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Quais os requisitos da legítima defesa?

💡 5 Respostas

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Andrezza Firmino

25 do Código Penal revela a dependência da legítima defesa aos seguintes requisitos cumulativos: (1) agressão injusta; (2) atual ou iminente; (3) direito próprio ou alheio; (4) reação com os meios necessários; e (5) uso moderado dos meios necessários. Trata-se de atividade exclusiva do ser humano

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Estudante PD

Olá! Os requisitos da legitima defesa estão previstos no art. 25, do CP: Agressao injusta, sendo esta atual ou iminente; direito proprio ou alheio (legitima defesa de terceiros); Reação com meios necessários e uso moderado desse meio. OBS: são requisitos CUMULATIVOS.

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Milton Moyses Filho

Os requisitos da legítima defesa são:

a) Agressão injusta:

Comportamento humano voluntário que possa lesar ou expor a perigo um determinado bem jurídico. É importante destacar que esse comportamento pode envolver tanto uma conduta comissiva quanto omissiva. Tal conduta também pode ser culposa ou dolosa. Além disso, pode ser emanada de um inimputável. A inimputabilidade é uma causa de exclusão da culpabilidade. Assim, quando um menor de idade agride um maior de idade, por exemplo, a sua conduta configura um fato típico e ilícito, pois se trata de uma agressão injusta, mas não será culpável. Além disso, o comportamento humano deve ser contrário ao direito, mas a agressão injusta nem sempre será considerada um fato típico e ilícito. Um exemplo disso é o furto de uso.

b) Agressão atual ou iminente:

Na legítima defesa, diferentemente do que ocorre no estado de necessidade, a injusta agressão pode ser atual ou iminente. Exemplo de agressão iminente: uma pessoa vai na direção da vítima empunhando uma faca com a intenção de matá-la. A agressão pretérita configura vingança, não legítima defesa e, nesse caso, o agente responde normalmente pelo crime. Apesar de não haver legítima defesa antecipada, existe uma situação em que o agente poderá ter a sua culpabilidade excluída. Trata-se do exemplo de três pessoas que foram juradas de morte por alguém. Na ocasião, aquele que ameaçou disse que mataria um dos três a cada dia e, assim, acabou matando um dos indivíduos no primeiro dia e outro no segundo dia. O terceiro indivíduo, sabendo que iria morrer no dia seguinte se a história continuasse, procura o assassino e o mata. Nessa situação, o terceiro indivíduo praticou um fato típico e ilícito, mas a sua conduta conta com uma excludente de culpabilidade, que é a inexigibilidade de conduta diversa.

NÃO EXISTE LEGITIMA DEFESA PRETÉRITA E NEM POSTERIOR

c) Agressão a direito próprio ou de terceiros:

Não requer a autorização do terceiro se tiver um direito indisponível sendo atacado (se for um direito disponível, pode ter havido consentimento do ofendido).

É possível que a legítima defesa atinja o titular do bem jurídico protegido. Ex.: tentativa de suicídio.

É possível legítima defesa de pessoas jurídicas, particulares ou públicas.

É possível legítima defesa do feto. Nesse sentido, ainda que mediante violência, é possível impedir uma mulher de praticar o autoaborto ou um médico de praticar um aborto com ou sem o consentimento da gestante.

d) Reação com os meios necessários:

Para entender o que são os meios necessários, é importante fazer uma ponderação com os meios disponíveis para afastar a agressão. Exemplo: uma pessoa está prestes a ser agredida por um indivíduo visivelmente mais forte. Para se defender, a vítima possui três opções: usar as próprias mãos; acertar o agressor com um taco de baseball ou sacar sua arma de fogo e atirar contra ele. Nessa situação, se a vítima utilizar as próprias mãos, visto o porte físico daquele que quer agredi-la, isso pode não ser um meio de defesa eficaz. Caso use o taco de baseball, isso até pode parar o agressor e, caso dê errado, a vítima ainda pode sacar a sua arma. Assim, o que a vítima dessa situação hipotética não pode é, antes de tudo, sacar sua arma e atirar contra o agressor. Quando a vítima possui dois ou mais meios de impedir a injusta agressão, deve escolher aquele menos lesivo e que será suficiente para afastar a agressão.

e) Uso moderado dos meios necessários:

A legítima defesa exige proporcionalidade de quem atua nessa condição. A análise deve ser flexível, pois não é possível exigir que uma pessoa, diante de uma situação de calor momentânea, seja capaz de fazer uma análise fria e calculista. Logo, é importante que, no momento da análise, o responsável seja flexível para verificar se foi feito o uso moderado dos meios necessários. Exemplo: A vai na direção de B empunhando uma faca e com a intenção de matá-lo. No entanto, B saca sua arma de fogo e faz um disparo contra A, que cai ao solo. A situação acima configura o uso moderado dos meios necessários, pois, diante da ameaça de ser esfaqueado por A, o agente B faz apenas um disparo e consegue imobilizá-lo. Não seria possível falar sobre uso moderado dos meios necessários se, por exemplo, B fizesse dez disparos contra A. Nesse caso, inclusive, B responderia pelo excesso.

f) Conhecimento da situação de fato justificante:

Este é o elemento subjetivo. Nesse sentido, somente estará acobertada pela legítima defesa a pessoa que se entendia em legítima defesa. Exemplo: A queria matar B, seu desafeto. Assim, ao encontrar B na rua, A faz um disparo e o. No entanto, o que A não sabia era que B estava armado e iria atirar contra ele. Nessa situação, A irá responder pelo homicídio e não há que se falar em legítima defesa.

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