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1 Olfação INTRODUÇÃO Olfação e gustação, têm claramente uma tarefa em comum: detectar substâncias químicas do meio ambiente o sistema olfatório regula uma série de funções, como respostas emocionais (ansiedade, medo, prazer), funções fisiológicas, funções reprodutivas e comportamentos sociais Além disso, o sentido do olfato pode ser um indicador de problemas de saúde; afinal, várias doenças são acompanhadas de deficiências olfatórias, como as doenças de Parkinson, Alzheimer, diabetes e obesidade. O envelhecimento também causa a perda de acuidade olfatória: pessoas com mais de 65 anos frequentemente apresentam essa deficiência. RECEPÇÃO, TRANSDUÇÃO E CODIFICAÇÃO DOS ODORANTES ANATOMIA DO SISTEMA OLFATÓRIO o Os neurônios responsáveis pela detecção dos odorantes situam-se no epitélio olfatório, que está localizado no alto da cavidade nasal o O bulbo olfatório está separado do epitélio olfatório apenas por um osso fino (a placa cribriforme do osso etmoide), que apresenta perfurações por onde passam os axônios dos neurônios olfatórios o Os axônios dos neurônios olfatórios atravessam a placa cribriforme e formam sinapses com as células mitrais do bulbo olfatório, em regiões denominadas de glomérulos. o Os axônios das células mitrais, que formam o trato olfatório, fazem, por sua vez, sinapse com neurônios de outras regiões do cérebro. CELULAS DO SISTEMA OLFATORIO o O epitélio olfatório apresenta três tipos principais de células: os neurônios olfatórios, as células-suporte e as células basais, que estão situadas na camada basal do epitélio o Os neurônios olfatórios são, portanto, diferentes de outros tipos de neurônios por apresentarem uma vida curta (cerca de 30 a 60 dias), além de serem continuamente repostos a partir das células da camada basal. o Os neurônios olfatórios são células nervosas bipolares, e cada um estende, a partir de seu polo apical, um único dendrito para a superfície do epitélio o Do dendrito partem cílios que estão em contato direto com o muco que recobre o epitélio o A partir do polo basal do neurônio olfatório, um único axônio projeta-se em direção ao bulbo olfatório. ÓRGÃO VOMERONASAL E DETECÇÃO DE FEROMÔNIOS o Muitos mamíferos apresentam, além do sistema olfatório principal, um segundo órgão olfatório, denominado órgão olfatório acessório o Forma de um tubo bilateral simétrico que se localiza na região anterior e ventral da cavidade nasal - neurônios vomeronasais, presentes dentro desse tubo, sejam responsáveis pela detecção de feromônios o Os feromônios são moléculas sem odor liberadas por um indivíduo, que podem desencadear reações fisiológicas ou comportamentais em outros indivíduos de uma mesma espécie, como agressividade, medo ou atração sexual. ETAPAS DAS CONEXOES VOMERONASAIS o Os axônios dos neurônios vomeronasais formam sinapses com células mitrais de uma pequena região localizada na região dorsal do bulbo olfatório, chamada de bulbo olfatório acessório. o Essas células mitrais enviam a informação para a região do hipotálamo que controla a liberação de hormônios pela glândula pituitária, resultando na alteração do estado endócrino do animal. o Não há evidências, portanto, de que exista órgão de Jacobson funcional em humanos; contudo, existem evidências de feromônios humanos. RECEPTORES PARA FEROMÔNIOS o Pertencem à superfamília de receptores acoplados à proteína G, mas suas sequências de aminoácidos são muito diferentes das dos receptores olfatórios o A grande maioria dos genes que codificam para receptores de feromônios são pseudogenes, isto é, não são funcionais. RECEPTORES OLFATÓRIOS E TRANSDUÇÃO DE SINAL o Nos cílios dos neurônios olfatórios, estão presentes os componentes que transformam o sinal resultante da ligação 2 do odor ao receptor olfatório em um sinal elétrico que será transmitido para o cérebro. o Odorantes (moléculas orgânicas pequenas e voláteis) na cavidade nasal neurônios olfatórios sinapse com as celulas mitrais do bulbo olfatorio regiões do cérebro (memoria e emoções). o Os odorantes são reconhecidos por receptores presentes nos cílios dos neurônios olfatórios. Os cílios estão em contato direto com o muco que recobre o epitélio olfatório. o Os receptores olfatórios pertencem à superfamília de receptores acoplados à proteína G, isto é, apresentam sete domínios transmembrana ETAPAS DA TRANSDUÇÃO DE SINAL 1. A ligação do odorante ao receptor olfatório faz com que este ative a proteína Golf 2. A proteína G se dissocia do complexo e ativa a adenitalo ciclase que produz AMPc 3. O AMPc liga-se ao canal olfatório CNGA2, que é regulado por nucleotídios cíclicos, causando um influxo de íons Na+ e Ca 2+ 4. Canais de Cl– dependentes de Ca2+ são ativados, causando um fluxo de Cl– para fora da célula. 5. A abertura desses canais despolariza a membrana, gerando um potencial de ação 6. sinapse com as celulas mitrais do bulbo olfatorio regiões do cérebro (memoria e emoções). o Camundongos alterados geneticamente (knock out) que não apresentam Golf, adenilil ciclase (ACIII) ou CNGc são anósmicos, ou seja, incapazes de detectar odorantes ORGANIZAÇÃO MOLECULAR DO SISTEMA OLFATÓRIO o As quatro zonas do epitélio olfatório apresentam regiões correspondentes de projeção no bulbo olfatório o Cada receptor olfatório é expresso em apenas uma dentre quatro zonas de expressão no epitélio olfatório, isto é, alguns receptores são expressos em neurônios situados na região dorsal, outros, em neurônios da região ventral do epitélio olfatório o Os axônios dos neurônios olfatórios que expressam um mesmo tipo de receptor convergem para um ou poucos glomérulos no bulbo olfatório, formando um mapa topográfico no qual cada um dos receptores está representado TOPOGRAFIA DO BULBO OLFATORIO o Um receptor olfatório pode reconhecer mais de um odorante; um odorante pode ser reconhecido por mais de um receptor olfatório; e cada odorante é reconhecido por uma combinação única de receptores. o o que explica como um vasto número de odorantes pode ser reconhecido por apenas 400 receptores o Odorantes distintos ativam combinações diferentes de glomérulos no bulbo olfatório. o Portanto, determinado odorante ativa uma combinação específica de receptores olfatórios no epitélio olfatório, o que resulta na ativação de um padrão específico de glomérulos, gerando um mapa espacial do odorante no bulbo olfatório. Essa informação é então transmitida para outras regiões do cérebro, resultando na percepção do odorante. DEFICIÊNCIAS OLFATÓRIAS O distúrbio olfatório mais comum é a anosmia específica. Um indivíduo que tem anosmia específica apresenta sensibilidade diminuída ou ausente em relação a um odorante específico, mas é capaz de detectar outros odorantes de maneira normal. A perda total da sensação olfatória (anosmia geral) ou uma diminuição na sensibilidade para odorantes em geral (hiposmia) normalmente ocorrem com a idade, ou em pacientes com doenças degenerativas, como as doenças de Parkinson e Alzheimer ou doenças ciliares INTEGRAÇÃO CENTRAL DA PERCEPÇÃO OLFATÓRIA o Os axônios das células mitrais do bulbo olfatório formam o trato olfatório lateral, que se projeta para cinco regiões do córtex olfatório: o núcleo olfatório anterior, o tubérculo olfatório, o córtex piriforme, a amígdala e o córtex entorrinal o A informação que chega ao tubérculo olfatório, o córtex piriforme, a amígdala e o córtex entorrinal é transmitida via tálamo para o córtex orbitofrontal, e essas mesmas regiões 3 do córtex olfatório também fazem conexões diretas com o córtex frontal. o A informação olfatória é transmitida, ainda, da amígdala para o hipotálamo e do córtex entorrinal para o hipocampo. o Acredita-se que a discriminação consciente dos odorantes dependada via aferente que vai do tálamo para o córtex orbitofrontal, já que pessoas com lesões no córtex orbitofrontal são incapazes de discriminar odorantes. A informação é transmitida do bulbo olfatório para cinco regiões do córtex olfatório: núcleo olfatório anterior, tubérculo olfatório, córtex piriforme, amígdala e córtex entorrinal. De todas essas regiões (exceto o núcleo olfatório anterior), a informação é enviada diretamente para o córtex frontal, ou via tálamo para o córtex orbitofrontal. Adicionalmente, a informação olfatória é transmitida da amígdala para o hipotálamo e do córtex entorrinal para o hipocampo. 4 Gustação o A gustação tem também um papel muito importante de proteger um animal ou um ser humano de ingerir substâncias tóxicas o SABORES são classicamente agrupados em cinco modalidades (sabores) gustativas básicas ou primárias. o doce, amargo, ácido e salgado. A quinta modalidade representa o sabor de aminoácidos em geral o Cada alimento parece ativar combinações diferentes desses sabores básicos. o Gustação envolve a participação de outros sistemas sensoriais, particularmente do sistema olfatório, mas também do somestésico e do visual. RECEPÇÃO GUSTATIVA o Células receptoras gustativas são células neuroepiteliais especializadas que atuam traduzindo estímulos químicos (sabores) em elétricos. o Presentes na língua, palato, a faringe e a epiglote o No topo do dendrito encontram-se as microvilosidades com os receptores. Na parte basal do soma, a célula receptora gustativa forma uma sinapse com uma fibra aferente o As células receptoras gustativas são bipolares e servem como quimiorreceptores do sistema gustativo o Elas são inervadas pelas fibras aferentes gustativas, que transmitem sua informação para o sistema nervoso central. o As células receptoras gustativas enviam um único dendrito pela superfície do epitélio, onde cada botão gustativo possui uma pequena abertura, chamada de poro gustativo. o No topo do dendrito das células receptoras gustativas, há um grande número de microvilosidades, que ficam em contato com a cavidade oral através do poro gustativo. o Na membrana dessas microvilosidades estão ancorados os receptores gustativos As células basais, que são um tipo de célula-tronco indiferenciada, servem como precursoras para a formação de novas células receptoras gustativas. Isso significa que as fibras aferentes gustativas precisam formar constantemente novas sinapses com as células receptoras gustativas recém-formada. Células de sustentação – são celular receptoras gustativas em desenvolvimento. o As células receptoras gustativas ficam localizadas em especializações epiteliais, que são denominadas botões gustativos o botões gustativos contém cerca de 50 a 100 células receptoras gustativas. o BOTOES GUSTATIVOS: células receptoras gustativas + células de sustentação e as células basais Esquema de um botão gustativo com seus três diferentes tipos de células: as células receptoras gustativas, as células de sustentação e, na parte basal, as células basais PAPILA GUSTATIVA A grande maioria dos botões gustativos é encontrada em pequenas elevações na superfície dorsal da língua, denominadas papilas gustativas 5 I. Papilas fungiformes, em forma de um cogumelo, situadas nos dois terços anteriores da língua, sendo que a maior parte encontra-se na ponta da língua II. Papilas foliadas, que são encontradas nas bordas laterais da parte posterior da língua. Elas têm a forma de uma folha, e cada uma fica cercada por um pequeno fosso As papilas circunvaladas, que são muito maiores que os outros dois tipos e menos numerosas. Há cerca de nove papilas circunvaladas dispostas em V na base da língua, e cada uma é circundada com um fosso. Como no caso das papilas foliadas, glândulas serosas se abrem nesse fosso TRANSDUÇÃO DAS SUBMODALIDADES GUSTATIVAS o os estímulos gustativos podem interagir com canais iônicos situados na membrana das células receptoras gustativas, ou com receptores específicos acoplados a uma proteína G o Os sabores doce, amargo e “umami” atuam sobre proteínas G Quando uma célula receptora gustativa é ativada por um estímulo adequado (o sabor básico ao qual ela é responsiva), despolariza- se, e essa resposta é chamada de potencial de receptor. A despolarização da membrana promove a abertura de canais de Ca2+ dependentes de voltagem ou a liberação de Ca2+ de estoques intracelulares. A entrada de Ca2+ no citoplasma promove a liberação de um neurotransmissor, o que ativa receptores na fibra aferente gustativa, que, finalmente, dispara um potencial de ação TRANSDUÇÃO DO SABOR SALGADO existem canais de Na + nas microvilosidades das células receptoras gustativas. A entrada de Na+ despolariza a célula e evoca a liberação do neurotransmissor. Existem diferentes canais para Na+ e também para outros íons, como o K+. O canal de sódio mais conhecido é o canal de Na+,que é bloqueado por amilorida. Alguns tipos de canais para Na+ são regulados por hormônios envolvidos na homeostase hidreletrolítica, como o hormônio antidiurético e a aldosterona. Provavelmente, o Na+ intracelular é bombeado ativamente para fora da célula sensorial gustativa por meio de um transportador Na+/K+ dependente de ATPase localizado na membrana basal file:///C:/Users/Maria%20Cecilia/Downloads/Fisiologia%20Rui %20Curi.pdf pagina 432 O sabor salgado é mediado diretamente pelo influxo de Na+ por meio de canal de Na+. O sabor ácido pode ser mediado diretamente pelo fechamento de canal de K+ ou, alternativamente, pelo influxo de íons H+ pelos canais de sódio sensíveis a amilorida. Todos esses mecanismos resultam em aumento da concentração intracelular de Ca2+, que estimula a liberação de um neurotransmissor. Transdução dos sabores doce, amargo e “umami”. Todos eles são mediados indiretamente pela interação com receptores específicos (T1Rs e T2Rs) acoplados a proteínas G, cuja ação depende de uma cascata de reações bioquímicas mediadas por diferentes tipos de segundos mensageiros, como monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) e inositol trifosfato (IP3). Todos esses mecanismos resultam em aumento da concentração intracelular de Ca2+, que estimula a liberação de um neurotransmissor CODIFICAÇÃO DOS ESTÍMULOS GUSTATIVOS A codificação gustativa refere-se aos processos de como a identidade (qualidade) e a intensidade (concentração) de um estímulo gustativo são codificadas no córtex gustativo o 2 hipoteses: o CÓDIGO PADRONIZADO para grupos de fibras. Isso implica que cada célula receptora gustativa responde, em certo grau, a cada sabor básico, mas sem que duas fibras aferentes respondam de forma idêntica. De acordo com esse modelo, uma determinada sensação gustativa é codificada pelo padrão das respostas de um grande conjunto de fibras aferentes. o CODIGO DE LINHA MARCADA - existência de receptores sensoriais gustativos altamente específicos associados a vias aferentes e alvos terminais também específicos para cada sabor básico o receptores T1R1 + T1R3 para aminoácidos, os receptores T1R2 + T1R3 para o doce e os receptores T1T2Rs para o amargo são expressos file:///C:/Users/Maria%20Cecilia/Downloads/Fisiologia%20Rui%20Curi.pdf file:///C:/Users/Maria%20Cecilia/Downloads/Fisiologia%20Rui%20Curi.pdf 6 separadamente em distintas populações de células receptoras gustativas INTEGRAÇÃO CENTRAL DA PERCEPÇÃO GUSTATIVA o As células receptoras gustativas estabelecem contato sináptico com fibras aferentes periféricas que se incorporam a três pares de nervos cranianos. o O ramo da corda do tímpano do nervo facial (VII nervo craniano) inervaos dois terços anteriores da língua e, assim, recebe informações das papilas fungiformes. o O nervo glossofaríngeo (IX nervo craniano) inerva a parte posterior da língua e, assim, recebe as informações oriundas das papilas foliadas e circunvaladas. o O nervo vago (X nervo craniano) inerva poucas células receptoras gustativas situadas na epiglote e no esôfago A informação gustativa vinda das diferentes regiões da língua e da cavidade da boca é depois conduzida, pelos três nervos cranianos, para o setor gustativo na parte rostral do núcleo do trato solitário, localizado no tronco cerebral. Deste núcleo se originam axônios, ditos de segunda ordem, que inervam a parte medial do núcleo ventral posterior medial (VPM) do tálamo. Este, por sua vez, envia projeções para várias áreas corticais que ficam entre a parte anterior do córtex insular no lobo temporal e o opérculo do lobo frontal (Figura 15.12). Essas áreas gustativas de primeira ordem ficam nas imediações da área de representação da língua do córtex somatossensorial, da qual recebem projeções. Assim, as áreas corticais gustativas recebem informações sobre a textura e a temperatura do alimento. Áreas associativas gustativas de ordem superior parecem existir no córtex orbitofrontal, cujos neurônios respondem a uma combinação de estímulos olfatórios, visuais e gustativos, e no córtex perirrinal rostral. Além disso, muitos relés da via gustativa estão interconectados com o hipotálamo (regulador da homeostase do corpo) e a amígdala (importante para componentes emocionais e hedônicos do apetite). As secções coronais à direita mostram as projeções do núcleo VPM do tálamo para as áreas corticais gustativas de primeira ordem, que ficam na parte anterior do córtex insular no lobo temporal e no opérculo do lobo frontal MECANISMOS HEDÔNICOS DA GUSTAÇÃO Valor hedônico, ou seja, uma capacidade de gerar prazer. Em geral, a ingestão de alimentos parece provocar duas sensações distintas: (1) uma consciência puramente sensorial da qualidade ou do sabor básico de um alimento e (2) uma resposta afetiva (prazerosa ou aversiva) que o alimento suscita nutrientes com altoteor metabólicopodem in͆uenciar diretamente o sistema de recompensa por meio de mecanismos pós-prandiais, sem depender da transdução do próprio sabor do alimento por células receptorasgustativas. Isso também levanta a hipótesedequea preferência para alimentos ricos em gorduras, para os quais ainda não foram descritas células receptoras especíͅcas, possa ser mediada por mecanismos pós-prandiais MECANISMOS HOMEOSTÁTICOS DA GUSTAÇÃO Foi descoberto que hormônios como a insulina, produzida pelo pâncreas, a leptina (do grego leptos, “magro”), produzida pelo tecido adiposo, e a grelina, secretada pelo estômago, atuam no cérebro, principalmente em neurônios do núcleo arqueado do hipotálamo, regulando, por um lado, nosso apetite e, por outro, o gasto energético. A leptina, junto com a insulina, desempenha um papel importante na regulação da homeostase energética. Os múltiplos efeitos da insulina e da leptina na homeostase energética dependem da 7 interação desses hormônios com núcleos hipotalâmicos contendo distintos neuropeptídios. Em contraste, a grelina parece funcionar como um “iniciador de refeição”, visto que seus níveis tipicamente se elevam 1 a 2 horas antes de uma refeição, voltando a valores normais logo após a ingestão de alimentos.
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