Segundo o vocabulário jurídico:
Carta de ordem: aquela em que o mandante dá instruções ao mandatário para que as adote no cumprimento do mandato, que lhe é passado, seja mandato verbal, tácito ou escrito. Tecnicamente é uma carta de instruções. Pode também ter o sentido de carta de ordem de pagamento, autorização do pagamento "por minha conta e ordem". No código processual entendesse a carta requisitória feita por um juiz de categoria superior (ordenante) á um de categoria inferior (ordenado) para que pratique o ato, em seu juízo, que é do interesse do juiz ordenante, pois que se irá integrar em processo sob sua direção.Tem a mesma significação e função da carta precatória, mas se difere pois na precatória o pedido é feito por um juiz de igual ou inferior categoria.
Carta precatória é o instrumento que serve para indicar o ato, cuja pratica se requisita de outro juiz. Serve para vários fins: citação, penhora, apreensão ou qualquer outra medida processual, que possa ser executada no juízo que corre o processo.
Tal como a carta precatória, a carta rogatória é o instrumento onde se inscreve regularmente a requisição para a pratica do ato em território estrangeiro. É a carta precatória expedida para requisição dos atos que devam ser praticados em erritório estrangeiro, tem os mesmo requisitos da precatória, porém não se pode ter disposições EXECUTÓRIAS, pois antes de serem cumpridas necessitam da homologação do tribunal próprio para que tenha força (validade) no país em que é apresentada.
■ CARTA ROGATÓRIA
É o pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro e órgão
jurisdicional estrangeiro, seja para comunicação processual, seja para prática de atos
relacionados à instrução processual ou cumprimento de decisão interlocutória
estrangeira devidamente homologada pelo STJ. Não se presta ao cumprimento de
sentença, para o que é necessário requerer a homologação da sentença brasileira
condenatória no país estrangeiro onde estão os bens. As rogatórias vindas do exterior
devem processar-se na forma do art. 36 do CPC e receber o exequatur do STJ, na
forma do art. 961 do CPC.
■ CARTA DE ORDEM
É a emitida por um tribunal a órgão jurisdicional a ele vinculado, seja para
colheita de provas, seja para atos de execução, ou para a prática de qualquer outro ato
que houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede.
■ CARTA PRECATÓRIA
É a mais comum das formas de comunicação entre juízos que não têm relação de
subordinação entre si. Quem a expede é o juízo deprecante; e quem a recebe, o
deprecado. É utilizada entre todos os tipos de juízos, não importando a que justiça
pertençam, nem a que unidade da Federação.
São usadas para comunicação processual, como citação e intimação de pessoas
que residem noutra Comarca; para a colheita de provas, como ouvida de testemunhas
que residem fora ou perícia sobre bens e coisas situadas em outro juízo; e para a
realização de atos de apreensão judicial noutra Comarca.
Conquanto expedida entre juízos que não têm relação de subordinação, o juízo
deprecado é obrigado a cumprir a solicitação contida na carta, salvo nas hipóteses
do art. 267 do CPC.
Fonte: Gonçalves, Marcus Vinicius Rios
Direito processual civil / Pedro Lenza ; Marcus Vinicius Rios Gonçalves. – Esquematizado® –
11. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Introdução ao Direito I
•UNIDERP - ANHANGUERA
Compartilhar