1) É possível o uso da arbitragem em direito público?

Não.

Diante das notícias veiculadas pela mídia de que o Município do Rio de Janeiro pretende encerrar prematuramente a concessão da via pedagiada pela Sociedade Empresária Linha Amarela S/A, o diretor executivo da sociedade anônima lhe procura indagando sobre a viabilidade de ser efetuada arbitragem no caso em tela, uma vez que os direitos contratuais oriundos da concessão de serviço público estão previstos no Edital de Licitação e no Contrato Administrativo nº 071/1997 (número fictício), cujo prazo original era de 25 anos (até 2022). Após o aditivo regularmente assinado pela LAMSA e pelo Município do Rio de Janeiro, o prazo foi ampliado por mais 15 anos (até 2037), constando a forma de cálculo para os reajustes do pedágio. O Município do Rio de Janeiro, atualmente, discorda da prorrogação já efetuada, e entende que a concessão deve ser imediatamente extinta, por meio da encampação. O principal argumento do Município do Rio de Janeiro é a ampliação da taxa de lucro da Sociedade Anônima, que seria originalmente de 11%, e que nos dias atuais alcança 37% nas operações da Linha Amarela, em virtude da cobrança do pedágio. Diante do caso concreto, responda às questões formuladas: 1) É possível o uso da arbitragem em direito público? 2) No caso apresentado, a arbitragem pode, em tese, ser realizada por equidade ou de direito, na forma da Lei 9.307/96?