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Trabalho de Parto Prematuro

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Trabalho de 
Parto 
Prematuro
Docentes: Dra. Marcella Barbosa Sampaio 
Tropia Pinheiro e Dra. Elizabeth da Silva
Discente: Juliana Virgínia Faria Pereira
Hospital Monsenhor Horta 
Mariana, julho de 2023
INTERNATO AMBULATORIAL E HOSPITALAR EM 
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA - CGP016
SUMÁRIO
Conceito, Classificação e 
Importância
Introdução
Epidemiológicos, 
obstétricos, ginecológicos 
e outros
Fatores de Risco
Países em 
desenvolvimento e 
desenvolvidos
Epidemiologia
4 Mecanismos fisiopatológicos 
para o PP
Fisiopatologia
MBE e Iniciativas 
educativas 
Considerações
Estágios evolutivos do PP: 
I, II, III e IV, Diagnóstico e 
Fluxograma 
Prevenção e Predição
01
03
02
04
06
05
01INTRODUÇÃO
Conceito de Prematuridade
OMS (1948): Prematuro é todo RN vivo 
com < 2.500g.
OMS (1961): Prematuro é todo RN vivo 
com < 37 semanas completas de 
gestação (< 259 dias). 
● Parto pré-termo é o que acontece a partir da 
viabilidade fetal - 20/22 semanas e enquanto 
não existir maturidade fetal cronológica - 
gestação inferior a 37 semanas. 
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
CORRÊA, Mario Dias; et.al. Noções Práticas de Obstetrícia 14ª ed.
Classificação
 Espontânea X Eletiva
 75% 25%
 
 Multifatorial Complicações 
 ou desconhecida maternas e/ou fetal
Considerando IG:
● Prematuridade precoce: antes de 33s e 6 d.
Prematuridade extrema: 20-22s até 27s e 6d - maior morbimortalidade neonatal.
Um em cada 4 prematuros extremos obitua antes da alta hospitalar.
● Prematuridade tardia: 34s até 36s e 6d - 70% de todos os nascimentos prematuros.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed.
Importância
Principal causa de morbidade e mortalidade neonatal.
Complicações neonatais mais comuns incluem:
● Síndrome do desconforto respiratório
● Hemorragia intracraniana
● Enterocolite necrosante
● Sepse Frequência de morbidade entre recém-nascidos prematuros x IG. 
 Estudo multicêntrico prospectivo, 1997/1998 - Tennessee EUA
Mais frequentes em idades gestacionais inferiores a 32 semanas. 
Críticas, quando abaixo de 28 semanas.
Avaliações do desenvolvimento infantil podem revelar distúrbios funcionais do SNC:
Comprometimento da função neuromuscular, cognitiva, visual e auditiva - desvantagem neurológica 
e psicológica ao longo da vida. 
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
02EPIDEMIOLOGIA
Incidência de partos prematuros
● Mundo: 5% a 18%
● Europa: 5-8%
● EUA: 12,8%
● Brasil: > 12% (Sinasc e MS)
10% Mulheres com história de parto pré-termo
≅ 20% Gravidez gemelar
25% Indicados. A interrupção é essencial para preservar a saúde materna ou fetal
≅ 50% Ocorrem espontaneamente entre mulheres com gravidez única e sem 
histórico de parto pré-termo
MONTENEGRO, Carlos Antônio, B. FILHO, Jorge de Rezende R. Rezende Obstetrícia Fundamental, 14ª ed.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
03FATORES DE RISCO
● O parto prematuro é 
considerado de etiologia 
desconhecida em cerca de 
50% dos casos.
● Com frequência ocorre 
associação de fatores de risco 
maternos e fetais. 
● A superposição dos fatores de 
risco, podem ser causa tanto 
da prematuridade espontânea 
quanto eletiva. 
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Classificação da prematuridade segundo a evolução clínica e fatores de risco associados.
Fatores Epidemiológicos:
● Socioeconômicos
● Idade Materna
● Nutrição inadequada 
● Estresse
● Tabagismo
● Drogas ilícitas
Fatores obstétricos:
● Alterações hormonais
● Incompetência cervical
● Sangramentos vaginais
● Polidrâmnio e Gemelaridade
● Parto prematuro anterior:
Fator de risco clínico mais importante para PP - Risco 2x mais do que na ausência
● Malformações fetais
● Restrição do crescimento fetal
● Placenta prévia ou Descolamento prematuro
● Rotura prematura de membranas ovulares
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Fatores Ginecológicos:
● Encurtamento do colo uterino
● Miomas volumosos
● Malformações uterinas
Fatores Clínicos - cirúrgicos:
● Procedimentos cirúrgicos
● Doenças maternas
● Infecções
 
Outros Fatores:
● Genéticos e 
Iatrogenia
04FISIOPATOLOGIA
.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Principais mecanismos fisiopatológicos que resultam em rotura prematura de membranas ovulares, parto prematuro ou ambos.
05PREVENÇÃO
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Prevenção Primária Remoção ou redução das causas epidemiológicas
Prevenção Secundária Identificação de gestantes dos grupos de maior risco
Prevenção Terciária
Realizada por meio da tocólise
Uso de corticosteróides e ATB - diminuir morbidade e 
mortalidade neonatal.
Presença de 
fatores de 
risco
Trabalho de 
parto 
prematuro
Útero 
irritável
Trabalho de 
parto 
irreversível
01 040302
Classificação de risco de Hobel: Estágios evolutivos do parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
PREVENÇÃO - Estágio I
Estágio I: Gestantes com fatores de risco para o PP
❏ Pré-natal adequado: atuação multiprofissional e trabalho interdisciplinar.
❏ Orientações gerais na rotina do pré-natal: hábitos de higiene (vulvovaginites e corioamnionites), 
infecção do trato urinário, nutricionais e doenças que levam à insuficiência placentária.
❏ Orientações quanto: sintomas/sinais de parto e contrações uterinas. 
❏ Suporte psicológico, quando necessário. 
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
PREVENÇÃO - Estágio I
Estágio I: Gestantes com fatores de risco para o PP
ULTRASSONOGRAFIA - Identificar e acompanhar fatores de risco
● Colo curto: acompanhamento ambulatorial a cada 2-3 semanas (avaliar contrações, acompanhar o 
colo, pesquisa/tratamento de infecções).
O comprimento é estável entre 14 e 28s. Após 28s: declínio gradual.
Mediana do comprimento cervical: 40mm (antes de 22s)
 35mm (entre 22 e 32s)
 30mm (após 32s)
Conceito de colo curto difere entre autores: 15-25mm (≤ a 20mm sem histórico de 
 PP e < 25mm se antecedente de PP OU ≤ 20mm com ou sem antecedente de PP). 
*Colo Curto: < 25mm de comprimento (Prof. Marcella).
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
PREVENÇÃO - Estágio I
Estágio I: Gestantes com fatores de risco para o PP
Medida do comprimento do colo uterino:
❏ Introduzir o transdutor transvaginal no fórnice 
anterior da vagina, em contato com lábio anterior 
do colo (sem pressioná-lo).
❏ Após visualizar o colo uterino e o canal cervical: 
realizar a medida linear entre orifício externo e 
interno do colo uterino = comprimento do colo.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Medida do comprimento do colo uterino pela ultrassonografia vaginal.
PREVENÇÃO - Estágio I
Estágio I: Gestantes com fatores de risco para o PP
PROGESTERONA NATURAL
Antecedentes de parto Colo curto ≤ a 20mm:
prematuro espontâneo:
Progesterona 100-400 mg/dia Progesterona 200-400mg/dia
Via vaginal Via vaginal
Entre 16 - 36 semanas Entre 16 - 36 semanas
Evidência 1B Evidência 1B
 Redução de 40-50% de PP
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
PREVENÇÃO - Estágio I
Estágio I: Gestantes com fatores de risco para o PP
CERCLAGEM CERVICAL
❏ Casos de cervicodilatação com indicação cirúrgica de urgência e história clássica de 
incompetência cervical (antecedentes de abortamentos tardios, PP precoce de 2º trimestre, com 
dilatação cervical indolor): realizar a cerclagem do colo uterino entre 12 e 16 semanas. 
❏ Avaliar riscos x benefícios.
 sangramentos, infecções e rotura de membranas.
❏ Não deveser indicada para tratamento de colo curto (rastreado pelo US transvaginal), bem como 
rotina na gestação gemelar. 
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
PREVENÇÃO - Estágio II
Estágio II: Gestantes com útero irritável 
❏ Contrações uterinas são anormais, no entanto, sem repercussão cervical.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Diferenças clínicas entre trabalho de parto e falso trabalho de parto.
PREVENÇÃO - Estágio II
Estágio II: Gestantes com útero irritável 
❏ Repouso relativo
❏ Progesterona natural via vaginal: 200mg/dia até 36 semanas
❏ Diazepam VO SN: 5mg/dia: se necessário sedação
❏ Investigar infecções urinárias: frequência elevada nesse quadro clínico
❏ US: vitalidade fetal (quando viabilidade fetal = IG ≥ 25 semanas)
❏ Observação contínua: 
Aumento de contrações uterinas e
 Mudança progressiva do colo
 Atuar como no estágio III
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Contratilidade 
uterina exacerbada: 
≥ 4 contrações/h e IG 
< 30s OU
≥ 6 contrações/h e IG 
> 30s
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
❏ Contrações uterinas com cervicodilatação. Verdadeiro trabalho de parto:
Contrações uterinas a cada 5 minutos
Dilatação cervical de pelo menos 1 cm 
Esvaecimento cervical 
Progressão das alterações cervicais
Idade gestacional entre 22 semanas e 36 semanas + 6 dias
Dúvida: Gestante deve permanecer em repouso durante 2-3 horas + Fibronectina fetal.
❏ Fibronectina fetal negativa = improvável que o parto ocorra em até 2 semanas <5%. VPN
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
❏ Fibronectina fetal positiva ( VPP): Internação + tocólise + corticoterapia + ATB profilático: S. grupo B.
Fibronectina: ideal é associar resultado + comprimento do colo uterino - USG transvaginal.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Uso concomitante do teste de fibronectina e da medida do comprimento do colo uterino pela USG transvaginal, para gestantes sintomáticas 
com IG inferior a 34 semanas.
Fibronectina + 
E
Comprimento do 
colo < 20mm ou 
entre 20-29mm
Maioria evolui para 
PP em 7 dias
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Condições obrigatórias e contraindicações para tocólise.
1) TOCOLÍTICOS:
“Inibir trabalho de parto prematuro” - úteis para adiar o nascimento 
em 48 ou 72 horas = diminuindo complicações neonatais. 
Efeitos colaterais!
Obter tempo hábil: Corticoterapia + ATB profilaxia + Transferência 
(CTI)
● Internação e repouso no leito
● Monitorização regular contrações e batimentos cardíacos fetais
● Avaliar vitalidade fetal: Cardiotocografia fetal 
● US (apresentação fetal, volume de líquido amniótico, estimar peso fetal/IG 
e pesquisar malformações fetais).
● Exame bacteriológico + culturas (conteúdo vaginal e anal)
● Acesso venoso
● Coleta de Hemograma completo + EAS + Urocultura
● Uso limitado às primeiras 48h 
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
❏ Beta-agonistas: Terbutalina, Salbutamol, Fenoterol, Ritodrina.
Atuam em receptores B1 e B2 (miométrio, vasos sanguíneos e bronquíolos): 
Diminuem Cálcio livre intracelular = RELAXAMENTO DA FIBRA MUSCULAR UTERINA
Agem em diversos órgãos e no sistema cardiovascular. Potencialmente perigosas!
Atravessam a placenta: taquicardia, hiperinsulinismo, hipoglicemia, hipocalemia e hipotensão 
arterial. 
❏ Cuidados com o uso:
● Realizar ECG materno prévio; controlar FC e PA; monitorar BCF.
● Ausculta pulmonar e cardíaca periódica.
RITODRINA E ATOSIBANA:
Únicas drogas desenvolvidas 
especialmente para inibir o 
trabalho de parto prematuro
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
Esquema terapêutico de utilização da terbutalina.
Amp: ampola; IV: via intravenosa; BI: bomba de infusão; min: minuto;TPP: trabalho de parto prematuro
● Após inibição, manter a gestante em repouso absoluto e observar por mais 24 horas. 
● Se novas contrações ocorrerem, repetir o esquema intravenoso mais 1x. 
● Utilizar progesterona (200mg 12/12h - Via vaginal): concomitante à tocólise, mantendo a mesma posologia após alta 
hospitalar. 
❏ Em razão dos importantes efeitos colaterais maternos e fetais, têm sido cada vez menos utilizados. 
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
❏ Sulfato de Magnésio: 
Compete com o Cálcio (impedindo sua entrada na célula) = RELAXAMENTO DO ÚTERO.
❏ Cuidados com o uso:
● Monitorizar reflexos patelares, frequência respiratória e diurese.
● Monitorizar magnesemia materna 6/6h. Dose terapêutica: 4 a 6 mEq/L.
● Hipermagnesemia fetal: hiporreatividade e hipotonia.
4g + SG 10% EV em 20 minutos + 2-3g/h até cessarem as contrações uterinas.
❏ Estudos mais bem conduzidos não revelaram redução da incidência de PP, morbidade e 
mortalidade neonatal. 
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
❏ Inibidores de Prostaglandinas: Indometacina.
Inibem a enzima PROSTAGLANDINA SINTETASE: Prostaglandina = Cálcio intracelular
❏ Cuidados com o uso:
● Diversas repercussões fetais: enterocolite necrosante, fechamento precoce do ducto arterioso, 
hipertensão pulmonar primária, oligoâmnio e hemorragia intracraniana.
● Ecocardiografia e US fetais com frequência: monitorar constrição do ducto arterioso e 
oligoâmnio. 
❏ Por causa dos efeitos colaterais graves: muitos centros obstétricos não a utilizam. 
100 mg Via retal + 25mg VO 6/6h por até 48h (indicado para IG <33 semanas)
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
❏ Bloqueadores de canais de cálcio: Nifedipina. 
Inibem a entrada do Cálcio extracelular + Impedem a liberação de Cálcio intracelular + 
Aumentam a saída de Cálcio da célula miometrial. 
❏ Cuidados com o uso:
● Efeito colateral materno, mais comum: enrubescimento facial, náuseas, cefaleia e hipotensão 
arterial.
● Controle da FC e PA + ausculta cardíaca de 15/15 minutos na 1ª hora. 
Posologia ideal é desconhecida (uso off-label).
20 a 30 mg VO (1ª hora - ataque) + 10-20 mg a cada 6-8h (por até 48 horas - manutenção)
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
❏ Antagonista da Ocitocina: Atosibana.
Compete com a ocitocina no receptor da célula miometrial, reduzindo seus efeitos.
❏ Cuidados com o uso:
● Efeitos colaterais leves: vômitos, náuseas, cefaleia, vertigem, taquicardia e hipotensão arterial. 
Esquema terapêutico de utilização do acetato de atosibana. *Nova avaliação: se persistência, repetir o esquema até completar 48h de 
utilização da medicação.
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
EM SUMA:
❏ Tocolíticos/uterolíticos: devem ser utilizados quando se pretende adiar o parto por pelo menos 
48 horas.
INTUITO: Administrar corticosteróide antenatal, ATB profilaxia, neuroproteção OU realizar 
transferência da parturiente para outro serviço. 
❏ Risco x Benefícios: Analisar caso a caso. Não há segurança quanto aos efeitoscolaterais 
maternos e fetais. 
● Beta-agonistas = Eficazes + Vários efeitos colaterais (doses altas para para impedir 
nascimento).
● Inibidores de prostaglandinas = Efeitos adversos graves (uso é raro).
● Sulfato de magnésio = Pouco eficaz.
● Bloqueadores de canais de cálcio = Eficazes + poucos estudos.
● Antagonistas de ocitocina = MUITO eficazes + CUSTOS elevados.
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
2) CORTICOTERAPIA: Amadurecimento pulmonar fetal. Reduzindo complicações pulmonares em 
neonatos prematuros.
Atuam em receptores pulmonares fetais: Fosfatidilcolina = Surfactante 
❏ Contraindicações: Infecções maternas e ovulares, DM não compensada e úlcera péptica. 
❏ Efeitos adversos:
● Infecções maternas e neonatais.
● Supressão da adrenal fetal.
● Redução do perímetro cefálico e do peso ao nascer.
● Má adaptação fetal à hipoxia e alterações do comportamento na infância.
Entre 25 e 34 semanas: Betametasona 12 mg/dia IM. Total de 2 aplicações com intervalo de 24h.
O efeito máximo inicia-se após 24h e persiste por 7 dias.
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
3) ANTIBIOTICOPROFILAXIA: Streptococcus do Grupo B - Sepse neonatal.
❏ Se suspeita ou diagnóstico de trabalho de parto prematuro = PROFILAXIA.
Exceto se cultura vaginal/retal for negativa (realizada nas 5 semanas anteriores) - Preconizado a realização entre 
35-37 semanas. 
Indicações para profilaxia intraparto na prevenção de infecção neonatal precoce pelo estreptococo do grupo B em 
gestantes. 
* Bacteriúria assintomática ou ITU por 
GBS em qualquer IG, mesmo após 
tratamento adequado ou com UFC < 100 
mil. ou
*Sepse neonatal por GBS com filho 
anterior:
Realizar antibioticoprofilaxia intraparto, 
pois é considerado colonização maciça 
pelo GBS. (Recomendação 4 Manual de 
Gravidez de Alto Risco MS). 
*O uso do ATB durante a gestação não 
impede a reinfecção e a transmissão 
vertical. Um swab negativo não exclui a 
obrigatoriedade da profilaxia intraparto, 
dado o elevado risco de infecção 
neonatal.
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
3) ANTIBIOTICOPROFILAXIA: Pelo menos 2 doses com intervalo de 4 horas antes do nascimento. 
Penicilina G
cristalina
Ataque: 5 milhões de UI EV
Manutenção: 2,5 milhões de UI EV 
4/4h até o nascer
Ampicilina
Ataque: 2g EV
Manutenção: 1g EV 4/4h até o 
nascer
Outros Cefazolina, Clindamicina e 
Vancomicina
PREVENÇÃO - Estágio III
Estágio III: Gestantes em trabalho de parto prematuro
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
NEUROPROTEÇÃO: Risco 80x maior de paralisia cerebral - em nascidos entre 23 a 27 semanas.
❏ Sulfato de Magnésio: Reduz a incidência e gravidade da paralisia cerebral, quando utilizado antes do parto 
prematuro (Grau 2B de evidência). 
Recomenda-se o uso com IG <32 semanas.
Contra Indicações: Miastenia Gravis, Cardiopatias, Função Renal comprometida.
MAIOR RISCO de efeitos colaterais na associação com BCC e Betamiméticos: hipotensão arterial grave, edema 
pulmonar, parada cardíaca/respiratória e hipocalcemia sintomática (espasmos e contraturas musculares 
involuntárias) = Interromper tocólise ao se iniciar o sulfato de magnésio.
<32 semanas preferível associação com indometacina. 
4 g IV/30m e manutenção de 1 g/h IV por no máximo 24 horas.
Idade gestacional < 
34 semanas de 
gestação
Paciente com contrações uterinas 
prematuras, membranas intactas, estado 
materno e fetal tranquilizador, sem placenta 
prévia ou descolamento. Idade gestacional 
> 34 semanas de 
gestação
● Obter amostra para teste de fibronectina fetal
● Aguarde até que resultados da medição de ultrassom 
do comprimento cervical estejam disponíveis
US transvaginal - comprimento do colo do útero
● Sem tocólise ou corticosteróides pré-natais
● Admitir para parto se o trabalho de parto 
progredir; alta para casa se as contrações 
cessarem
Realizar teste de fibronectina fetal
Trabalho de parto prematuro provável
● Tocólise
● Antibióticos para profilaxia de GBS
● Sulfato de magnésio para neuroproteção 
se 24 a 32 semanas
● Corticosteróides antenatais se 23 a 34 
semanas e o parto não for iminente
Trabalho de parto prematuro improvável
● Observe por 6 a 12 horas
● Mulheres sem dilatação e apagamento 
progressivo do colo do útero recebem alta 
para casa
● Acompanhamento em uma a duas semanas
● A paciente deve atentar-se para sinais ou 
sintomas de trabalho de parto prematuro
Trabalho de parto prematuro improvável
● Observe por 4 a 6 horas
● Mulheres sem dilatação e apagamento 
progressivo do colo do útero recebem alta 
para casa
● Acompanhamento em uma a duas semanas
● A paciente deve atentar-se para sinais ou 
sintomas de trabalho de parto prematuro
Cervix dilatado 
< 3 cm
Cervix dilatado 
> 3 cm
Comprimento 
cervical < 20 mm
Comprimento cervical 20 até 30 mm Comprimento 
cervical 
> 30 mm
Fibronectina fetal positiva Fibronectina fetal negativa
M
an
ej
o 
da
 s
us
pe
ita
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tr
ab
al
ho
 d
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rt
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20
23
.
Evolução PP - Estágio IV
Estágio IV: Trabalho de Parto irreversível - Assistência ao parto, visando 
evitar ao máximo: anoxia a trauma fetal.
❏ Equipe experiente e infraestrutura hospitalar: determinantes para obtenção de melhores resultados. 
❏ Necessidade de pelo menos 2 obstetras experientes.
❏ Anestesistas com vivências em PP.
❏ Qualidade e integração entre a equipe é fundamental.
❏ UTI neonatal adequada é obrigatória para que o trabalho de toda 
equipe alcance o sucesso esperado.
❏ Acima da IG da viabilidade fetal: a escolha da via de parto deverá acolher aquela que melhor resguarde o 
bem-estar materno e fetal. 
Abaixo da IG de viabilidade fetal: via vaginal deve ser privilegiada, independentemente da apresentação fetal 
- resguardar a saúde e o porvir obstétrico materno. 
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
05PREDIÇÃO
O grande fator de risco para o parto pré-termo é a história do
parto pré-termo.
ZUGAIB, Marcelo; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib Obstetrícia 4ª ed. 
❏ Monitorar contrações uterinas: Alto VPN.
❏ Medida do comprimento uterino - US transvaginal.
❏ Marcadores bioquímicos: infeção/inflamação.
Fibronectina fetal: alto VPN - afasta risco de prematuridade 
nas 2-3 semanas seguintes.
06CONSIDERAÇÕES
Evidência sobre o acompanhamento da gestação em risco 
de trabalho de parto pré-termo. 
CORRÊA, Mario Dias; et.al. Noções Práticas de Obstetrícia 14ª ed
PREMATURIDADE: O grande desafio da moderna obstetrícia é 
preveni-la.
Iniciativas para prevenir o Parto Prematuro
REFERÊNCIAS
1. CORREA, M. D. et al. Noções Práticas de Obstetrícia. 14. Ed. 2012. 
2. FERNANDES, Cesar E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia . Guanabara Koogan: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN 
9788595154858. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 05 jun. 
2023.
3. Lockwood, Charles J. Preterm labor: Clinical findings, diagnostic evaluation, and initial treatment. UpToDate. Disponível em: 
<https://www.uptodate.com/contents/preterm-labor-clinical-findings-diagnostic-evaluation-and-initial-treatment?searc
h=trabalho%20de%20parto%20prematuro&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1
>. Acesso em 24 jun. 2023.
4. Manual de gestação de alto risco {recurso eletrônico} / Ministério da saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas. Brasília: Ministério da Saúde, 2022.
5. MONTENEGRO, Carlos Antonio B.; FILHO, Jorge de R. Rezende Obstetrícia Fundamental, 14ª edição. Guanabara Koogan: 
Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788527732802.Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732802/. Acesso em: 05 jun. 2023.
6. ZUGAIB, M.; FRANCISCO, R. P. V. Zugaib Obstetrícia. 4ª ed.: Editora Manole. 2020.
https://www.uptodate.com/contents/preterm-labor-clinical-findings-diagnostic-evaluation-and-initial-treatment?search=trabalho%20de%20parto%20prematuro&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1
https://www.uptodate.com/contents/preterm-labor-clinical-findings-diagnostic-evaluation-and-initial-treatment?search=trabalho%20de%20parto%20prematuro&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1

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