que depois da proclamação da República, passa a se chamar Escola Nacional de Belas Artes. O modelo neoclássico de arte impõe-se como uma arte elitizada e desconectada das escassas expressões artísticas brasileiras.


A Missão Artística Francesa trouxe muitas contribuições, entre elas as influencias do Impressionismo e a estética ligada às pesquisas com a luz e seus efeitos na natureza, contribuindo assim para a criação das Escolinhas de Arte do Brasil.


A arte barroca vigente no Brasil entre em choque com o Neoclassicismo trazido pela Missão Artística Francesa e acaba por convencer a todos que o Barroco era a melhor forma de produzir arte, fazendo com que todos os artistas franceses voltassem do Brasil decepcionados com a sua missão.


3. A Escola Nacional de Belas Artes oportunizou a alguns artistas que se destacavam que estendessem seus estudos à Europa, através de bolsa de estudos, o que abre novas possibilidades para o desenvolvimento da arte local influenciada pelos movimentos artísticos europeus como o neoclassicismo, impressionismo, cubismo, entre outros que despontavam naquele continente. A expansão industrial contribuiu também para a tendência pedagógica tradicional desse nesse período. Como era essa tendência pedagógica?


O desenho era tido como utilitário, e o ensino como uma preparação técnica para o trabalho. Havia uma valorização do traço, contorno, repetição de modelos, ornato, desenho geométrico, cópia de modelos. Os conteúdos, vistos como verdades absolutas, prezavam uma relação autoritária do professor com relação ao aluno.


Os trabalhos produzidos pelos alunos eram encaminhados para a indústria, revertendo em verbas para incrementos da Escola Nacional de Belas Artes, e a isso se deve o seu franco crescimento.


A influência dos novos movimentos artísticos criou uma nova forma de ensinar chamada de construtivismo, o que proporcionou avanços significativos no ensino a ponto de ser um polo de referência para o mundo todo.


Por ser uma tendência pedagógica tradicional foi se instalando em museus e ficou como referência para que todos pudessem acessar seus conteúdos e basear seus planejamentos naquilo que era representado em cada região.


4. A movimentação no sentido de buscar uma arte brasileira se dá no início do século XX, especialmente com a Semana de 22. A semana de arte moderna de 1922 teve importante contribuição para chamar a atenção para o movimento que ia em direção da afirmação das novas expressões artísticas. Busque a alternativa que explique como isso acontecia:


A semana de 22 foi importante, pois a partir de então nenhuma influencia europeia seria permitida no Brasil. Tudo o que fosse produzido passava por um comitê de artistas que diria se era arte brasileira ou não.


Todos os artistas deveriam viajar para a Europa e começar a copiar os modelos vistos nos museus. A partir daí a arte brasileira estaria de acordo com a arte europeia, sem jamais deixar de valorizar aquilo que realmente importava: uma arte de qualidade.


Em vez de simplesmente basear-se no que aprendiam fora do Brasil, os artistas buscavam “antropofagiar”, digerindo a arte europeia junto com características brasileiras, resultando numa forma de arte que não negava nem uma coisa nem outra.


As novas expressões artísticas estavam ligadas ao antropofagismo, ou seja, os artistas comiam carne humana para sentirem-se inspirados a criar.


 5. 1) Conhecida por Movimento Escola Nova teve origem Europa e Estados Unidos (séc. XIX) e veio para o Brasil: a partir de 1930, disseminada a partir de 1950/1960. A ênfase na expressão, no método e no aluno, buscava conhecer seus interesses e dar lugar à espontaneidade. Num viés essencialmente experimental fundamentava-se na psicologia e biologia. Surge então:


A Escolinha de Futebol como Arte do Brasil, visando uma nova fase que valorizasse a arte de bem jogar futebol, visando destacar o Brasil, de alguma forma, no cenário internacional.


A Escola de Arte Escola Inovadora, onde a expressão dos sentimentos viria em decorrência de um teste psicológico, que fizesse com que os alunos pudessem se conhecer melhor e, assim, melhorar seu desempenho acadêmico.


A Escola de Jung no Brasil, baseando seu trabalho nos estudos de Jung e os símbolos, que visava desvendar os sonhos e a partir daí criar possibilidades de autoconhecimento em cada aluno.


A Escolinha de Arte no Brasil através de Augusto Rodrigues, onde o aluno era visto como ser criativo, e a tônica era aprender fazendo. Desenvolviam trabalhos que visavam o ensino não-formal da arte e o uso da arte em processos alternativos. Noemia Varela levou para o nordeste do Brasil experiências de vanguarda no campo da educação pela arte, fundando a Escolinha de Arte do Recife.


6. Nise da Silveira nasceu em 15 de fevereiro de 1905, em Maceió e faleceu em 30 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro. Com uma atuação de psiquiatria rebelde, entrou para o curso de medicina aos 15 anos. Mario Pedrosa chamou a atenção para o que ela fazia no hospício de Engenho de Dentro. A seu respeito podemos dizer que:


O hospício fez-lhe tanto mal que foi internada logo nos primeiros anos de trabalho, após ter apanho gravemente de uma interna esquizofrênica. Depois disso Nise nunca mais se recuperou e foi objeto de estudo de grandes pesquisadores das dores da alma, inclusive Jung.


Seus pais vieram da Alemanha para o Brasil, e ainda criança Nise teve problemas para usar a língua portuguesa. A duras penas teve que aprender uma nova língua, completamente desconhecida, o que proporcionou habilidades em comunicação que fundamentaram sua teoria a respeito da imersão como forma de aprender uma segunda língua.


Entrou em contato com Jung e seus estudos, que ajudou-a a encontrar uma forma de entender o que seus pacientes estavam produzindo em argila, desenho e pintura, na década de 1940. Seu objetivo não era diagnosticar ou curar, queria rasgar os manuais e rejeitar as práticas de lugares como aquele. Assim, buscava ajudar seus pacientes a encontrar expressão para suas dores da alma.


  Criou uma nova forma de ensinar matemática, utilizando recursos artísticos e expressivos, que foram fundamentais para um novo período na educação no Brasil. Seus ensinamentos perduram até hoje, sendo utilizados inclusive nas melhores escolas de engenharia de todo o mundo.


 7. Ana Mae Barbosa propõe a Proposta Triangular como um novo caminho para ensinar e aprender arte. No que estaria baseada essa Proposta Triangular?

Copiar grandes artistas para conhecer a forma correta de desenhar e pintar.


Conhecer obras em seu contexto histórico e social, e fazer provas com múltiplas alternativas para facilitar o aprendizado.


Deixar que a livre expressão guiasse a criação para não contaminar a produção que deveria ser sempre livre da influência do que havia sido produzido por outros artistas.


  Fazer artístico, fruir e contextualização.


 8. Segundo Rosa Iavelberg (2003, p. 12) o professor deve “conhecer a natureza dos processos de criação dos artistas, propiciando aos estudantes oportunidades de edificar ideias próprias sobre arte, enriquecidas de informações mediadas pelo professor”. A ideia de Iavelberg indica que:


O professor não deve informar seus alunos para que sua construção artística seja enriquecida.


Proporcionar aos estudantes a oportunidade de edificar suas próprias ideias somente acontecerá se o professor percorrer os mesmos processos que os grandes artistas.


Conhecer a natureza dos processos de criação de artistas pode ser uma influencia negativa para os estudantes.


  Conhecer a natureza dos processos de criação de artistas pode ser enriquecedor.


9. A arte é o caminho de encantamento pela arte. A arte não tem sexo, raça, religião, origem geográfica (IAVELBERG. 2003), é uma linguagem que ultrapassa a língua falada ou escrita, avança por um campo de compreensão que não oferece barreiras. Porém, podemos dizer que:


É preciso fazer um curso de linguística para entender arte em todas as suas dimensões


Sendo assim, tudo o que for produzido em arte deve ser visto como uma barreira viva à compreensão


Há níveis de aprofundamento da leitura e compreensão dessa linguagem que podem enriquecer a aproximação entre a obra e o observador.


   O campo de compreensão de arte passa por áreas distintas, o que vale dizer que se não temos curso de geografia jamais entenderemos o que o artista entende por arte.


10. Usar material descartado é uma boa maneira de incitar a reflexão sobre o lixo que produzirmos, o reuso de matéria, estimular a criação, sem contar que pode facilitar quanto a questão de custos. O problema está em:


Usar material sujo e assim prejudicar a criação de objetos úteis ao aprendizado em arte.


Oferecer apenas um tipo de exemplo, sendo que os alunos precisam de pelo menos dois exemplos de criação para seguirem.


Não saber lidar com esse material e tornar o processo um empobrecimento de possibilidade de criação.


Conhecer a técnica e o aprendizado dos alunos em criações artísticas em arte e saber dizer a eles o que fazer.


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Marilu Batista

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