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ESTÁGIO SUPERVISIONADO – 
PRÉ-PROJETO DE 
INTERVENÇÃO 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Aline Aparecida da Cunha de Brito 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
A concretização do pré-projeto de intervenção e a efetiva consolidação do 
diário de campo são indicativos de um processo educacional forte e robusto. Sua 
efetivação e construção sólida são pontes significativas para uma compreensão 
clara dos contextos sociocupacionais e são os pilares para a construção eficiente 
de uma intervenção. 
De acordo com o Regulamento de Estágio da Uninter (2022), a montagem 
do projeto de intervenção é uma jornada dividida em etapas. Atualmente, nosso 
foco reside em entender meticulosamente todas as peças que compõem o pré-
projeto e que servem como direcionamento para a produção do diário de campo 
fundamentado. 
O pré-projeto é estruturado em uma série de elementos essenciais: o 
tema, a caracterização da realidade institucional, a pergunta problema, a 
problematização, a justificativa, os objetivos gerais e específicos, o público-alvo 
e o cronograma. Ademais, o diário de campo se estabelece por meio da 
descrição detalhada das atividades, dos objetivos elencados e da sua respectiva 
avaliação. 
Desta forma, para tornar-se competente em sua prática, o estudante deve 
buscar total sinergia com os componentes, habilidades e competências que são 
primordiais nos ambientes sociocupacionais, no processo de estágio e enquanto 
ferramenta para a construção de uma intervenção sólida e eficaz. 
TEMA 1 – TEMA E CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE INSTITUCIONAL 
1.2 Tema 
A delimitação do tema em um projeto de intervenção em Serviço Social é 
fundamental para o direcionamento da iniciativa. Ela orienta o foco de trabalho 
do profissional, evitando dispersões e garantindo que os recursos sejam 
utilizados de maneira otimizada para atender as necessidades específicas da 
comunidade ou grupo em questão. 
O tema delimitado permite uma melhor estruturação do projeto de 
intervenção, afinal, a partir daí é possível definir os objetivos, a metodologia a 
ser aplicada, o público-alvo e as possíveis avaliações a serem realizadas. Além 
disso, a delimitação do tema possibilita a realização de um diagnóstico mais 
 
 
preciso da situação a ser transformada. Por exemplo, se sua intervenção for num 
campo de estágio que atua com a política pública da saúde, o tema deverá ser 
o recorte dentro dessa política, qual a intenção do seu projeto dentro da política 
de saúde? 
Com isso, atuando dentro da política pública seu projeto de intervenção 
pode ser delimitado especificamente para intervir com pessoas em situação de 
dependência química, por exemplo. Ainda trabalha com a política de saúde, mas 
delimita o tema para algo mais específico. 
Com a identificação clara do problema, os profissionais de Serviço Social 
conseguem elaborar soluções mais acertadas e eficazes. É como se o projeto 
de intervenção se transformasse em uma bússola, que aponta o caminho a ser 
seguido para alcançar os objetivos. 
Concluindo, a delimitação do tema em um projeto de intervenção é de 
suma importância, pois é o ponto de partida para qualquer ação nessa área. 
Além de guiar as ações dos profissionais, proporciona uma visão clara de onde 
se quer chegar, como fazer e quais ferramentas serão necessárias para tal. 
1.2 Caracterização da realidade institucional 
No campo de caracterização da realidade institucional espera-se que o 
aluno possa descrever o contexto histórico da instituição em que faz o seu 
estágio. Espera-se que o aluno possa investigar a história da instituição, por 
exemplo, em que ano a instituição foi fundada? Quais os objetivos da instituição? 
Quais políticas públicas essa instituição trabalha? Em que momento o Serviço 
Social se inseriu nesse espaço? Estes e outros questionamentos induzem o 
aluno a descrever todo o caminho histórico da instituição até o atual momento. 
A instituição em que você realiza o seu estágio possui uma história rica e 
significativa que remonta ao seu ano de fundação. Desde então, a instituição tem 
se dedicado a alcançar seus objetivos e fortalecer sua atuação no contexto 
social. Os objetivos da instituição são variados, mas geralmente incluem o 
desenvolvimento social, a promoção da igualdade de oportunidades e a melhoria 
da qualidade de vida da população atendida. 
Com relação às políticas públicas, a instituição trabalha de forma alinhada 
com diversas delas, buscando implementar ações que estejam em consonância 
com as diretrizes governamentais e as demandas sociais do momento. Isso pode 
 
 
englobar ações relacionadas à saúde, educação, assistência social, cultura, 
entre outros. 
Foi em determinado momento da história dessa instituição que o Serviço 
Social encontrou o seu espaço, buscando contribuir de forma significativa no 
desenvolvimento de atividades e projetos que promovessem o fomento às 
políticas públicas de defesa e garantia de direitos sociais. 
A inserção do Serviço Social na instituição foi marcada por desafios e 
conquistas e, desde então, tem desempenhado um papel fundamental na 
construção de políticas e práticas que buscam a transformação social e a 
garantia dos direitos humanos. Essas informações devem constar na 
caracterização da realidade institucional, bem como as relações de poderes 
presentes no campo de estágio, os profissionais que compõem esse quadro, as 
demandas que a instituição atua, entre outras características. 
Para descrever essa história, é importante realizar uma pesquisa 
minuciosa, buscando documentos, relatos e registros que possam ilustrar os 
momentos-chave da trajetória da instituição. Além disso, é interessante 
entrevistar pessoas envolvidas com a instituição há mais tempo, como 
funcionários e colaboradores, para obter informações valiosas sobre o percurso 
histórico. 
TEMA 2 – PERGUNTA PROBLEMA E PROBLEMATIZAÇÃO 
A utilização da pesquisa como ferramenta para obter um conhecimento 
aprofundado da realidade de trabalho do assistente social é uma questão 
amplamente discutida, como ressaltado por Rezende (1994). A pesquisa 
desempenha um papel fundamental ao desvendar as diversas relações 
presentes na prática profissional e contribuir para uma atuação consistente. É 
imprescindível que essa pesquisa se baseie em dados confiáveis e seja 
conduzida de forma crítica e reflexiva. 
No contexto da construção de um projeto de intervenção, o estagiário 
deve utilizar os dados coletados em seu campo de estágio e recorrer às 
informações contidas nos instrumentos disponibilizados pelo assistente social. 
Essas informações são imprescindíveis para embasar a definição da ação a ser 
proposta no projeto. Nesse sentido, é essencial que haja um diálogo constante 
entre o estagiário, o supervisor de campo e o supervisor acadêmico. Esse 
 
 
diálogo possibilita uma análise crítica da realidade encontrada, contribuindo para 
a clareza na definição da ação a ser realizada. 
No campo problematização espera-se que o aluno possa embasar todo o 
contexto problema apresentado no campo de estágio, em articulação com o 
objetivo geral do projeto de intervenção. O contexto de estágio apresenta um 
problema relevante que demanda uma intervenção efetiva. Para embasar o 
problema, é necessário analisar profundamente o cenário em que a instituição 
está inserida, considerando aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos. 
Dessa forma, é possível compreender as diversas dimensões que influenciam a 
problemática em questão. Traduzir a problematização de forma efetiva e 
articulada requer uma compreensão aguçada da questão social em jogo. Nesse 
sentido, o problema identificado deve ser apresentado como um elemento 
central, ou seja, a expressão direta da questão social. 
Uma vez identificado o problema, é importante estabelecer uma conexão 
clara com o objetivo geral do projeto de intervenção. Esta visa promover 
mudanças positivas e buscar soluçõespara as dificuldades enfrentadas pelos 
usuários da instituição. 
Uma estratégia interessante para deixar claro o problema e o propósito 
da intervenção é formular uma pergunta problema. Por exemplo: Qual é o 
impacto da falta de acesso a determinados serviços na vida dos usuários? Essa 
pergunta estimula a reflexão a respeito das consequências e desafios 
enfrentados pelos indivíduos que têm suas necessidades não atendidas. 
A partir da problematização, o aluno terá uma base sólida para 
estabelecer estratégias de intervenção coerentes e eficazes, capazes de 
enfrentar o problema identificado. Essas estratégias podem envolver a criação 
de programas e projetos, o fortalecimento de parcerias, a mobilização da 
comunidade, entre outras ações pertinentes. 
TEMA 3 – JUSTIFICATIVA 
A justificativa para a intervenção proposta no projeto é fundamentada na 
importância e relevância que ela possui para os usuários, a instituição, o Serviço 
Social e a comunidade em geral. É fundamental embasar de maneira sólida os 
motivos pelos quais essa intervenção é necessária e os impactos positivos que 
ela pode trazer. 
 
 
Em relação aos usuários, a intervenção visa atender às suas 
necessidades e demandas, buscando proporcionar melhorias em sua qualidade 
de vida, bem-estar e garantia de direitos sociais. Ao promover ações que levem 
em consideração suas particularidades e contextos, busca-se fortalecer sua 
autonomia, resgatar sua dignidade e ampliar suas oportunidades de inclusão e 
participação social. 
Do ponto de vista da instituição, a intervenção contribui para fortalecer 
sua missão e objetivos, reforçando seu compromisso com a transformação social 
e a promoção do bem-estar dos usuários. Além disso, a implementação de 
projetos que contemplam a participação ativa dos usuários pode ser um 
diferencial para a visibilidade e reconhecimento da instituição no âmbito local e 
até mesmo nacional. 
Para o Serviço Social, a intervenção representa uma oportunidade de 
aplicar e colocar em prática os conhecimentos, habilidades e valores da 
profissão. É uma forma de exercer o compromisso ético-político do assistente 
social, promovendo o acesso aos direitos sociais, a justiça social e a igualdade 
de oportunidades para todos os indivíduos atendidos. 
Por fim, a intervenção também possui impacto na comunidade em geral, 
uma vez que as ações realizadas podem gerar transformações que vão além 
dos usuários diretos. Possibilita o fortalecimento do tecido social, o engajamento 
comunitário e a construção de redes de apoio e solidariedade, contribuindo para 
a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. 
É possível abordar também os desafios e obstáculos que podem surgir 
durante a intervenção, demonstrando a importância de superá-los e a 
necessidade de engajamento e trabalho conjunto para alcançar os objetivos 
propostos. 
TEMA 4 – OBJETIVOS, PÚBLICO-ALVO E CRONOGRAMA 
4.1 Objetivos: geral e específicos 
Um projeto de intervenção, em qualquer área de atuação, possui uma 
estruturação objetiva que se baseia, em grande parte, na formulação dos 
objetivos. Esses objetivos são normalmente divididos em geral e específicos, 
cada um com suas peculiaridades e propósitos. 
 
 
O objetivo geral descreve de maneira ampla o que se espera alcançar 
com a realização do projeto. Trata-se da intencionalidade principal, do grande 
propósito que motiva todas as ações que serão realizadas. Este é geralmente 
um enunciado mais abstrato e global que expressa o escopo geral do projeto. 
Por exemplo, se o foco for um projeto de intervenção com foco na educação 
alimentar, o objetivo geral poderia ser: "Promover a educação alimentar para 
crianças de escolas públicas na região X". 
Por outro lado, os objetivos específicos são mais detalhados e concretos, 
desdobramentos do objetivo geral. São as intenções menores que, juntas, 
ajudam a alcançar o propósito central do projeto. Eles devem ser concretos, 
mensuráveis e delimitados no tempo. Seguindo o exemplo anterior, um objetivo 
específico poderia ser: “Apresentar informações sobre a alimentação saudável 
para crianças e adolescentes”. 
Enquanto o objetivo geral dá uma visão mais abrangente e global das 
metas do projeto, os objetivos específicos delimitam as ações práticas que serão 
realizadas para se alcançar essa meta. Ambos são fundamentais para a 
estruturação de um projeto de intervenção efetivo e de sucesso. 
No campo Objetivos, é essencial que o aluno faça uma reflexão sobre as 
ações concretas que pretende realizar para alcançar seus objetivos propostos. 
Essa etapa é fundamental para a definição de um plano de ação efetivo. Por 
exemplo, se o objetivo geral é “conscientizar os pacientes sobre o processo de 
cuidado durante o processo de reabilitação”, o aluno precisa pensar 
cuidadosamente na melhor forma de transmitir essa informação. 
Um dos objetivos específicos poderia “promover acesso a informações 
sobre o processo de reabilitação”, desenvolvendo uma cartilha informativa, que 
poderia ser distribuída aos pacientes e suas famílias. Essa cartilha poderia 
conter ilustrações explicativas, dicas práticas e informações relevantes para 
auxiliar no processo de reabilitação. 
Outro objetivo específico é “viabilizar acesso a informações sobre o 
processo de reabilitação de maneira prática” com a realização de palestras 
educativas, em que o aluno poderia compartilhar seu conhecimento com um 
grupo de pacientes e esclarecer suas dúvidas. Essa interação direta proporciona 
uma troca de informações mais personalizada e permitiria um maior 
engajamento por parte dos pacientes. 
 
 
Cabe ressaltar que a escolha da ação a ser desenvolvida depende das 
características da população-alvo, dos recursos disponíveis e do contexto em 
que o trabalho será realizado. Portanto, é importante que o aluno leve em 
consideração esses aspectos ao definir suas atividades para alcançar seus 
objetivos. 
Os objetivos de um projeto de intervenção, seja ele em Serviço Social ou 
em qualquer outra área, geralmente começam com um verbo no infinitivo que 
indica ação. A escolha do verbo dependerá da natureza do projeto e das 
intenções específicas que se pretende alcançar. Por exemplo, se o objetivo do 
projeto for melhorar a qualidade de vida dos idosos em uma comunidade 
específica, o verbo que poderia iniciar o objetivo poderia ser "promover" 
(promover atividades físicas e sociais para melhorar a saúde e a interação social 
dos idosos na comunidade X). Se a intenção é acabar com o lixo em uma área 
verde, o verbo poderia ser "eliminar" (eliminar o acúmulo de lixo na área verde Y 
através de campanhas de conscientização e mobilização comunitária). 
Com isso, veremos que a escolha do verbo é extremamente importante e 
deve refletir a especificidade das ações que serão realizadas para atingir o 
objetivo. É importante que esse verbo indique ação, movimento e que esteja 
ligado diretamente às atividades que serão desenvolvidas no projeto. 
4.2 Público-alvo 
A definição de um público-alvo é de extrema importância para o 
desenvolvimento de um projeto de intervenção em Serviço Social. Ao 
estabelecer quem são as pessoas ou grupos que serão diretamente beneficiados 
pela intervenção, é possível direcionar de forma mais efetiva as ações, 
estratégias e recursos disponíveis. 
Ao identificar e compreender as características e necessidades do 
público-alvo, o aluno pode elaborar um projeto de intervenção que seja mais 
adequado e assertivo. Isso permite uma maior precisão na definição dos 
objetivos, atividades e metodologias a serem utilizadas, garantindo que as ações 
sejam realmente direcionadas para as demandas específicas desse grupo. 
Além disso, a definição do público-alvo também é importante para a 
obtenção de dados e informações relevantes que irão embasar o projeto de 
intervenção. Por meio de pesquisas, entrevistas e estudos específicos, é 
possível coletar informaçõessocioeconômicas, demográficas e culturais que 
 
 
serão fundamentais para a compreensão da realidade vivenciada por esse grupo 
e para a identificação das principais questões e desafios enfrentados. 
É importante considerar as particularidades e diversidades dentro do 
público-alvo, ressaltando a necessidade de análise e atenção às diferenças e 
desigualdades que podem existir dentro desse grupo. 
Destaque a importância da participação ativa do público-alvo no processo 
de construção e implementação do projeto de intervenção, enfatizando a 
importância de ouvir suas opiniões, necessidades e demandas, a fim de 
promover uma intervenção mais humanizada e empoderadora. 
Dessa forma, ao estabelecer um público-alvo claro e específico, o pré-
projeto de intervenção ganha direcionamento e foco, possibilitando uma atuação 
mais efetiva e a promoção de mudanças sociais significativas. 
4.3 Cronograma 
Desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de um pré-
projeto de intervenção em Serviço Social. Ele consiste em uma ferramenta de 
planejamento que permite a organização e distribuição temporal das atividades 
e etapas do projeto, garantindo a sua viabilidade e efetividade. 
Um cronograma bem estruturado possibilita que os profissionais 
envolvidos no projeto tenham uma visão clara e precisa das atividades que 
devem ser realizadas e dos prazos estabelecidos. Isso ajuda a evitar atrasos e 
desperdícios de tempo, facilitando a execução das ações de forma mais eficiente 
e dentro dos recursos disponíveis. 
Além disso, o cronograma também auxilia na definição de prioridades, 
permitindo que as atividades sejam organizadas de acordo com sua importância 
e urgência. Isso contribui para garantir que as ações mais relevantes sejam 
realizadas dentro dos prazos estipulados, evitando que aspectos cruciais do 
projeto sejam negligenciados. 
Outro ponto importante é que o cronograma possibilita o monitoramento 
e acompanhamento do progresso do projeto. Por meio da atualização e revisão 
periódica do cronograma, é possível verificar se as atividades estão sendo 
executadas de acordo com o planejado e se os prazos estão sendo cumpridos. 
Caso seja necessário, ajustes podem ser feitos para garantir que o projeto siga 
o seu curso adequado. 
 
 
Dessa forma, a elaboração e utilização de um cronograma eficiente no 
pré-projeto de intervenção contribui para a organização, gestão e monitoramento 
das atividades, otimizando o uso dos recursos e favorecendo o alcance dos 
objetivos propostos. 
O cronograma também é importante como ferramenta de comunicação e 
coordenação entre os profissionais envolvidos no pré-projeto de intervenção, 
facilitando a articulação e a sincronização das atividades de diferentes equipes 
ou setores. 
TEMA 5 – DIÁRIO DE CAMPO 
5.1 Diário de campo 
O diário de campo é um documento obrigatório no estágio e desempenha 
um papel fundamental no processo de aprendizagem do estagiário. De acordo 
com Uninter (2022), o diário deve registrar as atividades realizadas nas datas de 
frequência ao estágio, com o objetivo de promover o conhecimento e a 
compreensão das atividades desenvolvidas. 
Nesse sentido, é importante que o estagiário descreva os objetivos 
pretendidos para cada atividade, buscando explicitar suas impressões e 
reflexões a respeito do que foi realizado. Isso envolve identificar aspectos 
considerados positivos, dificuldades encontradas e outras considerações 
pertinentes à atividade em questão. 
O acompanhamento do diário de campo deve ser feito pelos supervisores 
acadêmicos e de campo, que desempenham um papel de apoio e orientação ao 
estagiário. Essa relação de supervisão é essencial para auxiliar o estagiário no 
entendimento das atividades, bem como para oferecer suporte às suas 
necessidades e dúvidas ao longo do estágio. 
A construção do diário de campo é uma etapa fundamental no estágio, 
pois permite uma análise crítica de cada atividade realizada, levando em 
consideração o contexto social em que estão inseridas. No campo "Objetivo", é 
imprescindível que o aluno descreva detalhadamente as atividades 
desenvolvidas, considerando não apenas as ações em si, mas também a 
expressão da questão social presente naquele momento. 
Ao formular um objetivo, é vital que ele comece com um verbo de ação. 
Isso é importante porque o verbo de ação define a ação que será executada para 
 
 
alcançar o objetivo proposto. Dito isto, ao formular um objetivo, deve-se sempre 
começar com um verbo de ação, indicando o curso de ação que deve ser tomado 
para atender às necessidades identificadas. 
Por exemplo, em vez de dizer "Melhora na alfabetização de crianças na 
comunidade X", é mais eficaz dizer "Promover a alfabetização de crianças na 
comunidade X". Aqui, "promover" é um verbo de ação que determina a ação a 
ser tomada – promover a alfabetização. É importante destacar que os verbos de 
ação devem estar no modo infinitivo, pois representam ações que ainda serão 
realizadas. Esses verbos, quando cuidadosamente escolhidos, conferem uma 
clareza decisiva ao objetivo e fornece uma direção de ação definitiva. 
Ao descrever as atividades, o aluno deve fazer uma conexão entre elas e 
as políticas públicas, legislações e o Projeto Ético-Político do Serviço Social. Isso 
envolve relacionar as ações realizadas com a Lei que regulamenta a profissão, 
o código de ética e outras produções teóricas de autores que embasam a prática 
do assistente social. Dessa forma, o aluno será capaz de desenvolver uma 
análise crítica, relacionando o cotidiano profissional com as atribuições e 
competências específicas do assistente social. 
É importante ressaltar que essa análise crítica contribui para o 
aprimoramento do aluno enquanto futuro profissional, pois proporciona uma 
reflexão profunda sobre o impacto de suas atividades no âmbito social. Além 
disso, permite que o aluno identifique possíveis lacunas nas políticas públicas, 
bem como desafios e possibilidades de intervenção. 
5.2 Diário de campo analítico 
O diário de campo analítico é uma ferramenta fundamental para o estágio 
na Uninter, pois permite a tradução de uma parte da realidade para um contexto 
de interpretação científica, conforme destacado por Lassance (2022, p. 26). 
Esse documento é composto por três momentos distintos: descrição, 
objetivos e avaliação da ação realizada. Na descrição, é necessário fornecer 
detalhes minuciosos sobre o espaço, seguindo uma ordem cronológica dos 
acontecimentos. É importante descrever todas as observações relevantes de 
forma clara e objetiva, expressando a intencionalidade da atividade prática do 
campo de estágio. 
Por fim, na avaliação, é essencial relacionar os objetivos delineados com 
a ação efetivamente realizada. Nesse momento, são esclarecidas questões 
 
 
valorativas, éticas e ideológicas que influenciam os objetivos da futura atuação 
profissional. A avaliação permite uma reflexão crítica sobre a ação desenvolvida, 
identificando pontos fortes e aspectos a serem aprimorados. A síntese do diário 
de campo consiste em reunir os principais pontos da experiência vivenciada e 
das reflexões realizadas, apresentando uma visão global e integrada do estágio, 
é nesse momento que o aluno busca pela natureza científica para analisar e 
interpretar a relação entre a prática e a teoria, buscando embasamento para 
compreender o significado dos acontecimentos observados. 
NA PRÁTICA 
A construção e o acompanhamento de projeto de intervenção são 
habilidades essenciais para os assistentes sociais e são exigidas nos diversos 
espaços em que atuam profissionalmente. Para lidar com as expressões da 
questão social, é necessário possuir competência técnica para propor, conduzir 
e avaliar as intervenções realizadas por meio do planejamento das ações 
propostas no projeto. 
A construção de um projeto de intervenção envolve o conhecimento 
aprofundado da questão a ser trabalhada. Conformedestacado por Campos et 
al (2012), é fundamental obter o consentimento dos atores envolvidos no projeto, 
pois seu engajamento será crucial para alcançar os objetivos propostos. 
A efetividade do projeto está relacionada tanto à dimensão técnica, que 
engloba o planejamento, implementação e avaliação das ações, quanto à 
dimensão ética presente na proposta de intervenção. É fundamental que essa 
proposta esteja comprometida com as necessidades da população atendida, 
priorizando a promoção da justiça social e o respeito aos direitos humanos. Os 
projetos de intervenção devem estar inseridos em contextos mais amplos, 
considerando as políticas públicas, as relações de poder e as estruturas sociais 
que influenciam diretamente a realidade abordada. 
Agora convidamos você a revisitar todos os conteúdos propostos até aqui 
para fundamentar, embasar e construir o seu pré-projeto de intervenção e o seu 
diário de campo fundamentado. Sempre que necessário, revise estes conteúdos, 
pois elas trarão os elementos necessários para lhe conduzir de forma crítica e 
propositiva para a construção dos seus documentos de sistematização da 
prática. 
 
 
FINALIZANDO 
A construção de um projeto de intervenção exige a incorporação de vários 
elementos essenciais que contribuem para o efetivo alcance dos objetivos 
propostos. Cada um desses elementos tem uma função específica e, juntos, 
formam uma estrutura sólida que guia todas as ações do projeto. 
A definição do tema é o ponto de partida, assegurando o foco das ações. 
A escolha de um tema pertinente e relevante para a comunidade ou instituição 
garante a relevância do projeto. 
A caracterização da realidade institucional envolve a compreensão do 
contexto em que o projeto será implementado. Isso inclui a análise das 
características, demandas, limitações e potencialidades da instância, essencial 
para replanejar as ações conforme a necessidade. 
A formulação da pergunta problema e a problematização permitem a 
identificação clara do desafio que se busca superar. Ao compreender o problema 
em sua complexidade, é mais fácil desenvolver estratégias para solucioná-lo. 
O objetivo geral e os objetivos específicos são a bússola do projeto. 
Enquanto o objetivo geral direciona o foco de maneira mais ampla, os objetivos 
específicos detalham as etapas necessárias para alcançá-lo. 
O público-alvo é outro componente essencial, pois todos os esforços 
devem ser direcionados para atender as demandas desse grupo. Compreender 
suas características e necessidades permite a criação de estratégias mais 
assertivas. 
Por fim, o cronograma é uma ferramenta valiosa para gerenciar o tempo 
e garantir que todas as atividades sejam realizadas dentro dos prazos 
estabelecidos, além de permitir a avaliação do progresso do projeto. 
Em suma, a construção de um projeto de intervenção é intrincada e requer 
a articulação de diversos elementos em um esforço conjunto para que as metas 
estabelecidas sejam alcançadas de maneira eficaz. 
Quanto ao diário de campo, é uma ferramenta extremamente importante 
no processo de estágio, independentemente da área em que esse estágio está 
sendo realizado. Ele serve como um espaço para registrar observações, 
reflexões, emoções e experiências vivenciadas durante a prática profissional. 
Através do diário, os estagiários têm a oportunidade de documentar seus 
aprendizados e progressos, bem como suas dificuldades e desafios. 
 
 
Desde o início do estágio, o diário de campo é um aliado na organização. 
Ele proporciona uma visão mais clara da rotina de trabalho e das tarefas 
desenvolvidas. Com o passar do tempo, nota-se um registro rico e detalhado que 
evidencia o desenvolvimento profissional e o amadurecimento do estagiário. 
Além disso, as anotações constantes auxiliam na formação de uma 
memória reflexiva, pois incentivam a constante revisão de conceitos e posturas. 
Nesse sentido, o diário é um espaço de autoconhecimento e autorreflexão, 
impulsionando o estagiário a pensar criticamente sobre suas práticas e a buscar 
constantemente aprimoramento. 
Em última análise, o diário de campo no processo de estágio é uma 
narrativa única que reflete a jornada individual do aluno em seu caminho 
profissional. Cada entrada não só documenta um evento específico, mas 
também serve como um marco de aprendizado no contínuo processo de 
formação. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
LASSANCE, A. Como elaborar projetos de intervenção para a 
implementação de políticas públicas? Brasília: Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (Ipea), 2022. 
REZENDE, I. Síntese de roteiro simplificado para elaboração do projeto de 
intervenção. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1994. 
UNINTER. Regulamento de Estágio Supervisionado em Serviço Social. 
Curitiba, 2016.

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