CASO I – Um policial civil (estadual) e um policial militar (estadual), em atividade conjunta das duas polícias, cometeram o delito de lesões corporais dolosas e de abuso de autoridade na cidade de Goiânia. Supondo esteja presente uma das situações de conexão previstas no art., 78 do CPP, qual será a justiça e órgão competente para o julgamento dos réus?
Seguindo a regra geral, haveria a necessidade de reunião para julgamento simultâneo. Contudo, especificamente no caso de militar, não haverá essa reunião de processos, pois o art. 79, I, faz com que se opere uma cisão processual (Militar e Civil não se misturam). Diante da cisão imposta pelo art. 79, I, o policial militar será julgado na Justiça Militar Estadual pelo delito de lesões corporais (crime militar, praticado por militar em atividade militar) e o policial civil, na Justiça Estadual pelos dois crimes praticados. Pelo crime de abuso de autoridade, o policial militar será julgado na Justiça Comum Estadual (pois não é crime militar) juntamente com o policial civil (união por força da conexão).
Art. 71 do CPP: competência pela prevenção - crime continuado e permanente.
-Hipótese do a rt. 71 do CPP: Quando forem vários os crimes , praticados em diferentes cidades , mas que, pelas circunstâncias de tempo, lugar e modo de execução, constituam uma continuidade
delitiva (art. 71 do Código Penal ). Ou quando for um crime permanente, praticado em território de duas ou mais jurisdições .
Será competente o juiz que tiver antecedido os demais na prática de algum ato decisório, co mo o recebimento da de núncia. Mas também será competente , em razão da prevenção, aquele que tiver praticado, na f ase pré-processual, algum ato decisório, como a homologação da prisão em flagrante, a decretação da prisão preventiva ou
temporária, ou, ainda, tiver decidido sobre alguma medida assecuratória ou mesmo busca e apreensão.
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Legislação Penal e Processual Penal Especial
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