Necrose caseosa ou degeneração caseosa é uma ação de degradação progressiva e irreversível feita por enzimas em tecidos lesionados. Característica de focos de tuberculose. Sua aparência (macroscopicamente) tem aspecto semelhante a um queijo cremoso, branco amarelado.
A necrose caseosa ocorre secundariamente nos granulomas, que se formam nos processos inflamatórios crônicos relacionados, especialmente, com a tuberculose (infecção bacteriana por Mycobacterium tuberculosis). Pode também ser observada em granulomas na histoplasmose (infecção fúngica por Histoplasma capsulatum), na paracoccidioidomicose (infecção fúngica por Paracoccidioides brasiliensis) e na tularemia (infecção bacteriana por Francisella tularensis).
Se apresenta macroscopicamente com aspecto de massa de queijo friável, esbranquiçado e quebradiço. Microscopicamente, observa-se a formação do granuloma (reação de hipersensibilidade tardia – hiper IV) que corresponde a um processo de inflamação crônica. O granuloma contém área de necrose caseosa central; células epitelióides (macrófagos modificados com aumento do citoplasma); células gigantes (células multinucleadas, em que seus núcleos se apresentam organizados em formato de ferradura, também chamadas de Células de Langhan); halo linfocitário (Linfócitos T) e fibroblastos.
A necrose caseosa é um tipo especial de necrose que possui alguns agentes causadores, como Francisella tularensis, Histoplasma capsulatum, Paracoccidioides brasiliensis, e Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch – o causador da tuberculose), sendo o último o mais frequente.
O Francisella tularensis é um cocobacilo aeróbio gram-negativo intracelular e altamente virulento, sendo considerado como um agente potencial para o bioterrorismo. É o causador da doença conhecida como tularemia. Histologicamente, a doença leva ao desenvolvimento de um granuloma, com centro de necrose caseosa e rodeado epitelioide.
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