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GESTAÇÃO DE BAIXO RISCO Avaliação e Tratamento Fisioterapêutico Prof MSc Keyla M. dos Santos GESTAÇÃO Baixo Risco Alto Risco Disfunções músculo-esqueléticas Síndromes Hipertensivas; Diabetes Gestacional; Ruprema; IIC FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Baixo Risco Na comunidade e no ambulatório, encontraremos as GESTANTES DE BAIXO RISCO FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Prevenção Orientação Encaminhamento para atendimento ambulatorial Na comunidade: FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Avaliação e Tratamento Orientação Cuidar com sinais de risco No ambulatório: FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Atuação Fisioterapêutica no Pré Natal Objetivo: preparar a gestante para gravidez, parto e puerpério bem sucedidos. ANAMNESE Idade; Estado civil; Profissão; Idade gestacional; GPA; DPP (data provável); Doenças prévias; IMC elevado; Hábitos de vida; Sedentarismo; Fumo; Queixa principal. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Anamnese na COMUNIDADE é diferente da anamnese no AMBULATÓRIO. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. Alterações fisiológicas da gestação Alterações fisiológicas da gestação Sistema endócrino: A placenta produz maior quantidade de hormônios Progesterona produzida inicialmente pelo corpo lúteo e posteriormente pela placenta. Ajuda a manter a gravidez, relaxa a musculatura uterina e estimula o desenvolvimento das células mamárias. Estrogênio contribui para flexibilidade da articulação pélvica, metabolismo do cálcio e aumento do útero, das mamas e da genitália externa. Alterações fisiológicas da gestação Sistema endócrino: Relaxina presente somente em mulheres grávidas. Remodelamento do tecido conjuntivo e relaxamento das articulações pélvicas e cápsulas articulares Gonadotrofina coriônica (HCG) glicoproteína produzida logo após a fecundação e implantação do óvulo no útero. Estimula o corpo lúteo a secretar maior quantidade de hormônios sexuais, impedir a menstruação e desenvolver o endométrio. É utilizada em testes de gravidez (beta-HCG) Alterações fisiológicas da gestação Sistema endócrino: Prolactina hormônio secretado pela adeno-hipófise. Juntamente com o lactogênio placentário (HPL), estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. Alterações fisiológicas da gestação Sistema tegumentar: Podem aparecer manchas na pele (melasma ou cloasma), estrias no abdome e nas mamas (ruptura da derme), varizes, alterações de unhas, pelos, cabelos, aumento da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. Alterações fisiológicas da gestação Sistema cardiovascular: Ocorre hipertrofia do músculo cardíaco, aumento da frequência cardíaca e do volume sistólico, com consequente aumento do débito cardíaco (FCxVS). Há também redução da resistência vascular periférica, e pequenas alterações com relação à pressão arterial (↓ PA). Alterações fisiológicas da gestação Sistema respiratório: Pode haver aumento da frequência e da amplitude de incursões respiratórias, Elevação do diafragma, Aumento do consumo de O2. A capacidade inspiratória e o volume-minuto aumentam. Há redução no volume de reserva expiratória, volume residual e capacidade residual funcional. Alterações fisiológicas da gestação Sistema urinário: Ocorre aumento do tamanho e do peso dos rins. O fluxo plasmático renal e a taxa de filtração glomerular estão aumentados. As concentrações de ureia e creatinina diminuem. Há maior perda de nutrientes e glicosúria (glicose na urina). Alterações fisiológicas da gestação Sistema gastrointestinal: Com a progressão da gravidez, o estômago e os intestinos são deslocados pelo útero em crescimento. As gengivas tornam-se hiperemiadas e amolecidas. Há também maior salivação. Pode haver pirose (azia) e constipação intestinal. Alterações fisiológicas da gestação Sistema musculoesquelético: Alterações de postura e centro de gravidade, aumento progressivo da lordose lombar, maior flexibilidade e extensibilidade das articulações, parestesia, cervicalgia ou lombalgia, diástase abdominal. GESTAÇÃO SISTEMA DIGESTÓRIO: CONSTIPAÇÃO; HEMORRÓIDAS Ação da progesterona do peristaltismo intestinal. Evacuação não satisfatória: infrequente, difícil, dolorosa. Sintomas: Esforço para defecar, fezes muito duras, sensação retal de eliminação incompleta do bolo fecal e manobras digitais para facilitar a saída do conteúdo anorretal. Frequência menor que 3X por semana FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DAS FEZES GESTAÇÃO AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DAS FEZES GESTAÇÃO ESFORÇO PARA EVACUAR PODE RESULTAR EM HEMORRÓIDAS Ou fissura anal FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Tratamentos Possíveis Medidas Comportamentais Prática de Exercícios Físicos; Hábitos Alimentares Posicionamento Reeducação do Reflexo da Evacuação Identificar o melhor horário para evacuar (após a refeição - atividade peristáltica provocada pelo reflexo gastrocólico); Evitar qualquer tipo de distração; FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO GESTAÇÃO Deambulação. Exercícios para mobilização pélvica. Associada a contração abdominal na expiração FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO SISTEMA CARDIOVASCULAR As alterações visam nutrir adequadamente o feto e criar uma reserva sanguínea para o momento do parto - aumento de 40 a 50% do volume sanguíneo total. DIFICULDADE DE RETORNO VENOSO Microvarizes, edemas no tornozelo, cansaço nas pernas. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Cuidado com os sintomas de edema!!! Associar com: HIPERTENSÃO ARTERIAL TROMBOSE VENOSA PROFUNDA SINAL DA BANDEIRA FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO SISTEMA URINÁRIO Investigar sintomas de INFECÇÃO DO TUI (pode confundir com dores lombares) INCONTINÊNCIA URINÁRIA (geralmente são transitórias) Podem ser encaminhadas para a Maternidade FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Incontinência Urinária é qualquer perda involuntária de urina. Sociedade Internacional de Continência, 2002 Ai, não vai dar tempo! FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Quais os tipos de Incontinência Urinária? FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Aumento da PIA FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO AVALIAÇÃO DA IU Sinais e sintomas; Avaliação dos músculos do assoalho pélvico; Objetiva: CONTRAÇÃO CIENTE OU NÃO. Subjetiva: Cuidado. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico Cinesioterapia para os Músculos do Assoalho Pélvico Exercícios para o Períneo Exercícios de Kegel Exercícios para os músculos do assoalho pélvico devem ser incentivados em Gestantes: Prevenção de sintomas Propriocepção da região Recuperação mais rápida no puerpério FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO A avaliação objetiva e subjetiva do assoalho pélvico foi realizada? COMANDO Para contração do Assoalho Pélvico (também chamado de Períneo), você deve fazer força para segurar o xixi. Concentre-se ao máximo para que pernas e bumbum não contraiam juntos. Não tranque a respiração enquanto contrai, faça a força quando estiver expirando. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO SISTEMA RESPIRATÓRIO: DISPNÉIA: ocorre hiperventilação causada pela atuação da progesterona no centro respiratório. Exercícios respiratórios; Incentivo ao padrãorespiratório costodiafragmático; Técnicas de expansão pulmonar. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉTICO ALTERAÇÕES POSTURAIS: Aplainamento do arco longitudinal do pé Aumento do ângulo tibio-társico (encurtamento de tríceps sural) Hiperextensão de joelho (encurtamento de quadríceps femoral) Anteversão pélvica (encurtamento de iliopsoas) Hiperlordose lombar (encurtamento de quadrado lombar) Protrusão de ombros (encurtamento de peitorais) AVALIAÇÃO POSTURAL FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉTICO AVALIAÇÃO POSTURAL ASSOCIAR A PRESENÇA DE DOR NESSAS MUSCULATURAS ENCURTADAS. Lembrar que: Objetivo é amenizar a dor – pois trata-se de uma alteração transitória Ação da relaxina: cuidar com o alongamento excessivo ou passivo. ALONGAMENTO FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO SISTEMA MUSCULO-ESQUELÉTICO AVALIAÇÃO DA DOR LOMBAR Quantificar a dor lombar: FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO LOMBALGIA: Dor na região da coluna lombar; acima do sacro; dor durante a flexão anterior do tronco; redução da amplitude de movimento lombar; incomodo na palpação dos eretores da espinha; teste de provocação de dor pélvica posterior negativo. Ocorre em até 80% das gestantes FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO teste de provocação de dor pélvica posterior Se positivo: DISFUNÇÃO SACROILÍACA FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Orientações: tratamento e prevenção Correção de hábitos posturais FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Orientações: tratamento e prevenção Períodos de repouso: elevação de MMII com flexão de quadril Diminui a lordose lombar Reduz o espasmo muscular Reduz a dor aguda Auxilia o retorno venoso. Decúbito lateral esquerdo para evitar compreensão aortocava FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Posição recomendada para dormir e permanecer durante momentos de repouso. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. Decúbito lateral esquerdo GESTAÇÃO Massagem em regiões com queixa álgica liberação de opiódes endógenos = alívio da dor. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Exercícios de estabilização lombopélvica Pois a gestante tem sobrecarga pelo aumento de peso; frouxidão ligamentar e redução da ação da musculatura abdominal. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO DOR PÉLVICA POSTERIOR - DISFUNÇÃO SACROILÍACA: Dor em facadas nas nádegas; distal e lateral à região de L5-S1 (art. sacroilíaca); com ou sem irradiação para a parte posterior da coxa; teste de provocação de dor pélvica posterior positivo. Biomecânica da pelve alterada + relaxamento das art. Sacroilíacas devido a influência da relaxina e estrogênio = rotação da pelve e estresse mecânico nas articulações. Ação do piriforme tentativa de estabilização. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Orientações: Correção de hábitos posturais (evitar tempo prolongado na posição deitada, sentada e apoio unipodal); Períodos de repouso e decúbito lateral esquerdo; Crioterapia; Massagem profunda em piriforme(presença de trigger points); Exercícios de estabilização lombopélvica; Uso de cintas pélvicas FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Oferece compressão e estabilidade à art. Sacoilíaca; Alivia o estresse articular e possibilita uma melhor distribuição de peso corporal ; MAS NÃO RECOMENDAR O USO ROTINEIRO – predispõe à fraqueza muscular devido a menor necessidade de estabilização muscular durante seu uso. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Investigar queixas de parestesias, dor irradiada, redução da força muscular... SINDROME DO TÚNEL DO CARPO Compressão do nervo mediano decorrente do edema gestacional. Dor e formigamento bilateral ** relacionar com a atividade ocupacional ** FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO O teste de Phalen consiste em manter o punho em flexão por 30 a 60 segundos, devendo haver reprodução ou exacerbação dos sintomas O teste de Tinel consiste em percutir com o indicador a região do túnel do carpo, devendo ocorrer parestesia no trajeto do nervo mediano. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO ORIENTAÇÕES E TRATAMENTOS: Uso de órtese de estabilização a noite; Posicionamento correto nas atividades ocupacionais; Terapia manual; FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Ambulatorial Comunidade Atendimento individualizado pautado nas queixas da paciente. Necessidade de orientação. Diagnóstico coletivo pautado nas queixas e dúvidas das mulheres envolvidas. Prevenção e orientações. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. GESTAÇÃO Sala de espera: abordagem individual ou em conjunto Grupo de Gestantes: Promoção, prevenção e recuperação. FERREIRA, 2011; MARQUES e SILVA, 2011. SOUZA, 2012. LEMOS, 2014. HIDROTERAPIA De acordo com os objetivos, indicações médicas, tempo de gestação e respostas psicológicas da paciente. Água bem tratada 27 – 30o C = exercícios. 33-35o C = relaxamento Efeito relaxante HIDROTERAPIA Flutuabilidade = sensação de ausência de peso. Diminui impacto sobre as articulações. Diminui edema – pressão hidrostática. Contra-indicações: contra-indicações à atividade física e ao tratamento na piscina. Exercícios na gestação: Objetivos Manter débito sistólico; Melhorar capilarização muscular e oxidativa; Melhorar circulação; Evitar ganho de peso excessivo; Aumentar equilíbrio muscular; Reduzir desconfortos; Estimular boa postura; Exercícios na gestação: Objetivos Prevenir de diabete gestacional; Manter níveis de glicose em patamar mais estável; Melhorar imagem corporal; Melhorar recuperação pós parto. Exercícios na gestação: Recomendações Avanço da gravidez e dependendo dos sintomas = atividadades modificadas Exercícios exaustivos, de longa duração, em ambientes quentes e pouco arejados = evitados Preferível 3x/semana Não recomendada atividade contínua por mais de 60’ Exercícios aeróbios sem apoio de peso (hidro) = minimizar o risco de lesão Exercícios na gestação: Recomendações Não realizar exercícios de alta instabilidade em gestantes que possuam alteração de equilíbrio. Manobra de Vasalva = deve ser evitada. Ingestão calórica e de líquidos adequada. Retomada das rotinas de exercício = gradual durante o puerpério. Intensidade moderada: Escala de Borg de 3 a 5 e FC em 60-75% da FCM Exercícios na gestação: Não recomendados “Qualquer atividade competitiva, artes marciais ou levantamento de peso; Exercícios com movimentos repentinos ou de saltos, que podem levar a lesão articular; Exercícios exaustivos e/ou que necessitam de equilíbrio principalmente no terceiro trimestre; Basquetebol e qualquer outro tipo de jogo com bolas que possam causar trauma abdominal; Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2003, 2: 151-8 Exercícios na gestação: Não recomendados Pratica de mergulho Ginástica aeróbica, corrida ou atividades em elevada altitude são contraindicadas ou, excepcionalmente aceitas com limitações, dependendo das condições físicas da gestante; Exercícios na posição supino após o terceiro trimestre podem resultar em obstrução do retorno venoso.” Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2003, 2: 151-8 CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS Doenças cardíacas hemodinâmicas Doenças restritivas pulmonares Cérvix incompetente Gestação múltipla com risco de prematuridade Sangramento persistente Placenta prévia (“baixa”) Ruptura de membranas Pré - eclampsia RELATIVAS Anemiasevera Arritmia cardíaca não controlada Bronquite crônica Diabetes tipo I não controlado Extrema obesidade mórbida Extremo sobrepeso Extremo sedentarismo Restrição do crescimento uterino HAS não controlada Limitações ortopédicas Fumantes EXERCÍCIOS FÍSICOS GESTAÇÃO com BEM-ESTAR! GESTAÇÃO SOUZA, Elza Lucia Baracho Lotti de. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. FERREIRA, Cristine Homsi Jorge. Fisioterapia na saúde da mulher: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. MARQUES, Andréa de Andrade; SILVA, Marcela Ponzio Pinto e; AMARAL, Maria Teresa Pace do (Org.). Tratado de fisioterapia em saúde da mulher. São Paulo: Roca, 2011. LEMOS, Andrea. Fisioterapia obstétrica baseada em evidências. Rio de Janeiro: Medbook, 2014. Casos clínicos N.B., 32 anos, G4P2A1, 27 semanas de idade gestacional, professora do primário, compareceu ao serviço de fisioterapia com queixa de dor na coluna, principalmente ao final do dia. Relata lombalgia prévia à gestação, esporadicamente, quando precisava se agachar muito na escola. Na anamnese, relatou que as dores iniciaram-se no primeiro trimestre da gestação, o que tem limitado muito suas atividades de vida diária e a deixado extremamente ansiosa. Refere dificuldade para pegar objetos no chão, o que precisa fazer com frequência devido à sua profissão. Está interessada em iniciar um programa de exercícios, preferencialmente hidroterapia. Relata ganho de 5 kg até o momento. Além da lombalgia, relata que esta com quadro de anemia, mas já em uso de suplemento de ferro. Pré-natal de risco habitual. Exame físico: dor na região lombar com tensão na musculatura eretora espinhal perceptível à palpação. Avaliação postural: aplainamento do arco longitudinal medial dos pés, aumento do ângulo tibiotársico, hiperextensão dos joelhos, anteversão pélvica, hiperlordose lombar e protusão dos ombros. No teste de flexão de pé, foi percebido aumento de ângulo tibiotársico, hiperextensão de joelhos e diminuição da mobilidade da coluna lombar, sendo que o movimento de flexão ocorreu praticamente só no quadril, movimento acompanhado de dor. Teste de provocação de dor pélvica posterior negativo bilateralmente. Diástase abdominal de 4 cm.. Casos clínicos MF, 26 anos, G1P0A0, 25 semanas de idade gestacional, advogada, apresenta queixa de dor na região da sínfise púbica e da nádega direita. Relata o aparecimento do sintoma há vinte dias, com exacerbação nos últimos 2 dias após passar a tarde fazendo compras para o bebê. Está apresentando dificuldade para deambular e subir e descer escadas. A festa de casamento da sua irmã será daqui a 8 dias e a possibilidade de não conseguir ir tem a deixado muito nervosa. Seu médico receitou paracetamol, que não aliviou o sintoma, sendo encaminhada então para a fisioterapia. Precisou afastar-se do trabalho nos últimos 2 dias em decorrência da dor. Refere ganho de 12 kg até o momento. Exame físico: Na avaliação postural estática, foram encontradas as seguintes alterações mais significativas: hiperextensão de joelhos, rotação pélvica para a direita muito nítida, inclinação lateral do tronco para a direita, com aumento do ângulo de Thales à direita e infradesnivelamento do ombro direito. Dor forte à palpação da região da sínfise púbica e lateralmente à borda sacral direita. Dificuldade para realizar as mudanças de decúbito na maca, com dor “em fisgadas” na região sacroilíaca e glútea direita durante a movimentação. TPDPP positivo. Casos clínicos Pacinte DB, 32 anos, primigesta, 30 semanas de idade gestacional, é encaminhada para a fisioterapia com diagnóstico de síndrome do túnel do carpo. Queixa-se de dor e formigamento bilateralmente nas mãos e dedos e dificuldade para dormir, pois a noite os sintomas se exacerbam. Na anamnese, queixou-se também de dores na região interescapular. Trabalha 8h/dia como analista de sistemas em uma multinacional. Nega qualquer queixa em membros superiores antes da gestação. Exame físico: durante a avaliação, DB apresentou o teste de Phalen positivo, assim como o teste de Tinel. Na avaliação postural foram detectadas alterações: hipercifose torácica, escápulas aladas, protusão de ombros, hiperlordose cervical. A paciente referiu dor na região suboccipital à palpação. Casos clínicos 1 - Qual a principal disfunção apresentada pela paciente? 2 – Qual o diagnóstico fisioterapêutico cinético funcional? 3 – Quais são os objetivos do tratamento fisioterapêutico? 4 – Quais são as condutas adequadas para cada objetivo traçado? Como aplica-las? (posicionamento e comando verbal)