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Doenças respiratórias do RN 1-DESCONFORTO RESPIRATÓRIO ADAPTATIVO -Transição do alvéolo preenchido por liquido, por ar ao nascer. Isso aumenta a capacidade residual pulmonar, aumenta o fluxo de sangue pro pulmão e ocorre a queda da pressão pulmonar = trocas gasosas efetivas Se ocorre falha em algum desses mecanismos= desconforto respiratório precoce (logo após o nascimento) -Manejo: Aquecer incubadora Monitorização continua (Sat, FC, FR e padrão respiratório) Avaliar fatores de risco p/ sepse, hipoglicemia e malformações Ofertar 02 inalatório p/ vasodilatação pulmonar Manter glicemia normal- dieta VO ou SOG ! Se houver melhora em < 6 horas e sem necessidade de suporte ventilatório = diagnostico de desconforto respiratório adaptativo Passar p/ berço comum+ alojamento conjunto *Não há necessidade de solicitar RX de tórax ! O DESCONFORTO RESPIRATÓRIO pode ser avaliado pelo boletim de silverman 2-TAQUIPNEIA TRANSITORIA DO RN -Ocorre por atraso na absorção do liquido pulmonar após o nascimento -Prematuros tardios (36-37 sem) ou a termo -FISIOLOGIA: Período canalicular: com 17 semanas o epitélio respiratório secreta liquido no interior dos pulmões em desenvolvimento com a função de exercer pressão de distensão sobre a VA estimulando o desenvolvimento distal (ácinos, bronquíolos respiratórios e sacos alveolares). Com a evolução da gestação, a produção do liquido pulmonar aumenta p/ 25 a 30 ml/kg/dia. E com aproximadamente 32 semanas cessa a produção. No período de trabalho de parto inicia-se a reabsorção de aproximadamente 70 % do liquido pulmonar e com a passagem no canal do parto mais 10%. O restante é absorvido pela via linfática dos capilares pulmonares após o nascimento. -Situações que retardam a absorção desse liquido após o nascimento Cesárea eletiva fora do TP Asfixia perinatal (alteração nas bombas de Na e K atpase) Diabetes e asma materna (insulina reduz cortisol diminuindo surfactante) Policitemia (hipofluxo dificultando a reabsorção do liquido) -DIAGNÓSTICO CLINICO Taquipneia importante nas 1°s horas após o nascimento Dispneia leve (boletim 0-3) Melhora com aproximadamente 24/48 horas Saturação variável, mas em geral boa RX tórax Congestão peri-hilar, infiltrado difuso Aumento de tramas Cisurite (linha do lobo médio evidente) Derrame pleural pequeno Hiperinsuflação pulmonar ! Alteração na gasometria é rara -TRATAMENTO: Evolução benigna, tende a resolução espontânea em 2 a 3 dias Pode ser necessário O2 INALATÓRIO por CPAP ou capacete (raro a necessidade de VNI) *Necessidade de FiO2 menor do que 50% 3-SINDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RN -Tambem chamada de doença da membrana hialina -Deficiencia quantitativa ou qualitativa do surfactante pulmonar -é a doença respiratório mais comum nos pmt <34 semanas -Fatores de risco: PMT, Filhos de mãe com DM, Asfixia perinatal Mecônio + hemorragia pulmonar (inativam o surfactante) -FISIOLOGIA: O surfactante é produzido pelos pneumocitos do tipo 2 a partir de 20 semanas de gestação, com pico a partir de 35 semanas.! SUA PRINCIPAL FUNÇÃO É ROCOBRIR OS ALVEOLOS REDUZINDO A TENSÃO SUPERFICIAL, ISSO GERA AUMENTO DA CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (volume que sobra no alvéolo após a expiração) *impede o colabamento do alvéolo -FISIOPATOLOGIA: Com a deficiência de surfactante ocorre o aumento da tensão superficial e da força de retração elástica acarretando em instabilidade alveolar e atelectasia progressivas. A complacência do pulmão torna-se reduzida assim como a capacidade residual. A criança tenta aumentar o esforço respiratório p/ abrir o alvéolo. Junto com isso, ocorre aumento do shunt intrapulmonar levando ao quadro de hipoxemia e acidose (por Hipercapnia) -DIAGNÓSTICO: Desconforto respiratório progressivo nas 1°s 24/48 horas de vida Gemência, diminuição do MV ** etc Acidose respiratória com PaCo2 >60 mmHg Rx com infiltrado reticulo-granular difuso (vidro moído) Microatelectasias Broncograma aéreo Aumento do liquido pulmonar *perda da visualização do contorno cardíaco -Diagnóstico diferencial: Pneumonia, CC, TTRN -CONDUTA: Oxigênio se PaO2 50-70 e Sat 85-95 Suporte ventilatório CPAP ou EPAP ou PEEP -p/ aumento da capacidade residual SURFACTANTE EXÓGENO se suporte máx (Fio2 >=40%) Ideal nas 2 primeiras horas de vida 100-200 mg/kg/dose intratraqueal Retratamento 6 a 12 horas após 1° dose (max 3 doses até 48 horas de vida) Desmame ventilatório imediato após o surfactante (risco de pneumotórax por escape de ar) Pode ser usado furosemida para estabilização devido a congestão pulmonar 4-HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RN (HPPN) -Ocorre por persistência do padrão de circulação fetal caracterizado por alta pressão pulmonar e sistêmica diminuída levando a hipoxemia grave e refrataria. Com isso ocorre shunt da direita para a esquerda pelo forame oval e canal arterial -Doenças associadas: SDR, S. aspiração meconial, Hipoplasia pulmonar por hérnia diafragmática congênita, Cardiopatias Congênitas, Sepse/ pneumonia, Asfixia perinatal -FISIOPATOLOGIA: Diminuição de substancia vasodilatadora (NO) e aumento de vasoconstritora (endotelina) = VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR PERSISTENTE Hipóxia -> acidose -> vasoconstrição da a. pulm -> hipert. pulmonar -DIAGNÓSTICO: Desproporção da gravidade da hipoxemia e do de desconforto respiratório (sat MUITO BAIXA, mas não tanto desconforto) Diferença de saturação pré e pós ductal >=5% RX tórax com hipotransparencia (pulmão preto) Pouco vascularizado ECO (P.O) Evidencia shunt D-E pelo canal arterial Avalia a pressão sistólica da artéria pulmonar Avalia a contratilidade miocárdica -TRATAMENTO: Manipulação mínima p/ diminui labilidade Reduzir estímulos sonoros e auditivos Sedação se criança agitada e analgesia Suporte ventilatório e recrutamento de alvéolos com ventilação de alta frequência 1° CPAP 2° VM Tto da doença de base + VASODILATAÇÃO PULMONAR (após recrutamento de alvéolos) -Oxido nítrico inalatório 20 ppm -Milrinone (inibidor da fosfodiesterase 3) Vasodilatador pulmonar e sistêmico (n é bom cair a sistêmica pq perpetua a HPPN. Pode ser administrada junto com adrenalina pq ajuda a liberar NO endógeno). Boa p/ disfunção ventricular associada. -Sildenafil (inibidor de fosfodiesterase 5) 1° recruta alvéolo com ventilação 2° Vasodilatador Oxido nítrico ! Importante restaurar equilibro acidobásico (PH mais alcalino pode vasodilatar) 5-SINDROME DA ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO (SAM) -Ocorre devido a aspiração de liquido meconial intrautero causando obstrução de vias aéreas e HPPN em alguns casos -GRUPO DE RISCO: RN>40 sem e Asfixia perinatal -O sofrimento fetal gera liberação de mecônio intrautero. Se o feto estiver em Gasping, vai permitir a entrada de mecônio nas VAS Esse mecônio atua obstruindo a via (válvula- entra ar, mas não sai ou bloqueio total) e gerando inflamação A obstrução como válvula pode culminar em baro/volutrauma. Já o bloqueio total pode gerar atelectasias. A inflamação gera uma pneumonite química com evolução p/ necrose e pode gerar vasoconstrição do pulmão e inativação do surfactante. -DIAGNÓSTICO: Desconforto respiratório deinício precoce e progressivo Cianose Se não houver complicações, evolui com resolução entre 5 a 7 dias RX Infiltrado granular grosseiro (atelectasia) alternado com hiperinsuflação (pulmão heterogêneo) Consolidação e escape de ar -TRATAMENTO ATB? Suporte ventilatório Oxido nítrico inalatório se HPPN Surfactante exógeno se suspeita de inativação de surfactante Se ausência de movimento respiratório, apneia e/ou FC <100: 1° iniciar ventilação com PP bolsa e máscara 2° aspirar via aérea 3° intubar 6- APNEIA DA PREMATURIDADE -Pause respiratória por mais de 20 segundos ou por menos de 20 segundos, mas com repercussão (bradicardia + cianose + queda de Sat) -Considerar em <34 semanas e após excluir outras causas -Inicio a partir do 2° dia de vida geralmente -ETIOLOGIAS: CENTRAL: inativação do centro respiratório que ainda está amadurecendo – gera ausência de movimentos respiratórios OBSTRUTIVA: ocorre por interrupção no fluxo aéreo na faringe – RN apresenta movimentos respiratórios MISTA -COMO DIFERENCIAR A ETIOLOGIA? Poligrafia ou Polissonografia Avalia os episódios de apneia e o grau de maturidade do SNC TRATAMENTO: -XANTINAS (cafeína ou teofilina) – antagonistas de adenosina 20mg/kg ataque + manutenção 10mg/kg até 34/36 sem IG corrigida e até no mín. 1 semana sem apneia Atuam estimulando o centro respiratório Aumentam a sensibilidade dos receptores de CO2 Diminuem depressão respiratória por hipóxia Potencializam contração do diafragmática -Pode ser utilizado CPAP/NIPPV (dilata faringe aumentando o drive respiratório) Estimulação tátil -> Ventilação bolsa e mascara -> em último caso IOT+ VM ! Descartar: sepse, distúrbio metabólico, distúrbio térmico, HIC, meningite 7-DISPLASIA BRONCOPULMONAR -Ocorre por dano pulmonar devido a quadro de lesão-reparação com edema e inflamação que resulta em fibrose. -Gera bloqueio no desenvolvimento normal do pulmão com diminuição de alvéolos devido à altas concentrações de 02. ! IP: CRITÉRIOS: -Ventilação mecânica > 28 dias -Dependência de ventilação além de 36 semana de IG corrigida ! RX com infiltrado difuso É recomendado uso de corticoide > 15 dias de vida para evitar o quadro de DBP. (antes disso pode ocasionar dano neurológico)
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