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Sabendo que o Brasil se inseriu no processo de globalização, principalmente a partir da implementação de políticas neoliberais...

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) fará recomendações aos países em desenvolvimento sobre políticas de abertura econômica e globalização. Para saber se posicionar, o representante brasileiro precisa conhecer sobre as consequências da globalização em seu país.

Você é o assessor do representante brasileiro na UNCTAD. Sabendo que o Brasil se inseriu no processo de globalização, principalmente a partir da implementação de políticas neoliberais, explique, para contextualizar o representante brasileiro, a história desse processo e suas consequências?


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LIVIA DA RUI

O neoliberalismo e a globalização ganharam importância nos governos de Fernando Collor de Melo e Fernando Henrique Cardoso. Collor iniciou o processo de abertura comercial brasileira ao reduzir substancialmente as barreiras tarifárias para produtos industriais, como carros importados. Além de bens de consumo, a economia brasileira também pôde importar uma variedade maior de insumos e bens de capital. Os efeitos da abertura comercial feitos no governo Collor foram ambíguos. A abertura comercial brasileira resultou em um aumento na produtividade das empresas brasileiras, estimuladas, de um lado, pela concorrência externa e, por outro, pelo acesso a insumos e bens de capital de melhor qualidade. Por outro lado, a abertura comercial gerou também perdedores, especialmente as empresas e os trabalhadores que estavam alocados em setores que tiveram sua participação drasticamente reduzida em função da concorrência externa.

Outro governo que adotou políticas associadas ao neoliberalismo, principalmente ao seguir elementos do Consenso de Washington, foram os dois governos do Fernando Henrique Cardoso. Talvez a característica mais associada ao neoliberalismo do primeiro governo de FHC foi a realização de privatizações do setor de energia, telecomunicações e mineração. Além disso, o governo executou uma política ortodoxa de combate à inflação com a adoção de uma taxa de câmbio controlada, taxas de juros elevadas para atrair dólares suficientes para mantê-la sob controle e uma tentativa de ajuste fiscal. O segundo mandato de FHC abandonou o controle do câmbio em prol do tripé de estabilidade macroeconômica: câmbio flexível, superávit primário das contas públicas e metas de inflação. Ambos os regimes macroeconômicos, câmbio fixo e tripé macroeconômico, pertenciam ao receituário do Fundo Monetário Internacional e do Consenso de Washington. Os resultados das políticas adotadas durante o governo de FHC foram ambíguos também. Por um lado, as privatizações de alguns setores acarretaram em melhoria de serviços, como a telefonia. O controle da inflação também foi bem-sucedido, mas a um elevado custo em termos de recessão econômica e aumento do desemprego.


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Nathalia Lume

O neoliberalismo e a globalização ganharam importância nos governos de Fernando Collor de Melo e Fernando Henrique Cardoso. Collor iniciou o processo de abertura comercial brasileira ao reduzir substancialmente as barreiras tarifárias para produtos industriais, como carros importados. Além de bens de consumo, a economia brasileira também pôde importar uma variedade maior de insumos e bens de capital. Os efeitos da abertura comercial feitos no governo Collor foram ambíguos. A abertura comercial brasileira resultou em um aumento na produtividade das empresas brasileiras, estimuladas, de um lado, pela concorrência externa e, por outro, pelo acesso a insumos e bens de capital de melhor qualidade. Por outro lado, a abertura comercial gerou também perdedores, especialmente as empresas e os trabalhadores que estavam alocados em setores que tiveram sua participação drasticamente reduzida em função da concorrência externa.
Outro governo que adotou políticas associadas ao neoliberalismo, principalmente ao seguir elementos do Consenso de Washington, foram os dois governos do Fernando Henrique Cardoso. Talvez a característica mais associada ao neoliberalismo do primeiro governo de FHC foi a realização de privatizações do setor de energia, telecomunicações e mineração. Além disso, o governo executou uma política ortodoxa de combate à inflação com a adoção de uma taxa de câmbio controlada, taxas de juros elevadas para atrair dólares suficientes para mantê-la sob controle e uma tentativa de ajuste fiscal. O segundo mandato de FHC abandonou o controle do câmbio em prol do tripé de estabilidade macroeconômica: câmbio flexível, superávit primário das contas públicas e metas de inflação. Ambos os regimes macroeconômicos, câmbio fixo e tripé macroeconômico, pertenciam ao receituário do Fundo Monetário Internacional e do Consenso de Washington. Os resultados das políticas adotadas durante o governo de FHC foram ambíguos também. Por um lado, as privatizações de alguns setores acarretaram em melhoria de serviços, como a telefonia. O controle da inflação também foi bem-sucedido, mas a um elevado custo em termos de recessão econômica e aumento do desemprego.
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Alexandre Alves

escola do Posicionamento
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