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Simulado direito processual penal

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Direito Processual Penal – Carolina Carvalhal
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FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!
INSTRUÇÕES GERAIS
● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente 
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe 
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. 
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher 
o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho 
de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da 
prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não 
se preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo 
designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder 
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste 
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar 
de ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-
resposta em caso de respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É 
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão 
com respostas em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um 
e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura 
Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem 
exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
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Direito Processual Penal – Carolina Carvalhal
SIMULADO INÉDITO PARA CONCURSOS
DIREITO PROCESSUAL PENAL
CAROLINA CARVALHAL
INQUÉRITO POLICIAL
A respeito de inquérito policial, julgue os itens subsequentes.
1. Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da 
vítima, Tício foi indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto 
qualificado por arrombamento. Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto 
no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do Superior Tribunal de Jus-
tiça acerca de inquérito policial, o Ministério Público pode requerer ao juiz a devolu-
ção do inquérito à autoridade policial, se necessária a realização de nova diligência 
imprescindível ao oferecimento da denúncia, como, por exemplo, de laudo pericial 
do local arrombado.
2. O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia que, para tanto, deverá funda-
mentar-se em elementos de informação que ministrem certeza quanto à materialidade 
e indícios razoáveis de autoria. Não se afigura possível que o juiz, o MP ou uma CPI 
requisitem ao delegado de polícia o indiciamento de determinada pessoa.
3. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em fla-
grante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do 
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, 
mediante fiança ou sem ela.
4. O MP, que é o dominus litis, pode determinar a abertura de IPs, requisitar esclarecimen-
tos e diligências investigatórias, bem como assumir a presidência do IP.
5. A elaboração de laudo pericial na fase do IP sem prévio oferecimento de quesitos pela 
defesa ofende o princípio da ampla defesa quando somente tenha sido dada oportuni-
dade de manifestação e oferecimento de quesitos após sua juntada.
6. Caso o MP manifeste-se pelo arquivamento de IP com fundamento na atipicidade do 
fato, a decisão que determinar o arquivamento com base nesse fundamento, ainda que 
seja emanada de juiz absolutamente incompetente, impedirá a instauração de processo 
que tenha por objeto o mesmo episódio.
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7. O arquivamento do IP pode ser realizado pela autoridade policial, quando houver reque-
rimento do MP, com sua concordância.
8. Inquérito policial é imprescindível ao ajuizamento da ação penal.
9. Caderno investigativo tem como característica marcante o contraditório.
10. A atividade investigatória de crimes não é exclusiva da polícia judiciária, podendo ser 
eventualmente presidida por outras autoridades, conforme dispuser a lei especial.
AÇÃO PENAL
Referente à ação penal, julgue os itens a seguir.
11. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for inten-
tada no prazo legal, ocasião em que o Ministério Público será afastado de suas 
atribuições naquele processo.
12. Se o ofendido for menor de 18 anos e não tiver representante legal, ou colidirem os inte-
resses deste com os daquele, o direito de queixa somente poderá ser exercido quando 
aquele atingir a maioridade.
13. Na ação penal privada subsidiária da pública, no caso de negligência do querelante, 
pode o Ministério Público retomar a ação como parte principal.
14. É condição, para o exercício da ação penal, a representação do ofendido no caso de 
crimes em que a ação penal é de iniciativa privada.
15. Não se admite a ação privada subsidiária em caso de arquivamento do inquérito policial.
16. Na ação penal privada, apesar de a vítima ou seu representante legal não serem obri-
gados a oferecer queixa-crime, uma vez ajuizada a ação, o querelante não pode deixar 
de processar quaisquer dos autores da infração penal.
17. Em razão do princípio da indivisibilidade, o não oferecimento de denúncia, em ação 
penal pública, pelo Ministério Público, relativamente a um fato criminoso imputado ao 
acusado, impede que este seja objeto de ação penal posteriormente.
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18. Em atenção ao princípio da indivisibilidade da ação penal, não poderá o juiz, em caso 
de conexão ou continência, separar os processos, mesmo que o número de acusados 
seja excessivo e que isso acarrete o prolongamento de prisões.
19. A Defensoria Pública não tem legitimidade para propor a ação penal privada, tampouco 
a ação penal privada subsidiária da pública.
20. O direito de ação é, entre outros, autônomo e abstrato.
COMPETÊNCIA
Referente às competências, julgue os itens a seguir.
21. Depois de cessado o exercício da função, não se deve manter o foro por prerrogativa 
de função, porque cessada a investidura a que essa prerrogativa é inerente, deve esta 
cessar por não a ter estendido mais além à própria Constituição.
22. Se não existe conexão entre o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e 
o crime doloso contra a vida, o reconhecimento da incompetência do Tribunal do Júri 
para deliberar sobre o primeiro e, por consequência, de nulidade de parte da sessão de 
julgamento, afeta a deliberação do Tribunal do Júri sobre o delito contra a vida.
23. O vereador de município X prevê, exclusivamente em sua Constituição Estadual, 
foro por prerrogativa de função para que vereadores sejam julgados pelo Tribunal de 
Justiça do Estado. Em uma comemoração do aniversário da esposa do vereador, no 
próprio município em que atua, após ingerir bebida alcoólica, vem a discutir com a 
amiga da sua esposa, que atuava como juíza em outro Estado. Durante a discussão, 
o vereador desfere diversostiros em região letal na magistrada que veio a óbito dias 
após os ferimentos. Descobertos os fatos, o vereador vem a ser denunciado pela prá-
tica do crime de homicídio qualificado consumado.
Considerando apenas as informações narradas, será competente para julgamento do 
delito imputado o Tribunal de Justiça do Estado onde o vereador exerce suas funções.
24. Nas ações exclusivamente privadas, o querelante pode, mesmo sabido o local da con-
sumação, optar por propor a ação no domicílio ou residência do réu.
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25. A competência será determinada pela conexão se, ocorrendo duas ou mais infrações, 
houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias 
pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas 
contra as outras.
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, 
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA, DOS PERITOS E INTÉRPRETES
26. De acordo com entendimento do STJ, na seara penal, é incabível a imposição de multa 
por litigância de má-fé.
Tício, acusado por praticar o crime de furto, responde a ação penal na comarca de Sal-
vador. Ocorre que Tício está em local incerto e não sabido, entretanto, como o denunciado 
não foi encontrado para ser citado pessoalmente, o juiz nomeou um defensor dativo e deu 
seguimento ao processo. Por fim, o juiz competente da comarca de Salvador condenou Tício 
nas penas do art. 155 do CP, apesar de a defesa ter alegado nulidade da citação.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
27. Tício poderá ser obrigado a pagar os honorários do defensor nomeado pelo juiz.
Dionísio foi preso em flagrante em uma praia da cidade de Natal pela prática do crime 
de importunação sexual, tendo sido reconhecido pela vítima, Fernanda, com a qual não pos-
suía relação anterior. Há indícios de que Dionísio tenha praticado outros crimes contra a dig-
nidade sexual, tendo sido também reconhecido por outras vítimas.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
28. Fernanda poderá habilitar-se na ação penal como assistente de acusação, por ser a 
vítima do crime.
Referente a acusado e defensor, julgue os itens 29, 30 e 31:
29. O juiz deverá nomear defensor ao réu quando, citado, não apresentar resposta à acu-
sação ou não constituir defensor.
30. O defensor poderá ser dispensado, desde que haja manifestação expressa do acusado.
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31. O defensor dativo não será remunerado, salvo quando o juízo observar que o réu não 
for pobre, ao qual serão arbitrados os honorários.
O Procurador da República no Distrito Federal participou de investigação criminal junto 
a grupo especializado de combate ao crime de tráfico internacional de mulheres e crianças. 
Com base nessa investigação criminal, o referido membro do Ministério Público Federal ofe-
receu denúncia, que foi recebida pela Justiça Federal no Distrito Federal. No decorrer da ins-
trução desse processo criminal, outro membro MPF designado em sede de alegações finais 
pediu a absolvição do réu.
Diante dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
32. De acordo com o entendimento do STF e do STJ, não se admite a ocorrência de mani-
festações díspares oferecidas por membros do Ministério Público por ofensa ao princí-
pio do promotor natural.
33. Ao assistente da acusação é permitido propor todos os meios de prova admiti-
dos em direito, inquirir testemunhas, bem como aditar a denúncia ofertada pelo 
órgão de acusação.
34. O ordenamento jurídico pátrio não prevê recurso contra a decisão que não admitir a 
habilitação do assistente da acusação.
Marcelo é investigado pela prática de homicídio consumado contra Margarida, crime 
esse cometido na capital de Goiás. A autoridade policial realizou interceptação telefônica 
e tomou conhecimento de que Marcelo havia confessado ser o autor do crime ao irmão da 
vítima, Miguel.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
35. Miguel poderá habilitar-se como assistente de acusação enquanto não transi-
tar em julgado a sentença penal, caso Margarida não tenha nenhum ascendente 
ou descendente vivos.
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DA PROVA
A respeito das provas e no que tange à regência do Código de Processo Penal sobre 
reconhecimento de pessoas, leia as assertivas a seguir e julgue-as.
36. A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que 
deva ser reconhecida.
37. A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de 
outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer 
o reconhecimento a apontá-la, não sendo possível, serão apresentadas fotografias de 
pessoas diversas para quem tiver que proceder o reconhecimento de pessoa.
38. É válido o interrogatório do acusado que dispensa a presença do advogado e per-
manece em silêncio, pois, se o silêncio não puder ser interpretado contra a defesa, 
não haverá prejuízo.
39. Se o interrogando não souber escrever, não puder ou não quiser assinar, o juiz nomeará 
curador e este, após a leitura do interrogatório, assinará o termo.
Técio gravou a conversa que teve com Tício e informou esse fato ao seu amigo Mévio, 
advogado com profundos conhecimentos na área do direito constitucional, especialmente 
em matéria de liberdades fundamentais. Na ocasião, Técio questionou Mévio sobre a juridi-
cidade do seu comportamento.
Com base nas informações anteriores, julgue o item a seguir.
40. Técio poderia ter gravado a conversa que teve com Tício para utilizá-la como prova de 
defesa ou em decorrência de investida criminosa.
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DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
Sobre as citações e intimações, julgue os itens a seguir.
41. O processo penal poderá prosseguir, mesmo que o acusado não tenha 
sido pessoalmente citado
42. A citação por hora certa não é prevista no processo penal.
43. Quando o réu estiver fora do território brasileiro, será citado mediante carta de ordem.
44. A citação inicial far-se-á pelo correio, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdi-
ção do juiz que a houver ordenado.
45. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será 
notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
46. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras (embaixadas e con-
sulados) serão efetuadas mediante carta precatória.
47. É atribuição do oficial de justiça a citação por hora certa quando ele verificar que o réu 
se oculta para não ser citado.
48. Se o acusado residir em comarca diversa da jurisdição do juízo processante, a citação 
terá de ocorrer por meio de carta de ordem.
49. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. 
50. O processo penal não disciplina restrições à citação pessoal do réu durante a realiza-
ção de cultos religiosos ou fúnebres.
51. A citação por mandado pode ser dispensada se for evidente que o réu sabe que está 
sendo processado criminalmente.
52. A citação será pessoal sempre que o réu estiver preso.
53. A citação por edital suspende o processo e o prazo prescricional no momento da sua 
publicação no diário oficial.
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54. A citação por carta precatória confere prazo em dobro para a apresentação de resposta 
escrita à acusação.
55. A citação por hora certa é exclusiva do processo civil, pois inexiste citação ficta no 
processo penal brasileiro.
DO PROCESSO COMUM
Referente a processo comum, julgue os itens seguintes.
56. Ocorreu um homicídio em um matagal ermo, em que o agressor, após esfaquear a 
vítima,enterrou a faca próximo ao seu corpo. Quando encontrada a faca, deverá 
ser descartada, uma vez que comprometerá o exame pericial, pois não será possí-
vel a pesquisa do material genético, devido ao passar dos dias e mistura de terra e 
outros elementos orgânicos.
57. No processo penal, o Juiz, ao receber o processo, poderá desde logo absolver sumaria-
mente o acusado por faltar a condição para o exercício da ação penal.
58. O processo seguirá sem a presença do réu, uma vez que este não comunicar seu novo 
endereço ao Juízo, sendo revel.
59. Em sede de Resposta, a acusação à defesa poderá desistir da oitiva das testemunhas 
arroladas sem a anuência da acusação. 
60. A ação penal será cabível no procedimento comum sumário para os crimes com pena 
máxima privativa de liberdade igual ou inferior a quatro anos.
61. Encerrada a audiência de instrução e julgamento e havendo número de acusado e 
considerando a complexidade do caso, o Juiz poderá conceder às partes o prazo de 5 
(cinco ) dias sucessivos para a apresentação de Alegações finais por Memoriais escrita.
62. Após o recebimento da denúncia, poderá o juiz reanalisar a decisão na qual a recebeu 
e voltar atrás para rejeitar a denúncia. 
63. Será admitida no rito comum sumário que a defesa e a acusação arrolem a quantidade 
de 8 testemunhas. 
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64. Para as infrações penais de menor potencial ofensivo, o rito a ser adotado é 
o procedimento sumaríssimo. 
65. O juiz em nenhuma hipótese poderá, de ofício, declarar a extinção da punibilidade 
de ofício, uma vez que no direito penal ela não admite essa previsão, devendo ser 
requerida pela parte. 
DA SENTENÇA
66. A fixação do valor mínimo para reparação do dano causado à vítima poderá ser profe-
rida na sentença penal condenatória, mesmo sem haver o pedido específico.
67. Jorge foi condenado pelo mesmo fato duas vezes. A sentença que deverá prevalecer é 
a que for mais favorável ao réu.
68. O Juiz, ao proferir a sentença, deverá realizar a dosimetria começando pela pena-base 
entre o mínimo e o máximo previsto em lei. Depois serão analisadas as circunstâncias 
agravantes e atenuantes e por último as causas de aumento e diminuição.
69. De acordo com o art. 74 da Lei n. 9.099/1995, as infrações penais não poderão ser jul-
gadas por juízes leigos.
70. Quando o réu é totalmente inimputável ao tempo do delito, o juiz proferirá uma 
sentença absolutória imprópria.
71. Diante da ação penal pública em que o Ministério Público pede a absolvição, sem ter 
alegado qualquer agravante, o juiz pode reconhecer agravantes bem como prolatar 
a sentença condenatória.
72. É cabível a qualquer das partes, no prazo de 5 dias, pedir ao juiz para que declare a 
sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão.
73. O juiz poderá atribuir definição jurídica diversa da pretendida, mesmo que para isso 
modifique a descrição do fato contida na denúncia.
74. Nos Juizados especiais criminais, nas sentenças penais é dispensável o relatório, sendo 
obrigatória a fundamentação.
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75. Daniel encontra-se preso no presídio na cidade de Salvador. Sua intimação da sen-
tença foi realizada por edital.
PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA
76. O agente que efetuar o uso injustificado das algemas, sofrerá responsabilização civil e 
penal se não forem preenchidos os requisitos autorizadores do devido uso das algemas.
77. A prisão temporária poderá ser mantida depois do recebimento da denúncia.
78. São espécies de prisão em flagrante: flagrante preparado, flagrante forjado 
e flagrante esperado.
79. Gilmar foi preso em flagrante. Em 24 horas, a autoridade policial o apresenta 
para a audiência de custódia, na qual se encontram presentes o preso, a juíza, 
o Ministério Público, a Defensoria Pública e os policiais que realizaram a prisão.
80. Rômulo estava caminhando em direção a sua casa quando se deparou com 
uma abordagem policial. Durante a revista pessoal, os policiais encontraram 2 apare-
lhos celulares oriundos de um furto. De imediato foi realizada a prisão em flagrante e foi 
apresentado à autoridade competente. No entanto, a autoridade policial arbitrou fiança 
ao custodiado, porém, no momento, ele não dispunha de condições para prestá-la. A 
autoridade policial apresenta o preso ao Juízo e o mantém encarcerado. Dias depois 
os familiares conseguem realizar o pagamento da fiança, devendo o Juiz conceder ime-
diata liberdade provisória ao preso, com a devida expedição do alvará de soltura.
81. Paulo, pessoa com 80 anos de idade, condenado pelo crime corrupção passiva, obterá 
a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar.
82. Para as mulheres gestantes e/ou mãe de filhos menores de 12 anos, que preenchem 
os requisitos previstos no artigo 318-A, a conversão da prisão preventiva em prisão 
domiciliar é obrigatória.
83. Ao agente preso em flagrante por tráfico ilícito de entorpecentes, é possível conceder a 
liberdade provisória diante da ausência dos requisitos da prisão preventiva.
84. Em crimes culposos praticados na condução de veículo automotor, não se aplica a 
prisão em flagrante se o condutor prestou integralmente socorro à vítima.
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85. De acordo com o Código de Processo Penal, o juiz poderá decretar de ofício a prisão 
preventiva sem a necessidade de requerimento do Ministério Público, do querelante e 
de representação da autoridade policial.
86. O requisito para que a prisão temporária seja decretada é que seja por meio 
do mandado judicial.
87. Durante a ação penal, ficará suspenso o prazo prescricional se o acusado citado por hora 
certa ou mediante edital, não comparecer e não nomear defensor, permanecendo revel.
88. A prisão temporária poderá ser decretada em todos os crimes hediondos.
89. É denominado flagrante presumido a hipótese em que o agente é encontrado, logo 
depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele 
autor da infração.
90. Para encobrir uma excludente de ilicitude e o agente que pratica a ação ou omissão, a 
ele será vedada a decretação da prisão preventiva pela autoridade judiciária.
91. Ao ser preso, o agente deverá de pronto ser identificado mediante os dados forneci-
dos por meio de sua identidade civil, não sendo permitida a verificação do reconheci-
mento em um momento posterior. Caso não ocorra, o indivíduo deverá ser colocado 
em liberdade imediatamente.
92. O nosso ordenamento jurídico não permite o acúmulo de medidas cautelares diversas 
da prisão, sob pena de se incorrer em bis in idem.
93. Na medida cautelar diversa da prisão, o monitoramento eletrônico somente poderá 
ser aplicado nos casos de crimes cometidos contra pessoa mediante violência 
ou grave ameaça.
94. Para que se possa assegurar as medidas protetivas de urgência, em crimes cometidos 
no âmbito de violência doméstica e familiar, poderá ser decretada a prisão preventiva.
95. O constrangimento ilegal devido ao excesso de prazo da prisão preventiva durante a 
instrução criminal se torna superada com a sentença.
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SIMULADO INÉDITO PARA CONCURSOS
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS 
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
96. A dispensa de notificação prévia ao funcionário público para que apresente resposta 
preliminar não enseja nulidade ao processo, uma vez que o processo foi precedido 
de inquérito policial.
97. Na instrução criminal para os crimes praticados por funcionário público, admite-se o 
máximo de 8 testemunhas.
98. São afiançáveis os crimes cometidos por funcionário público.
99. João procura o departamento de trânsito para realizar a vistoria do seu veículo, no 
entanto, a vistoria é negada. Dessa forma,Paulo, funcionário público, fala para João 
que somente poderá liberar o carro mediante o pagamento de uma quantia de R$ 500,00 
(quinhentos reais). Paulo cometeu crime de corrupção passiva.
100. Maria tomou posse na Administração Pública para a função de técnica legislativa. 
Ocorre que já se passaram 30 dias, e Maria não entrou em exercício. Nesse caso, Maria 
poderá responder pelo crime de abandono da função pública.
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SIMULADO INÉDITO PARA CONCURSOS
GABARITO
1. C 26. E 51. E 76. C
2. C 27. C 52. C 77. E
3. C 28. C 53. E 78. C
4. E 29. C 54. E 79. E
5. E 30. E 55. E 80. E
6. C 31. E 56. E 81. C
7. E 32. E 57. E 82. E
8. E 33. E 58. C 83. C
9. E 34. C 59. C 84. C
10. E 35. C 60. E 85. E
11. E 36. C 61. E 86. C
12. E 37. E 62. C 87. E
13. C 38. E 63. E 88. C
14. E 39. E 64. C 89. C
15. C 40. C 65. E 90. C
16. C 41. C 66. E 91. C
17. E 42. E 67. E 92. E
18. E 43. E 68. E 93. E
19. E 44. E 69. C 94. C
20. C 45. C 70. C 95. C
21. C 46. E 71. C 96. E
22. C 47. C 72. E 97. C
23. E 48. E 73. E 98. C
24. C 49. C 74. C 99. C
25. C 50. C 75. E 100. C
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Direito Processual Penal – Carolina Carvalhal
SIMULADO INÉDITO PARA CONCURSOS
DIREITO PROCESSUAL PENAL
CAROLINA CARVALHAL
INQUÉRITO POLICIAL
A respeito de inquérito policial, julgue os itens subsequentes.
1. Após a realização de inquérito policial iniciado mediante requerimento da 
vítima, Tício foi indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de furto 
qualificado por arrombamento. Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto 
no Código de Processo Penal e na atual jurisprudência do Superior Tribunal de Jus-
tiça acerca de inquérito policial, o Ministério Público pode requerer ao juiz a devolu-
ção do inquérito à autoridade policial, se necessária a realização de nova diligência 
imprescindível ao oferecimento da denúncia, como, por exemplo, de laudo pericial 
do local arrombado.
Certo.
Conforme o CPP: “Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à 
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia".
2. O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia que, para tanto, deverá funda-
mentar-se em elementos de informação que ministrem certeza quanto à materialidade 
e indícios razoáveis de autoria. Não se afigura possível que o juiz, o MP ou uma CPI 
requisitem ao delegado de polícia o indiciamento de determinada pessoa.
Certo.
O indiciamento é o ato por meio do qual se imputa a alguém, no inquérito policial, a prá-
tica da infração penal investigada. Havendo, pois, indícios de que determinada pessoa 
perpetrou o crime que é alvo da investigação, cumpre à autoridade policial proceder a 
seu formal indiciamento. Desde que não se verifique qualquer abuso na decisão da autori-
dade policial que determinou o indiciamento, ele se constituirá em desdobramento natural 
derivado da instauração do inquérito policial, deflagrado para apuração de um fato típico.
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3. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em fla-
grante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do 
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, 
mediante fiança ou sem ela.
Certo.
CPP, art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido 
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a 
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver 
solto, mediante fiança ou sem ela.
4. O MP, que é o dominus litis, pode determinar a abertura de IPs, requisitar esclarecimen-
tos e diligências investigatórias, bem como assumir a presidência do IP.
Errado.
CPP, art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas 
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
5. A elaboração de laudo pericial na fase do IP sem prévio oferecimento de quesitos pela 
defesa ofende o princípio da ampla defesa quando somente tenha sido dada oportuni-
dade de manifestação e oferecimento de quesitos após sua juntada.
Errado.
Não se aplica na fase de investigação preliminar o princípio da ampla-defesa e do contraditório. 
Assim, não há que se falar em manifestação prévia da defesa. 
6. Caso o MP manifeste-se pelo arquivamento de IP com fundamento na atipicidade do 
fato, a decisão que determinar o arquivamento com base nesse fundamento, ainda que 
seja emanada de juiz absolutamente incompetente, impedirá a instauração de processo 
que tenha por objeto o mesmo episódio.
Certo.
Arquivamento do Inquérito Policial – Em regra, faz coisa julgada Formal. Pode ser desar-
quivado e ter rediscutido o assunto, desde que surjam novas provas (requisito obrigatório).
Arquivamento do Inquérito Policial – Em exceção, faz coisa julgada Material, de forma que 
não poderá ser desarquivado, nem que surjam novas provas, e não poderá ser ofertada 
denúncia pelo mesmo fato, seja na mesma ou em outra relação processual.
STJ e Doutrina Majoritária: arquivamento que faz coisa julgada material:
1) Atipicidade da conduta;
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2) Extinção da Punibilidade;
3) Excludentes de Ilicitude.
STF: Arquivamento que faz coisa julgada material:
1) Atipicidade da conduta;
2) Extinção da Punibilidade.
OBS.: STF NÃO reconhece que excludente de ilicitude faça coisa julgada material.
Inf. 858 do STF: o arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude realizado 
com base em provas fraudadas (certidão de óbito falsa) não faz coisa julgada material. 
O arquivamento do inquérito não faz coisa julgada, desde que não tenha sido por atipici-
dade do fato ou por preclusão.
7. O arquivamento do IP pode ser realizado pela autoridade policial, quando houver reque-
rimento do MP, com sua concordância.
Errado.
CPP, art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
8. Inquérito policial é imprescindível ao ajuizamento da ação penal.
Errado.
O inquérito policial, por ser peça meramente informativa, não é pressuposto necessário 
para a propositura da ação penal, podendo essa ser embasada em outros elementos há-
beis a formar a opinio delicti de seu titular (STJ. RHC 27.031/SP).
9. Caderno investigativo tem como característica marcante o contraditório.
Errado.
O sistema do IP é o inquisitivo, não observando os princípios constitucionais do contradi-
tório e ampla-defesa.
10. A atividade investigatória de crimes não é exclusiva da polícia judiciária, podendo ser 
eventualmente presidida por outras autoridades, conforme dispuser a lei especial.
Errado.
CPP, art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas 
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
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AÇÃO PENAL
Referente à ação penal, julgue os itens a seguir.
11. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for inten-
tada no prazo legal, ocasião em que o Ministério Público será afastado de suas 
atribuições naquele processo.
Errado.
O MP sempre deverá atuar nas ações penais. Nas ações penais privadas subsidiárias da 
pública, o MP não é afastado do processo. Conforme o CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intenta-
da no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de 
prova, interpor recursoe, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar 
a ação como parte principal.
12. Se o ofendido for menor de 18 anos e não tiver representante legal, ou colidirem os inte-
resses deste com os daquele, o direito de queixa somente poderá ser exercido quando 
aquele atingir a maioridade.
Errado.
CPP, art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado 
mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o 
direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a reque-
rimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
13. Na ação penal privada subsidiária da pública, no caso de negligência do querelante, 
pode o Ministério Público retomar a ação como parte principal.
Certo.
CPP, art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for in-
tentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de 
prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a 
ação como parte principal.
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14. É condição, para o exercício da ação penal, a representação do ofendido no caso de 
crimes em que a ação penal é de iniciativa privada.
Errado.
Conforme o CPP:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Pú-
blico, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de 
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. (...)
Art. 100. A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa 
do ofendido. (...)
§ 2º A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem 
tenha qualidade para representá-lo.
15. Não se admite a ação privada subsidiária em caso de arquivamento do inquérito policial.
Certo.
Somente cabe ação privada subsidiária nos casos de inércia do Ministério Público. Con-
forme o CPP:
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intenta-
da no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de 
prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar 
a ação como parte principal.
16. Na ação penal privada, apesar de a vítima ou seu representante legal não serem obri-
gados a oferecer queixa-crime, uma vez ajuizada a ação, o querelante não pode deixar 
de processar quaisquer dos autores da infração penal.
Certo.
Conforme o CPP:
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e 
o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do 
crime, a todos se estenderá.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu 
representante legal ou procurador com poderes especiais.
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Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 
18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá 
o direito do primeiro.
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, 
todavia, efeito em relação ao que o recusar.
17. Em razão do princípio da indivisibilidade, o não oferecimento de denúncia, em ação 
penal pública, pelo Ministério Público, relativamente a um fato criminoso imputado ao 
acusado, impede que este seja objeto de ação penal posteriormente.
Errado.
O princípio da indivisibilidade tem aplicação pacífica na ação penal de iniciativa pri-
vada, mas não nos crimes de ação penal pública. (...) No fundo, essa posição não é 
técnica, mas de política processual, pois o que está a legitimar é a possibilidade de não 
denunciar alguém ou algum delito neste momento, para fazê-lo posteriormente, atenden-
do ao interesse e à estratégia do acusador. (Lopes Jr., Aury. Direito processual penal / 
Aury Lopes Jr. – 13. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016).
18. Em atenção ao princípio da indivisibilidade da ação penal, não poderá o juiz, em caso 
de conexão ou continência, separar os processos, mesmo que o número de acusados 
seja excessivo e que isso acarrete o prolongamento de prisões.
Errado.
CPP, art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido 
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo 
número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo 
relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
19. A Defensoria Pública não tem legitimidade para propor a ação penal privada, tampouco 
a ação penal privada subsidiária da pública.
Errado.
A DPE tem legitimidade para patrocinar ação penal privada e a subsidiária da pública 
(art. 4º, XV, LC n. 80/1994).
QUEIXA-CRIME. DEFENSORIA PÚBLICA. PROPOSITURA DE AÇÃO PENAL PRIVADA. 
POSSIBILIDADE. DISPENSA DE PROCURAÇÃO ANTE A ASSINATURA DO QUERE-
LANTE NA PETIÇÃO INICIAL ACUSATÓRIA. 1) CONQUANTO A DEFENSORIA PÚBLICA 
ATUE SEM PROCURAÇÃO EXPRESSA, O QUE IMPEDE SEJA ESTA CONFERIDA COM 
OS PODERES A QUE ALUDE O ART. 44 DO CPP, ESTÁ ELA LEGITIMADA A PRO-
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POR A AÇÃO PENAL PRIVADA DESDE QUE O QUERELANTE ASSINE A PETIÇÃO 
INICIAL JUNTAMENTE COM O DEFENSOR PÚBLICO. (TJ-DF – APR: 20030110109040 
DF, Relator: GILBERTO DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 03/08/2004, Primeira Turma 
Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F., Data de Publicação: DJU 
29/09/2004, Pág. 62)
20. O direito de ação é, entre outros, autônomo e abstrato.
Certo.
A ação independe do direito material, é autônoma.
COMPETÊNCIA
Referente às competências, julgue os itens a seguir.
21. Depois de cessado o exercício da função, não se deve manter o foro por prerrogativa 
de função, porque cessada a investidura a que essa prerrogativa é inerente, deve esta 
cessar por não a ter estendido mais além à própria Constituição.
Certo.
Trata-se do foro (comarca) que se atribui a competência para processar e julgar determina-
das pessoas, em razão da função pública que exercem, ou seja, em face da relevância do 
cargo ou da função exercida, não serão aplicadas as regras comuns de competência do CPP, 
sendo julgadas originariamente por tribunais preestabelecidos pela Constituição Federal. 
Se, por exemplo, um Prefeito é acusado por crime de corrupção passiva, será julgado pelo 
Tribunal de Justiça do Estado em que se situa o município onde exerce seu mandato, e 
não pelo juiz da comarca. Da mesma forma, se um juiz de direito comete um crime, não 
pode ser julgado por outro juiz que exerce jurisdição na mesma comarca, sendo julgado 
originariamente pelo Tribunal de Justiça. (Artigos 29, X, 96, III, 102, I, “b” e “c”, 105, I, “a”, 
108, I, “a”, da Constituição Federal.)
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22. Se não existe conexão entre o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e 
o crime doloso contra a vida, o reconhecimento da incompetência do Tribunal do Júri 
para deliberar sobre o primeiro e, por consequência, de nulidade de parte da sessão de 
julgamento, afeta a deliberação do Tribunal do Júri sobre o delito contra a vida.
Certo.
Conforme o CPP:
Art. 76. A competência será determinada pela conexão: (...)
II – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as ou-
tras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; (...)
Art. 78. Na determinação da competênciapor conexão ou continência, serão observa-
das as seguintes regras:
I – no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, pre-
valecerá a competência do júri.
23. O vereador de município X prevê, exclusivamente em sua Constituição Estadual, 
foro por prerrogativa de função para que vereadores sejam julgados pelo Tribunal de 
Justiça do Estado. Em uma comemoração do aniversário da esposa do vereador, no 
próprio município em que atua, após ingerir bebida alcoólica, vem a discutir com a 
amiga da sua esposa, que atuava como juíza em outro Estado. Durante a discussão, 
o vereador desfere diversos tiros em região letal na magistrada que veio a óbito dias 
após os ferimentos. Descobertos os fatos, o vereador vem a ser denunciado pela prá-
tica do crime de homicídio qualificado consumado.
Considerando apenas as informações narradas, será competente para julgamento do 
delito imputado o Tribunal de Justiça do Estado onde o vereador exerce suas funções.
Errado.
Súmula 721/STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro 
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.
Súmula Vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre 
o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.
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24. Nas ações exclusivamente privadas, o querelante pode, mesmo sabido o local da con-
sumação, optar por propor a ação no domicílio ou residência do réu.
Certo.
CPP, art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
25. A competência será determinada pela conexão se, ocorrendo duas ou mais infrações, 
houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias 
pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas 
contra as outras.
Certo.
CPP, art. 76. A competência será determinada pela conexão:
I – se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por 
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o 
lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras;
II – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, 
ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III – quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares 
influir na prova de outra infração.
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, 
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA, DOS PERITOS E INTÉRPRETES
26. De acordo com entendimento do STJ, na seara penal, é incabível a imposição de multa 
por litigância de má-fé.
Errado.
PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO NO RECURSO 
ESPECIAL. INTEMPESTIVIDADE. DESCABIMENTO DE EMBARGOS DE DECLARA-
ÇÃO EM FACE DE DECISÃO DE INADMISSÃO DE RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA 
DE IMPUGNAÇÃO AOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA. PEDIDO DE CON-
DENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. NÃO CONHECIMENTO.
1. Não se conhece de agravo regimental que não tenha impugnado satisfatoriamente os 
fundamentos da decisão recorrida a teor do art. 932, III, CPC e Súm. 211/STJ.
2. A jurisprudência da Corte é firme no sentido de que o agravo é o único recurso cabível 
contra decisão que inadmite o recurso especial na origem. Dessa forma, a oposição de 
embargos de declaração não tem o condão de interromper o prazo recursal.
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3. Na seara penal, é incabível a imposição de multa por litigância de má-fé, tendo em vis-
ta a ausência de previsão expressa no Código de Processo Penal. Precedentes (PET no 
AgRg no AgRg nos EAREsp 619.952/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, CORTE 
ESPECIAL, julgado em 15/06/2016, DJe 29/06/2016).
4. Agravo regimental não conhecido. (AgRg no AREsp 618.694/RS, Rel. Ministro NEFI 
CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 19/09/2017, DJe 27/09/2017).
Tício, acusado por praticar o crime de furto, responde a ação penal na comarca de Sal-
vador. Ocorre que Tício está em local incerto e não sabido, entretanto, como o denunciado 
não foi encontrado para ser citado pessoalmente, o juiz nomeou um defensor dativo e deu 
seguimento ao processo. Por fim, o juiz competente da comarca de Salvador condenou Tício 
nas penas do art. 155 do CP, apesar de a defesa ter alegado nulidade da citação.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
27. Tício poderá ser obrigado a pagar os honorários do defensor nomeado pelo juiz.
Certo.
A Constituição Federal tem como garantia a inafastabilidade da jurisdição e como conse-
quência a garantia do acesso à Justiça, para tanto tem previsão expressa em seu artigo 5º, 
LXXIV, da prestação jurídica integral e gratuita, mas esta reservada aos hipossuficientes. 
Assim, como no processo penal a defesa técnica é uma garantia do acusado da qual ele 
não pode abrir mão, caso o acusado não apresente um defensor, o Juiz nomeará um, 
mas que a qualquer momento pode ser substituído por outro de confiança do acusado ou 
por este caso tenha habilitação para tanto. Com a leitura do mencionado anteriormente, 
percebe-se que o Juiz nomeará um defensor para o réu caso este não apresente e que a 
assistência jurídica é reservada aos hipossuficientes, razão pela qual o acusado que não 
for pobre deverá realizar o pagamento dos honorários fixados pelo Juiz, conforme previsto 
no parágrafo único do artigo 263 do Código Penal.
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Dionísio foi preso em flagrante em uma praia da cidade de Natal pela prática do crime 
de importunação sexual, tendo sido reconhecido pela vítima, Fernanda, com a qual não pos-
suía relação anterior. Há indícios de que Dionísio tenha praticado outros crimes contra a dig-
nidade sexual, tendo sido também reconhecido por outras vítimas.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
28. Fernanda poderá habilitar-se na ação penal como assistente de acusação, por ser a 
vítima do crime.
Certo.
A presente questão requer conhecimento do candidato com relação aos sujeitos proces-
suais, sendo que o processo pressupõe, necessariamente, a presença de três sujeitos: 
o autor, o réu e o Juiz. Há ainda os sujeitos acessórios, como os auxiliares da justiça e 
assistentes da acusação. O artigo 268 do Código de Processo Penal estabelece que o 
ofendido ou seu representante legal poderão atuar como assistente da acusação, ou, na 
falta destes, seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Referente a acusado e defensor, julgue os itens 29, 30 e 31:
29. O juiz deverá nomear defensor ao réu quando, citado, não apresentar resposta à acu-
sação ou não constituir defensor.
Certo.
Art. 396, § 2º, CPP. Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, 
não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos 
autos por 10 (dez) dias.
30. O defensor poderá ser dispensado, desde que haja manifestação expressa do acusado.
Errado.
Não existe a possibilidade de renúncia ao direito de defesa técnica. Conforme o CPP: 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado 
sem a presença de um defensor. (...)
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o 
seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, 
caso tenha habilitação.
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31. O defensor dativo não será remunerado, salvo quando o juízo observar que o réu não 
for pobre, ao qual serão arbitrados os honorários.
Errado.
Em que pese inicialmente exista aresponsabilidade Estadual para pagar o defensor no-
meado pelo juiz, salienta-se que, havendo comprovação de que o réu não é pobre, este 
deverá arcar com os custos da remuneração de seu defensor dativo, em observação ao 
disposto no art. 263, parágrafo único, do CPP. Assim, a responsabilidade de remuneração 
passaria do Estado para o réu.
O Procurador da República no Distrito Federal participou de investigação criminal junto 
a grupo especializado de combate ao crime de tráfico internacional de mulheres e crianças. 
Com base nessa investigação criminal, o referido membro do Ministério Público Federal ofe-
receu denúncia, que foi recebida pela Justiça Federal no Distrito Federal. No decorrer da ins-
trução desse processo criminal, outro membro MPF designado em sede de alegações finais 
pediu a absolvição do réu.
Diante dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
32. De acordo com o entendimento do STF e do STJ, não se admite a ocorrência de mani-
festações díspares oferecidas por membros do Ministério Público por ofensa ao princí-
pio do promotor natural.
Errado.
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta 
o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. (Súmula 234 do STJ).
A jurisprudência do STF é no sentido de que a participação de membro do Ministé-
rio Público na fase investigatória não acarreta, por si só, seu impedimento ou sua 
suspeição para o oferecimento da denúncia, e nem poderia ser diferente à luz da tese 
firmada pelo Plenário, mormente por ser ele o dominus litis e sua atuação estar voltada 
exatamente à formação de sua convicção. (HC 85.011 / Relator: Ministro Luiz Fux).
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33. Ao assistente da acusação é permitido propor todos os meios de prova admiti-
dos em direito, inquirir testemunhas, bem como aditar a denúncia ofertada pelo 
órgão de acusação.
Errado.
Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, 
aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos 
pelo Ministério Público, ou por ele próprio, de acordo com o art. 271 do CPP. O assistente 
não pode aditar a denúncia ofertada pelo órgão de acusação.
34. O ordenamento jurídico pátrio não prevê recurso contra a decisão que não admitir a 
habilitação do assistente da acusação.
Certo.
Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, 
constar dos autos o pedido e a decisão, de acordo com o art. 273 do CPP. De acordo com 
a doutrina, no entanto, cabe mandado de segurança: “Da decisão que admite ou não o 
assistente, não caberá recurso, determina o art. 273, mas poderá ser impetrado Mandado 
de Segurança, conforme o caso." (LOPES JÚNIOR, 2020, p. 887).
Marcelo é investigado pela prática de homicídio consumado contra Margarida, crime 
esse cometido na capital de Goiás. A autoridade policial realizou interceptação telefônica 
e tomou conhecimento de que Marcelo havia confessado ser o autor do crime ao irmão da 
vítima, Miguel.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
35. Miguel poderá habilitar-se como assistente de acusação enquanto não transi-
tar em julgado a sentença penal, caso Margarida não tenha nenhum ascendente 
ou descendente vivos.
Certo.
Conforme o CPP:
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Minis-
tério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas 
mencionadas no art. 31.
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Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judi-
cial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascenden-
te, descendente ou irmão.
DA PROVA
A respeito das provas e no que tange à regência do Código de Processo Penal sobre 
reconhecimento de pessoas, leia as assertivas a seguir e julgue-as.
36. A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que 
deva ser reconhecida.
Certo.
CPP, art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, pro-
ceder-se-á pela seguinte forma:
I – a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que 
deva ser reconhecida.
37. A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de 
outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer 
o reconhecimento a apontá-la, não sendo possível, serão apresentadas fotografias de 
pessoas diversas para quem tiver que proceder o reconhecimento de pessoa.
Errado.
CPP, art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, pro-
ceder-se-á pela seguinte forma:
I – a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que 
deva ser reconhecida;
Il – a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de 
outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o 
reconhecimento a apontá-la;
III – se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito 
de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser 
reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV – do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autorida-
de, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas 
presenciais.
Parágrafo único. O disposto no n. III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução 
criminal ou em plenário de julgamento.
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38. É válido o interrogatório do acusado que dispensa a presença do advogado e per-
manece em silêncio, pois, se o silêncio não puder ser interpretado contra a defesa, 
não haverá prejuízo.
Errado.
A presença do advogado é obrigatória durante todo o processo penal. 
Súmula 523/STF: “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a 
sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.”
39. Se o interrogando não souber escrever, não puder ou não quiser assinar, o juiz nomeará 
curador e este, após a leitura do interrogatório, assinará o termo.
Errado.
CPP, art. 195. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou não quiser assinar, tal 
fato será consignado no termo.
Técio gravou a conversa que teve com Tício e informou esse fato ao seu amigo Mévio, 
advogado com profundos conhecimentos na área do direito constitucional, especialmente 
em matéria de liberdades fundamentais. Na ocasião, Técio questionou Mévio sobre a juridi-
cidade do seu comportamento.
Com base nas informações anteriores, julgue o item a seguir.
40. Técio poderia ter gravado a conversa que teve com Tício para utilizá-la como prova de 
defesa ou em decorrência de investida criminosa.
Certo.
É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores 
sem conhecimento do outro. Assim, se “A” e “B” estão conversando, “A” pode gravar essa 
conversa mesmo que “B” não saiba. Para o STF, a gravação de conversa feita por um dos 
interlocutores sem o conhecimento dos demais é considerada lícita, quando ausente causa 
legal de sigilo ou de reserva da conversação. 
(STF. 2ª Turma. AC 4036 e 4039 Referendo-MC/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgados em 
25/11/2015 (Info 809)).
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DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES
Sobre as citações e intimações, julgue os itens a seguir.
41. O processo penal poderá prosseguir, mesmo que o acusado não tenha 
sido pessoalmente citado
Certo.
De acordo com o art. 363 do Código de Processo Penal “O processo terá completada a 
sua formação quando realizada a citaçãodo acusado”. A citação poderá ser feita por meio 
de mandado (regra) e feita pessoalmente ou ainda por hora certa (quando o réu se oculta 
para não ser citado) ou ainda por edital, quando não for encontrado.
42. A citação por hora certa não é prevista no processo penal.
Errado.
CPP, art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certi-
ficará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 
227 a 229 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Parágrafo 
único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á 
nomeado defensor dativo.
43. Quando o réu estiver fora do território brasileiro, será citado mediante carta de ordem.
Errado.
Conforme o CPP:
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta 
rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetu-
adas mediante carta rogatória.
44. A citação inicial far-se-á pelo correio, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdi-
ção do juiz que a houver ordenado.
Errado.
CPP, art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território su-
jeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
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45. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será 
notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
Certo.
CPP, art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acu-
sado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
46. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras (embaixadas e con-
sulados) serão efetuadas mediante carta precatória.
Errado.
CPP, art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão 
efetuadas mediante carta rogatória.
47. É atribuição do oficial de justiça a citação por hora certa quando ele verificar que o réu 
se oculta para não ser citado.
Certo.
CPP, art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certi-
ficará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 
227 a 229 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Parágrafo 
único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á 
nomeado defensor dativo.
48. Se o acusado residir em comarca diversa da jurisdição do juízo processante, a citação 
terá de ocorrer por meio de carta de ordem.
Errado.
Carta Precatória: é a forma de comunicação realizada entre juízes de comarcas distintas 
(ambos juízes da mesma hierarquia), sendo uma forma de colaboração entre juízes, visan-
do ao cumprimento dos atos judiciais. A carta precatória é utilizada quando as partes de um 
processo residem em comarcas diferentes.
Carta Rogatória: é similar à carta precatória, mas se diferencia desta por ter caráter inter-
nacional, ou seja, é um instrumento jurídico de cooperação de um juiz brasileiro para o juiz 
de outro país.
Carta de Ordem: é a ordem de um tribunal superior para um tribunal ou juiz 
de hierarquia inferior.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
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49. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. 
Certo.
CPP, art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a 
citação do acusado.
50. O processo penal não disciplina restrições à citação pessoal do réu durante a realiza-
ção de cultos religiosos ou fúnebres.
Certo.
Apenas o Código de Processo Civil que previu essas restrições, e não o Código 
de Processo Penal.
51. A citação por mandado pode ser dispensada se for evidente que o réu sabe que está 
sendo processado criminalmente.
Errado.
De acordo com o art. 363 do Código de Processo Penal: “O processo terá completada a 
sua formação quando realizada a citação do acusado”.
52. A citação será pessoal sempre que o réu estiver preso.
Certo.
CPP, art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado.
53. A citação por edital suspende o processo e o prazo prescricional no momento da sua 
publicação no diário oficial.
Errado.
CPP, art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar 
a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão 
preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312.
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54. A citação por carta precatória confere prazo em dobro para a apresentação de resposta 
escrita à acusação.
Errado.
CPP, art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz 
processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor 
do mandado.
§ 1° Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunica-
ção, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
§ 2° A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para 
averiguar a autenticidade da comunicação.
§ 3° O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 
(trinta) dias, contados da efetivação da medida.
55. A citação por hora certa é exclusiva do processo civil, pois inexiste citação ficta no 
processo penal brasileiro.
Errado.
CPP, art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certi-
ficará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 
227 a 229 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Parágrafo 
único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á 
nomeado defensor dativo.
DO PROCESSO COMUM
Referente a processo comum, julgue os itens seguintes.
56. Ocorreu um homicídio em um matagal ermo, em que o agressor, após esfaquear a 
vítima, enterrou a faca próximo ao seu corpo. Quando encontrada a faca, deverá 
ser descartada, uma vez que comprometerá o exame pericial, pois não será possí-
vel a pesquisa do material genético, devido ao passar dos dias e mistura de terra e 
outros elementos orgânicos.
Errado.
Ao considerar a cadeia de custódia, preconiza-se que todo o conjunto probatório que te-
nha qualquer relação com crime deverá ser preservado, pois para os crimes materiais que 
deixam vestígios deverão ser coletados e posteriormente acondicionados em recipientes 
apropriados para posterior análise.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
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57. No processo penal, o Juiz, ao receber o processo, poderá desde logo absolver sumaria-
mente o acusado por faltar a condição para o exercício da ação penal.
Errado.
De acordo com o artigo 397, inciso IV, do Código Processo Penal, o juiz deverá absolver 
sumariamente o acusado quando verificar extinta a punibilidade.
58. O processo seguirá sem a presença do réu, uma vez que este não comunicar seu novo 
endereço ao Juízo, sendo revel.
Certo.
De acordo com o art. 367 do Código de Processo Penal, em caso de o réu não comunicar 
o novo endereço ao Juízo processante, será decretada sua revelia e o processo seguirá 
sem sua presença, não implicando confissãoficta.
59. Em sede de Resposta, a acusação à defesa poderá desistir da oitiva das testemunhas 
arroladas sem a anuência da acusação. 
Certo.
O artigo 401, § 2º, do Código de Processo Penal preconiza que poderá a parte desistir da 
inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, existindo a exceção do artigo 209 do 
CPP, em que se ouvirá as testemunhas inferidas pelo juiz.
60. A ação penal será cabível no procedimento comum sumário para os crimes com pena 
máxima privativa de liberdade igual ou inferior a quatro anos.
Errado.
Com base no art. 394, § 1, II, CPP, o procedimento comum sumário será cabível quando 
tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena 
privativa de liberdade.
61. Encerrada a audiência de instrução e julgamento e havendo número de acusado e 
considerando a complexidade do caso, o Juiz poderá conceder às partes o prazo de 5 
(cinco ) dias sucessivos para a apresentação de Alegações finais por Memoriais escrita.
Errado.
O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder 
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais, 
conforme o art. 403, § 3º do CPP.
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62. Após o recebimento da denúncia, poderá o juiz reanalisar a decisão na qual a recebeu 
e voltar atrás para rejeitar a denúncia. 
Certo.
De acordo com o entendimento do STJ, o recebimento da denúncia não impede que o ju-
ízo logo após a resposta à acusação reconsidere a decisão prolatada, desde que estejam 
presentes as hipóteses previstas no artigo 395 do CPP.
63. Será admitida no rito comum sumário que a defesa e a acusação arrolem a quantidade 
de 8 testemunhas. 
Errado.
Com base no art. 532 CPP, para o procedimento sumário, o número máximo é de cinco 
testemunhas, para a defesa e acusação.
64. Para as infrações penais de menor potencial ofensivo, o rito a ser adotado é 
o procedimento sumaríssimo. 
Certo.
De acordo com o art. 394, inciso III, do CPP.
65. O juiz em nenhuma hipótese poderá, de ofício, declarar a extinção da punibilidade 
de ofício, uma vez que no direito penal ela não admite essa previsão, devendo ser 
requerida pela parte. 
Errado.
O juiz, ao verificar a extinção da punibilidade, deverá declarar de ofício, de acordo com o 
artigo 61 do Código de Processo Penal: “Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se 
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício." 
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DA SENTENÇA
66. A fixação do valor mínimo para reparação do dano causado à vítima poderá ser profe-
rida na sentença penal condenatória, mesmo sem haver o pedido específico.
Errado.
O STJ entende que somente quando o interessado fizer o pedido e os fatos forem discuti-
dos no processo, o juiz poderá determinar a reparação do dano, para que possa ser garan-
tido ao réu a ampla defesa e o contraditório. (AgRg em Resp 1383261 / DF) 
67. Jorge foi condenado pelo mesmo fato duas vezes. A sentença que deverá prevalecer é 
a que for mais favorável ao réu.
Errado.
A Constituição Federal, no art. 5º, XXXVI, preconiza que a lei não prejudicará o direito ad-
quirido, o ato perfeito e a coisa julgada. Em entendimento jurisprudencial, o STJ entendeu 
que deve prevalecer a sentença condenatória que transitou em julgado em primeiro lugar.
68. O Juiz, ao proferir a sentença, deverá realizar a dosimetria começando pela pena-base 
entre o mínimo e o máximo previsto em lei. Depois serão analisadas as circunstâncias 
agravantes e atenuantes e por último as causas de aumento e diminuição.
Errado.
Na dosimetria da pena, o juiz deve fixar a pena-base em observância ao art. 59 do CP, 
depois deverá considerar as circunstâncias atenuantes e agravantes, e a última fase será 
considerando as causas de diminuição e de aumento de pena.
69. De acordo com o art. 74 da Lei n. 9.099/1995, as infrações penais não poderão ser jul-
gadas por juízes leigos.
Certo.
Os juízes leigos somente têm a atribuição de realizar a conciliação entre vítima e réu, de-
vendo este acordo ser homologado por um juiz togado.
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70. Quando o réu é totalmente inimputável ao tempo do delito, o juiz proferirá uma 
sentença absolutória imprópria.
Certo.
A sentença absolutória imprópria decorre da absolvição, porém é imputado ao agente me-
dida de segurança, proporcionando-lhe uma falsa percepção da realidade, uma vez que 
se verifica a necessidade de uma medida de segurança, a qual pode ser a internação para 
tratamento, conforme o art. 26 do CP.
71. Diante da ação penal pública em que o Ministério Público pede a absolvição, sem ter 
alegado qualquer agravante, o juiz pode reconhecer agravantes bem como prolatar 
a sentença condenatória.
Certo.
Tal previsão encontra respaldo no art. 385 do CPP.
72. É cabível a qualquer das partes, no prazo de 5 dias, pedir ao juiz para que declare a 
sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão.
Errado.
De acordo com o art. 382: “Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pe-
dir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, 
contradição ou omissão.”
73. O juiz poderá atribuir definição jurídica diversa da pretendida, mesmo que para isso 
modifique a descrição do fato contida na denúncia.
Errado.
Conforme o CPP:
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá 
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena 
mais grave. (...)
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, 
embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.
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74. Nos Juizados especiais criminais, nas sentenças penais é dispensável o relatório, sendo 
obrigatória a fundamentação.
Certo.
De acordo com o art. 38 da Lei n. 9.099/1995, a fundamentação é obrigatória, sob pena de 
nulidade, portando o relatório é dispensável.
75. Daniel encontra-se preso no presídio na cidade de Salvador. Sua intimação da sen-
tença foi realizada por edital.
Errado.
De acordo com o art. 392 do CPP, a intimação da sentença ao réu preso 
será feita pessoalmente.
PRISÃO E LIBERDADE PROVISÓRIA
76. O agente que efetuar o uso injustificado das algemas, sofrerá responsabilização civil e 
penal se não forem preenchidos os requisitos autorizadores do devido uso das algemas.
Certo.
De acordo com a Súmula 11 do STF, o uso das algemas somente será lícita nos casos em 
que houver resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física do 
preso, dos agentes ou de terceiros. Deverá ser justificada a excepcionalidade por escrito, 
sob pena do agente ser responsabilizado civil e criminalmente ou a autoridade competente.
77. A prisão temporária poderá ser mantida depois do recebimento da denúncia.
Errado.
Segundo o entendimento do STJ, a prisão temporária não poderá ser mantida depois do 
recebimento da denúncia, devendo ser revogada imediatamente. 
78. São espécies de prisão em flagrante: flagrante preparado, flagrante forjado 
e flagrante esperado.
Certo.
O flagrante preparado consiste em um policial ou terceiro que provoca, induz ou insti-
ga a pessoa a praticar um crime. Se o policial/terceiro não o provocasse, o agente não 
cometeria o crime. A Súmula 145 do STF preconiza que é impossível a consumação do cri-
me, que não há crime, quando a preparação do flagrante se torna impossível à consumação.
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79. Gilmar foi preso em flagrante. Em 24 horas, a autoridade policial o apresenta 
para a audiência de custódia,na qual se encontram presentes o preso, a juíza, 
o Ministério Público, a Defensoria Pública e os policiais que realizaram a prisão.
Errado.
O art. 4º, parágrafo único, da Resolução n. 213 do CNJ, veda a presença de agentes poli-
ciais e de investigação durante a audiência de custódia.
80. Rômulo estava caminhando em direção a sua casa quando se deparou com 
uma abordagem policial. Durante a revista pessoal, os policiais encontraram 2 apare-
lhos celulares oriundos de um furto. De imediato foi realizada a prisão em flagrante e foi 
apresentado à autoridade competente. No entanto, a autoridade policial arbitrou fiança 
ao custodiado, porém, no momento, ele não dispunha de condições para prestá-la. A 
autoridade policial apresenta o preso ao Juízo e o mantém encarcerado. Dias depois 
os familiares conseguem realizar o pagamento da fiança, devendo o Juiz conceder ime-
diata liberdade provisória ao preso, com a devida expedição do alvará de soltura.
Errado.
Uma vez que a fiança foi arbitrada pela autoridade policial, caberá a ela colocar o preso em 
liberdade, conforme o art. 332 do CPP.
81. Paulo, pessoa com 80 anos de idade, condenado pelo crime corrupção passiva, obterá 
a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar.
Certo.
O ordenamento jurídico no artigo 318, inciso I, do CPP admite a substituição para pessoas 
maiores de 80 anos.
82. Para as mulheres gestantes e/ou mãe de filhos menores de 12 anos, que preenchem 
os requisitos previstos no artigo 318-A, a conversão da prisão preventiva em prisão 
domiciliar é obrigatória.
Errado.
Segundo entendimento jurisprudencial, o juiz não está obrigado a proceder a substituição 
da prisão preventiva pela prisão domiciliar de forma automática. (STF no HC 143.641/SP, 
STJ. 5ª Turma. HC 470549/TO).
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83. Ao agente preso em flagrante por tráfico ilícito de entorpecentes, é possível conceder a 
liberdade provisória diante da ausência dos requisitos da prisão preventiva.
Certo.
O STF considerou inconstitucional o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 e veda a concessão da 
liberdade provisória, sob o argumento de violação ao princípio da presunção da inocência 
e dignidade da pessoa humana, bem como a Lei n. 11.343/2006, a qual excluiu dos crimes 
hediondos e equiparados a vedação à liberdade provisória, sendo posterior à Lei de Dro-
gas, de forma que revogou, tacitamente, o artigo 44 da Lei de Drogas.
84. Em crimes culposos praticados na condução de veículo automotor, não se aplica a 
prisão em flagrante se o condutor prestou integralmente socorro à vítima.
Certo.
De acordo com o art. 301 do CTB, ao condutor de veículo que se envolveu em acidente de 
trânsito, não se imporá a prisão em flagrante nem mesmo será exigido fiança somente se 
tiver prestado integralmente socorro a vítima.
85. De acordo com o Código de Processo Penal, o juiz poderá decretar de ofício a prisão 
preventiva sem a necessidade de requerimento do Ministério Público, do querelante e 
de representação da autoridade policial.
Errado.
A decretação da prisão preventiva pelo juiz somente procederá mediante requerimento do 
Ministério Público, do querelante e de representação da autoridade policial, conforme o art. 
311 do Código de Processo Penal.
86. O requisito para que a prisão temporária seja decretada é que seja por meio 
do mandado judicial.
Certo.
O artigo 2º, § 5º, da Lei n. 7.960/1989 preconiza que somente poderá ser executada a pri-
são temporária após a expedição de mandado judicial.
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87. Durante a ação penal, ficará suspenso o prazo prescricional se o acusado citado por hora 
certa ou mediante edital, não comparecer e não nomear defensor, permanecendo revel.
Errado.
Art. 366, CPP. Se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado, 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional (...).
88. A prisão temporária poderá ser decretada em todos os crimes hediondos.
Certo.
A previsão da decretação de prisão temporária encontra respaldo no art. 1º da Lei n. 
7.960/1989.
89. É denominado flagrante presumido a hipótese em que o agente é encontrado, logo 
depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele 
autor da infração.
Certo.
É a previsão do artigo 302, IV, do Código de Processo Penal.
90. Para encobrir uma excludente de ilicitude e o agente que pratica a ação ou omissão, a 
ele será vedada a decretação da prisão preventiva pela autoridade judiciária.
Certo.
De acordo com os arts. 310, parágrafo único, e 314 do CPP.
91. Ao ser preso, o agente deverá de pronto ser identificado mediante os dados forneci-
dos por meio de sua identidade civil, não sendo permitida a verificação do reconheci-
mento em um momento posterior. Caso não ocorra, o indivíduo deverá ser colocado 
em liberdade imediatamente.
Certo.
Conforme o art. 313, parágrafo único, do CPP.
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92. O nosso ordenamento jurídico não permite o acúmulo de medidas cautelares diversas 
da prisão, sob pena de se incorrer em bis in idem.
Errado.
O CPP estabelece, em seu art. 282, § 4º, a possibilidade de se impor outra medida em 
cumulação nos casos em que o agente descumprir a medida aplicada, não implicando 
bis in idem. 
93. Na medida cautelar diversa da prisão, o monitoramento eletrônico somente poderá 
ser aplicado nos casos de crimes cometidos contra pessoa mediante violência 
ou grave ameaça.
Errado.
Não existe a obrigatoriedade de que a aplicação da medida de monitoramento ele-
trônico seja apenas para os crimes com violência ou grave ameaça, conforme a 
previsão do art. 319, IX.
94. Para que se possa assegurar as medidas protetivas de urgência, em crimes cometidos 
no âmbito de violência doméstica e familiar, poderá ser decretada a prisão preventiva.
Certo.
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão pre-
ventiva: (...)
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adoles-
cente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas 
protetivas de urgência.
95. O constrangimento ilegal devido ao excesso de prazo da prisão preventiva durante a 
instrução criminal se torna superada com a sentença.
Certo.
É o entendimento do STJ, por meio da Súmula 21. Uma vez que o judiciário entrega a 
prestação jurisdicional, não há nenhum prejuízo na formação da culpa.
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PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS 
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
96. A dispensa de notificação prévia ao funcionário público para que apresente resposta 
preliminar não enseja nulidade ao processo, uma vez que o processo foi precedido 
de inquérito policial.
Errado.
De acordo com entendimento do STF, a defesa preliminar prevista no art. 514 do CPP é 
procedimento obrigatório para os crimes praticados por funcionários públicos, sob pena de 
nulidade absoluta, pois sua falta enseja cerceamento de defesa, afronta ao princípio cons-
titucional da ampla defesa e contraditório, previsto no art. 5º, inciso LV, da CF.
97. Na instrução criminal para os crimes praticados por funcionário público, admite-se o 
máximo de 8 testemunhas.
Certo.
De acordo com as regras processuais do rito ordinário, o número permitido para a defe-
sa e para a acusação é de 8 pessoas, conforme a previsão dos artigos art. 518, c/c art. 
401 do CPP.
98. São afiançáveis os crimes cometidos por funcionário público.
Certo.
De acordo com a Constituição Federal, os crimes imprescritíveis são os de racismo e ação 
de grupos armados. O artigo 5º da Constituição determina que o racismo se

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