Estudo de caso TEMA
Multiculturalismo: relações étnico-raciais
Multiculturalismo e sua diversidade cultural BrasileiraFATO – CASOO Brasil é um país plural, de constituição multicultural, com grandediversidade étnica, fruto também de miscigenações e de fluxos migratórios deitalianos, árabes, japoneses, entre outros povos. Nossa população foi formadabasicamente por três grupos diversos: negros, índios e brancos europeus. Porém,é válido destacar que esses grupos também não eram homogêneos, tendo múltiplasespecificidades, advindas de etnias distintas. Entende-se por etnia a referência aocoletivo, ou seja, grupos ou pessoas que compartilham de uma mesma língua,cultura e/ou região geográfica, sendo aspectos socialmente partilhados. Em relaçãoao termo “raça” ele continua presente em nosso meio, por conta do seu valor políticoe social, não pelo aspecto biológico.Nesse contexto, temos em nosso país uma rica diversidade culturalmanifestada na religião, culinária, dança, música, vestuário, entre outros elementos.Dessa forma, entende-se que por meio de um multiculturalismo crítico, podese traçar um “caminho para que a educação aconteça de forma libertadora em quetodos os envolvidos, de maneira direta ou indireta, se engajam numa luta em direçãoa uma equidade, viabilizando ações, atitudes, renovando, propondo reformaseducativas [...]” (CUNHA: SOUZA: FERRAZ, 2019, p.121).Com essa perspectiva o multiculturalismo também é entendido e surge emum contexto de defesa dos direitos das minorias, contra as tendências que visam ahomogeneidade, lutando contra as margens opressoras e reconhecendo asdiferenças entre os grupos sociais, para que possam preservar suas matrizesculturais. O multiculturalismo, busca romper, portanto, com o mito da democraciaracial trazendo à tona a discussão da convivência e coexistência de culturasdiversas nos mesmos espaços, lugares e territórios, em uma “concepçãoconstrutivista da realidade onde o indivíduo está inserido, levando em consideraçãoa sua origem e o ambiente no qual exercita a identidade étnica e cultural e do qualé oriundo” (AUOZANI,2018, p.5).
Compartilhar