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Simulado de múltipla escolha - língua portuguesa

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questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta 
errada anula uma resposta certa. 
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
TEXTO
Fernando Moura
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 8. 
TEXTO I
1 A expressão “violência obstétrica” ofende 
médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas 
casos isolados de imperícia ou negligência médi-
cas. Trata-se de uma afirmação infundada. O que 
5 aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grá-
vida e forçada pela equipe de saúde a realizar 
uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um 
caso extremo, escandalizado pelas feministas 
como de violência obstétrica. Não é verdade. A 
10 violência obstétrica manifesta-se de várias formas 
no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em 
cada mulher insultada verbalmente, porque sente 
dor no momento do parto ou quando não lhe ofe-
recem analgesia. Na violência sexual sofrida em 
15 atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodu-
ção assistida. No uso de fórceps, na proibição de 
doulas ou pessoas de confiança na sala de parto. 
Na cesárea como indicação médica para o parto 
seguro. A verdade é que a violência obstétrica é 
20 uma forma de desumanização das mulheres.
Débora Diniz e Giselle Carino, Jornal El País Brasil, 
20 de março de 2019 (com adaptações).
1. As autoras do Texto I consideram que 
a. a violência obstétrica ocorre em casos isolados de 
atuação inadequada de médicos.
b. a violência obstétrica não só existe como também 
compromete e desumaniza a vida reprodutiva de 
mulheres. 
c. a expressão “violência obstétrica” ofende médicos 
por forçar profissionais de saúde a realizar proce-
dimentos ilegais.
d. a cesária é procedimento obstétrico mais seguro 
para a mulher grávida. 
2. Quanto ao gênero, pode-se classificar o texto 
como
a. crônica narrativa.
b. artigo de opinião.
c. autobiografia.
d. alegoria crítica.
3. No texto, o trecho “O que aconteceu com a bra-
sileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela equipe 
de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, 
dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas fe-
ministas como de violência obstétrica” permaneceria 
gramaticalmente correto e com seu sentido original 
caso 
a. uma vírgula fosse inserida logo após “brasileira”. 
b. a vírgula empregada após “Adelir Gomes” fosse 
substituída por ponto e vírgula. 
c. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e 
após “vontade” fossem suprimidas. 
d. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e 
após “vontade” fossem substituídas por traves-
sões ou parênteses. 
4. Seria mantida a correção gramatical do texto se 
o segmento “porque”, em “Em cada mulher insultada 
verbalmente, porque sente dor no momento do parto 
ou quando não lhe oferecem analgesia”, fosse subs-
tituído por
a. porquanto
b. conquanto
c. entretanto
d. haja visto que
5. No texto , a forma pronominal “lhe”, em “... porque 
sente dor no momento do parto ou quando não lhe 
oferecem analgesia”, faz referência a 
a. “Adelir Gomes”. 
b. “cada mulher insultada verbalmente”. 
c. “feministas”. 
d. “ciclo de vida reprodutiva das mulheres”. 
6. Cada uma das opções a seguir apresenta uma 
proposta de reescrita para o seguinte trecho do tex-
to: “Trata-se de uma afirmação infundada”. Assinale 
a opção em que a proposta de reescrita apresentada 
mantém os sentidos originais e a correção gramatical 
do texto. 
a. Isso se trata de uma afirmação que não tem fun-
damento. 
b. Isso trata-se de uma afirmação inconsistente.
c. Isso corresponde à uma afirmação injustificada. 
d. Isso corresponde a uma asserção insustentável.
7. Em “No uso de fórceps, na proibição de doulas 
ou pessoas de confiança na sala de parto”, a palavra 
destacada significa
a. assistentes de parto.
b. enfermeiras.
c. ginecologistas.
d. parentes.
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
8. Em “Dizem não existir o fenômeno, mas casos 
isolados de imperícia ou negligência médicas”, o ter-
mo destacado exerce função sintática de
a. complemento verbal direto.
b. sujeito.
c. adjunto adnominal.
d. predicativo do sujeito.
Leia o texto a seguir para responder às questões de 9 
a 12. 
TEXTO II
 � Lindaura, a recepcionista do analista de Bagé ― 
segundo ele, “mais prestimosa que mãe de noiva” 
―, tem sempre uma chaleira com água quente 
pronta para o mate. O analista gosta de oferecer 
chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “char-
lar passando a cuia, que loucura não tem micró-
bio”. Um dia entrou um paciente novo no consul-
tório.
 � ― Buenas, tchê ― saudou o analista. ― Se aban-
que no más.
 � O moço deitou no divã coberto com um pelego, e 
o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva 
nova. O moço observou:
 � ― Cuia mais linda.
 � ― Cosa mui especial. Me deu meu primeiro pa-
ciente. O coronel Macedônio, lá pras banda de 
Lavras.
 � ― A troco de quê? ― quis saber o moço, chupan-
do a bomba.
 � ― Pues tava variando, pensando que era metade 
homem e metade cavalo. Curei o animal.
 � ― Oigalê.
 � ― Ele até que não se importava, pues poupava 
montaria. A família é que encrencou com a bosta 
dentro de casa.
 � ― A la putcha.
 � O moço deu outra chupada, depois examinou a 
cuia com mais cuidado.
 � ― Curtida barbaridade. ― Também. Mais usada 
que pronome oblíquo em conversa de professor.
 � ― Oigatê.
 � E a todas estas o moço não devolvia a cuia. O 
analista perguntou:
 � ― Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?
 � ― É esta mania que eu tenho, doutor.
 � ― Pos desembuche.
 � ― Gosto de roubar as coisas.
 � ― Sim.
 � Era cleptomania. O paciente continuou a falar, 
mas o analista não ouvia mais.
 � Estava de olho na sua cuia.
 � ― Passa ― disse o analista.
 � ― Não passa, doutor. Tenho esta mania desde piá.
 � ― Passa a cuia.
 � ― O senhor pode me curar, doutor?
 � ― Primeiro devolve a cuia.
 � O moço devolveu. Daí para diante, só o analistatomou chimarrão. E cada vez que o paciente es-
tendia o braço para receber a cuia de volta, ganha-
va um tapa na mão.
Luís Fernando Veríssimo (com adaptações).
9. Sobre o texto, é incorreto afirmar que
a. apresenta como protagonista um psicanalista gaú-
cho que não leva jeito para cuidar da saúde mental 
das pessoas.
b. há algumas palavras típicas do vocabulário gaú-
cho, como “piá” (menino), “charlar” (conversar), “oi-
galê” e “oigatê” (que denotam espanto e surpresa).
c. corresponde a um apólogo regional.
d. apresenta, em sua estrutura, quanto à fala das 
personagens, o discurso direto.
10. No trecho “O moço deitou no divã coberto com um 
pelego, e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com 
erva nova”, a vírgula
a. separa orações coordenadas com sujeitos diferen-
tes e evita ambiguidade.
b. separa orações subordinadas com sujeitos dife-
rentes e evita tautologia.
c. tem a função de enfatizar a primeira oração e evi-
tar circunlóquio.
d. não pode ser substituída por ponto e vírgula, por 
desencadear ambiguidade.
11. Em “Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?”, 
as duas ocorrências da palavra “que” correspondem, 
respectivamente, a 
a. pronome interrogativo e conjunção integrante.
b. pronome relativo e pronome relativo.
c. conjunção integrante e pronome interrogativo.
d. pronome interrogativo e partícula expletiva.
12. Em “O senhor pode me curar, doutor?”, destaca-
ram-se, respectivamente, do ponto de vista sintático,
a. sujeito, objeto indireto, vocativo.
b. sujeito, objeto direto, vocativo.
c. vocativo, objeto direto, aposto.
d. sujeito, objeto indireto, aposto.
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
Leia o texto a seguir para responder às questões de 
13 a 15. 
TEXTO III
1 A dignidade humana é característica inerente 
a todas as pessoas e tem por objetivo colocá-las a 
salvo de qualquer ato discricionário, seja qual for 
o agente, e protegê-las de ausência de condições 
5 mínimas de sobrevivência. É da própria essência 
do ser humano ser dotado dessa condição e quali-
dade. Estar desprovido desse manto protetor des-
titui o ser humano da capacidade de subsistência 
e da convivência social.
10 Essa é a razão pela qual a dignidade da 
pessoa humana passa a ser considerada o prin-
cípio constitucional norteador das demais normas, 
porque deve ele se sobrepor a qualquer outro inte-
resse – seja social ou econômico.
15 Apesar de toda essa evolução sistemática 
dos textos normativos, capazes de servirem de 
abrigo aos direitos fundamentais, com afasta-
mento de qualquer outro que intimide o seu pleno 
exercício, não é possível olvidar-se de que as 
20 transformações experimentadas pela sociedade, 
por conta do desenvolvimento industrial e tecno-
lógico, bem como as regras do mercado podem 
abalar sensivelmente a defesa intransigente 
desses princípios constitucionais.
25 A evolução do capitalismo e o avanço tecno-
lógico geram a necessidade de criação de direi-
tos que possam regrar, de modo harmônico, essa 
dicotomia, a fim de preservar não só o ser humano, 
mas, também, o próprio sistema, que, se não for 
30 regulado, pode autodestruir-se.
 � Diante dessas considerações, é possível con-
cluir que a ordem constitucional brasileira erigiu a 
dignidade humana como pressuposto fundamen-
tal, inafastável e norteador de todos os demais
35 diplomas legais.
Nádia Regina de Carvalho, Revista Âmbito Jurídico, 
2015. 
13. Com base nas informações presentes no texto, 
assinale a opção correta.
a. Segundo o texto, a dignidade humana é imanente 
a todo ser humano, tem como escopo protegê-lo 
e constitui princípio constitucional norteador de to-
das as demais leis.
b. Conforme o texto, a dignidade humana é extrínse-
ca a todo ser humano, tem como finalidade prote-
gê-lo e constitui princípio constitucional orientador 
de todas as demais leis.
c. Consoante o texto, a dignidade humana é antina-
tural a todo ser humano, tem como objetivo prote-
gê-lo e constitui princípio constitucional definidor 
de todas as demais leis.
d. De acordo com o texto, a dignidade humana é 
anódina a todo ser humano, tem como intenção 
protegê-lo e constitui princípio constitucional trans-
cendente de todas as demais leis. 
14. Com base nas estruturas linguísticas do texto, as-
sinale a opção correta. 
a. Em “Essa é a razão pela qual a dignidade da pes-
soa humana passa a ser considerada o princípio 
constitucional norteador das demais normas”, os 
termos destacados desempenham igual função 
sintática. 
b. O terceiro parágrafo abre-se com um adjunto ad-
verbial de concessão deslocado, o que justifica o 
emprego da primeira vírgula. 
c. No terceiro parágrafo, o verbo “olvidar-se” pode 
ser substituído por “duvidar-se”, sem prejuízo para 
o sentido original do texto.
d. Em “... não é possível olvidar-se de que as trans-
formações (...) podem abalar sensivelmente a de-
fesa intransigente desses princípios constitucio-
nais”, a palavra “se” tem a função de indeterminar 
ou generalizar o sujeito. 
15. Em “Apesar de toda essa evolução sistemática 
dos textos normativos...”, a opção cujo conectivo não 
mantém o sentido do destacado no trecho é:
a. A despeito de
b. Malgrado
c. Em que pese a
d. Em razão de
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
GRAMÁTICA
Eliane Fontana
TEXTO I
1 “Não pretendemos que as coisas mudem, 
se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor 
benção que pode ocorrer com as pessoas e 
países, porque a crise traz progressos.
5 A criatividade nasce da angústia, como o dia 
nasce da noite escura. É na crise que nascem as 
invenções, os descobrimentos e as grandes estra-
tégias.
 � Quem supera a crise, supera a si mesmo sem 
10 ficar “superado”.
 � Quem atribui à crise seus fracassos e penú-
rias, violenta seu próprio talento e respeita mais 
aos problemas do que às soluções.
 � A verdadeira crise, é a crise da incompetência. 
15 O inconveniente das pessoas e dos países é a 
esperança de encontrar as saídas e soluções 
fáceis.
 � Sem crise não há desafios, sem desafios, a 
vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise 
20 não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de 
cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se 
sobre ela é exaltar o conformismo.
 � Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos 
de uma vez com a única crise ameaçadora, que é 
25 a tragédia de não querer lutar para superá-la.”
Albert Einstein
Para responder às questões de números 16 a 20, 
baseie-se no texto anterior.
16. Assinale a opção em que o verbo destacado está 
empregado no mesmo tempo e modo verbal da frase 
a seguir: 
“O inconveniente das pessoas e dos países é a espe-
rança...”
a. “Acabemos de uma vez com a única crise amea-
çadora,” (último parágrafo).
b. “É na crise que se aflora o melhor de cada um.” (6º 
parágrafo).
c. “...que as coisas mudem,” (1º parágrafo).
d. “Em vez disso, trabalhemos duro.” (último pará-
grafo).
17. No trecho “ ... porque a crise traz progressos.”, 
o elemento coesivo destacado, para estar de acordo 
com o padrão culto, e não refletir alteração de sentido 
no contexto, pode ser substituído por:
a. contudo
b. conquanto
c. pois
d. então
18. A expressão sublinhada, que é responsável pela 
flexão do verbo em negrito, pode ser vista em: 
a. Falar de crise é promovê-la.
b. Sem crise não há mérito.
c. É na crise que nascem as invenções, os descobri-
mentos e as grandes estratégias.
d. Quem supera a crise, supera a si mesmo. 
19. Mantendo a correção gramatical, a oração pode 
ser reescrita com a seguinte alteração:
a. Falar de crise é promovê-la – falar de crise é pro-
mover a ela. 
b. Sem crise não há desafios, – Sem crise não exis-
tem desafios. 
c. ...e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. – 
Ela se calar é exaltação sobre o conformismo. 
d. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias – 
Seus fracassos e penúrias são atribuídos a crise. 
20. Considere as afirmativas a seguir:
I – No quinto parágrafo, a frase “A verdadeira 
crise, é a criseda incompetência.” possui um 
desvio sintático. 
II – Na oração “Acabemos de uma vez com a úni-
ca crise ameaçadora”, último parágrafo, o su-
jeito gramatical é inexistente. 
III – As palavras “angústia” (l. 5) e “incompetência” 
(l. 14) recebem acento gráfico em decorrência 
da mesma regra gramatical – proparoxítonas. 
Estão incorretas as afirmações: 
a. II e III.
b. I, II e III.
c. I e II.
d. I e III.
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
Para as questões de 21 a 25, baseie-se na norma culta 
da língua.
21. Está incorreto o emprego do elemento destacado 
na frase: 
a. Dar-vos-ei o prazer que de mim aguardais.
b. Após a morte de meu marido, eu não pensara em 
casar-me de novo, mas não tive ânimo de recusar. 
c. Quanto aos golpes o qual lhe infligiu, é até certo 
ponto desculpável. 
d. À nossa chegada, o rei de Mihrage, a quem fui 
apresentado, perguntou-me quem eu era. 
22. A ocorrência do sinal indicativo de crase justifica-
-se apenas na frase: 
a. Ali, a primeira coisa que fiz foi dar grandes esmo-
las aos pobres e comecei à desfrutar a imensa ri-
queza trazida e ganha com tanto trabalho.
b. Tinha unhas aduncas e compridas como às garras 
das grandes aves. 
c. À vista de tão honroso gigante, perdemos os sen-
tidos. 
d. Desejo, respondeu, que à vossa vida tenha longa 
duração. 
23. O período que está pontuado de acordo com os 
preceitos da gramática é: 
a. Então, aqui está ele, o quarto bastião, aqui, está, o 
lugar terrível, de fato, horroroso!
b. O capitão, depois de me escutar atentamente, 
reconheceu-me por fim. Deus seja louvado!, ex-
clamou, abraçando-me. 
c. Os mercadores, então correndo aos ninhos, obri-
gam-nas por gritos a afastar-se e pegam, os dia-
mantes presos aos pedaços de carne. 
d. O dia, surgindo, impôs silêncio, a Sherazade, que 
prosseguiu sua história na noite seguinte. 
24. Assinale a opção que corresponde à presença de 
erro gramatical na oração. 
a. Confesso que, expondo-nos a fúria das ondas, a 
fim de sacrificá-lo à sua cólera.
b. Após terminar sua detestável refeição, deitou-se 
de costas e adormeceu. 
c. Permita-me beber um copo de alguma coisa – 
acrescentou, insistentemente. 
d. Tenho um irmão, grão-vizir do sultão do Egito, como 
eu tenho a honra de ser do sultão deste reino. 
25. Nos seguimentos destacados a seguir, a única 
substituição incorreta por um pronome correspondente 
está na opção: 
a. Deu-me o céu uma filha única e linda. – Deu-ma ... 
b. Mas até agora não decidi ceder a vaga. – ... cedê-la
c. Admira a mim que sejas ousado. – Admira-me...
d. O gênio não lançou terríveis gritos. – ... lançou-lhe.
GRAMÁTICA
Claiton Natal
Ostra feliz não faz pérola
1 Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, 
macias, que representam as delícias dos gastrô-
nomos. Podem ser comidas cruas, com pingos 
de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas 
5 – são animais mansos –, seriam uma presa fácil 
dos predadores. Para que isso não acontecesse, 
a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, con-
chas duras, dentro das quais vivem. Pois havia 
num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas 
10 ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram 
ostras felizes porque de dentro de suas conchas 
saía uma delicada melodia, música aquática, como 
se fosse um canto gregoriano, todas cantando a 
mesma música. Com uma exceção: de uma ostra 
15 solitária que fazia um solo solitário. Diferente da 
alegre música aquática, ela cantava um canto 
muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: 
“Ela não sai da sua depressão...”. Não era depres-
são. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado 
20 dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não 
tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas 
era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia 
que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe 
provocava, em virtude de suas aspereza, arestas 
25 e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância 
lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto can-
tava seu canto triste, o seu corpo fazia o traba-
lho – por causa da dor que o grão de areia lhe 
causava. Um dia, passou por ali um pescador com 
30 o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de 
ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pes-
cador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher 
fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se 
com as ostras, de repente seus dentes bateram 
35 num objeto duro que estava dentro de uma ostra. 
Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era 
uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofre-
dora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de 
presente para a sua esposa. Isso é verdade para 
40 as ostras. E é verdade para os seres humanos. No 
seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega 
a partir do espírito da música, Nietzsche observou 
que os gregos, por oposição aos cristãos, leva-
vam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não 
45 existia para eles, como existia para os cristãos, 
um céu onde a tragédia seria transformada em 
8 www.grancursosonline.com.br
2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
comédia. Ele se perguntou então das razões por 
que os gregos, sendo dominados por esse sen-
timento trágico da vida, não sucumbiram ao 
50 pessimismo. A resposta que encontrou foi a 
mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se 
entregaram ao pessimismo porque foram capa-
zes de transformar a tragédia em beleza. A beleza 
não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A 
55 felicidade é um dom que deve ser simplesmente 
gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não 
produz pérolas. São os que sofrem que produzem 
a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artis-
tas. Beethoven – como é possível que um homem 
60 completamente surdo, no fim da vida, tenha pro-
duzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, 
Cecília Meireles, Fernando Pessoa...
(Rubem Alves)
26. Considerando os aspectos semânticos e morfos-
sintáticos, assinale a alternativa incorreta.
a. No trechos “a sua sabedoria as ensinou a fazer 
casas” (linha 7), o pronome ‘sua’ delimita o signifi-
cado do substantivo “sabedoria”, funcionando, na 
oração em que ocorre, como um termo acessório.
b. A oração “que eram ostras felizes” (linhas 10-11) é 
sujeito da forma verbal “Sabia-se” (linha 10). 
c. No trecho “As ostras felizes se riam dela e diziam” 
(linha 17), a retirada do pronome “se” mantém a 
correção gramatical do trecho. 
d. A substituição de “enquanto” (linha 26) por à me-
dida que prejudica a correção gramatical do texto. 
27. Na frase “Sabia-se que eram ostras felizes por-
que de dentro de suas conchas saía uma delicada me-
lodia” (linhas 10 a 12), a conjunção em negrito pode ser 
adequadamente substituída por:
a. conquanto
b. porquanto
c. posto que
d. por conseguinte
28. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo 
átono, segundo a Gramática Normativa, não pode ser 
empregado na posição enclítica.
a. “a sua sabedoria as ensinou a fazer casas” (linha 7). 
b. “As ostras felizes se riam dela e diziam” (linha 17). 
c. “eles não se entregaram ao pessimismo” (linhas 51-
52). 
d. “mas a torna suportável” (linha 54). 
29. No trecho “Nietzsche observou que os gregos, por 
oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. 
Tragédia era tragédia” (linhas 42 a 44), o termo em 
destaque exprime a ideia de:
a. causa.
b. consequência.
c. oposição.
d. contraste.
30. Assinale a opção que indica o adjetivo que é clas-
sificado como adjetivo de relação. 
a. Podem ser comidas cruas (linha 3). 
b. seriam uma presa fácil dos predadores (linhas 
5-6)
c. saía uma delicada melodia, música aquática (li-
nha 12)
d. com uma substância lisa (linhas 25-26)
31. Está gramaticalmente correta a redação da se-
guinte frase: 
a. Sabiam-se que eram ostras felizes porque de den-
tro de suas conchas saía uma delicada melodia, 
música aquática, como se fosse um canto grego-
riano. 
b. O seu corpo sabia que para se livrar da dor que o 
grão de areia lhe provocava, em virtude de suas 
aspereza, arestas e pontas bastava envolvê-lo 
com umasubstância lisa, brilhante e redonda.
c. O pescador se alegrou, levou-lhes para casa e sua 
mulher fez uma deliciosa sopa de ostras.
d. Para eles, não havia; como havia, para os cristãos, 
um céu em que a tragédia seria transformada em 
comédia. 
32. No trecho “bastava envolvê-lo com uma subs-
tância lisa” (linhas 25-26), a oração em destaque exer-
ce a função de:
a. objeto direto.
b. sujeito.
c. adjunto adverbial.
d. predicativo.
33. Na forma sublinhada, o verbo encontra-se na voz 
passiva e atende plenamente às normas de concor-
dância em: 
a. Não seria fácil, de fato, que viessem a se equili-
brar, na cabeça de um jovem cronista de hoje, os 
valores de sua experiência pessoal com os de sua 
comunidade. 
b. Observando hoje essas cidades, seus únicos luga-
res onde se vivem bem são aqueles espontâneos.
c. Sabem-se que os padrões de beleza para os gre-
gos estão atrelados a uma visão específica de 
equilíbrio.
d. De resto, os elementos dessa arte difícil de se pen-
sar o pensado te irá sendo ensinado pelo ofício. 
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Língua Portuguesa 
34. O verbo entre parênteses deverá flexionar-se de 
modo a concordar com o elemento sublinhado na se-
guinte frase: 
a. Nas contradições insolúveis, configuram-se os di-
lemas que (incitar) a nossa capacidade de refle-
xão e de escolha. 
b. Aos indivíduos que vivem de utopias (restar) ava-
liar o peso que pode advir de muitas frustrações. 
c. Àqueles que alimentam convicções partidárias 
(cumprir) seguir linhas de ação já definidas. 
d. Aos homens sábios não (atormentar), nos dias do 
presente, a infelicidade de um futuro tormentoso.
35. Ambos os elementos sublinhados constituem 
exemplos de uma mesma função sintática na frase:
a. Quanto mais gente é presa, mais insuportáveis se 
tornam as condições na cadeia.
b. Elas são o resultado lógico de décadas de desca-
so para com a política penitenciária. 
c. Pode haver alguma coisa mais tola, me diga, que 
a maneira de viver desses homens que deixam a 
prudência de lado?
d. Vivem ocupados para poder viver melhor. 
REDAÇÃO OFICIAL
Márcio Wesley
36. Considerando as características formais e linguísti-
cas dos expedientes oficiais, em conformidade com o Ma-
nual de Redação da Presidência da República (MRPR), 
3ª edição, 27/12/2018, assinale a opção correta.
a. A exposição de motivos é uma modalidade de 
correspondência destinada à comunicação oficial 
entre os Ministros de Estado, e deles com o Presi-
dente da República. 
b. O vocativo que se aplica a correspondências diri-
gidas a Governadores é Vossa Excelência ou Sua 
Excelência, conforme o caso.
c. A escolha do fecho adequado para saudação final, 
em comunicações oficiais, leva em conta a hie-
rarquia entre o cargo do remetente e o cargo do 
destinatário.
d. Os parágrafos de um ofício são sempre numera-
dos, exceto o primeiro.
37. Com base no disposto no Manual de Redação da 
Presidência da República (MRPR), 3ª edição, assinale 
a opção correta.
a. A linguagem empregada em comunicações oficiais 
segue certa tradição com padrões de vocabulário, 
como o jargão burocrático.
b. Não cabe falar em um padrão oficial de linguagem, 
mas apenas na escrita clara e correta, em harmo-
nia com normas gramaticais. 
c. A impessoalidade e a uniformidade dos textos ofi-
ciais são avessas a uma evolução da língua.
d. Quando se dirige a destacadas e reconhecidas 
autoridades, cabe empregar-se o adjetivo Ilustrís-
simo diante do cargo da pessoa invocada.
38. Ainda com base no Manual de Redação da Presi-
dência da República, 3ª edição, assinale a opção cor-
reta a respeito das características gerais dos tipos de 
comunicação oficial.
a. Em uma mensagem emitida pelo Presidente da 
República, é preciso identificar nome e cargo do 
emissor, abaixo de sua assinatura, assim como 
ocorre nas demais correspondências. 
b. Quando o cargo do destinatário requer o tratamen-
to como Vossa Excelência, o campo de endere-
çamento, logo após a data e antes do assunto, 
inicia-se com Ao Excelentíssimo Senhor ou À 
Excelentíssima Senhora.
c. Ao emitir comunicações oficiais, os órgãos do Po-
der Judiciário estão dispensados de indicar nome 
e cargo do emissor abaixo de sua assinatura.
d. Junto à data, logo após a identificação do docu-
mento, indica-se a cidade de origem, mas não a 
sigla da unidade da federação.
39. No que se refere às características fundamentais 
da redação oficial, assinale a opção correta.
a. Concorrem para a clareza do texto não apenas a 
prática e a revisão atenta, mas também a uniformi-
dade, a concisão e a impessoalidade. 
b. A formalidade estipula o respeito a padrões de 
construção do texto e à objetividade, mas conde-
na a simplicidade pelo risco de empobrecer a lin-
guagem.
c. A concisão preceitua a redução da quantidade de 
palavras como uma forma de economia linguística 
e de conteúdo.
d. Para obter precisão na linguagem, deve-se prefe-
rir a linguagem comum, no sentido de empregar 
vocabulário de conhecimento geral, e deve-se 
descartar o emprego de linguagem técnica.
40. Assinale a opção correta de acordo com as carac-
terísticas formais e linguísticas dos documentos oficiais.
a. O envelope que traga comunicação oficial endere-
çada a um Deputado Federal deverá ser preenchi-
do conforme o modelo abaixo.
A Vossa Excelentíssima o Senhor
Deputado (nome do Deputado)
Câmara dos Deputados
70165-900 Brasília – DF
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b. É correta a seguinte identificação de um ofício en-
viado pela Secretaria-Geral da Presidência da Re-
pública: OFÍCIO N° 375/2020/SG-PR.
c. Em comunicação endereçada a um Juiz de Direi-
to, o tratamento correto será “Vossa Excelência”, 
o vocativo será “Excelentíssimo Senhor Juiz,”, e o 
endereçamento iniciará com “Ao Senhor Juiz”.
d. Para ser aceito como documento original, o e-mail 
deve ser enviado com cópia para autoridades au-
tenticadoras.
41. Levando em consideração as características for-
mais e linguísticas do ofício, assinale a opção correta.
a. É correto assim iniciar um ofício: Tendo em vista 
às recentes falhas de processamento de dados, 
vimos solicitar a substituição de alguns equipa-
mentos ultrapassados em nosso setor.
b. O ofício que um mesmo remetente envia com igual 
teor para diversos destinatários é chamado de ofí-
cio conjunto.
c. Os campos destinados às margens laterais es-
querda e direita do ofício devem ter 1,5 cm de lar-
gura, pelo menos.
d. O texto do ofício deve ter cor preta e será impres-
so em papel branco, reservando-se cores para 
gráficos e ilustrações.
42. O chefe do setor de compras de um órgão público 
recebeu, em 3/11/2020, o OFÍCIO No 21, em que eram 
solicitadas cópias dos documentos referentes às com-
pras efetuadas por esse setor no terceiro trimestre do 
ano. Levando em consideração essa situação hipoté-
tica e as disposições do MRPR acerca da linguagem 
dos textos oficiais, assinale a opção que apresenta 
uma maneira correta, clara e concisa de se introduzir o 
texto do ofício de resposta a ser elaborado pelo funcio-
nário responsável pelo referido setor.
a. Em atendimento tempestivo ao pedido ora recebi-
do por meio do OFÍCIO N° 21, de 3/11/2020, envio, 
em anexo, a totalidade dos extratos de despesas 
com compras realizadas por este departamento 
no terceiro trimestre do ano corrente.
b. Sendo prestimoso à solicitação feita, envia-se, 
anexo a esta missiva, a relação integral de todos 
os extratos de compras feitas por este setor no pe-
ríodo correspondente ao terceiro trimestre do ano 
2020. A tempo: a correspondência que fez a solici-
tação do envio desses documentos a este setor foi 
o OFÍCIO N° 21, de 3/11/2020.
c. Atendendo o OFÍCIO N° 21, de 3/11/2020, enca-
minho anexas as cópias dos documentos de com-
pras efetivadas por este setor no terceiro trimestre 
deste ano.
d. Em atenção ao pedido recebido por este setor, 
envio, em anexos, cópias dos extratos solicitados. 
Veja-se os anexos com os devidos detalhes. 
43. A respeitodo correio eletrônico na comunicação 
oficial, conforme o Manual de Redação da Presidência 
da República, 3ª edição, assinale a opção correta.
a. O e-mail que encaminha arquivos deve trazer in-
formações mínimas sobre o conteúdo dos anexos.
b. Por ser uma comunicação eletrônica direta, o e-
-mail dispensa algumas formalidades na lingua-
gem e admite um tom coloquial. 
c. Como pressupõe uma comunicação de rotina e 
maior proximidade entre emissor e receptor, o e-
-mail dispensa o preenchimento do campo “As-
sunto”.
d. Embora possa gozar de certa liberdade no uso da 
linguagem, o e-mail deve seguir estritamente o pa-
drão de formatação do ofício.
Considere a correspondência oficial hipotética a seguir 
para responder às questões 44 e 45.
44. Considerando que o signatário do expediente te-
nha a mesma hierarquia dos seus destinatários, é cor-
reto afirmar que:
a. caso a comunicação em apreço fosse dirigida 
ao Ministro de Estado que chefia o ministério em 
questão, seria obrigatório o emprego da expres-
são “Sua Excelência” no vocativo do texto. 
b. o emprego do fecho “Respeitosamente” está ade-
quado porque a comunicação destina-se a autorida-
des de mesmo nível hierárquico do emissor do texto. 
c. a correção gramatical seria prejudicada caso, no 
parágrafo 1, o trecho “informá-los de que” fosse 
substituído por informar-lhes que. 
d. por se tratar de comunicação entre um único reme-
tente e todas as unidades do Ministério, o texto ante-
rior pode ser classificado como OFÍCIO CIRCULAR. 
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45. Ainda a respeito da correspondência hipotética 
anterior, é correto afirmar:
a. Deveria ser empregado o acento indicativo de cra-
se no início do destinatário: “A todas as unidades 
do Ministério”.
b. O campo “Assunto” deveria estar todo em negri-
to, desde o título (Assunto) até o texto após dois-
-pontos.
c. O emprego de “neste”, primeiro parágrafo, está 
inadequado ao padrão gramatical.
d. O parágrafo quatro contém saudação respeitosa 
que condiz com a situação comunicativa interna 
entre o signatário e os destinatários.
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Língua Portuguesa 
GABARITO
1. b
2. b
3. d
4. a
5. b
6. d
7. a
8. b
9. c
10. a
11. d
12. b
13. a
14. b
15. d
16. b
17. c
18. c
19. b
20. a
21. c
22. c
23. b
24. a
25. d
26. d
27. b
28. c
29. a
30. c
31. d
32. b
33. a
34. d
35. b
36. c
37. b
38. d
39. a
40. b
41. d
42. c
43. a
44. d
45. b
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TEXTO
Fernando Moura
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 
a 8. 
TEXTO I
1 A expressão “violência obstétrica” ofende 
médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas 
casos isolados de imperícia ou negligência médi-
cas. Trata-se de uma afirmação infundada. O que 
5 aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grá-
vida e forçada pela equipe de saúde a realizar 
uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um 
caso extremo, escandalizado pelas feministas 
como de violência obstétrica. Não é verdade. A 
10 violência obstétrica manifesta-se de várias formas 
no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em 
cada mulher insultada verbalmente, porque sente 
dor no momento do parto ou quando não lhe ofe-
recem analgesia. Na violência sexual sofrida em 
15 atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodu-
ção assistida. No uso de fórceps, na proibição de 
doulas ou pessoas de confiança na sala de parto. 
Na cesárea como indicação médica para o parto 
seguro. A verdade é que a violência obstétrica é 
20 uma forma de desumanização das mulheres.
Débora Diniz e Giselle Carino, Jornal El País Brasil, 
20 de março de 2019 (com adaptações).
1. As autoras do Texto I consideram que 
a. a violência obstétrica ocorre em casos isolados de 
atuação inadequada de médicos.
b. a violência obstétrica não só existe como também 
compromete e desumaniza a vida reprodutiva de 
mulheres. 
c. a expressão “violência obstétrica” ofende médicos 
por forçar profissionais de saúde a realizar proce-
dimentos ilegais.
d. a cesária é procedimento obstétrico mais seguro 
para a mulher grávida. 
Letra b.
Os trechos “...dizem ser um caso extremo, 
escandalizado pelas feministas como de violência 
obstétrica. Não é verdade. A violência obstétrica 
manifesta-se de várias formas no ciclo de vida 
reprodutiva das mulheres” e “A verdade é que a 
violência obstétrica é uma forma de desumanização 
das mulheres” confirmam essa opção como correta. 
As demais subvertem os sentidos e os argumentos 
do texto.
2. Quanto ao gênero, pode-se classificar o texto 
como
a. crônica narrativa.
b. artigo de opinião.
c. autobiografia.
d. alegoria crítica.
Letra b.
Trata-se de texto dissertativo-argumentativo (tipo) 
estruturado em forma de artigo de opinião (gênero 
com função social, publicado geralmente em jornais, 
revistas ou “blogs”, com a intenção de discutir um 
assunto por meio de opinião explícita, como ocorre 
no texto: “A verdade é que a violência obstétrica é 
uma forma de desumanização das mulheres”. 
3. No texto, o trecho “O que aconteceu com a bra-
sileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela equipe 
de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, 
dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas fe-
ministas como de violência obstétrica” permaneceria 
gramaticalmente correto e com seu sentido original 
caso 
a. uma vírgula fosse inserida logo após “brasileira”. 
b. a vírgula empregada após “Adelir Gomes” fosse 
substituída por ponto e vírgula. 
c. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e 
após “vontade” fossem suprimidas. 
d. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e 
após “vontade” fossem substituídas por traves-
sões ou parênteses. 
Letra d.
Trata-se de estrutura sintática que explica o 
antecedente “a brasileira Aldelir Gomes”, o que 
permite o emprego de entrevírgulas, travessões ou 
parênteses.
GABARITO COMENTADO
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4. Seria mantida a correção gramatical do texto se 
o segmento “porque”, em “Em cada mulher insultada 
verbalmente, porque sente dor no momento do parto 
ou quando não lhe oferecem analgesia”, fosse subs-
tituído por
a. porquanto
b. conquanto
c. entretanto
d. haja visto que
Letra a.
No texto, a conjunção “porque”, com valor causal, 
apenas admite a substituição por “porquanto”. 
Destaque-se que o registro correto é “haja vista 
que”, também com valor causal. Não existe a forma 
“haja visto que”. 
5. No texto , a forma pronominal “lhe”, em “... porque 
sente dor no momento do parto ou quando não lhe 
oferecem analgesia”, faz referência a 
a. “Adelir Gomes”. 
b. “cada mulher insultada verbalmente”. 
c. “feministas”. 
d. “ciclo de vida reprodutiva das mulheres”. 
Letra b.
O pronome “lhe” pode ser substituído por “a ela” 
e tem como referente “cada mulher insultada 
verbalmente”.
6. Cada uma das opções a seguir apresenta uma 
proposta de reescrita para o seguinte trecho do tex-
to: “Trata-se de uma afirmação infundada”. Assinale 
a opção em que a proposta de reescrita apresentada 
mantém os sentidos originais e a correção gramatical 
do texto. 
a. Isso se trata de uma afirmação que não tem fun-
damento. 
b. Isso trata-se de uma afirmação inconsistente.
c. Isso corresponde à uma afirmação injustificada. 
d. Isso corresponde a uma asserção insustentável.
Letra d.
Isso (o que foi mencionado) corresponde a uma 
asserção (afirmação) infundada (insustentável). 
Destaque-se que o verbo “tratar-se” não pode 
apresentar sujeito, a não ser que se retire a 
palavra “se”.
7. Em “No uso de fórceps, na proibição de doulas 
ou pessoas de confiança na sala de parto”, a palavra 
destacada significa
a. assistentes de parto.
b. enfermeiras.
c. ginecologistas.
d. parentes.
Letra a.
Doulas são assistentes de parto, sem terem 
necessariamente formação médica. Acompanhama 
mulher durante a gestação, com foco no bem-estar 
dela. 
8. Em “Dizem não existir o fenômeno, mas casos 
isolados de imperícia ou negligência médicas”, o ter-
mo destacado exerce função sintática de
a. complemento verbal direto.
b. sujeito.
c. adjunto adnominal.
d. predicativo do sujeito.
Letra b.
O verbo “existir” é pessoal: “Dizem o fenômeno não 
existir” (ordem direta). O termo destacado é sujeito 
de “existir”. 
Leia o texto a seguir para responder às questões de 9 
a 12. 
TEXTO II
 � Lindaura, a recepcionista do analista de Bagé ― 
segundo ele, “mais prestimosa que mãe de noiva” 
―, tem sempre uma chaleira com água quente 
pronta para o mate. O analista gosta de oferecer 
chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “char-
lar passando a cuia, que loucura não tem micró-
bio”. Um dia entrou um paciente novo no consul-
tório.
 � ― Buenas, tchê ― saudou o analista. ― Se aban-
que no más.
 � O moço deitou no divã coberto com um pelego, e 
o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva 
nova. O moço observou:
 � ― Cuia mais linda.
 � ― Cosa mui especial. Me deu meu primeiro pa-
ciente. O coronel Macedônio, lá pras banda de 
Lavras.
 � ― A troco de quê? ― quis saber o moço, chupan-
do a bomba.
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 � ― Pues tava variando, pensando que era metade 
homem e metade cavalo. Curei o animal.
 � ― Oigalê.
 � ― Ele até que não se importava, pues poupava 
montaria. A família é que encrencou com a bosta 
dentro de casa.
 � ― A la putcha.
 � O moço deu outra chupada, depois examinou a 
cuia com mais cuidado.
 � ― Curtida barbaridade. ― Também. Mais usada 
que pronome oblíquo em conversa de professor.
 � ― Oigatê.
 � E a todas estas o moço não devolvia a cuia. O 
analista perguntou:
 � ― Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?
 � ― É esta mania que eu tenho, doutor.
 � ― Pos desembuche.
 � ― Gosto de roubar as coisas.
 � ― Sim.
 � Era cleptomania. O paciente continuou a falar, 
mas o analista não ouvia mais.
 � Estava de olho na sua cuia.
 � ― Passa ― disse o analista.
 � ― Não passa, doutor. Tenho esta mania desde piá.
 � ― Passa a cuia.
 � ― O senhor pode me curar, doutor?
 � ― Primeiro devolve a cuia.
 � O moço devolveu. Daí para diante, só o analista 
tomou chimarrão. E cada vez que o paciente es-
tendia o braço para receber a cuia de volta, ganha-
va um tapa na mão.
Luís Fernando Veríssimo (com adaptações).
9. Sobre o texto, é incorreto afirmar que
a. apresenta como protagonista um psicanalista gaú-
cho que não leva jeito para cuidar da saúde mental 
das pessoas.
b. há algumas palavras típicas do vocabulário gaú-
cho, como “piá” (menino), “charlar” (conversar), “oi-
galê” e “oigatê” (que denotam espanto e surpresa).
c. corresponde a um apólogo regional.
d. apresenta, em sua estrutura, quanto à fala das 
personagens, o discurso direto.
Letra c.
O apólogo é um gênero alegórico que ilustra 
um ensinamento de vida por meio de situações 
semelhantes às reais, envolvendo especialmente 
objetos, seres inanimados ou irracionais, que 
também assumem ações humanas. Ex.: conversa 
entre a linha e a agulha. Não é o caso do texto 
anterior. Trata-se de uma crônica narrativa.
10. No trecho “O moço deitou no divã coberto com um 
pelego, e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com 
erva nova”, a vírgula
a. separa orações coordenadas com sujeitos diferen-
tes e evita ambiguidade.
b. separa orações subordinadas com sujeitos dife-
rentes e evita tautologia.
c. tem a função de enfatizar a primeira oração e evi-
tar circunlóquio.
d. não pode ser substituída por ponto e vírgula, por 
desencadear ambiguidade.
Letra a.
A vírgula separa orações coordenadas com sujeitos 
diferentes. Perceba que a vírgula evita ambiguidade: 
“O moço deitou no divã coberto com um pelego e 
o analista...” (sem a vírgula, poder-se-ia entender 
“divã coberto com um pelego e o analista”).
11. Em “Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?”, 
as duas ocorrências da palavra “que” correspondem, 
respectivamente, a 
a. pronome interrogativo e conjunção integrante.
b. pronome relativo e pronome relativo.
c. conjunção integrante e pronome interrogativo.
d. pronome interrogativo e partícula expletiva.
Letra d.
A forma culta corresponde a “Que o traz aqui, 
índio velho?”. A primeira ocorrência é pronome 
interrogativo indefinido. Observe que a estrutura “é 
que” pode ser eliminada sem prejuízo morfossintático 
(partícula expletiva ou de realce).
12. Em “O senhor pode me curar, doutor?”, destaca-
ram-se, respectivamente, do ponto de vista sintático,
a. sujeito, objeto indireto, vocativo.
b. sujeito, objeto direto, vocativo.
c. vocativo, objeto direto, aposto.
d. sujeito, objeto indireto, aposto.
Letra b.
O termo “O senhor” é sujeito da locução verbal 
“pode curar”, cujo verbo principal é transitivo direto 
e exige objeto direto (“me”). O termo “doutor”, que 
serve para chamar alguém, é, sem dúvida, vocativo.
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Língua Portuguesa 
Leia o texto a seguir para responder às questões de 
13 a 15. 
TEXTO III
1 A dignidade humana é característica inerente 
a todas as pessoas e tem por objetivo colocá-las a 
salvo de qualquer ato discricionário, seja qual for 
o agente, e protegê-las de ausência de condições 
5 mínimas de sobrevivência. É da própria essência 
do ser humano ser dotado dessa condição e quali-
dade. Estar desprovido desse manto protetor des-
titui o ser humano da capacidade de subsistência 
e da convivência social.
10 Essa é a razão pela qual a dignidade da 
pessoa humana passa a ser considerada o prin-
cípio constitucional norteador das demais normas, 
porque deve ele se sobrepor a qualquer outro inte-
resse – seja social ou econômico.
15 Apesar de toda essa evolução sistemática 
dos textos normativos, capazes de servirem de 
abrigo aos direitos fundamentais, com afasta-
mento de qualquer outro que intimide o seu pleno 
exercício, não é possível olvidar-se de que as 
20 transformações experimentadas pela sociedade, 
por conta do desenvolvimento industrial e tecno-
lógico, bem como as regras do mercado podem 
abalar sensivelmente a defesa intransigente 
desses princípios constitucionais.
25 A evolução do capitalismo e o avanço tecno-
lógico geram a necessidade de criação de direi-
tos que possam regrar, de modo harmônico, essa 
dicotomia, a fim de preservar não só o ser humano, 
mas, também, o próprio sistema, que, se não for 
30 regulado, pode autodestruir-se.
 � Diante dessas considerações, é possível con-
cluir que a ordem constitucional brasileira erigiu a 
dignidade humana como pressuposto fundamen-
tal, inafastável e norteador de todos os demais
35 diplomas legais.
Nádia Regina de Carvalho, Revista Âmbito Jurídico, 
2015. 
13. Com base nas informações presentes no texto, 
assinale a opção correta.
a. Segundo o texto, a dignidade humana é imanente 
a todo ser humano, tem como escopo protegê-lo 
e constitui princípio constitucional norteador de to-
das as demais leis.
b. Conforme o texto, a dignidade humana é extrínse-
ca a todo ser humano, tem como finalidade prote-
gê-lo e constitui princípio constitucional orientador 
de todas as demais leis.
c. Consoante o texto, a dignidade humana é antina-
tural a todo ser humano, tem como objetivo prote-
gê-lo e constitui princípio constitucional definidor 
de todas as demais leis.
d. De acordo com o texto, a dignidade humana é 
anódina a todo ser humano, tem como intenção 
protegê-lo e constitui princípio constitucional trans-
cendente de todas as demais leis. 
Letra a.
Segundo o texto, a dignidade humana é imanente 
(= inerente) a todo ser humano, tem como 
escopo (= objetivo) protegê-lo e constitui princípio 
constitucional norteador de todas as demais leis.
14. Com base nas estruturas linguísticas do texto, as-
sinale a opção correta. 
a. Em “Essa é a razão pela qual a dignidade da pes-
soa humana passa a ser considerada o princípio 
constitucional norteador das demais normas”, os 
termos destacadosdesempenham igual função 
sintática. 
b. O terceiro parágrafo abre-se com um adjunto ad-
verbial de concessão deslocado, o que justifica o 
emprego da primeira vírgula. 
c. No terceiro parágrafo, o verbo “olvidar-se” pode 
ser substituído por “duvidar-se”, sem prejuízo para 
o sentido original do texto.
d. Em “... não é possível olvidar-se de que as trans-
formações (...) podem abalar sensivelmente a de-
fesa intransigente desses princípios constitucio-
nais”, a palavra “se” tem a função de indeterminar 
ou generalizar o sujeito. 
Letra b.
a) Errado. Em “Essa é a razão pela qual a 
dignidade da pessoa humana (a pessoa humana 
tem dignidade/relação subjetiva = adjunto 
adnominal) passa a ser considerada o princípio 
constitucional norteador das demais normas” (que 
norteia as demais normas/relação completiva 
= complemento nominal), os termos destacados 
desempenham diferentes funções sintáticas.
b) Certo. O terceiro parágrafo abre-se com um 
adjunto adverbial de concessão deslocado, o que 
justifica o emprego da primeira vírgula: “Apesar 
de toda essa evolução sistemática dos textos 
normativos,”.
c) Errado. No terceiro parágrafo, o verbo “olvidar-
se” pode ser substituído por “esquecer-se”, sem 
prejuízo para o sentido original do texto.
d) Errado. Em “... não é possível olvidar-se de que 
as transformações (...) podem abalar sensivelmente 
a defesa intransigente desses princípios 
constitucionais”, a palavra “se” tem a função de parte 
integrante do verbo ou pronome fossilizado. O verbo 
“olvidar” foi empregado em sua forma pronominal.
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
15. Em “Apesar de toda essa evolução sistemática 
dos textos normativos...”, a opção cujo conectivo não 
mantém o sentido do destacado no trecho é:
a. A despeito de
b. Malgrado
c. Em que pese a
d. Em razão de
Letra d.
Todas as locuções prepositivas e preposições 
acidentais indicadas nas opções têm valor 
concessivo, exceto a locução prepositiva “Em razão 
de”, que apresenta valor causal.
GRAMÁTICA
Eliane Fontana
TEXTO I
1 “Não pretendemos que as coisas mudem, 
se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor 
benção que pode ocorrer com as pessoas e 
países, porque a crise traz progressos.
5 A criatividade nasce da angústia, como o dia 
nasce da noite escura. É na crise que nascem as 
invenções, os descobrimentos e as grandes estra-
tégias.
 � Quem supera a crise, supera a si mesmo sem 
10 ficar “superado”.
 � Quem atribui à crise seus fracassos e penú-
rias, violenta seu próprio talento e respeita mais 
aos problemas do que às soluções.
 � A verdadeira crise, é a crise da incompetência. 
15 O inconveniente das pessoas e dos países é a 
esperança de encontrar as saídas e soluções 
fáceis.
 � Sem crise não há desafios, sem desafios, a 
vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise 
20 não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de 
cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se 
sobre ela é exaltar o conformismo.
 � Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos 
de uma vez com a única crise ameaçadora, que é 
25 a tragédia de não querer lutar para superá-la.”
Albert Einstein
Para responder às questões de números 16 a 20, 
baseie-se no texto anterior.
16. Assinale a opção em que o verbo destacado está 
empregado no mesmo tempo e modo verbal da frase 
a seguir: 
“O inconveniente das pessoas e dos países é a espe-
rança...”
a. “Acabemos de uma vez com a única crise amea-
çadora,” (último parágrafo).
b. “É na crise que se aflora o melhor de cada um.” (6º 
parágrafo).
c. “...que as coisas mudem,” (1º parágrafo).
d. “Em vez disso, trabalhemos duro.” (último pará-
grafo).
Letra b.
O verbo foi grafado no tempo presente do modo 
indicativo. 
17. No trecho “ ... porque a crise traz progressos.”, 
o elemento coesivo destacado, para estar de acordo 
com o padrão culto, e não refletir alteração de sentido 
no contexto, pode ser substituído por:
a. contudo
b. conquanto
c. pois
d. então
Letra c.
O termo destacado é uma conjunção coordenada 
explicativa, logo pode ser substituída por “pois”, que 
possui a mesma classificação.
18. A expressão sublinhada, que é responsável pela 
flexão do verbo em negrito, pode ser vista em: 
a. Falar de crise é promovê-la.
b. Sem crise não há mérito.
c. É na crise que nascem as invenções, os descobri-
mentos e as grandes estratégias.
d. Quem supera a crise, supera a si mesmo. 
Letra c.
A expressão sublinhada constitui sujeito composto 
posposto. Quando o sujeito composto está posposto 
ao verbo, há dupla possibilidade de concordância: ou 
o verbo fica no plural, estabelecendo concordância 
com ambos os elementos, ou fica no singular, se o 
núcleo mais próximo for singular. 
19. Mantendo a correção gramatical, a oração pode 
ser reescrita com a seguinte alteração:
a. Falar de crise é promovê-la – falar de crise é pro-
mover a ela. 
b. Sem crise não há desafios, – Sem crise não exis-
tem desafios. 
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c. ...e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. – 
Ela se calar é exaltação sobre o conformismo. 
d. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias – 
Seus fracassos e penúrias são atribuídos a crise. 
Letra b.
Verbo haver, no contexto dado, tem sentido de existir 
– é impessoal. Na ocasião, pode ser substituído por 
“existem”, verbo pessoal, flexionado no plural, para 
estabelecer concordância com o núcleo do sujeito – 
desafios.
20. Considere as afirmativas a seguir:
I – No quinto parágrafo, a frase “A verdadeira 
crise, é a crise da incompetência.” possui um 
desvio sintático. 
II – Na oração “Acabemos de uma vez com a úni-
ca crise ameaçadora”, último parágrafo, o su-
jeito gramatical é inexistente. 
III – As palavras “angústia” (l. 5) e “incompetência” 
(l. 14) recebem acento gráfico em decorrência 
da mesma regra gramatical – proparoxítonas. 
Estão incorretas as afirmações: 
a. II e III.
b. I, II e III.
c. I e II.
d. I e III.
Letra a.
No item I, resposta correta, há um desvio sintático 
de pontuação. Não se separa núcleo do sujeito do 
verbo.
No item II, resposta errada, o sujeito gramatical 
existe, contudo está elíptico. Não está escrito, mas 
é facilmente percebido por meio da desinência do 
verbo “Acabemos”, ou seja, “Acabemos (nós)...”.
No item III, resposta errada, as palavras são 
acentuadas pela mesma regra por se tratarem de 
paroxítonas – palavras acentuadas na penúltima 
sílaba. 
Para as questões de 21 a 25, baseie-se na norma culta 
da língua.
21. Está incorreto o emprego do elemento destacado 
na frase: 
a. Dar-vos-ei o prazer que de mim aguardais.
b. Após a morte de meu marido, eu não pensara em 
casar-me de novo, mas não tive ânimo de recusar. 
c. Quanto aos golpes o qual lhe infligiu, é até certo 
ponto desculpável. 
d. À nossa chegada, o rei de Mihrage, a quem fui 
apresentado, perguntou-me quem eu era. 
Letra c.
O termo em destaque é pronome relativo – 
elemento anafórico. Retoma um referente dentro 
do próprio período, e deve concordar em número e 
gênero com ele. No caso em questão, o referente 
é o termo “golpes”, logo duas possibilidades seriam 
adequadas: “que” ou “os quais” precedidos de 
preposição. 
22. A ocorrência do sinal indicativo de crase justifica-
-se apenas na frase: 
a. Ali, a primeira coisa que fiz foi dar grandes esmo-
las aos pobres e comecei à desfrutar a imensa ri-
queza trazida e ganha com tanto trabalho.
b. Tinha unhas aduncas e compridas como às garras 
das grandes aves. 
c. À vista de tão honroso gigante, perdemos os sen-
tidos. 
d. Desejo, respondeu, que à vossa vida tenha longa 
duração. 
Letra c.
A expressão “À vista” deve receber crase obrigatória, 
por se tratar de locução circunstancial com núcleo 
feminino. 
23. O período que está pontuado de acordo com os 
preceitos da gramática é: 
a. Então, aqui está ele, o quarto bastião, aqui, está, o 
lugar terrível, de fato, horroroso!
b. O capitão, depois de me escutar atentamente, 
reconheceu-me por fim. Deus seja louvado!,ex-
clamou, abraçando-me. 
c. Os mercadores, então correndo aos ninhos, obri-
gam-nas por gritos a afastar-se e pegam, os dia-
mantes presos aos pedaços de carne. 
d. O dia, surgindo, impôs silêncio, a Sherazade, que 
prosseguiu sua história na noite seguinte. 
Letra b.
O capitão, depois de me escutar atentamente, (1) 
reconheceu-me por fim. (2) Deus seja louvado! (3) , 
exclamou, (4) abraçando-me (5).
(1) Vírgulas foram usadas para isolar adjunto 
adverbial temporal, intercalado, de longa extensão;
(2) O ponto final foi usado para indicar o final do 
período;
(3) O ponto de exclamação foi usado na frase 
optativa com sentido de admiração;
(4) As vírgulas foram usadas para isolar termo 
explicativo;
(5) O ponto final foi usado para marcar a pausa 
final do período.
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Língua Portuguesa 
24. Assinale a opção que corresponde à presença de 
erro gramatical na oração. 
a. Confesso que, expondo-nos a fúria das ondas, a 
fim de sacrificá-lo à sua cólera.
b. Após terminar sua detestável refeição, deitou-se 
de costas e adormeceu. 
c. Permita-me beber um copo de alguma coisa – 
acrescentou, insistentemente. 
d. Tenho um irmão, grão-vizir do sultão do Egito, como 
eu tenho a honra de ser do sultão deste reino. 
Letra a.
Existe erro de regência na construção. A crase na 
expressão “à fúria das ondas” é obrigatória. No 
trecho “...expondo-nos a fúria das ondas...”, o verbo 
expor, verbo transitivo direto e indireto, solicita uma 
preposição obrigatória para o seu complemento e 
a palavra “fúria” está particularizada por meio de 
outros termos, logo o uso do determinante artigo 
também é obrigatório. 
25. Nos seguimentos destacados a seguir, a única 
substituição incorreta por um pronome correspondente 
está na opção: 
a. Deu-me o céu uma filha única e linda. – Deu-ma ... 
b. Mas até agora não decidi ceder a vaga. – ... cedê-la
c. Admira a mim que sejas ousado. – Admira-me...
d. O gênio não lançou terríveis gritos. – ... lançou-lhe.
Letra d.
O verbo lançar é transitivo direto. Há, também, erro 
de colocação pronominal. O pronome correto para 
substituição deve ser “os”. A reescrita correta da 
oração é: O gênio não os lançou.
GRAMÁTICA
Claiton Natal
Ostra feliz não faz pérola
1 Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, 
macias, que representam as delícias dos gastrô-
nomos. Podem ser comidas cruas, com pingos 
de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas 
5 – são animais mansos –, seriam uma presa fácil 
dos predadores. Para que isso não acontecesse, 
a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, con-
chas duras, dentro das quais vivem. Pois havia 
num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas 
10 ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram 
ostras felizes porque de dentro de suas conchas 
saía uma delicada melodia, música aquática, como 
se fosse um canto gregoriano, todas cantando a 
mesma música. Com uma exceção: de uma ostra 
15 solitária que fazia um solo solitário. Diferente da 
alegre música aquática, ela cantava um canto 
muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: 
“Ela não sai da sua depressão...”. Não era depres-
são. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado 
20 dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não 
tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas 
era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia 
que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe 
provocava, em virtude de suas aspereza, arestas 
25 e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância 
lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto can-
tava seu canto triste, o seu corpo fazia o traba-
lho – por causa da dor que o grão de areia lhe 
causava. Um dia, passou por ali um pescador com 
30 o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de 
ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pes-
cador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher 
fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se 
com as ostras, de repente seus dentes bateram 
35 num objeto duro que estava dentro de uma ostra. 
Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era 
uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofre-
dora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de 
presente para a sua esposa. Isso é verdade para 
40 as ostras. E é verdade para os seres humanos. No 
seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega 
a partir do espírito da música, Nietzsche observou 
que os gregos, por oposição aos cristãos, leva-
vam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não 
45 existia para eles, como existia para os cristãos, 
um céu onde a tragédia seria transformada em 
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Língua Portuguesa 
comédia. Ele se perguntou então das razões por 
que os gregos, sendo dominados por esse sen-
timento trágico da vida, não sucumbiram ao 
50 pessimismo. A resposta que encontrou foi a 
mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se 
entregaram ao pessimismo porque foram capa-
zes de transformar a tragédia em beleza. A beleza 
não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A 
55 felicidade é um dom que deve ser simplesmente 
gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não 
produz pérolas. São os que sofrem que produzem 
a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artis-
tas. Beethoven – como é possível que um homem 
60 completamente surdo, no fim da vida, tenha pro-
duzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, 
Cecília Meireles, Fernando Pessoa...
(Rubem Alves)
26. Considerando os aspectos semânticos e morfos-
sintáticos, assinale a alternativa incorreta.
a. No trechos “a sua sabedoria as ensinou a fazer 
casas” (linha 7), o pronome ‘sua’ delimita o signifi-
cado do substantivo “sabedoria”, funcionando, na 
oração em que ocorre, como um termo acessório.
b. A oração “que eram ostras felizes” (linhas 10-11) é 
sujeito da forma verbal “Sabia-se” (linha 10). 
c. No trecho “As ostras felizes se riam dela e diziam” 
(linha 17), a retirada do pronome “se” mantém a 
correção gramatical do trecho. 
d. A substituição de “enquanto” (linha 26) por à me-
dida que prejudica a correção gramatical do texto. 
Letra d.
d) Celso Cunha assinala:
As proporcionais iniciam uma oração subordinada 
em que se menciona um fato realizado ou para 
realizar-se simultaneamente com o da oração 
principal.
Na estrutura “Assim, enquanto cantava seu 
canto triste, o seu corpo fazia o trabalho”, há clara 
simultaneidade entre os eventos das orações. Dessa 
forma, podemos substituir o conectivo “enquanto”, 
empregado com valor proporcional, por à medida 
que (locução conjuntiva proporcional). 
27. Na frase “Sabia-se que eram ostras felizes por-
que de dentro de suas conchas saía uma delicada me-
lodia” (linhas 10 a 12), a conjunção em negrito pode ser 
adequadamente substituída por:
a. conquanto
b. porquanto
c. posto que
d. por conseguinte
Letra b.
A conjunção “porque” possui valor causal. Observe 
os principais conectivos causais. 
Causais (orações subordinadas adverbiais): porque, 
como (porque), pois, pois que, por isso que, já que, 
uma vez que, visto que, visto como, que, porquanto.
28. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo 
átono, segundo a Gramática Normativa, não pode ser 
empregado na posição enclítica.
a. “a sua sabedoria as ensinou a fazer casas” (linha 7). 
b. “As ostras felizes se riam dela e diziam” (linha 17). 
c. “eles não se entregaram ao pessimismo” (linhas 51-
52). 
d. “mas a torna suportável” (linha 54). 
Letra c.
Lembre-se: quando não houver palavra atrativa, 
poderemos empregar o pronome na posição 
proclítica ou enclítica.
Observe que, somente na alternativa “c”, há fator 
de atração. Dessa forma, o advérbio “não” obriga a 
utilização do pronome na posição proclítica. 
29. No trecho “Nietzsche observou que os gregos, por 
oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. 
Tragédia era tragédia” (linhas 42 a 44), o termo em 
destaque exprime a ideia de:
a. causa.
b. consequência.
c. oposição.
d. contraste.
Letra a.
Caro(a) aluno(a), a expressão em destaque traduz a 
ideia de causa. Note que a preposiçãoda expressão 
equivale aos termos causais: devido a, em razão de, 
por causa de. 
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Língua Portuguesa 
30. Assinale a opção que indica o adjetivo que é clas-
sificado como adjetivo de relação. 
a. Podem ser comidas cruas (linha 3). 
b. seriam uma presa fácil dos predadores (linhas 
5-6)
c. saía uma delicada melodia, música aquática (li-
nha 12)
d. com uma substância lisa (linhas 25-26)
Letra c.
O examinador da Fundação Getúlio Vargas tem 
cobrado, nas últimas provas, a nomenclatura 
“adjetivo de relação”. Os alunos têm me perguntado, 
com certo estranhamento, o que é um adjetivo de 
relação. Vamos, então, defini-lo.
Os adjetivos de relação são nomes qualificadores 
derivados de substantivo. São registrados 
geralmente após o substantivo e não admitem graus 
de intensidade. 
Adjetivo Substantivo relacionado
Lei áurea ouro
Grêmio estudantil estudante
Amor materno mãe
Problema renal rim
Música aquática água 
31. Está gramaticalmente correta a redação da se-
guinte frase: 
a. Sabiam-se que eram ostras felizes porque de den-
tro de suas conchas saía uma delicada melodia, 
música aquática, como se fosse um canto grego-
riano. 
b. O seu corpo sabia que para se livrar da dor que o 
grão de areia lhe provocava, em virtude de suas 
aspereza, arestas e pontas bastava envolvê-lo 
com uma substância lisa, brilhante e redonda.
c. O pescador se alegrou, levou-lhes para casa e sua 
mulher fez uma deliciosa sopa de ostras.
d. Para eles, não havia; como havia, para os cristãos, 
um céu em que a tragédia seria transformada em 
comédia. 
Letra d.
a) Deve-se empregar a forma verbal “Sabia-se” no 
singular, pois há sujeito oracional. 
“Sabia-se” = voz passiva sintética.
“que eram ostras felizes” = sujeito oracional.
b) Como o trecho “para se livrar da dor que o grão 
de areia lhe provocava” está intercalado, deve-se 
inserir uma vírgula imediatamente antes do “que”. 
c) Em “levou-lhes”, há erro de regência. Esclareço: 
o verbo levar é transitivo direto; então, o pronome 
“lhes” deve ser substituído por “as” (objeto direto). 
Base teórica
O uso dos pronomes oblíquos átonos está aliado à 
regência. 
a, as, o, os = objeto direto
lhe, lhes = objeto indireto
me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto 
indireto.
Não lhe vejo mais. (incorreto)
Não o vejo mais. (correto)
Não te vejo. (correto)
Acato, mas não o obedeço. (incorreto)
Acato, mas não lhe obedeço. (correto)
Acato, mas não te obedeço. (correto)
d) Alternativa correta. 
32. No trecho “bastava envolvê-lo com uma subs-
tância lisa” (linhas 25-26), a oração em destaque exer-
ce a função de:
a. objeto direto.
b. sujeito.
c. adjunto adverbial.
d. predicativo.
Letra b.
A oração “envolvê-lo com uma substância lisa” 
exerce a função de sujeito da forma verbal “bastava”. 
Pergunto: o que bastava? Resposta: envolvê-lo com 
uma substância lisa.
33. Na forma sublinhada, o verbo encontra-se na voz 
passiva e atende plenamente às normas de concor-
dância em: 
a. Não seria fácil, de fato, que viessem a se equili-
brar, na cabeça de um jovem cronista de hoje, os 
valores de sua experiência pessoal com os de sua 
comunidade. 
b. Observando hoje essas cidades, seus únicos luga-
res onde se vivem bem são aqueles espontâneos.
c. Sabem-se que os padrões de beleza para os gre-
gos estão atrelados a uma visão específica de 
equilíbrio.
d. De resto, os elementos dessa arte difícil de se pen-
sar o pensado te irá sendo ensinado pelo ofício. 
Letra a.
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2° Simulado Múltipla Escolha
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a) Alternativa correta.
A forma verbal “viessem a se equilibrar” está na 
voz passiva sintética e estabelece concordância 
como sujeito passivo “os valores de sua experiência 
pessoal”.
b) Não há voz passiva, e a forma verbal “se vivem” 
deve ser empregada na terceira pessoa do singular, 
visto que o pronome “se” é índice de indeterminação 
do sujeito. 
c) A forma verbal “Sabem-se” deve ser substituída 
por “Sabe-se”, pois ela possui sujeito oracional.
d) Como o núcleo do sujeito da estrutura de voz 
passiva é “elementos”, deve-se empregar “irão 
sendo ensinados”.
34. O verbo entre parênteses deverá flexionar-se de 
modo a concordar com o elemento sublinhado na se-
guinte frase: 
a. Nas contradições insolúveis, configuram-se os di-
lemas que (incitar) a nossa capacidade de refle-
xão e de escolha. 
b. Aos indivíduos que vivem de utopias (restar) ava-
liar o peso que pode advir de muitas frustrações. 
c. Àqueles que alimentam convicções partidárias 
(cumprir) seguir linhas de ação já definidas. 
d. Aos homens sábios não (atormentar), nos dias do 
presente, a infelicidade de um futuro tormentoso.
Letra d.
Lembre-se de que o verbo concorda com o núcleo 
do sujeito. Importante! O núcleo do sujeito não 
vem preposicionado. Dessa forma, descartamos, 
em razão de os termos em destaque estarem 
preposicionados, as alternativas “b” e “c”. 
Na alternativa “a”, a concordância deve ser 
estabelecida com o vocábulo “dilemas”, que é 
antecedente do pronome relativo “que”. 
35. Ambos os elementos sublinhados constituem 
exemplos de uma mesma função sintática na frase:
a. Quanto mais gente é presa, mais insuportáveis se 
tornam as condições na cadeia.
b. Elas são o resultado lógico de décadas de desca-
so para com a política penitenciária. 
c. Pode haver alguma coisa mais tola, me diga, que 
a maneira de viver desses homens que deixam a 
prudência de lado?
d. Vivem ocupados para poder viver melhor. 
Letra b.
a) adjunto adnominal / adjunto adverbial.
b) adjuntos adnominais.
c) adjunto adnominal / adjunto adverbial.
d) predicativo do sujeito / adjunto adverbial.
REDAÇÃO OFICIAL
Márcio Wesley
36. Considerando as características formais e linguísti-
cas dos expedientes oficiais, em conformidade com o Ma-
nual de Redação da Presidência da República (MRPR), 
3ª edição, 27/12/2018, assinale a opção correta.
a. A exposição de motivos é uma modalidade de 
correspondência destinada à comunicação oficial 
entre os Ministros de Estado, e deles com o Presi-
dente da República. 
b. O vocativo que se aplica a correspondências diri-
gidas a Governadores é Vossa Excelência ou Sua 
Excelência, conforme o caso.
c. A escolha do fecho adequado para saudação final, 
em comunicações oficiais, leva em conta a hie-
rarquia entre o cargo do remetente e o cargo do 
destinatário.
d. Os parágrafos de um ofício são sempre numera-
dos, exceto o primeiro.
Letra c.
a) Errada. A exposição de motivos é empregada 
apenas na comunicação entre um ou mais Ministros 
de Estado (remetentes) e o Presidente da República 
(destinatário). Não é empregada na comunicação 
entre Ministros de Estado. Segundo o MRPR, entre 
Ministros de Estado, emprega-se o ofício.
b) Errada. O vocativo em questão é “Senhor 
Governador,” (seguido de vírgula). Este é o padrão 
dos vocativos: “Senhor + Cargo,”. As expressões 
“Vossa Excelência” e “Sua Excelência” não são 
vocativos; são pronomes de tratamento que se 
aplicam corretamente aos Governadores, segundo o 
MRPR. Empregaremos “Vossa Excelência” quando 
nos dirigimos à própria pessoa, e empregaremos 
“Sua Excelência” quando falamos sobre a pessoa 
em questão para outra pessoa.
c) Certa. A escolha do fecho leva em conta a 
hierarquia: quando a hierarquia do destinatário 
é superior à hierarquia do remetente, deve-se 
empregar o fecho “Respeitosamente,”; quando 
a hierarquia do destinatário é igual ou inferior à 
hierarquia do remetente, deve-se empregar o fecho 
“Atenciosamente,” (ambos seguidos de vírgula).
d) Errada. A numeração de parágrafos é feita 
quando o ofício tem três ou mais parágrafos; nesse 
caso, todos recebem número, inclusive o primeiro 
parágrafo. Quando o ofício tiver somente um ou dois 
parágrafos, nenhum deles recebe número.
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Língua Portuguesa 
37. Com base nodisposto no Manual de Redação da 
Presidência da República (MRPR), 3ª edição, assinale 
a opção correta.
a. A linguagem empregada em comunicações oficiais 
segue certa tradição com padrões de vocabulário, 
como o jargão burocrático.
b. Não cabe falar em um padrão oficial de linguagem, 
mas apenas na escrita clara e correta, em harmo-
nia com normas gramaticais. 
c. A impessoalidade e a uniformidade dos textos ofi-
ciais são avessas a uma evolução da língua.
d. Quando se dirige a destacadas e reconhecidas 
autoridades, cabe empregar-se o adjetivo Ilustrís-
simo diante do cargo da pessoa invocada.
Letra b.
a) Errada. A linguagem tende a seguir uma certa 
tradição, mas não se trata de empregar jargão 
burocrático. Esse jargão contém expressões de 
compreensão restrita que atrapalham a compreensão 
dos textos e, assim, prejudicam o princípio da clareza 
e da publicidade das correspondências oficiais.
b) Certa. Segundo o MRPR, de fato, não existe 
um padrão oficial de linguagem. O que existe é o 
emprego da língua portuguesa em seu padrão 
gramatical.
c) Errada. De acordo com o MRPR, a correspondência 
oficial não é avessa (não é resistente) à evolução 
da língua, mas goza de menor liberdade do que a 
literatura ou a área jornalística.
d) Errada. O adjetivo Ilustríssimo está abolido. Deve-
se manter a formalidade apenas com os devidos 
pronomes de tratamento “Senhor”, “Senhora”, 
“Vossa Excelência” etc.
38. Ainda com base no Manual de Redação da Presi-
dência da República, 3ª edição, assinale a opção cor-
reta a respeito das características gerais dos tipos de 
comunicação oficial.
a. Em uma mensagem emitida pelo Presidente da 
República, é preciso identificar nome e cargo do 
emissor, abaixo de sua assinatura, assim como 
ocorre nas demais correspondências. 
b. Quando o cargo do destinatário requer o tratamen-
to como Vossa Excelência, o campo de endere-
çamento, logo após a data e antes do assunto, 
inicia-se com Ao Excelentíssimo Senhor ou À 
Excelentíssima Senhora.
c. Ao emitir comunicações oficiais, os órgãos do Po-
der Judiciário estão dispensados de indicar nome 
e cargo do emissor abaixo de sua assinatura.
d. Junto à data, logo após a identificação do docu-
mento, indica-se a cidade de origem, mas não a 
sigla da unidade da federação.
Letra d.
a) Errada. A mensagem é correspondência emitida 
apenas pelo Presidente da República para enviar 
comunicados ao Poder Legislativo. Segundo 
o MRPR, “a mensagem, como os demais atos 
assinados pelo Presidente da República, não 
traz identificação de seu signatário.” Ou seja, o 
Presidente da República assina a mensagem, mas 
não aparece, abaixo da assinatura, o seu nome nem 
o seu cargo.
b) Errada. O campo de endereçamento iniciar-se-á 
com A Sua Excelência o Senhor; na linha seguinte 
constará o nome da pessoa; outra linha terá o cargo; 
outra linhas com o endereço.
c) Errada. Somente correspondência assinada pelo 
Presidente da República pode conter assinatura, 
sem indicar nome e cargo logo abaixo.
d) Certa. Conforme o MRPR, indica-se a cidade sem 
a sigla da unidade federativa (Salvador, sem indicar 
“BA”; Manaus, sem indicar “AM”).
39. No que se refere às características fundamentais 
da redação oficial, assinale a opção correta.
a. Concorrem para a clareza do texto não apenas a 
prática e a revisão atenta, mas também a uniformi-
dade, a concisão e a impessoalidade. 
b. A formalidade estipula o respeito a padrões de 
construção do texto e à objetividade, mas conde-
na a simplicidade pelo risco de empobrecer a lin-
guagem.
c. A concisão preceitua a redução da quantidade de 
palavras como uma forma de economia linguística 
e de conteúdo.
d. Para obter precisão na linguagem, deve-se prefe-
rir a linguagem comum, no sentido de empregar 
vocabulário de conhecimento geral, e deve-se 
descartar o emprego de linguagem técnica.
Letra a.
a) Certa. O Manual de Redação da Presidência da 
República (MRPR) estipula mesmo que a clareza 
é obtida pela prática e pela revisão atenta, mas 
também pelo respeito à uniformidade (padrão de 
formatação ajudam a obter a clareza), à concisão 
(economia de palavras contribui para a clareza) e à 
impessoalidade (ausência de impressões pessoais 
ajuda a ser claro).
b) Errada. A formalidade estipula, sim, padrões de 
construção do texto e objetividade, mas não condena 
a simplicidade. Pelo contrário, a simplicidade 
é bem-vinda e deve ser buscada; não significa 
empobrecimento da linguagem.
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2° Simulado Múltipla Escolha
Língua Portuguesa 
c) Errada. A concisão não é uma forma de economia 
de conteúdo. A concisão significa a capacidade de 
expressar o máximo de conteúdo relevante, com um 
mínimo de palavras.
d) Errada. No atributo da precisão, o MRPR não 
condenou a linguagem técnica: 
O atributo da precisão complementa a clareza e 
caracteriza-se por: a) articulação da linguagem 
comum ou técnica para a perfeita compreensão 
da ideia veiculada no texto.
40. Assinale a opção correta de acordo com as carac-
terísticas formais e linguísticas dos documentos oficiais.
a. O envelope que traga comunicação oficial endere-
çada a um Deputado Federal deverá ser preenchi-
do conforme o modelo abaixo.
A Vossa Excelentíssima o Senhor
Deputado (nome do Deputado)
Câmara dos Deputados
70165-900 Brasília – DF
b. É correta a seguinte identificação de um ofício en-
viado pela Secretaria-Geral da Presidência da Re-
pública: OFÍCIO N° 375/2020/SG-PR.
c. Em comunicação endereçada a um Juiz de Direi-
to, o tratamento correto será “Vossa Excelência”, 
o vocativo será “Excelentíssimo Senhor Juiz,”, e o 
endereçamento iniciará com “Ao Senhor Juiz”.
d. Para ser aceito como documento original, o e-mail 
deve ser enviado com cópia para autoridades au-
tenticadoras.
Letra b.
a) Errada. No envelope, escrevemos o endereçamento 
do destinatário. Esse endereçamento é o mesmo 
que consta na primeira página do ofício, logo 
após a data e antes do campo Assunto. A forma 
correta da primeira linha é: A Sua Excelência 
o Senhor. As demais linhas estão corretas.
b) Certo. O nome da correspondência fica todo em 
letras maiúsculas (OFÍCIO), a palavra “número” fica 
abreviada com “N°” maiúsculo com o símbolo de 
ordinal (°), a numeração do documento pode ter ou 
não o zero à esquerda (375) – a proibição de zero à 
esquerda ocorre na indicação de dia e mês; o ano é 
indicado mesmo com quatro dígitos (2020), o órgão 
emissor é indicado pela sua sigla (SG-PR).
c) Errada. O tratamento está correto. O vocativo 
deve ser apenas “Senhor Juiz,” (seguido de vírgula), 
o endereçamento iniciará com “A Sua Excelência 
o Senhor”. Para cargos tratados como “Vossa 
Excelência”, o endereçamento se inicia assim.
d) Errada. De acordo com o MRPR:
Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 
24 de agosto de 2001, para que o e-mail tenha 
valor documental, isto é, para que possa ser 
aceito como documento original, é necessário 
existir certificação digital que ateste a identidade 
do remetente, segundo os parâmetros de 
integridade, autenticidade e validade jurídica da 
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – 
ICP-Brasil.
41. Levando em consideração as características for-
mais e linguísticas do ofício, assinale a opção correta.
a. É correto assim iniciar um ofício: Tendo em vista 
às recentes falhas de processamento de dados, 
vimos solicitar a substituição de alguns equipa-
mentos ultrapassados em nosso setor.
b. O ofício que um mesmo remetente envia com igual 
teor para diversos destinatários é chamado de ofí-
cio conjunto.
c. Os campos destinados às margens laterais es-
querda e direita do ofício devem ter 1,5 cm de lar-
gura, pelo menos.
d. O texto do ofício deve ter cor preta e será impres-
so em papel branco, reservando-se cores para 
gráficos e ilustrações.
Letra d.
a) Errada. Ocorreu um erro gramatical no uso do 
sinal de crase em “às recentes falhas...”; esse termo 
exerceu função sintática de objeto direto para a forma 
verbal “tendo”; por isso, inicia-se sem preposição 
e, portanto, sem sinal de crase.

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