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Iter criminis é o caminho do crime, ou seja, as etapas percorridas do crime, do momento em que idealiza a pratica do fato delituoso até a sua consumação. É importante avaliar qual o iter criminis percorrido pelo acusado para, por exemplo, definir se foi um crime tentado ou consumado.
Para analisar atipicidade, tentativa e consumação, é fundamental conhecer o “iter criminis”, que corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática do crime. Nesse prisma, “para estructurarse el ilícito penal, se tiene que recorrer un camino y es éste el llamado Iter Criminis” (MEJÍA, 1966).
Ele é classificado em duas fases: a interna e a externa.
A fase interna consiste na cogitação. Por outro lado, a fase externa se subdivide em preparação, execução e consumação. Impende destacar que o exaurimento não integra o “iter criminis”.
Na fase de cogitação está a ideia de cometer o delito. Considerando que não há ofensa a algum bem jurídico tutelado, não há crime, sendo, portanto, impunível. Nesse diapasão, ninguém é punido por meros pensamentos (cogitação), por mais repulsivos que possam ser, se não há uma exteriorização desse pensamento.
Aliás, “ocurre algunas veces que la idea es repelida definitivamente, o por lo menos en principio; pero al aparecer nuevamente y ya con una fuerza más arrolladora, da lugar al segundo estado, que es el llamado de la deliberación” (MEJÍA, 1966).
Portanto, na fase interna, o surgimento da ideia pode ou não ser seguido de uma deliberação quanto à prática do crime. Caso o desejo de praticar a conduta criminosa seja mantido e manifestado por ações ou omissões, tem início a fase externa.
Na fase externa, a preparação corresponde aos atos preparatórios indispensáveis à prática do crime (exemplo: comprar uma arma para cometer um homicídio).
Como regra, os atos preparatórios, por si só, também não são puníveis. Contudo, se o ato preparatório constitui crime autônomo, há responsabilização criminal. Além do exemplo anterior (porte de arma para praticar um homicídio), também há hipóteses de punição por ato preparatório na Lei Antiterrorismo.
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