Buscar

causas de extinção da punibilidade

💡 3 Respostas

User badge image

Gisele Luz

A extinção da punibilidade é a perda do direito do Estado de punir o agente autor de fato típico e ilícito, ou seja, é a perda do direito de impor sanção penal. As causas de extinção da punibilidade estão espalhadas no ordenamento jurídico brasileiro.

Do que se vê, não é apenas o artigo 107 do Código Penal que trata da matéria.

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:

I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;

(...) IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Como exemplos de causas de extinção da punibilidade fora do artigo 107 , CP , é possível citar o artigo 312 , parágrafo 3º , CP e a Lei 9.099 /95, que trata dos institutos da transação penal e da suspensão condicional do processo.

1
Dislike0
User badge image

Rúbia Silva

  1. Morte do agente: dada a morte do agente a pena se extingue, pois reina no direito penal o princípio da responsabilidade subjetiva, de modo que a pena não pode ultrapassar a pessoa do agente (art. 13, CP).
  2. Abolitio criminis: deixando de existir o tipo penal por determinação de lei posterior, a pena se extingue, pois aqui se tem o princípio da retroatividade benéfica.
  3. Anistia: ocorre por decreto do Congresso Nacional, pelo qual se tem a extinção de ações e penas que versam sobre um determinado crime político.
  4. Graça: é forma de extinção da pena para apenas um indivíduo, dada em razão do perdão do Soberano.
  5. Indulto: é forma de extinção da pena para um grupo de sentenciados, em função do perdão do Soberano.
  6. Renúncia ao direito de queixa: dá-se na ação penal privada, quando o ofendido deixa de apresentar a queixa, ou seja: de iniciar a ação penal privada. Tal renúncia pode ser expressa quando o ofendido afirma que irá se abster de fazer ou tácita quando o comportamento deste indica que não tem a mínima intenção de apresentá-la.
  7. Perdão do ofendido aceito: ocorre na ação penal privada, quando o ofendido depois de promover a queixa, ou seja: de iniciar a ação penal privada, oferece ao réu o seu perdão e este o aceita.
  8. Decadência: incide tanto na ação penal privada quanto na ação penal pública condicionada, quando o ofendido fica inerte por um prazo de 6 meses após o conhecimento da autoria do crime.
  9. Perempção: instituto da ação penal privada que se configura quando após oferecida a queixa, o ofendido fica inerte, não dando continuidade à ação. A extinção é justificada pelo desinteresse do querelante (art. 60, CPP).
  10. Prescrição: ocorre pela não observância por parte do Estado do decurso do tempo. Passado o prazo legal, tem-se a extinção do direito de aplicar a pena (prescrição da pretensão punitiva) ou de executá-la (prescrição da pretensão executória).Vale lembrar que os prazos são estabelecidos pela exegese do art. 109 do Código Penal.
  11. Perdão judicial: hipótese na qual apesar de verificada a existência do crime e comprovada a autoria, afasta-se a condenação do agente, pois a consequência do crime afeta o réu de forma tão absoluta que se faz desnecessária a aplicação de uma pena


0
Dislike0

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais