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Educação Jesuítica no Brasil Colonial
Os livros e textos sobre a educação jesuítica no Brasil Colonial contém, geralmente informações sobre o currículo ou sobre o desenvolvimento dos colégios.
Ora, escola, escolarização, alfabetização tem um sentido típico em cada época, em cada contexto social.
O colégio e as universidades neste tempo eram destinados a pouca gente.
As diferenças sociais, determinantes no quadro organizacional, são marcadas não apenas pelo poder, mais também pela explicação que disso se dá.
Desde que chegaram no Brasil, os jesuítas estabeleceram escolas e começaram a ensinar a ler, a escrever e a contar contos.
Nóbrega em sua primeira carta do Brasil, o desta: “ O irmão Vicente Rejo ensina a doutrina dos mesmos cada dia e também tem escola de ler e escrever”.
O colégio, contudo, era o grande objetivo porque com ele preparariam novos missionários.
Apesar de inicialmente, o colégio ter sido pensado para os índios.
A certa altura da catequese dos índios, os próprios jesuítas vão julgá-las desnecessárias.
E os colégios, estes, sobretudo, se voltam para os filhos dos principais.
O Ratio Studorum, que organizava os estudos da companhia, estabelecia, por menores o currículo do Colégio.
A gramática media, a gramática superior as humanidades, a retórica. Havia ainda a Filosofia e a Teologia para quem se preparasse para o sacerdócio.
A presença Greco-romana é incontestável.
Os jesuítas de deveriam estar convencidos de que isso era importante para os homens desta terra. Também os principais da terra deveriam estar senão não mandariam seus filhos
A manutenção do sistema cultural estava exigi-lo. Esses filhos seriam ou pobres ou advogados, ocupariam cargos públicos, possibilitaram a sociedade se reproduzir.
É importante assimilar que os portugueses colonizadores só tinham uma visão de sociedade, visão esta que se realizava na sua sociedade, e, portanto, tendo-a como modelo.
A sociedade portuguesa tinha uma estrutura rígida. Centrada na hierarquia, fundada na religião.
Hierarquia e religião eram princípios inadiáveis em qualquer situação.
Os brasileiros se ressentiam da mudança geral que a nova situação lhe caixava. A primeira ao menos para o português e índios, dizia respeito a posse tranquila da terra.
O numero de índios deveria ser assustador, mais havia necessidades de terra e de sossego para tanto, os portugueses, alem de se empenharem eles próprios em guerras, usava da medicina de indispor nações contra nações.
A história de nossa colonização esta farta de exemplos, mostrando como a relação cotidiana, para os portugueses índios e africanos, se marcava pelo clima de defesa.
Ataque e defesa caracterizaram o estado de violência em que se vivia, A vida parecia um bem de pouco valor.
Os jesuítas também a achavam natural nessas condições, acompanhado as expedições, ainda que para tentar com boas palavras, trazer os índios para o serviço dos portugueses.
A educação e o ensino se pautaram por princípios que não prevaleciam extra muros.
Extra muros a vida era feita de pecados
Os pecados mais frequentes eram os da carne, pela abundância de prazer a vista num contexto de lutas e apuros.
As melhores expressões desta situação me parecem ser os argumentos a favor da guerra aos índios e de sua escravização.
A literatura sobre a justiça da escravidão negra não é menos escolástica. Os próprios jesuítas acompanhando as necessidades da época defendiam a escravidão negra.
O formalismo decorria dos próprios princípios da cultura, o colégio cedo apenas um instrumento mais refinado.
A cultura reinante, expressão da visão de mundo que o cristianismo, encerrava, levava os membros dessa sociedade a se dividirem entre as ações que atendia a seus interesses.
O colégio plasmava o estudante para desempenhar no futuro, o papel de vigilante cultural, de forma que a pratica mesmo desviante, pudesse ser recuperada.
O colégio era a adesão a cultura portuguesa. Também era negativo. Educa-se para nãose fazer (isto ou aquilo). Quer dizer, a natureza do homem é rebelde no exercício de suas funções, não atendendo ao estabelecido Deus.
Não era só a religião que era vivida em formalidades toda a vida social tinha essa marca.
O colonizador português experimentava, no seu dia-a-dia, a necessidade de desobedecer às normas verdadeiras, a casa grande se fazendo norma.

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