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como deve ser feito o uso de medicação intracanal em endodontia?

💡 3 Respostas

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Valdenor Tavares de Sá

A função da medicação intracanal em endodontia é basicamente combater microrganismos que resistiram à sanificação do sistema de canais radiculares proporcionada pelo preparo químico-cirúrgico, modular a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular, ocupando fisicamente o espaço do canal.

A medicação intra-canal ( curativo de demora ) é uma manobra que, desde os primórdios, vem sendo usada como parte da terapia endodôntica.

O primeiro ponto que é necessário discutir é o motivo que leva o profissional a utilizar a medicação intra-canal.

O segundo ponto é saber qual medicação usar e porque?

O terceiro é entender como funciona esta medicação e por quanto tempo?

Outro ponto, não menos importante, é a forma de colocação do curativo e também como protegê-lo de fatores externos. Portanto vamos selar com que material provisório.

Outro ponto? A condição estrutural do remanescente coronário. Este irá suportar uma carga mastigatória ( mesmo que casual )? Existe parede suficiente para implantarmos um curativo? Paredes laterais? Supra-gengivais? Resistentes?

A literatura é unânime em afirmar que todos os cimentos utilizados na atualidade para selamento coronário provisório infiltram. Contaminam e o curativo perde o efeito ( se é que é realmente necessário) em 24 ou 48 hs. O restante do tempo é para servir como contaminante. O que observamos na clínica diária, é que quando o paciente é encaminhado para o tratamento, observamos que, por muitas vezes, o dente está com um curativo sob óxido de zinco e eugenol desgastado e com as bordas destruídas, demonstrando uma nítida infiltração coronária.

Outro ponto é por quanto tempo deve-se utilizar uma determinada medicação.

Com o controle da infecção estabelecido, é mais seguro obturar o canal na mesma sessão, ou colocar uma medicação intra-canal para manter o status quo conseguido com o preparo do canal? A medicação irá melhorar a descontaminação conseguida pela ação conjunta de instrumentos e substâncias químicas, ou permitirá uma recontaminação do canal devido às limitações dos cimentos provisórios com curativos de longo prazo?

Caso optemos pela colocação de um curativo, pessoalmente, utilizo o Ca(OH)2 tendo como veículo o gel de clorexidina 2% ( endogel ). E o selamento é realizado com resina composta. Pois além de oferecer resistência à mastigação, protege o gente de possíveis fratura.

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Larissa C. Jaime

A função da medicação intracanal é basicamente combater microrganismos que resistiram à sanificação dos canais radiculares proporcionada pelo preparo químico-cirúrgico. Os anti-inflamatórios e antibióticos utilizados para polpa viva são: hidrocortisona [Otosporin (potência 1)], prednisolona [Rifocort (potência 2)] e dexametasona [NDP fórmula & ação (potência 10)].

As MICs utilizam veículo aquoso (duração até 10 dias) ou viscoso (até 30 dias) ou oleoso (até 60 dias), podendo também ser disponibilizadas em forma de tubetes ou seringa com cânulas estéreis.

Em casos de polpa morta, utiliza-se basicamente antimicrobianos representados pelo hidróxido de cálcio e pelo paramonoclorofenol. No caso onde o preparo do canal não foi concluído, utiliza-se como MIC o PRP (paramonoclorofenol + polietilenoglicol 400 + rinossoro - veículo viscoso). A solução de Milton (hipoclorito de sódio a 1%) também pode ser utilizada, porém dura no máximo 10 dias. 

Se o PQC foi concluído, utiliza-se hidróxido de cálcio associado a um veículo aquoso [soro fisiológico - UltraCal ou Calen (associado ao paramonoclorofenol)].

Técnica de introdução da MIC:

Secagem do canal: iniciar aspiração com cânulas de grosso, médio e fino calibre, respectivamente, da região cervical à proximidades do comprimento de trabalho (CRT), sem necessidade de calibrar os comprimentos das cânulas com limitadores. Após isso, secar com cones de papel absorvente embalados e previamente esterilizados; o cone de papel deve ter calibre e comprimento idêntico ao instrumento utilizado no preparo apical.

Introdução da MIC: Valendo-se da seringa carpule e dos tubetes da medicação previamente posicionados, calibrar a agulha curta pré-curvada e limitador se silicone (stop) à 2 mm aquém do CRT. Salienta-se que a pré-curvatura pode ser conseguida por meio, por exemplo, do intermediário de aspiração ou caneta de alta rotação para facilitar a introdução da MIC no interior do conduto. Sempre desprezar a primeira gota de MIC antes da introdução e preencher de apical para cervical até as imediações da entrada do canal. Fazer o selamento coronário provisório entre as sessões.


Fonte: site Endo-e (Medicação Intracanal).

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Yanka Medeiros

A seleção da medicação e do método DEPENDE:

  • Do seu potencial antimicrobiano: contato direto, estado físico, concentração e tempo de ação do medicamento
  • De sua biocompatibilidade
  • Diagnostico pulpar: vitalidade x necrose
  • Aspectos clínicos do tratamento realizado
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