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ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
PRÉ-PROJETO DE 
INTERVENÇÃO 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Aline Aparecida da Cunha de Brito 
 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
• Atentar ao planejamento das atividades; 
• Aprender a identificar os objetivos das ações do assistente social do 
campo de estágio; 
• Compreender os instrumentos utilizados no campo de estágio; 
• Entender a importância da sistematização e da fundamentação teórica 
para sustentar a escrita técnica em serviço social; 
• Identificar os limites e possibilidades da intervenção para a defesa da 
garantia de direitos dos usuários dos serviços. 
TEMA 1 – ESCRITA TÉCNICA EM SERVIÇO SOCIAL 
A escrita técnica em serviço social desempenha um papel crucial na 
sistematização e fundamentação das intervenções do profissional em seu 
exercício profissional, o que também se aplica aos projetos desenvolvidos por 
esse profissional. Ela se caracteriza por uma linguagem específica, precisa e 
objetiva, voltada para a produção de conhecimento no campo da área social 
(CFESS, 2020). 
Na escrita, é presente o ato da sistematização como parte do processo de 
escrita técnica, referente a organização de dados, informações e reflexões 
obtidas durante a realização da intervenção social. Ela envolve a estruturação 
lógica dos conteúdos, a ordenação de etapas e a descrição detalhada das 
atividades desenvolvidas. “A sistematização contribui para a compreensão e 
divulgação da prática profissional, permitindo a replicabilidade e o 
aprimoramento das ações” (Hora, 2016. p. 5). 
A sistematização da prática é definida como “todo o processo de 
organização teórico-metodológico e técnico instrumental da ação profissional em 
Serviço Social” (Almeida, 2006, p. 3). Assim, sistematizar o pré-projeto de 
intervenção ou o diário de campo consiste em organizar, de forma clara e 
estruturada, todas as informações, atividades e etapas relacionadas à proposta. 
Essa etapa é essencial para garantir a eficácia e a eficiência das ações, facilitar 
o acompanhamento e a avaliação do projeto, bem como possibilitar a análise 
crítica das atividades inseridas no diário de campo. 
Em resumo, sistematizar envolve organizar, de forma estruturada, todas 
as informações, atividades e etapas relacionadas à proposta. A partir da 
 
 
definição de objetivos claros e da identificação de atividades e tarefas, com a 
descrição detalhada de cada etapa e o uso de instrumentos de monitoramento e 
avaliação, a sistematização contribui para a eficácia e eficiência das ações 
propostas. Azevedo (2014) entende que a sistematização se trata de um 
processo educativo com vistas à compreensão do exercício profissional, 
possibilitando ações reflexivas, resgatando a realidade e percebendo as 
experiências. 
Já a fundamentação, na escrita técnica, é essencial para sustentar a 
argumentação e embasar teoricamente as intervenções realizadas. Ela permite 
a contextualização do problema social e a identificação de melhores abordagens 
e estratégias de intervenção. 
A fundamentação de um projeto de intervenção é um processo 
essencial para embasar teoricamente as ações propostas e 
proporcionar uma base sólida de conhecimento. Ao fundamentar o 
projeto, é possível demonstrar a necessidade e a pertinência da 
intervenção, além de respaldar as estratégias e abordagens adotadas. 
(Hora, 2016, p. 7) 
A fundamentação consiste em embasar teoricamente a proposta, 
utilizando referências bibliográficas, legislações, teorias e conceitos relevantes 
da área de atuação. Isso permite uma compreensão mais ampla e aprofundada 
do problema social a ser enfrentado, bem como a identificação de possíveis 
abordagens e estratégias de resolução. Pode ser realizada a partir de estudos 
científicos, pesquisas, dados estatísticos, relatórios técnicos e documentos 
oficiais que corroborem a importância e a urgência da intervenção. Esses 
elementos servem como subsídios para comprovar a necessidade da ação 
proposta, com base em análises críticas da realidade social. 
Além disso, a fundamentação do diário de campo e do pré-projeto de 
intervenção também envolve a contextualização do problema, considerando 
fatores históricos, sociais, políticos e culturais. Essa contextualização ajuda a 
compreender as causas estruturais do problema e a explorar possíveis 
estratégias de enfrentamento que sejam adequadas à realidade em questão. 
Em resumo, a escrita técnica em serviço social desempenha um papel 
fundamental na sistematização e fundamentação das intervenções. Ela se 
caracteriza por uma linguagem precisa, objetiva e fundamentada teoricamente, 
contribuindo para a compreensão e o aprimoramento da prática profissional. A 
escrita técnica em serviço social deve ser clara, ética e acessível, buscando uma 
comunicação efetiva com diferentes públicos. 
 
 
Dessa forma, a escrita técnica em serviço social, tanto no projeto de 
intervenção quanto no diário de campo, é importante para que o aluno possa 
imprimir clareza, objetividade e precisão na construção de suas propostas, 
transmitindo as informações de forma eficiente. Além de relatar as atividades e 
situações encontradas no campo de estágio, não esqueça de incluir reflexões 
críticas sobre o trabalho realizado. Questione o que funcionou e o que pode ser 
melhorado, proponha alternativas e faça conexões entre atividades e políticas 
públicas, com centralidade na defesa e garantia de direitos dos usuários dos 
serviços. Essa reflexão crítica contribui para um processo de aprendizagem 
significativo e para uma prática profissional mais efetiva. 
TEMA 2 – OBJETIVOS DA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL 
 Os objetivos de atuação do assistente social estão diretamente 
relacionados com os interesses da classe trabalhadora, buscando promover a 
justiça social e garantir direitos de pessoas, famílias e comunidades. Aprender a 
identificar os objetivos das ações do assistente social no campo de estágio é de 
extrema importância para o desenvolvimento de habilidades práticas e para a 
compreensão do papel desse profissional na intervenção. 
 Por exemplo, se hoje o seu campo de estágio acontece em alguma 
instituição do terceiro setor, o objetivo profissional poderá ser buscar parcerias 
com instituições de ensino e promover cursos e workshops para capacitar jovens 
em situação de vulnerabilidade social em áreas criativas, como design, fotografia 
e escrita criativa. Isso pode abrir portas para novas oportunidades de trabalho e 
desenvolvimento pessoal. 
 Agora, se o seu campo de estágio acontece em uma empresa privada, o 
objeto do profissional nessa empresa pode ser propor a implementação de 
programas de voluntariado corporativo, nos quais os funcionários possam usar 
suas habilidades e talentos para ajudar organizações sociais. Essa iniciativa 
estimula o engajamento dos colaboradores e cria oportunidades de aprendizado 
nos dois sentidos. 
Identificar os objetivos profissionais no campo de estágio é de extrema 
importância para o desenvolvimento do assistente social como futuro 
profissional. O campo de estágio oferece a oportunidade de vivência em 
diferentes áreas de atuação. Ao identificar seus objetivos profissionais, o aluno 
pode aproveitar essa experiência para experimentar e descobrir quais campos 
Highlight
 
 
despertam seu interesse e se alinham com suas metas futuras. O aluno também 
pode se tornar mais consciente de suas habilidades, valores e interesses. Essa 
consciência ajuda a direcionar o desenvolvimento de competências necessárias, 
bem como a melhorar a tomada de decisões na carreira. 
Identificar esses objetivos, também permite que o aluno elabore um plano 
de ação prático para alcançá-los. É possível definir metas de curto e longo prazo, 
identificar recursos necessários, como cursos de capacitação ou participação em 
projetos específicos, e estabelecer marcos para avaliar o progresso. 
Durante o processo de estágio, o assistente social terá a oportunidadede 
interagir com profissionais experientes, construindo relacionamentos e 
ampliando a sua rede de contatos profissionais. Ao identificar seus objetivos 
profissionais, o aluno pode aproveitar essas conexões, identificando parcerias 
ou até mesmo futuras oportunidades de trabalho. 
Ao refletir sobre os objetivos das ações do assistente social, desenvolva 
uma abordagem estratégica no seu diário de campo e na construção do seu pré-
projeto de intervenção. Questione como esses objetivos se relacionam com a 
transformação da realidade social onde o estágio é realizado. Relacione esses 
objetivos com as atribuições e competências dos assistentes sociais. Também é 
importante refletir de que maneira esses subjetivos dos assistentes sociais estão 
articulados com os objetivos institucionais. 
Ao identificar os objetivos das ações do assistente social, esteja aberto a 
explorar novas abordagens e soluções não convencionais. Encoraje-se a pensar 
fora da caixa e a criar conexões inesperadas. Por exemplo, se o objetivo é 
promover a inclusão social, você pode explorar a arte, o esporte ou outras formas 
de expressão como instrumentos de intervenção, em colaboração com artistas 
e atletas locais. 
“Dessa forma, o(a) assistente social, norteado(a) por um aporte teórico na 
definição do objeto de ação e na escolha dos instrumentos a serem utilizados 
conforme a situação, é capaz de fazer, com maior clareza, a leitura da realidade 
na qual intervém” (Silva, 2017, p. 25). 
Além disso, a utilização de recursos teóricos e metodológicos é outro 
instrumento importante para o assistente social. Eles podem incluir a realização 
de visitas domiciliares, a elaboração de planos de atendimento, a mediação de 
conflitos, a articulação com outros profissionais e a conexão com políticas 
públicas existentes. 
 
 
Assim, ao analisar e identificar os objetivos do serviço social em seu 
campo de estágio, a construção do seu pré-projeto de intervenção e do seu diário 
de campo estará vinculada com o exercício profissional do seu supervisor de 
campo, qualificando e revendo a atuação no espaço sócio-ocupacional. 
Lembrando que “o objeto de trabalho do Serviço Social não está dado, mas que 
deve ser reconstruído, observando-se os fenômenos societários, com vistas a 
uma intervenção que efetive o projeto ético-político da categoria profissional” 
(Silva, 2017, p. 31). 
TEMA 3 – GARANTIA DE DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO: LIMITES E 
POSSIBILIDADES 
A importância dos direitos dos usuários de serviços públicos é 
fundamental para promover a igualdade de acesso e o respeito no atendimento. 
A Lei n. 13.460, de 26 de junho de 2017, dispõe sobre participação, proteção e 
defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública. É 
uma legislação que tem por premissa incluir os usuários no bom funcionamento 
do serviço público e de instituições que atuam com políticas públicas. Todos os 
cidadãos devem ser atendidos de maneira digna, independentemente de origem, 
raça, gênero ou qualquer outra característica pessoal. Além disso, é essencial 
que os locais de prestação dos serviços públicos estejam devidamente 
estruturados e organizados, de modo a facilitar o acesso e a localização dos 
órgãos responsáveis pelo atendimento. As informações fornecidas aos usuários 
devem ser precisas, incluindo horário de funcionamento dos órgãos, serviços 
oferecidos, localização exata e setor responsável pelo atendimento. Dessa 
forma, os cidadãos podem se planejar adequadamente e obter as informações 
necessárias para utilizar os serviços públicos de maneira eficiente (Iamamoto, 
2010). 
O serviço social desempenha um papel fundamental na garantia dos 
direitos dos usuários dos serviços, pois atua como mediador entre os usuários e 
as instituições públicas, buscando assegurar que os direitos sejam respeitados, 
com promoção do acesso igualitário aos serviços. O Código de Ética da 
Categoria, com respeito aos princípios fundamentais, assim estabelece: 
I - Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das 
demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena 
expansão dos indivíduos sociais; II. Defesa intransigente dos direitos 
Highlight
 
 
humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; [...] V. Posicionamento 
em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de 
acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, 
bem como sua gestão democrática. (Brasil, 1993) 
Por meio de um trabalho pautado na ética e na defesa dos direitos 
humanos, os assistentes sociais atuam na identificação das vulnerabilidades e 
desigualdades presentes na sociedade. Eles realizam um diagnóstico da 
situação dos usuários, considerando seus contextos socioeconômicos, culturais 
e de saúde, entre outros aspectos relevantes. 
Ao atuar na defesa da garantia de direitos dos usuários dos serviços, o 
assistente social precisa ter clareza sobre os limites e possibilidades da sua 
intervenção. Embora seu trabalho seja essencial para promover a justiça social 
e a inclusão, é importante reconhecer que existem desafios e restrições que 
podem impactar a sua atuação. 
Os assistentes sociais enfrentam diversos desafios na garantia dos 
direitos dos usuários do serviço público. Um dos principais desafios é a falta de 
recursos adequados para atender às demandas da população. Muitas vezes, as 
instituições, sejam públicas ou privadas, não contam com estrutura, equipe e 
orçamento suficientes, o que impacta na qualidade e na efetividade do 
atendimento prestado. Essa falta de recursos dificulta a promoção dos direitos 
dos usuários, pois os assistentes sociais se veem limitados em suas ações e 
intervenções (Iamamoto, 2010). 
Além da falta de recursos, a burocracia também é um desafio significativo. 
Procedimentos e trâmites administrativos complexos dificultam o acesso dos 
usuários aos serviços e o exercício de seus direitos. Os assistentes sociais 
muitas vezes se deparam com uma série de obstáculos burocráticos que podem 
retardar ou impedir o atendimento necessário. A superação dessas barreiras 
requer esforços de articulação, além da capacidade de negociação por parte dos 
profissionais. 
Na construção do seu diário de campo e do seu pré-projeto de 
intervenção, será de extrema importância colocar o usuário na centralidade dos 
seus objetivos. É importante identificar os limites e as possibilidades do exercício 
profissional e vincular esse aspecto com os objetivos do pré-projeto na análise 
do diário de campo. 
Diante desses desafios, os assistentes sociais buscam estratégias de 
enfrentamento, como o fortalecimento das redes de apoio e parcerias, a busca 
 
 
por capacitação e formação contínua, o trabalho em rede com outros 
profissionais, além de ações para sensibilizar gestores e políticos sobre a 
importância da garantia dos direitos dos usuários. A luta pelo fortalecimento da 
política pública e a busca por medidas que assegurem recursos suficientes, com 
redução da burocracia e maior articulação entre os setores, são passos 
fundamentais para superar esses desafios e promover uma atuação mais efetiva 
dos assistentes sociais na garantia dos direitos dos usuários do serviço público 
(Iamamoto, 2010). 
Importante ressaltar que, para além desses limites de atuação, também é 
possível identificar as possibilidades do exercício profissional no seu campo de 
estágio. Os assistentes sociais têm um amplo campo de atuação no exercício 
profissional, para a garantia dos direitos dos usuários. Sua atuação é orientada 
pela defesa dos direitos humanos, pela justiça social e pela promoção da 
igualdade, buscando garantir que todas as pessoas tenham acesso aos serviços 
e benefícios a que têm direito. Podem fornecer informações sobre direitos, 
procedimentos e recursos disponíveis, auxiliando-os a exercerem seus direitos 
de forma efetiva. Eles podem também realizar atendimentosindividualizados ou 
em grupos, realizando escutas qualificadas e intervenções para ampliar as 
oportunidades e melhorar as condições de vida dos usuários. 
Além disso, os assistentes sociais têm o potencial de promover a 
participação ativa e o empoderamento dos usuários. Eles podem incentivar a 
organização e a mobilização comunitárias, estimulando os usuários a se 
engajarem em espaços de participação, como conselhos municipais, fóruns e 
conferências. Dessa forma, os usuários são estimulados a ter voz ativa na 
formulação, implementação e revisão das políticas públicas, tornando-se sujeitos 
ativos na garantia de seus próprios direitos. 
TEMA 4 – INSTRUMENTOS NO CAMPO DE ESTÁGIO 
No campo de estágio em serviço social, diversos instrumentos podem ser 
utilizados para coleta de informações, intervenção e análise. Alguns exemplos 
comuns: entrevistas, questionários, observação participante, estudos de caso, 
visitas domiciliares, registros escritos e análise documental. Esses instrumentos 
são empregados de acordo com os objetivos e as necessidades de cada 
intervenção ou pesquisa. 
 
 
É fundamental que o aluno no campo de estágio compreenda as 
ferramentas utilizadas pelos assistentes sociais no exercício profissional, pois 
isso contribui para o desenvolvimento de competências técnicas e habilidades 
necessárias para o trabalho na área. Ao conhecer e dominar esses instrumentos, 
o aluno poderá realizar uma atuação mais eficaz, embasada em fundamentos 
teóricos e práticos. Além disso, a compreensão dos instrumentos utilizados 
proporciona ao aluno a capacidade de articular teoria e prática, permitindo uma 
intervenção mais adequada e coerente com os princípios éticos e políticos do 
serviço social. 
O assistente social atua em múltiplos espaços sócio-ocupacionais, com 
diversas políticas públicas. Portanto, atua com diversos instrumentos. Agora 
convido você a questionar: quais são os instrumentos utilizados pelo serviço 
social no seu campo de estágio? 
Além de identificar os instrumentos utilizados pelo assistente social, como 
entrevistas, diagnósticos sociais e encaminhamentos, é essencial desenvolver 
uma análise crítica sobre sua eficácia e adequação à realidade do público 
atendido. Pergunte-se: existem outros instrumentos ou abordagens alternativas 
que poderiam ser utilizadas nesse momento? Como eles seriam aplicados? 
Procure ampliar a sua compreensão dos diferentes instrumentos 
utilizados por profissionais de outras áreas que atuam em conjunto com o 
assistente social, como psicólogos, educadores e médicos. Identifique como 
suas práticas e objetivos se conectam e se complementam, e como podem 
influenciar a intervenção profissional do assistente social no seu campo de 
estágio (Silva, 2017). 
Além disso, “o conhecimento dos instrumentos potencializa a capacidade 
de intervenção do assistente social” (Silva, 2017, p. 87). Cada instrumento traz 
objetivos específicos e formas de aplicação. O profissional que os domina pode 
utilizá-los de maneira estratégica e eficiente. Isso permite um planejamento de 
ações mais efetivo, considerando as particularidades e singularidades de cada 
caso e contexto. 
Outro aspecto relevante é a relação entre o conhecimento dos 
instrumentos e a ética profissional. O serviço social é guiado por princípios éticos 
que orientam o exercício profissional, como a garantia de direitos, a promoção 
da justiça social e a defesa dos direitos humanos. O uso adequado dos 
instrumentos é essencial para respeitar a autodeterminação dos sujeitos 
 
 
envolvidos, preservar a privacidade e confidencialidade das informações, evitar 
a violação dos direitos e proporcionar uma intervenção ética e qualificada (Silva, 
2017). 
Em suma, o conhecimento dos instrumentos utilizados no campo fortalece 
o exercício profissional do assistente social, ao proporcionar uma atuação 
embasada, eficaz e articulada com a teoria, o que é fundamentada para os 
princípios éticos da profissão. 
Outro ponto é que o domínio dos instrumentos facilita a compreensão das 
relações sociais e a identificação dos aspectos estruturais que influenciam as 
demandas sociais (Silva, 2017). Através de observação participante, visitas 
domiciliares e análise documental, por exemplo, o assistente social pode 
identificar fatores como desigualdade de gênero, exclusão social, racismo e 
negligência institucional. Essa compreensão mais ampla torna possível uma 
intervenção mais contextualizada e eficaz, com vistas a transformar as 
condições de vida das pessoas atendidas. 
Outro benefício do conhecimento dos instrumentos é a capacidade de 
monitorar e avaliar os resultados das intervenções sociais. Através de registros 
escritos, relatórios e outros meios de documentação, o assistente social pode 
acompanhar a evolução dos casos, avaliar o impacto das medidas adotadas e 
promover ajustes quando necessário. Esse processo de monitoramento e 
avaliação é fundamental para aprimorar continuamente a prática profissional e 
garantir a efetividade das ações realizadas. 
Em suma, o conhecimento dos instrumentos utilizados no campo de 
estágio em serviço social é essencial para fortalecer a atuação do assistente 
social em resposta às demandas sociais, proporcionando uma abordagem mais 
informada, reflexiva e estratégica. Esses instrumentos permitem análise 
aprofundada, compreensão contextualizada e intervenção efetiva, visando 
promover a transformação social e o fortalecimento dos direitos e da dignidade 
das pessoas atendidas. 
TEMA 5 – PLANEJAMENTO EM SERVIÇO SOCIAL 
O planejamento desempenha um papel crucial no trabalho do assistente 
social. Ele ajuda a direcionar as ações e a tomar decisões estratégicas para 
alcançar os objetivos desejados. “É possível pensar o trabalho do assistente 
social profissional de muitas maneiras, usando várias técnicas. Consideramos, 
Highlight
 
 
no entanto, que o planejamento é o processo mais adequado” (Bordin, 2018, p. 
149). Em suma, o planejamento fornece ao assistente social uma estrutura sólida 
para seu trabalho, ajudando-o a ser mais eficiente, organizado e eficaz na busca 
de melhores resultados. Mas afinal, o que é planejar? 
Planejar envolve a criação de um roteiro estratégico para alcançar os 
objetivos profissionais. É um processo que envolve várias etapas, como 
estabelecer metas, identificar recursos necessários, definir estratégias e criar um 
cronograma de ações. O planejamento visa fornecer uma direção clara, 
organizar as atividades e maximizar a eficiência e eficácia do trabalho. 
O projeto/plano de trabalho profissional é útil não apenas como um 
instrumento para o trabalho do assistente social com outros 
profissionais, sinalizando e reforçando suas atribuições, mas também 
para demarcar os pressupostos da profissão, estabelecendo 
parâmetros importantes dentro da organização e, porventura, 
indicando o posicionamento do profissional diante de suas demandas. 
(Bordin, 2018, p. 157) 
Complementando essa afirmação, o planejamento do trabalho profissional 
também desempenha um papel fundamental na comunicação e no alinhamento 
entre o assistente social e outras partes envolvidas, como colegas de trabalho, 
gestores e a comunidade em geral. Ele estabelece uma visão clara das 
atribuições e responsabilidades do assistente social, ajudando a garantir a 
compreensão e o suporte necessários para o desenvolvimento do trabalho. 
Além disso, pode contribuir para a definição de parâmetros e diretrizes 
dentro da organização, estabelecendo uma base sólida para as ações do 
assistente social. Isso inclui aspectos como princípios éticos, abordagens 
teórico-metodológicas, políticas e procedimentos internos, garantindo a 
coerência e a qualidade do trabalho realizado. Também pode refletir o 
posicionamento e os valores do assistente social diante das demandas 
existentes. Isso inclui a defesa de direitos sociais, a promoção da participação e 
autonomiados usuários, o compromisso com a equidade e a justiça social, entre 
outros princípios orientadores. O planejamento pode se tornar uma ferramenta 
para comunicar essas diretrizes e fomentar o debate sobre elas, garantindo que 
o trabalho do assistente social esteja alinhado com sua visão e missão 
profissional. 
Dessa forma, ao pensar no pré-projeto de intervenção, é importante fazer 
uma análise da realidade social. Isso envolve coletar dados relevantes, 
identificar os problemas e demandas existentes, mapear os recursos disponíveis 
Highlight
 
 
e analisar as relações de poder e as estruturas socioeconômicas presentes no 
contexto. Essa análise detalhada é fundamental para embasar as escolhas e 
decisões a serem tomadas ao longo do projeto. 
Com base nessa análise, é possível estabelecer os objetivos do projeto 
de intervenção. Esses objetivos devem ser claros, específicos, mensuráveis e 
alcançáveis dentro do contexto em que o assistente social está inserido. Eles 
devem estar alinhados com as necessidades identificadas e devem ser 
formulados de modo a promover a transformação social e a garantia de direitos. 
Após definir os objetivos, é necessário pensar nas estratégias e ações 
que serão adotadas. Aqui entram em cena os instrumentos utilizados no campo 
de estágio, como entrevistas, visitas domiciliares, grupos de apoio, 
encaminhamentos e mobilização comunitária, que podem ser incorporados ao 
projeto de intervenção de acordo com as demandas identificadas e os recursos 
disponíveis. 
Ao planejar o pré-projeto de intervenção, é necessário considerar a 
participação e o protagonismo dos sujeitos envolvidos, respeitando a sua 
autonomia e valorizando os seus saberes e experiências. É também importante 
estabelecer parcerias e se articular com outros profissionais e instituições que 
possam contribuir para o alcance dos objetivos propostos. 
Segundo Bordin (2018, p. 158), outro ponto a ser considerado no 
planejamento é: 
O planejamento também inclui perceber os limites e possibilidades da 
atuação. “Isso é válido tanto em momento de elaboração do projeto 
quanto em momento de avaliação. Além disso, é preciso analisar a real 
eficácia dos instrumentos, técnicas e conhecimentos de que se dispõe 
para atingir o objetivo principal, sabendo adaptar-se à realidade e ao 
contexto existentes. 
 Nesse sentido, ao desenvolver um planejamento, é essencial considerar 
tanto os limites quanto as possibilidades de atuação. Isso envolve reconhecer as 
restrições impostas por diferentes fatores, como recursos disponíveis, 
regulamentações governamentais ou restrições institucionais. Ao mesmo tempo, 
é importante explorar e identificar as possibilidades e oportunidades que possam 
ser aproveitadas. Isso pode incluir o uso de abordagens inovadoras, parcerias 
com outras organizações ou profissionais, a busca por novos recursos ou a 
exploração de tecnologias emergentes. 
Adaptabilidade também é uma característica central no planejamento do 
assistente social. É essencial reconhecer a natureza dinâmica do trabalho social, 
 
 
compreender as mudanças no contexto em que trabalhamos e ajustar o plano 
de trabalho conforme necessário. A capacidade de se adaptar ao contexto 
existente e encontrar maneiras criativas de lidar com os desafios é fundamental 
para garantir efetividade, eficiência e eficácia no trabalho do assistente social. 
NA PRÁTICA 
 Nesta etapa, tivemos a oportunidade de estudar elementos essenciais 
que constituem o nosso processo de estágio. Agora, convidamos vocês a 
responder os seguintes questionamentos: 
• Qual o objetivo profissional do assistente social no meu campo de 
estágio? 
• Quais os instrumentos presentes no exercício profissional do assistente 
social no meu campo de estágio? 
• De que forma posso planejar minhas ações, tanto no campo de estágio e 
na construção do meu pré-projeto de intervenção e diário de campo, 
quanto como futuro profissional? 
• Quais são os limites e as possibilidades de atuação do assistente social 
no meu campo de estágio? 
• Quando reflito sobre meu processo de estágio, de que forma estou 
sistematizando e fundamentando essas reflexões? 
 Nesse momento, você tem total habilidade de refletir e responder esses 
questionamentos. Aproveite suas respostas para complementar o seu pré-
projeto de intervenção e o seu diário de campo fundamentado. Vamos lá! 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, exploramos diversos aspectos relevantes para o trabalho do 
assistente social e suas vivências no campo de estágio. Vamos pensar em 
maneiras criativas de abordar cada um desses tópicos. Diante dessas reflexões, 
como você pode aplicar essas abordagens criativas no seu campo de estágio? 
Que ideias inovadoras você pode trazer para planejar as suas atividades, 
identificar objetivos, utilizar instrumentos, sustentar a sua escrita técnica e lidar 
com os limites e possibilidades da intervenção? 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, N. L. T. de. Retomando a temática da sistematização da prática. In: 
BRAVO, M. I.; MOTA, A. E.; TEIXEIRA, M. Serviço Social e saúde: formação e 
trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2006. p. 399-408. 
AZEVEDO. I. S. A Dimensão Ética da Sistematização do Exercício Profissional. 
Serv. Soc. Revista Londrina, v. 16, n. 2, p.166-185, jan. 2014. 
BORDIN, E. B. Planejamento em Serviço Social. Curitiba: InterSaberes, 2018. 
BRASIL. Lei n. 8.662, de 7 de junho de 1993. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 8 jun. 1993. 
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social. Sistematização e Análise de 
Registros da Opinião Técnica Emitida pela/o Assistente Social em 
Relatórios, Laudos e Pareceres: objetos de denúncias éticas presentes em 
recursos disciplinares julgados pelo Conselho Federal de Serviço Social. 
Brasília, 2020. 
HORA, T. D. Sistematização da Prática do Serviço Social: Uma Análise 
Bibliográfica Sobre o Tema. CRESS, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: 
<https://www.cressrj.org.br/wp-content/uploads/2016/05/068.pdf>. Acesso em: 6 
nov. 2023. 
IAMAMOTO, M. V. A assistência na trajetória das políticas sociais 
brasileiras: uma questão em análise. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2010. 
SILVA, A. M. P. Instrumentalidade e Instrumentais técnicos de Serviço 
Social. Curitiba: InterSaberes, 2017.

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