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Adriana Cunha

5 ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO

 

1- Identificação da Escola:

2- Carga horária: Responsável pela aplicação do plano de ação do pedagogo:

 

Temática:

A Relação família e escola, com o intuito de instrumentalizar ações de ensino e educação, no cumprimento dos papéis, tanto da escola, quanto das famílias, em todo o processo estudantil do aluno, preparando-o para a vida em sociedade.

 

Introdução

Diante da necessidade de atrair as famílias para a escola para   constituir uma parceria voltada ao atendiemento dos alunos e fortalecer o trabalho gestor da escola, desenvolveu-se como proposta de atuação do pedagogo neste contexto do estágio, um mini-projeto com o tema: A relação família e escola, que foi apresentada ao diretor/pedagogo da referida escola, com um índice considerável de aceitação pela comunidade escolar, por incentivo da supervisora de campo, que acompanhou e auxiliou na execução de todo o projeto, alcançando resultados extremamente positivos pela reflexão dessa necessidade de efetivar essa parceria para o cumprimento dos papéis, tanto da escola, quanto das famílias. 

O embasamento e fundamentação desta proposta se deu em torno de uma  análise da realidade para uma conscientização coletiva da comunidade escolar, demonstrando que é necessário formar um vínculo e uma parceria entre escola e famílias para oferecer auxílio e segurança ao aluno no processo ensino e aprendizagem e no seu processo de desenvolvimento humano e social. 

 

Justificativa

A relação família-escola se resume no respeito mútuo, o que significa tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as possibilidades de expor suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de serem avaliados, criticados, trocarem pontos de vista. O objetivo é conscientizar a escola do papel que possui na construção dessa parceria: a intervenção pedagógica a estas questões, deve ser no sentido de considerar a necessidade da família vivenciar reflexões que lhes possibilitem a reconstrução da auto-estima, afim de que se sintam primeiramente compreendidos e não acusados, recepcionados e não rejeitados, pela instituição escola, além de que esta última possa fazê-los sentir-se reconhecidos e fortalecidos enquanto parceiros nesta relação. 

           Ao descrever sobre a relação família e escola, pretende-se demonstrar que é possível para a escola cumprir seus papeis no processo de formação integral do aluno se alicerçada com as famílias e juntas instrumentalizarem todas as formas possíveis para colocar em prática suas atribuições conjuntas. Em outras palavras, o que resume e justifica esse projeto com relação ao tema, é a expressão: “parceria”.

 

Objetivos

 

Geral

Refletir sobre a importância da relação família e escola no processo educacional, tendo a escola como referência principal dessa relação e o processo ensino aprendizagem como âncora para que a mesma se construa de forma satisfatória, eficiente e perspicaz, possibilitando ao aluno uma segurança e autoconfiança no processo de desenvolvimento integral por acreditar que os frutos dessa boa relação possibilitarão avanços significativos em diversos contextos da sua vida.

 

Específicos

·        Conceituar a relação família e escola no atual contexto educacional.

·        Diagnosticar as vantagens e desvantagens de estabelecer uma relação próxima entre escola e famílias.

·        Identificar às contribuições das famílias à escola, no que se refere ao processo de desenvolvimento integral do aluno, bem como a busca de melhorias para que a instituição cumpra efetivamente seus papéis, atendendo aos interesses e necessidades dos pais e alunos.

·        Perceber a missão da escola e as atribuições dos alunos e das famílias que constituem a comunidade escolar.

 

 

Família: o ausente presente dentro da Instituição Escolar

 

O aluno chega á escola com seus modelos, com seus medos, suas dificuldades e desejos, tendo que aprender os valores da instituição, conviver com diferentes visões de mundo. É um momento rico e delicado para ele, para sua família e para escola.

Os pais são considerados as figuras ensinastes. A forma como a criança aprende e se relaciona com o objeto de conhecimento tem a marca deixando por eles. A família então é um tesouro contido neste sujeito, e a medida que vamos descobrindo e nos aproximando de seus valores ampliamos nossa compreensão sobre o seu processo.

A ciência moderna tinha um olhar microscópio sobre as questões, buscava as causas. A epistemologia que premia o nosso dia-a-dia com o qual fomos habitados nos impede a ler e entender as situações sem contextualiza-las no tempo e espaço.

Dentro dessa premissa, não existe uma única verdade, uma única versão, cada sujeito vive e interpreta a situação de acordo com sua visão de mundo. Com isso, escola e família que se assemelham e se aproximam funções, estas que se resumiriam, sinteticamente, como proteger, reducar, doar e desenvolver a  autonomia, podem permanecer no espaço da troca e de suplementariedade (conceito utilizado por Alicia Fernandez, que fala do respeito pelas diferenças e semelhança que se somam e onde uma não anula a outra), sem cair na armadilha do espaço e da disputa, buscando acertos e erros. Pensando deste jeito imprimimos uma curiosidade na nossa forma de nos relacionarmos com o outro. Dessa forma, olhar o sujeito na Escola é pensa-lo com sua história, no seu momento de vida. Participar deste convite da integração e contextualização é não dicotomizar e se abrir para uma multiplicidade de possibilidades.  

A possibilidade da relação família e escola amplia a postura de mudar o sujeito, para avaliarmos nossas posições e leituras e criarmos padrões relacionais mais férteis, mais significativos,mais eficazes. A família entra como um tesouro que vai ajudar a compreender melhor aquele sujeito e facilitar nossas intervenções. Os diferentes formatos da constituição família cabem no que que foi descrito e que é perceptível que a complexidade e o tipo de relação de aluno mantém com a escola e com o seu processo de aprendizagem não estão restritos ao tipo de família (famílias tradicionais, famílias de recasamento, famílias de um só membro parental, famílias de pais separados, famílias de casais homossexuais), mas e também nas relações que seus membros mantêm com o sistema escolar, qual o valor que destinam ao estudo, a cultura, a formação. É no momento de entrada do primeiro filho na escola que o sistema familiar tem seus valores colocados a prova e expostos. A escola entra para denunciar e colocar família em confronto com as diferenças e com as diversidades de valores e que ocorram os processos de aprendizagem e crescimento de todos os membros destes sistemas, uma vez que o processo de aprendizagem não está circunscrito a conteúdos escolares. 

O art. 227 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): É dever da família, da sociedade, e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida e a saúde, a alimentação, à educação, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária alem de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

As vivências na docência e a reflexão sobre a prática pedagógica, juntamente com momentos de maior intercâmbio com a família, vinculada à Constituinte Escolar, estão na base do objetivo deste estudo de investigar as relações entre o envolvimento da família com a vida escolar e a aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental. A família reflete os problemas da sociedade bem como a presença ou ausência de valores nos diversos contextos humanos (escola, grupo de pares, associações) e desse modo é importante pesquisar sua relação com o desempenho escolar. Esses foram os pressupostos oriundos da experiência prática e da teoria, que nortearam os objetivos da pesquisa: Investigar qual é o papel da família em parceria com a escola, no desempenho escolar das crianças.

Além desse objetivo, propõe-se também investigar a influência dos valores familiares no desempenho escolar, os sentimentos dos pais e mães em relação à escola, o relacionamento que as famílias das crianças com bom e fraco desempenho mantêm com a escola, a interação social em sala de aula dos alunos e alunas e as atitudes em relação ao trabalho em sala de aula.

Para que a escola cumpra seu papel, ela deve ser um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia-a dia das questões sociais marcantes e em um universo cultural maior. Para tanto, é imprescindível que cada escola discuta e construa seu projeto educativo.

E nesse mesmo projeto devem abordar estratégias de interação com a comunidade pois quando há um bom relacionamento entre escola e família o trabalho de educar, ensinar e imprimir valores na vida da criança se torna mais fácil e dessa forma os resultados são visíveis em curto prazo, em outras palavras o projeto educativo deve estabelecer de forma clara os valores coletivos discutidos e assumidos pela escola, delimitar suas prioridades, definir os resultados desejados e incorporar a auto-avaliação ao trabalho do professor;

Os objetivos são o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico. Representam as exigências da sociedade em relação à escola, ao ensino, aos alunos e, ao tempo, refletem as opções políticas e pedagógicas dos agentes educativos em face das contradições sociais existentes na sociedade. Não se trata simplesmente de copiar os objetivos e conteúdos previstos no programa oficial, mas de reavaliá-los em função de objetivos sócio-políticos que expressam os interesses do povo, das condições locais da escola, da problemática social vivida pelos alunos, das peculiaridades sócio-culturais e individuais dos alunos. (LIBÂNEO, p.122-123)

 

A escola precisa influenciar positivamente a comunidade onde esta inserida e para isso deve gerir projetos de transformação onde a comunidade seja despertada para um envolvimento maior, pois ainda há uma grande dificuldade das escolas em conquistar e manter um bom relacionamento com as famílias dos alunos, ate porque as famílias estão cada vez mais desestruturadas e o numero de crianças nas escolas com pais ausentes tem aumentado muito e, na maioria das vezes essas crianças demonstram pouca ou nenhuma disciplina, sem contar a falta de amor evidente nos olhares e no comportamento de cada uma, tornando o trabalho docente muito mais difícil e ate quase insuportável.

Mediante a tantos problemas enfrentados por essas crianças, cabe a escola ao menos amenizar o sofrimento das mesmas. Daí a necessidade de se formar e valorizar melhor os professores, pois são eles quem estão literalmente ligados as crianças e precisam estar satisfeitos para que tenham condições de desenvolver um trabalho de excelência.

Ao examinar a realidade, notamos que as praticas postuladas nos documentos se constituem em vias de acesso que as escolas possuem para implementar processos de integração e participação familiar que podem e devem ser organizadas e executadas pela escola. Essa constatação nos leva a refletir sobre as dimensões da inter-relação escola-família no âmbito da comunidade e se intenta verificar a possibilidade de operacionalizar uma orientação que possa refletir a viabilização de uma inter-relação mais efetiva. (Cazelli, 2008:23)

 

A questão da importância da integração escola-familia no processo pedagógico é tratado do ponto de vista das relações sociais impetradas no âmbito da escola e comunidade em que está inserida e enfocados princípios que norteiam e revitalizam essa prática. Na consideração desses princípios enfoca-se as noções de interdependência-cooperação-interação que devem fazer parte das propostas pedagógicas da escola diante da sua responsabilidade social em programar ações dirigidas ao enfrentamento dos desafios que se impõe à nossa sociedade. A integração desses fatores coloca a inter-relação escola-familia num movimento de reciprocidade capaz de favorecer fazendo com que essas instâncias se articulem e se mobilizam no que concerne a elevação e aprimoramento do desenvolvimento humano.

A escola deve articular seus recursos institucionais, de forma que haja reflexões, debates, estudos e propostas da ação obtendo assim um embasamento para que o desenvolvimento social se concretize por meio de práticas pedagógicas educativas efetiva.

Conectar a inter-relação escola-familia de forma mais estreita significa construir e desenvolver comunidades nas quais poderemos satisfazer nossas necessidades básicas ao aspirar uma melhor qualidade de vida para as gerações futuras. (Cazelli, 2008:25)

          

Mediante ao que a autora descreve entendemos que a escola não deve apenas apoiar e respeitar os esforços dos pais e responsáveis pelos cuidados, atenção e educação dadas às crianças, devem também colocar-se em posição efetiva de gerar iniciativas dirigidas à elevação e aprimoramento social e educacional dos seus educandos e respectivas famílias. Infelizmente a nossa realidade não está de acordo com o texto descrito anteriormente, pois o que vemos hoje são professores desvalorizados e desacreditados de dias melhores. Entende-se então que precisa de uma mudança no que diz respeito à educação, pois a escola em si só sem o apoio dos órgãos mantedores dificilmente conseguirá avançar muito nesse aspecto.

A educação não precisa de consertos, precisa passar por uma evolução.

Nessa evolução, em primeiro lugar, é necessário que os professores sejam valorizados e aliviados. Nunca uma classe tão nobre foi tão desprestigiada profissionalmente. Os professores educam a emoção e trabalham nos solos da inteligência para que os jovens não adoeçam em sua mente, não se sentem nos bancos dos réus, não façam guerras. (Augusto Cury, 2008:22)

 

 

O mesmo autor afirma:

A crise da educação não se deve apenas à desvalorização do professor, mas também a falência do processo de aprendizagem. O sistema educacional é obsessivo – compulsivo. O conteúdo e o programa de ensino são engessados. Enfim, podemos ver a grande necessidade de uma mudança no termo educação.

 

Portanto, pode-se definir a escola como o meio do caminho entre a família e a sociedade. No que se refere à família, é necessário dizer que a historiografia brasileira nos leva a concluir que não existe um modelo de família e sim uma infinidade de modelos familiares, com traços em comum, mas também guardando singularidades. Sendo assim, cada família possui uma identidade própria, trata-se na verdade de um agrupamento humano em constante evolução, constituído com o intuito básico de prover a subsistência de seus integrantes e protegê-los.

 

Metodologia

 

Para desenvolver esta proposta foi feita uma análise bibliográfica de como os pais se relacionam com a escola em busca de melhores resultados na educação dos filhos. Foram também demonstradas as causas que impedem ou contribuem para esta relação, bem como os efeitos positivos e até negativos por esta parceria ou pela falta dela nas escolas.

As escolas necessitam do apoio e da ajuda dos pais no desenvolvimento de suas ações educacionais. Não é por acaso que foram criados vários projetos de integração, que incentivam os pais a manterem esta relação de parceria com as escolas, sendo que o mais aceito foi o “Amigo da Escola”, que até hoje é plausível por todos os méritos conquistados.

É necessário manter projetos como este e incentivar a implantação de outros para favorecer ainda mais esta relação escola/família, considerando um dos procedimentos mais eficazes para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem como o intelecto, a socialização e a formação cidadã dos alunos.

O desfecho desta proposta foi desenvolvido unicamente através de pesquisas e intervenções práticas, considerando que faz parte do ramo da Pedagogia, aliar ambas as partes, buscando através de atitudes concretas, a forma adequada para o fortalecimento da relação entre famílias e escolas. Portanto, faz-se necessário uma mobilização na escola para promover visitas domiciliares e projetos culturais que insiram as famílias, bem como a interação com diversos especialistas que acatam diretamente os problemas da comunidade, à qual a escola está inserida.

Outro fator que também foi priorizado neste projeto, foi a relação professor e aluno, pois não basta a escola está em constante interação com as famílias, se não houver uma intensa relação entre os professores e os alunos, consolidando a proposta de interação. Para isso, buscou-se executar as seguintes propostas para amenizar os efeitos negativos provocados pela ausência das famílias no acompanhamento escolar dos filhos:

. Professores promoveram visitas constantes aos alunos para conhecerem suas realidades e desenvolver possíveis de intervenções, com base nos contextos detectados.

. Desenvolvimento de uma proposta de ouvidoria pública na escola para haver uma troca mútua de informações entre professores, direção, supervisão pedagógica e famílias no qual, juntos busquem propostas e soluções para alicerçar e melhorar a vida escolar dos alunos, especialmente no ensino fundamental.

. Escola promover diálogos constantes com as famílias, independente da condição em que o aluno se encontra na escola.

. Famílias sendo convocadas para apresentar trabalhos culturais aos alunos, contar histórias, ajudar como parceiros do processo ensino e aprendizagem, praticar atividades em forma de mini-oficinas de formações diversas, dentre outras, permitindo a abertura dos espaços escolares aos familiares, para troca de experiências e suporte no processo ensino e aprendizagem.

 

Cronograma de Atividades

 

Ações Desenvolvidas

Efeitos

Carga Horária

Apresentação da proposta à equipe escolar

Aceitação por unanimidade.

4 horas

Desenvolvimento da proposta em toda a escola, no turno matutino.

Positivos, especialmente pela conscientização dos alunos.

12 horas

Dissertação do relatório da apresentação.

Teóricos e Práticos que condizem com o processo de formação acadêmica.

4 horas

 

Critérios de Avaliação

Serão desenvolvidas anotações e tabulação de dados das observações realizadas pelo pedagogo estagiário ao desenvolver a proposta desse projeto Relação Família e Escola, partindo da conscientização da importância e necessidade de manter estabelecer essa parceria constante em busca de melhores resultados na vida escolar dos alunos e consolidação efetiva dos procedimentos da gestão escolar.

 

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