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Porque o código civil brasileiro limitou-se a adotar a teoria da posse de Ihering?

💡 6 Respostas

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Fernanda Batista

O nosso direito protege a posse como direito de propriedade e também a posse de forma autônoma e independente da existência de um título.,A posse se distingue da propriedade, mas o possuidor apresenta uma situação de fato que aparenta ser o proprietário. Conforme Caio Mário da Silva Pereira, dois elementos estão presentes em qualquer posse: uma coisa e uma vontade, que sobre ela se exerce, que é o corpus e o animus, corpus sendo o contato material com a coisa, ou atos simbólicos que o representassem, e o animus sendo a intenção de ter a coisa para si ou a intenção de proprietário. Existem duas teorias que norteiam o conceito da posse, a teoria subjetiva de SAVIGNY e a teoria objetiva de RUDOLF VON IHERING. Para SAVIGNY posse é a soma de dois elementos que é o corpus e o animus, se faltar vontade não se terá a posse e sim a detenção. A segunda teoria é a teoria de IHERING, que também analisa a posse nos seus dois elementos, mas para ele o corpus que é a relação que há entre o proprietário e a coisa ou a aparência da propriedade. O objetivo da teoria de IHERING é a dispensa da intenção, para ele o comportamento como dono em face da coisa tendo em vista sua função econômica, o animus já esta incluso nesse comportamento, pois a lei protege todo aquele que age sobre a coisa como se fosse o proprietário. A posse é protegida porque o possuidor é o proprietário presuntivo. Esta proteção se dá por meio das ações possessórias. O Código Civil brasileiro adotou a teoria de IHERING, no art. 1196 C.C. diz: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não de alguns dos poderes inerentes à propriedade. Em relação à natureza jurídica da posse, para IHERING posse é um direito. Segundo Maria Helena Diniz, para o direito brasileiro, para que haja posse, além dos elementos que IHERING coloca ainda é necessário se ter outros elementos já que a posse é um ato jurídico, que são eles: sujeito capaz, objeto e uma relação de dominação entre o sujeito e o objeto. Faltando um desses elementos, não se pode falar em relação possessória.
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Manú Mello

Muito bom
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