EDUCAÇÃO NO PERIODO JESUITA E POMBALINO:
Trata-se de dois períodos histórico-educacionais que têm sido tradicionalmente colocados em oposição. Há uma premissa que afirma que o segundo (pombalino) praticamente destrói o que foi construído pelo primeiro (jesuíta). Porém, há outra ótica quanto a este aspecto, que entende que o projeto pombalino pretendia tornar a educação pública e laica:
A educação jesuíta se dá a partir de 1549, com a presença do padre Manuel da Nóbrega, e tinha por escopo a conversão de indígenas ao cristianismo, por entender que assim seria possível a expansão da fé católica atrelada à facilitação no movimento colonizador. Tal proposição era uma resposta ao enfraquecimento pelo qual passava a Igreja Católica na Idade Moderna, com o fortalecimento da Reforma Protestante. Para combatê-la, a partir da Contrarreforma, a Igreja Católica, por meio da Companhia de Jesus, passou a catequizar o Novo Mundo, estruturando para tal a educação com suas experiências, investindo, sobretudo em jovens e crianças, por entenderem que estes eram mais suscetíveis aos valores cristãos que seriam ensinados. A partir disto, a educação passou a ter vários elementos que se encontram presentes até hoje na vivencia escolar como a didática, a disciplina, o método e currículo.
A reforma pombalina por sua vez, que aconteceu na segunda metade do século XVIII se dá com o primeiro ministro português Marques de Pombal, foi marcada pela valorização da cultura greco-romana, do conhecimento, do antropocentrismo, da experiência, do racionalismo e individualismo. Propunha um ensino não mais atrelado à Igreja Católica, mas sim público e laico, tendo as suas disciplinas submetidas ao poder real, autônomas, sem vinculação com sistemas específicos de ensino.
Assim, tem-se que a reforma pombalina destrói a educação jesuíta, porém, não se trata de mera substituição educacional. Isto ocorreu na realidade porque o Marques de Pombal tinha interesses econômicos como objetivos. Sua pretensão era transformar a capital Portugal numa metrópole capitalista para competir com os países europeus. Para tanto, acabou com a escravidão dos índios, permitindo-os casar com portugueses, bem como desejou ter uma nobreza e a burguesia mais intelectual para incentivar o desenvolvimento cultural, artístico e científico, com profissionais capacitados para poderem assumir os cargos públicos. Porém, mesmo com tais intenções, Pombal não se manteve no cargo após morrer Dom José I, tendo sido acusado de autoritarismo e de traição ao governo português por seus opositores, e suas propostas encerram um período de mudanças que pretendiam deixar o atraso econômico pelo qual Portugal passava.
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