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Quando ocorre invalidade e nulidade do NJ?

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Direito Fácil

Observa CAIO MÁRIO, de início, que numa perspectiva universal, as legislações não têm disciplinado, com perfeição, a teoria das nulidades e atribui essa deficiência normativa à dificuldade da doutrina em “assentar com exatidão e uniformidade as suas linhas-mestras”.

Sistematizando a matéria, nosso civilista – que tanto contribuiu para o aprimoramento da doutrina brasileira e cujo ápice dessa colaboração se deu com a redação de um Anteprojeto de Código de Obrigações –, adotou como gênero das invalidades do negócio jurídico a “ineficácia”, reservando as designações “nulidade e nulo”, “anulabilidade e anulável” para identificação de tipos específicos de ineficácia[1].

Nosso direito positivo (Códigos civis de 1916 e 2002) levou em boa conta os conceitos ora lembrados, procurando fixar a distinção entre um e outro, embora, às vezes tenha sofrido o impacto da confusão reinante na doutrina, ao tratar casos de nulidade como de anulabilidade. Não cogitou, entretanto – observa CAIO MÁRIO –, dos casos de inexistência, fenômeno reconhecido pela doutrina, mas que ainda permanece controvertido em sua conceituação e cuja sistematização ainda permanece ausente das principais codificações contemporâneas[2].

Tratada de forma genérica, “a validade do negócio jurídico – para CAIO MÁRIO – “é uma decorrência da emissão volitiva e de sua submissão às determinações legais”. Inversamente, se o agente não se conformou com elas, falta à declaração a condição a priori, para que atinja o resultado querido. Inválida, lato sensu, nessa perspectiva, é declaração negocial quando contrariada a norma, isto é, “quando foram deixados sem observância os requisitos indispensáveis à sua produção de efeito, seja por ter o agente afrontado a lei, seja por não reunir as condições legais de uma emissão útil de vontade”[3].

A invalidade afeta a estrutura do negócio jurídico, de modo que para bem apreciá-la deve-se partir do conhecimento do que é negócio jurídico e de como ele se estrutura, segundo o direito. É o que tentaremos fazer, a seguir.


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Lara Rodrigues Zanon dos Santos

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.” Uma vez confirmado o negocio jurídico, essa é irrevogável, extinguindo-se todas as ações e exceções de que contra ele dispusesse o devedor.

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