Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO! INSTRUÇÕES GERAIS ● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. ● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. ● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão- resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado. – Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de respostas erradas. – Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas em branco. ● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno. Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail: treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação. Desejamos uma excelente prova! 3 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa TEXTO Fernando Moura Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 8. TEXTO I 1 A expressão “violência obstétrica” ofende médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de imperícia ou negligência médi- cas. Trata-se de uma afirmação infundada. O que 5 aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grá- vida e forçada pela equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas feministas como de violência obstétrica. Não é verdade. A 10 violência obstétrica manifesta-se de várias formas no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em cada mulher insultada verbalmente, porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe ofe- recem analgesia. Na violência sexual sofrida em 15 atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodu- ção assistida. No uso de fórceps, na proibição de doulas ou pessoas de confiança na sala de parto. Na cesárea como indicação médica para o parto seguro. A verdade é que a violência obstétrica é 20 uma forma de desumanização das mulheres. Débora Diniz e Giselle Carino, Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019 (com adaptações). 1. As autoras do Texto I consideram que a. a violência obstétrica ocorre em casos isolados de atuação inadequada de médicos. b. a violência obstétrica não só existe como também compromete e desumaniza a vida reprodutiva de mulheres. c. a expressão “violência obstétrica” ofende médicos por forçar profissionais de saúde a realizar proce- dimentos ilegais. d. a cesária é procedimento obstétrico mais seguro para a mulher grávida. 2. Quanto ao gênero, pode-se classificar o texto como a. crônica narrativa. b. artigo de opinião. c. autobiografia. d. alegoria crítica. 3. No texto, o trecho “O que aconteceu com a bra- sileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas fe- ministas como de violência obstétrica” permaneceria gramaticalmente correto e com seu sentido original caso a. uma vírgula fosse inserida logo após “brasileira”. b. a vírgula empregada após “Adelir Gomes” fosse substituída por ponto e vírgula. c. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e após “vontade” fossem suprimidas. d. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e após “vontade” fossem substituídas por traves- sões ou parênteses. 4. Seria mantida a correção gramatical do texto se o segmento “porque”, em “Em cada mulher insultada verbalmente, porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia”, fosse subs- tituído por a. porquanto b. conquanto c. entretanto d. haja visto que 5. No texto , a forma pronominal “lhe”, em “... porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia”, faz referência a a. “Adelir Gomes”. b. “cada mulher insultada verbalmente”. c. “feministas”. d. “ciclo de vida reprodutiva das mulheres”. 6. Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho do tex- to: “Trata-se de uma afirmação infundada”. Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada mantém os sentidos originais e a correção gramatical do texto. a. Isso se trata de uma afirmação que não tem fun- damento. b. Isso trata-se de uma afirmação inconsistente. c. Isso corresponde à uma afirmação injustificada. d. Isso corresponde a uma asserção insustentável. 7. Em “No uso de fórceps, na proibição de doulas ou pessoas de confiança na sala de parto”, a palavra destacada significa a. assistentes de parto. b. enfermeiras. c. ginecologistas. d. parentes. 4 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 8. Em “Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de imperícia ou negligência médicas”, o ter- mo destacado exerce função sintática de a. complemento verbal direto. b. sujeito. c. adjunto adnominal. d. predicativo do sujeito. Leia o texto a seguir para responder às questões de 9 a 12. TEXTO II � Lindaura, a recepcionista do analista de Bagé ― segundo ele, “mais prestimosa que mãe de noiva” ―, tem sempre uma chaleira com água quente pronta para o mate. O analista gosta de oferecer chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “char- lar passando a cuia, que loucura não tem micró- bio”. Um dia entrou um paciente novo no consul- tório. � ― Buenas, tchê ― saudou o analista. ― Se aban- que no más. � O moço deitou no divã coberto com um pelego, e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva nova. O moço observou: � ― Cuia mais linda. � ― Cosa mui especial. Me deu meu primeiro pa- ciente. O coronel Macedônio, lá pras banda de Lavras. � ― A troco de quê? ― quis saber o moço, chupan- do a bomba. � ― Pues tava variando, pensando que era metade homem e metade cavalo. Curei o animal. � ― Oigalê. � ― Ele até que não se importava, pues poupava montaria. A família é que encrencou com a bosta dentro de casa. � ― A la putcha. � O moço deu outra chupada, depois examinou a cuia com mais cuidado. � ― Curtida barbaridade. ― Também. Mais usada que pronome oblíquo em conversa de professor. � ― Oigatê. � E a todas estas o moço não devolvia a cuia. O analista perguntou: � ― Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho? � ― É esta mania que eu tenho, doutor. � ― Pos desembuche. � ― Gosto de roubar as coisas. � ― Sim. � Era cleptomania. O paciente continuou a falar, mas o analista não ouvia mais. � Estava de olho na sua cuia. � ― Passa ― disse o analista. � ― Não passa, doutor. Tenho esta mania desde piá. � ― Passa a cuia. � ― O senhor pode me curar, doutor? � ― Primeiro devolve a cuia. � O moço devolveu. Daí para diante, só o analistatomou chimarrão. E cada vez que o paciente es- tendia o braço para receber a cuia de volta, ganha- va um tapa na mão. Luís Fernando Veríssimo (com adaptações). 9. Sobre o texto, é incorreto afirmar que a. apresenta como protagonista um psicanalista gaú- cho que não leva jeito para cuidar da saúde mental das pessoas. b. há algumas palavras típicas do vocabulário gaú- cho, como “piá” (menino), “charlar” (conversar), “oi- galê” e “oigatê” (que denotam espanto e surpresa). c. corresponde a um apólogo regional. d. apresenta, em sua estrutura, quanto à fala das personagens, o discurso direto. 10. No trecho “O moço deitou no divã coberto com um pelego, e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva nova”, a vírgula a. separa orações coordenadas com sujeitos diferen- tes e evita ambiguidade. b. separa orações subordinadas com sujeitos dife- rentes e evita tautologia. c. tem a função de enfatizar a primeira oração e evi- tar circunlóquio. d. não pode ser substituída por ponto e vírgula, por desencadear ambiguidade. 11. Em “Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?”, as duas ocorrências da palavra “que” correspondem, respectivamente, a a. pronome interrogativo e conjunção integrante. b. pronome relativo e pronome relativo. c. conjunção integrante e pronome interrogativo. d. pronome interrogativo e partícula expletiva. 12. Em “O senhor pode me curar, doutor?”, destaca- ram-se, respectivamente, do ponto de vista sintático, a. sujeito, objeto indireto, vocativo. b. sujeito, objeto direto, vocativo. c. vocativo, objeto direto, aposto. d. sujeito, objeto indireto, aposto. 5 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa Leia o texto a seguir para responder às questões de 13 a 15. TEXTO III 1 A dignidade humana é característica inerente a todas as pessoas e tem por objetivo colocá-las a salvo de qualquer ato discricionário, seja qual for o agente, e protegê-las de ausência de condições 5 mínimas de sobrevivência. É da própria essência do ser humano ser dotado dessa condição e quali- dade. Estar desprovido desse manto protetor des- titui o ser humano da capacidade de subsistência e da convivência social. 10 Essa é a razão pela qual a dignidade da pessoa humana passa a ser considerada o prin- cípio constitucional norteador das demais normas, porque deve ele se sobrepor a qualquer outro inte- resse – seja social ou econômico. 15 Apesar de toda essa evolução sistemática dos textos normativos, capazes de servirem de abrigo aos direitos fundamentais, com afasta- mento de qualquer outro que intimide o seu pleno exercício, não é possível olvidar-se de que as 20 transformações experimentadas pela sociedade, por conta do desenvolvimento industrial e tecno- lógico, bem como as regras do mercado podem abalar sensivelmente a defesa intransigente desses princípios constitucionais. 25 A evolução do capitalismo e o avanço tecno- lógico geram a necessidade de criação de direi- tos que possam regrar, de modo harmônico, essa dicotomia, a fim de preservar não só o ser humano, mas, também, o próprio sistema, que, se não for 30 regulado, pode autodestruir-se. � Diante dessas considerações, é possível con- cluir que a ordem constitucional brasileira erigiu a dignidade humana como pressuposto fundamen- tal, inafastável e norteador de todos os demais 35 diplomas legais. Nádia Regina de Carvalho, Revista Âmbito Jurídico, 2015. 13. Com base nas informações presentes no texto, assinale a opção correta. a. Segundo o texto, a dignidade humana é imanente a todo ser humano, tem como escopo protegê-lo e constitui princípio constitucional norteador de to- das as demais leis. b. Conforme o texto, a dignidade humana é extrínse- ca a todo ser humano, tem como finalidade prote- gê-lo e constitui princípio constitucional orientador de todas as demais leis. c. Consoante o texto, a dignidade humana é antina- tural a todo ser humano, tem como objetivo prote- gê-lo e constitui princípio constitucional definidor de todas as demais leis. d. De acordo com o texto, a dignidade humana é anódina a todo ser humano, tem como intenção protegê-lo e constitui princípio constitucional trans- cendente de todas as demais leis. 14. Com base nas estruturas linguísticas do texto, as- sinale a opção correta. a. Em “Essa é a razão pela qual a dignidade da pes- soa humana passa a ser considerada o princípio constitucional norteador das demais normas”, os termos destacados desempenham igual função sintática. b. O terceiro parágrafo abre-se com um adjunto ad- verbial de concessão deslocado, o que justifica o emprego da primeira vírgula. c. No terceiro parágrafo, o verbo “olvidar-se” pode ser substituído por “duvidar-se”, sem prejuízo para o sentido original do texto. d. Em “... não é possível olvidar-se de que as trans- formações (...) podem abalar sensivelmente a de- fesa intransigente desses princípios constitucio- nais”, a palavra “se” tem a função de indeterminar ou generalizar o sujeito. 15. Em “Apesar de toda essa evolução sistemática dos textos normativos...”, a opção cujo conectivo não mantém o sentido do destacado no trecho é: a. A despeito de b. Malgrado c. Em que pese a d. Em razão de 6 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa GRAMÁTICA Eliane Fontana TEXTO I 1 “Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. 5 A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estra- tégias. � Quem supera a crise, supera a si mesmo sem 10 ficar “superado”. � Quem atribui à crise seus fracassos e penú- rias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. � A verdadeira crise, é a crise da incompetência. 15 O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. � Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise 20 não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. � Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é 25 a tragédia de não querer lutar para superá-la.” Albert Einstein Para responder às questões de números 16 a 20, baseie-se no texto anterior. 16. Assinale a opção em que o verbo destacado está empregado no mesmo tempo e modo verbal da frase a seguir: “O inconveniente das pessoas e dos países é a espe- rança...” a. “Acabemos de uma vez com a única crise amea- çadora,” (último parágrafo). b. “É na crise que se aflora o melhor de cada um.” (6º parágrafo). c. “...que as coisas mudem,” (1º parágrafo). d. “Em vez disso, trabalhemos duro.” (último pará- grafo). 17. No trecho “ ... porque a crise traz progressos.”, o elemento coesivo destacado, para estar de acordo com o padrão culto, e não refletir alteração de sentido no contexto, pode ser substituído por: a. contudo b. conquanto c. pois d. então 18. A expressão sublinhada, que é responsável pela flexão do verbo em negrito, pode ser vista em: a. Falar de crise é promovê-la. b. Sem crise não há mérito. c. É na crise que nascem as invenções, os descobri- mentos e as grandes estratégias. d. Quem supera a crise, supera a si mesmo. 19. Mantendo a correção gramatical, a oração pode ser reescrita com a seguinte alteração: a. Falar de crise é promovê-la – falar de crise é pro- mover a ela. b. Sem crise não há desafios, – Sem crise não exis- tem desafios. c. ...e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. – Ela se calar é exaltação sobre o conformismo. d. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias – Seus fracassos e penúrias são atribuídos a crise. 20. Considere as afirmativas a seguir: I – No quinto parágrafo, a frase “A verdadeira crise, é a criseda incompetência.” possui um desvio sintático. II – Na oração “Acabemos de uma vez com a úni- ca crise ameaçadora”, último parágrafo, o su- jeito gramatical é inexistente. III – As palavras “angústia” (l. 5) e “incompetência” (l. 14) recebem acento gráfico em decorrência da mesma regra gramatical – proparoxítonas. Estão incorretas as afirmações: a. II e III. b. I, II e III. c. I e II. d. I e III. 7 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa Para as questões de 21 a 25, baseie-se na norma culta da língua. 21. Está incorreto o emprego do elemento destacado na frase: a. Dar-vos-ei o prazer que de mim aguardais. b. Após a morte de meu marido, eu não pensara em casar-me de novo, mas não tive ânimo de recusar. c. Quanto aos golpes o qual lhe infligiu, é até certo ponto desculpável. d. À nossa chegada, o rei de Mihrage, a quem fui apresentado, perguntou-me quem eu era. 22. A ocorrência do sinal indicativo de crase justifica- -se apenas na frase: a. Ali, a primeira coisa que fiz foi dar grandes esmo- las aos pobres e comecei à desfrutar a imensa ri- queza trazida e ganha com tanto trabalho. b. Tinha unhas aduncas e compridas como às garras das grandes aves. c. À vista de tão honroso gigante, perdemos os sen- tidos. d. Desejo, respondeu, que à vossa vida tenha longa duração. 23. O período que está pontuado de acordo com os preceitos da gramática é: a. Então, aqui está ele, o quarto bastião, aqui, está, o lugar terrível, de fato, horroroso! b. O capitão, depois de me escutar atentamente, reconheceu-me por fim. Deus seja louvado!, ex- clamou, abraçando-me. c. Os mercadores, então correndo aos ninhos, obri- gam-nas por gritos a afastar-se e pegam, os dia- mantes presos aos pedaços de carne. d. O dia, surgindo, impôs silêncio, a Sherazade, que prosseguiu sua história na noite seguinte. 24. Assinale a opção que corresponde à presença de erro gramatical na oração. a. Confesso que, expondo-nos a fúria das ondas, a fim de sacrificá-lo à sua cólera. b. Após terminar sua detestável refeição, deitou-se de costas e adormeceu. c. Permita-me beber um copo de alguma coisa – acrescentou, insistentemente. d. Tenho um irmão, grão-vizir do sultão do Egito, como eu tenho a honra de ser do sultão deste reino. 25. Nos seguimentos destacados a seguir, a única substituição incorreta por um pronome correspondente está na opção: a. Deu-me o céu uma filha única e linda. – Deu-ma ... b. Mas até agora não decidi ceder a vaga. – ... cedê-la c. Admira a mim que sejas ousado. – Admira-me... d. O gênio não lançou terríveis gritos. – ... lançou-lhe. GRAMÁTICA Claiton Natal Ostra feliz não faz pérola 1 Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrô- nomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas 5 – são animais mansos –, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, con- chas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas 10 ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra 15 solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...”. Não era depres- são. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado 20 dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas 25 e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto can- tava seu canto triste, o seu corpo fazia o traba- lho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia, passou por ali um pescador com 30 o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pes- cador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram 35 num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofre- dora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa. Isso é verdade para 40 as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, leva- vam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não 45 existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em 8 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sen- timento trágico da vida, não sucumbiram ao 50 pessimismo. A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capa- zes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A 55 felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artis- tas. Beethoven – como é possível que um homem 60 completamente surdo, no fim da vida, tenha pro- duzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa... (Rubem Alves) 26. Considerando os aspectos semânticos e morfos- sintáticos, assinale a alternativa incorreta. a. No trechos “a sua sabedoria as ensinou a fazer casas” (linha 7), o pronome ‘sua’ delimita o signifi- cado do substantivo “sabedoria”, funcionando, na oração em que ocorre, como um termo acessório. b. A oração “que eram ostras felizes” (linhas 10-11) é sujeito da forma verbal “Sabia-se” (linha 10). c. No trecho “As ostras felizes se riam dela e diziam” (linha 17), a retirada do pronome “se” mantém a correção gramatical do trecho. d. A substituição de “enquanto” (linha 26) por à me- dida que prejudica a correção gramatical do texto. 27. Na frase “Sabia-se que eram ostras felizes por- que de dentro de suas conchas saía uma delicada me- lodia” (linhas 10 a 12), a conjunção em negrito pode ser adequadamente substituída por: a. conquanto b. porquanto c. posto que d. por conseguinte 28. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo átono, segundo a Gramática Normativa, não pode ser empregado na posição enclítica. a. “a sua sabedoria as ensinou a fazer casas” (linha 7). b. “As ostras felizes se riam dela e diziam” (linha 17). c. “eles não se entregaram ao pessimismo” (linhas 51- 52). d. “mas a torna suportável” (linha 54). 29. No trecho “Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia” (linhas 42 a 44), o termo em destaque exprime a ideia de: a. causa. b. consequência. c. oposição. d. contraste. 30. Assinale a opção que indica o adjetivo que é clas- sificado como adjetivo de relação. a. Podem ser comidas cruas (linha 3). b. seriam uma presa fácil dos predadores (linhas 5-6) c. saía uma delicada melodia, música aquática (li- nha 12) d. com uma substância lisa (linhas 25-26) 31. Está gramaticalmente correta a redação da se- guinte frase: a. Sabiam-se que eram ostras felizes porque de den- tro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto grego- riano. b. O seu corpo sabia que para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas bastava envolvê-lo com umasubstância lisa, brilhante e redonda. c. O pescador se alegrou, levou-lhes para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. d. Para eles, não havia; como havia, para os cristãos, um céu em que a tragédia seria transformada em comédia. 32. No trecho “bastava envolvê-lo com uma subs- tância lisa” (linhas 25-26), a oração em destaque exer- ce a função de: a. objeto direto. b. sujeito. c. adjunto adverbial. d. predicativo. 33. Na forma sublinhada, o verbo encontra-se na voz passiva e atende plenamente às normas de concor- dância em: a. Não seria fácil, de fato, que viessem a se equili- brar, na cabeça de um jovem cronista de hoje, os valores de sua experiência pessoal com os de sua comunidade. b. Observando hoje essas cidades, seus únicos luga- res onde se vivem bem são aqueles espontâneos. c. Sabem-se que os padrões de beleza para os gre- gos estão atrelados a uma visão específica de equilíbrio. d. De resto, os elementos dessa arte difícil de se pen- sar o pensado te irá sendo ensinado pelo ofício. 9 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 34. O verbo entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na se- guinte frase: a. Nas contradições insolúveis, configuram-se os di- lemas que (incitar) a nossa capacidade de refle- xão e de escolha. b. Aos indivíduos que vivem de utopias (restar) ava- liar o peso que pode advir de muitas frustrações. c. Àqueles que alimentam convicções partidárias (cumprir) seguir linhas de ação já definidas. d. Aos homens sábios não (atormentar), nos dias do presente, a infelicidade de um futuro tormentoso. 35. Ambos os elementos sublinhados constituem exemplos de uma mesma função sintática na frase: a. Quanto mais gente é presa, mais insuportáveis se tornam as condições na cadeia. b. Elas são o resultado lógico de décadas de desca- so para com a política penitenciária. c. Pode haver alguma coisa mais tola, me diga, que a maneira de viver desses homens que deixam a prudência de lado? d. Vivem ocupados para poder viver melhor. REDAÇÃO OFICIAL Márcio Wesley 36. Considerando as características formais e linguísti- cas dos expedientes oficiais, em conformidade com o Ma- nual de Redação da Presidência da República (MRPR), 3ª edição, 27/12/2018, assinale a opção correta. a. A exposição de motivos é uma modalidade de correspondência destinada à comunicação oficial entre os Ministros de Estado, e deles com o Presi- dente da República. b. O vocativo que se aplica a correspondências diri- gidas a Governadores é Vossa Excelência ou Sua Excelência, conforme o caso. c. A escolha do fecho adequado para saudação final, em comunicações oficiais, leva em conta a hie- rarquia entre o cargo do remetente e o cargo do destinatário. d. Os parágrafos de um ofício são sempre numera- dos, exceto o primeiro. 37. Com base no disposto no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), 3ª edição, assinale a opção correta. a. A linguagem empregada em comunicações oficiais segue certa tradição com padrões de vocabulário, como o jargão burocrático. b. Não cabe falar em um padrão oficial de linguagem, mas apenas na escrita clara e correta, em harmo- nia com normas gramaticais. c. A impessoalidade e a uniformidade dos textos ofi- ciais são avessas a uma evolução da língua. d. Quando se dirige a destacadas e reconhecidas autoridades, cabe empregar-se o adjetivo Ilustrís- simo diante do cargo da pessoa invocada. 38. Ainda com base no Manual de Redação da Presi- dência da República, 3ª edição, assinale a opção cor- reta a respeito das características gerais dos tipos de comunicação oficial. a. Em uma mensagem emitida pelo Presidente da República, é preciso identificar nome e cargo do emissor, abaixo de sua assinatura, assim como ocorre nas demais correspondências. b. Quando o cargo do destinatário requer o tratamen- to como Vossa Excelência, o campo de endere- çamento, logo após a data e antes do assunto, inicia-se com Ao Excelentíssimo Senhor ou À Excelentíssima Senhora. c. Ao emitir comunicações oficiais, os órgãos do Po- der Judiciário estão dispensados de indicar nome e cargo do emissor abaixo de sua assinatura. d. Junto à data, logo após a identificação do docu- mento, indica-se a cidade de origem, mas não a sigla da unidade da federação. 39. No que se refere às características fundamentais da redação oficial, assinale a opção correta. a. Concorrem para a clareza do texto não apenas a prática e a revisão atenta, mas também a uniformi- dade, a concisão e a impessoalidade. b. A formalidade estipula o respeito a padrões de construção do texto e à objetividade, mas conde- na a simplicidade pelo risco de empobrecer a lin- guagem. c. A concisão preceitua a redução da quantidade de palavras como uma forma de economia linguística e de conteúdo. d. Para obter precisão na linguagem, deve-se prefe- rir a linguagem comum, no sentido de empregar vocabulário de conhecimento geral, e deve-se descartar o emprego de linguagem técnica. 40. Assinale a opção correta de acordo com as carac- terísticas formais e linguísticas dos documentos oficiais. a. O envelope que traga comunicação oficial endere- çada a um Deputado Federal deverá ser preenchi- do conforme o modelo abaixo. A Vossa Excelentíssima o Senhor Deputado (nome do Deputado) Câmara dos Deputados 70165-900 Brasília – DF 10 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa b. É correta a seguinte identificação de um ofício en- viado pela Secretaria-Geral da Presidência da Re- pública: OFÍCIO N° 375/2020/SG-PR. c. Em comunicação endereçada a um Juiz de Direi- to, o tratamento correto será “Vossa Excelência”, o vocativo será “Excelentíssimo Senhor Juiz,”, e o endereçamento iniciará com “Ao Senhor Juiz”. d. Para ser aceito como documento original, o e-mail deve ser enviado com cópia para autoridades au- tenticadoras. 41. Levando em consideração as características for- mais e linguísticas do ofício, assinale a opção correta. a. É correto assim iniciar um ofício: Tendo em vista às recentes falhas de processamento de dados, vimos solicitar a substituição de alguns equipa- mentos ultrapassados em nosso setor. b. O ofício que um mesmo remetente envia com igual teor para diversos destinatários é chamado de ofí- cio conjunto. c. Os campos destinados às margens laterais es- querda e direita do ofício devem ter 1,5 cm de lar- gura, pelo menos. d. O texto do ofício deve ter cor preta e será impres- so em papel branco, reservando-se cores para gráficos e ilustrações. 42. O chefe do setor de compras de um órgão público recebeu, em 3/11/2020, o OFÍCIO No 21, em que eram solicitadas cópias dos documentos referentes às com- pras efetuadas por esse setor no terceiro trimestre do ano. Levando em consideração essa situação hipoté- tica e as disposições do MRPR acerca da linguagem dos textos oficiais, assinale a opção que apresenta uma maneira correta, clara e concisa de se introduzir o texto do ofício de resposta a ser elaborado pelo funcio- nário responsável pelo referido setor. a. Em atendimento tempestivo ao pedido ora recebi- do por meio do OFÍCIO N° 21, de 3/11/2020, envio, em anexo, a totalidade dos extratos de despesas com compras realizadas por este departamento no terceiro trimestre do ano corrente. b. Sendo prestimoso à solicitação feita, envia-se, anexo a esta missiva, a relação integral de todos os extratos de compras feitas por este setor no pe- ríodo correspondente ao terceiro trimestre do ano 2020. A tempo: a correspondência que fez a solici- tação do envio desses documentos a este setor foi o OFÍCIO N° 21, de 3/11/2020. c. Atendendo o OFÍCIO N° 21, de 3/11/2020, enca- minho anexas as cópias dos documentos de com- pras efetivadas por este setor no terceiro trimestre deste ano. d. Em atenção ao pedido recebido por este setor, envio, em anexos, cópias dos extratos solicitados. Veja-se os anexos com os devidos detalhes. 43. A respeitodo correio eletrônico na comunicação oficial, conforme o Manual de Redação da Presidência da República, 3ª edição, assinale a opção correta. a. O e-mail que encaminha arquivos deve trazer in- formações mínimas sobre o conteúdo dos anexos. b. Por ser uma comunicação eletrônica direta, o e- -mail dispensa algumas formalidades na lingua- gem e admite um tom coloquial. c. Como pressupõe uma comunicação de rotina e maior proximidade entre emissor e receptor, o e- -mail dispensa o preenchimento do campo “As- sunto”. d. Embora possa gozar de certa liberdade no uso da linguagem, o e-mail deve seguir estritamente o pa- drão de formatação do ofício. Considere a correspondência oficial hipotética a seguir para responder às questões 44 e 45. 44. Considerando que o signatário do expediente te- nha a mesma hierarquia dos seus destinatários, é cor- reto afirmar que: a. caso a comunicação em apreço fosse dirigida ao Ministro de Estado que chefia o ministério em questão, seria obrigatório o emprego da expres- são “Sua Excelência” no vocativo do texto. b. o emprego do fecho “Respeitosamente” está ade- quado porque a comunicação destina-se a autorida- des de mesmo nível hierárquico do emissor do texto. c. a correção gramatical seria prejudicada caso, no parágrafo 1, o trecho “informá-los de que” fosse substituído por informar-lhes que. d. por se tratar de comunicação entre um único reme- tente e todas as unidades do Ministério, o texto ante- rior pode ser classificado como OFÍCIO CIRCULAR. 11 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 45. Ainda a respeito da correspondência hipotética anterior, é correto afirmar: a. Deveria ser empregado o acento indicativo de cra- se no início do destinatário: “A todas as unidades do Ministério”. b. O campo “Assunto” deveria estar todo em negri- to, desde o título (Assunto) até o texto após dois- -pontos. c. O emprego de “neste”, primeiro parágrafo, está inadequado ao padrão gramatical. d. O parágrafo quatro contém saudação respeitosa que condiz com a situação comunicativa interna entre o signatário e os destinatários. 12 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa GABARITO 1. b 2. b 3. d 4. a 5. b 6. d 7. a 8. b 9. c 10. a 11. d 12. b 13. a 14. b 15. d 16. b 17. c 18. c 19. b 20. a 21. c 22. c 23. b 24. a 25. d 26. d 27. b 28. c 29. a 30. c 31. d 32. b 33. a 34. d 35. b 36. c 37. b 38. d 39. a 40. b 41. d 42. c 43. a 44. d 45. b 13 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa https://questoes.grancursosonline.com.br 14 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa TEXTO Fernando Moura Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 8. TEXTO I 1 A expressão “violência obstétrica” ofende médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de imperícia ou negligência médi- cas. Trata-se de uma afirmação infundada. O que 5 aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grá- vida e forçada pela equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas feministas como de violência obstétrica. Não é verdade. A 10 violência obstétrica manifesta-se de várias formas no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em cada mulher insultada verbalmente, porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe ofe- recem analgesia. Na violência sexual sofrida em 15 atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodu- ção assistida. No uso de fórceps, na proibição de doulas ou pessoas de confiança na sala de parto. Na cesárea como indicação médica para o parto seguro. A verdade é que a violência obstétrica é 20 uma forma de desumanização das mulheres. Débora Diniz e Giselle Carino, Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019 (com adaptações). 1. As autoras do Texto I consideram que a. a violência obstétrica ocorre em casos isolados de atuação inadequada de médicos. b. a violência obstétrica não só existe como também compromete e desumaniza a vida reprodutiva de mulheres. c. a expressão “violência obstétrica” ofende médicos por forçar profissionais de saúde a realizar proce- dimentos ilegais. d. a cesária é procedimento obstétrico mais seguro para a mulher grávida. Letra b. Os trechos “...dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas feministas como de violência obstétrica. Não é verdade. A violência obstétrica manifesta-se de várias formas no ciclo de vida reprodutiva das mulheres” e “A verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres” confirmam essa opção como correta. As demais subvertem os sentidos e os argumentos do texto. 2. Quanto ao gênero, pode-se classificar o texto como a. crônica narrativa. b. artigo de opinião. c. autobiografia. d. alegoria crítica. Letra b. Trata-se de texto dissertativo-argumentativo (tipo) estruturado em forma de artigo de opinião (gênero com função social, publicado geralmente em jornais, revistas ou “blogs”, com a intenção de discutir um assunto por meio de opinião explícita, como ocorre no texto: “A verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres”. 3. No texto, o trecho “O que aconteceu com a bra- sileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado pelas fe- ministas como de violência obstétrica” permaneceria gramaticalmente correto e com seu sentido original caso a. uma vírgula fosse inserida logo após “brasileira”. b. a vírgula empregada após “Adelir Gomes” fosse substituída por ponto e vírgula. c. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e após “vontade” fossem suprimidas. d. as vírgulas empregadas após “Adelir Gomes” e após “vontade” fossem substituídas por traves- sões ou parênteses. Letra d. Trata-se de estrutura sintática que explica o antecedente “a brasileira Aldelir Gomes”, o que permite o emprego de entrevírgulas, travessões ou parênteses. GABARITO COMENTADO 15 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 4. Seria mantida a correção gramatical do texto se o segmento “porque”, em “Em cada mulher insultada verbalmente, porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia”, fosse subs- tituído por a. porquanto b. conquanto c. entretanto d. haja visto que Letra a. No texto, a conjunção “porque”, com valor causal, apenas admite a substituição por “porquanto”. Destaque-se que o registro correto é “haja vista que”, também com valor causal. Não existe a forma “haja visto que”. 5. No texto , a forma pronominal “lhe”, em “... porque sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia”, faz referência a a. “Adelir Gomes”. b. “cada mulher insultada verbalmente”. c. “feministas”. d. “ciclo de vida reprodutiva das mulheres”. Letra b. O pronome “lhe” pode ser substituído por “a ela” e tem como referente “cada mulher insultada verbalmente”. 6. Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho do tex- to: “Trata-se de uma afirmação infundada”. Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada mantém os sentidos originais e a correção gramatical do texto. a. Isso se trata de uma afirmação que não tem fun- damento. b. Isso trata-se de uma afirmação inconsistente. c. Isso corresponde à uma afirmação injustificada. d. Isso corresponde a uma asserção insustentável. Letra d. Isso (o que foi mencionado) corresponde a uma asserção (afirmação) infundada (insustentável). Destaque-se que o verbo “tratar-se” não pode apresentar sujeito, a não ser que se retire a palavra “se”. 7. Em “No uso de fórceps, na proibição de doulas ou pessoas de confiança na sala de parto”, a palavra destacada significa a. assistentes de parto. b. enfermeiras. c. ginecologistas. d. parentes. Letra a. Doulas são assistentes de parto, sem terem necessariamente formação médica. Acompanhama mulher durante a gestação, com foco no bem-estar dela. 8. Em “Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de imperícia ou negligência médicas”, o ter- mo destacado exerce função sintática de a. complemento verbal direto. b. sujeito. c. adjunto adnominal. d. predicativo do sujeito. Letra b. O verbo “existir” é pessoal: “Dizem o fenômeno não existir” (ordem direta). O termo destacado é sujeito de “existir”. Leia o texto a seguir para responder às questões de 9 a 12. TEXTO II � Lindaura, a recepcionista do analista de Bagé ― segundo ele, “mais prestimosa que mãe de noiva” ―, tem sempre uma chaleira com água quente pronta para o mate. O analista gosta de oferecer chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “char- lar passando a cuia, que loucura não tem micró- bio”. Um dia entrou um paciente novo no consul- tório. � ― Buenas, tchê ― saudou o analista. ― Se aban- que no más. � O moço deitou no divã coberto com um pelego, e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva nova. O moço observou: � ― Cuia mais linda. � ― Cosa mui especial. Me deu meu primeiro pa- ciente. O coronel Macedônio, lá pras banda de Lavras. � ― A troco de quê? ― quis saber o moço, chupan- do a bomba. 16 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa � ― Pues tava variando, pensando que era metade homem e metade cavalo. Curei o animal. � ― Oigalê. � ― Ele até que não se importava, pues poupava montaria. A família é que encrencou com a bosta dentro de casa. � ― A la putcha. � O moço deu outra chupada, depois examinou a cuia com mais cuidado. � ― Curtida barbaridade. ― Também. Mais usada que pronome oblíquo em conversa de professor. � ― Oigatê. � E a todas estas o moço não devolvia a cuia. O analista perguntou: � ― Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho? � ― É esta mania que eu tenho, doutor. � ― Pos desembuche. � ― Gosto de roubar as coisas. � ― Sim. � Era cleptomania. O paciente continuou a falar, mas o analista não ouvia mais. � Estava de olho na sua cuia. � ― Passa ― disse o analista. � ― Não passa, doutor. Tenho esta mania desde piá. � ― Passa a cuia. � ― O senhor pode me curar, doutor? � ― Primeiro devolve a cuia. � O moço devolveu. Daí para diante, só o analista tomou chimarrão. E cada vez que o paciente es- tendia o braço para receber a cuia de volta, ganha- va um tapa na mão. Luís Fernando Veríssimo (com adaptações). 9. Sobre o texto, é incorreto afirmar que a. apresenta como protagonista um psicanalista gaú- cho que não leva jeito para cuidar da saúde mental das pessoas. b. há algumas palavras típicas do vocabulário gaú- cho, como “piá” (menino), “charlar” (conversar), “oi- galê” e “oigatê” (que denotam espanto e surpresa). c. corresponde a um apólogo regional. d. apresenta, em sua estrutura, quanto à fala das personagens, o discurso direto. Letra c. O apólogo é um gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo especialmente objetos, seres inanimados ou irracionais, que também assumem ações humanas. Ex.: conversa entre a linha e a agulha. Não é o caso do texto anterior. Trata-se de uma crônica narrativa. 10. No trecho “O moço deitou no divã coberto com um pelego, e o analista foi logo lhe alcançando a cuia com erva nova”, a vírgula a. separa orações coordenadas com sujeitos diferen- tes e evita ambiguidade. b. separa orações subordinadas com sujeitos dife- rentes e evita tautologia. c. tem a função de enfatizar a primeira oração e evi- tar circunlóquio. d. não pode ser substituída por ponto e vírgula, por desencadear ambiguidade. Letra a. A vírgula separa orações coordenadas com sujeitos diferentes. Perceba que a vírgula evita ambiguidade: “O moço deitou no divã coberto com um pelego e o analista...” (sem a vírgula, poder-se-ia entender “divã coberto com um pelego e o analista”). 11. Em “Mas o que é que lhe traz aqui, índio velho?”, as duas ocorrências da palavra “que” correspondem, respectivamente, a a. pronome interrogativo e conjunção integrante. b. pronome relativo e pronome relativo. c. conjunção integrante e pronome interrogativo. d. pronome interrogativo e partícula expletiva. Letra d. A forma culta corresponde a “Que o traz aqui, índio velho?”. A primeira ocorrência é pronome interrogativo indefinido. Observe que a estrutura “é que” pode ser eliminada sem prejuízo morfossintático (partícula expletiva ou de realce). 12. Em “O senhor pode me curar, doutor?”, destaca- ram-se, respectivamente, do ponto de vista sintático, a. sujeito, objeto indireto, vocativo. b. sujeito, objeto direto, vocativo. c. vocativo, objeto direto, aposto. d. sujeito, objeto indireto, aposto. Letra b. O termo “O senhor” é sujeito da locução verbal “pode curar”, cujo verbo principal é transitivo direto e exige objeto direto (“me”). O termo “doutor”, que serve para chamar alguém, é, sem dúvida, vocativo. 17 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa Leia o texto a seguir para responder às questões de 13 a 15. TEXTO III 1 A dignidade humana é característica inerente a todas as pessoas e tem por objetivo colocá-las a salvo de qualquer ato discricionário, seja qual for o agente, e protegê-las de ausência de condições 5 mínimas de sobrevivência. É da própria essência do ser humano ser dotado dessa condição e quali- dade. Estar desprovido desse manto protetor des- titui o ser humano da capacidade de subsistência e da convivência social. 10 Essa é a razão pela qual a dignidade da pessoa humana passa a ser considerada o prin- cípio constitucional norteador das demais normas, porque deve ele se sobrepor a qualquer outro inte- resse – seja social ou econômico. 15 Apesar de toda essa evolução sistemática dos textos normativos, capazes de servirem de abrigo aos direitos fundamentais, com afasta- mento de qualquer outro que intimide o seu pleno exercício, não é possível olvidar-se de que as 20 transformações experimentadas pela sociedade, por conta do desenvolvimento industrial e tecno- lógico, bem como as regras do mercado podem abalar sensivelmente a defesa intransigente desses princípios constitucionais. 25 A evolução do capitalismo e o avanço tecno- lógico geram a necessidade de criação de direi- tos que possam regrar, de modo harmônico, essa dicotomia, a fim de preservar não só o ser humano, mas, também, o próprio sistema, que, se não for 30 regulado, pode autodestruir-se. � Diante dessas considerações, é possível con- cluir que a ordem constitucional brasileira erigiu a dignidade humana como pressuposto fundamen- tal, inafastável e norteador de todos os demais 35 diplomas legais. Nádia Regina de Carvalho, Revista Âmbito Jurídico, 2015. 13. Com base nas informações presentes no texto, assinale a opção correta. a. Segundo o texto, a dignidade humana é imanente a todo ser humano, tem como escopo protegê-lo e constitui princípio constitucional norteador de to- das as demais leis. b. Conforme o texto, a dignidade humana é extrínse- ca a todo ser humano, tem como finalidade prote- gê-lo e constitui princípio constitucional orientador de todas as demais leis. c. Consoante o texto, a dignidade humana é antina- tural a todo ser humano, tem como objetivo prote- gê-lo e constitui princípio constitucional definidor de todas as demais leis. d. De acordo com o texto, a dignidade humana é anódina a todo ser humano, tem como intenção protegê-lo e constitui princípio constitucional trans- cendente de todas as demais leis. Letra a. Segundo o texto, a dignidade humana é imanente (= inerente) a todo ser humano, tem como escopo (= objetivo) protegê-lo e constitui princípio constitucional norteador de todas as demais leis. 14. Com base nas estruturas linguísticas do texto, as- sinale a opção correta. a. Em “Essa é a razão pela qual a dignidade da pes- soa humana passa a ser considerada o princípio constitucional norteador das demais normas”, os termos destacadosdesempenham igual função sintática. b. O terceiro parágrafo abre-se com um adjunto ad- verbial de concessão deslocado, o que justifica o emprego da primeira vírgula. c. No terceiro parágrafo, o verbo “olvidar-se” pode ser substituído por “duvidar-se”, sem prejuízo para o sentido original do texto. d. Em “... não é possível olvidar-se de que as trans- formações (...) podem abalar sensivelmente a de- fesa intransigente desses princípios constitucio- nais”, a palavra “se” tem a função de indeterminar ou generalizar o sujeito. Letra b. a) Errado. Em “Essa é a razão pela qual a dignidade da pessoa humana (a pessoa humana tem dignidade/relação subjetiva = adjunto adnominal) passa a ser considerada o princípio constitucional norteador das demais normas” (que norteia as demais normas/relação completiva = complemento nominal), os termos destacados desempenham diferentes funções sintáticas. b) Certo. O terceiro parágrafo abre-se com um adjunto adverbial de concessão deslocado, o que justifica o emprego da primeira vírgula: “Apesar de toda essa evolução sistemática dos textos normativos,”. c) Errado. No terceiro parágrafo, o verbo “olvidar- se” pode ser substituído por “esquecer-se”, sem prejuízo para o sentido original do texto. d) Errado. Em “... não é possível olvidar-se de que as transformações (...) podem abalar sensivelmente a defesa intransigente desses princípios constitucionais”, a palavra “se” tem a função de parte integrante do verbo ou pronome fossilizado. O verbo “olvidar” foi empregado em sua forma pronominal. 18 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 15. Em “Apesar de toda essa evolução sistemática dos textos normativos...”, a opção cujo conectivo não mantém o sentido do destacado no trecho é: a. A despeito de b. Malgrado c. Em que pese a d. Em razão de Letra d. Todas as locuções prepositivas e preposições acidentais indicadas nas opções têm valor concessivo, exceto a locução prepositiva “Em razão de”, que apresenta valor causal. GRAMÁTICA Eliane Fontana TEXTO I 1 “Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. 5 A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estra- tégias. � Quem supera a crise, supera a si mesmo sem 10 ficar “superado”. � Quem atribui à crise seus fracassos e penú- rias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. � A verdadeira crise, é a crise da incompetência. 15 O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. � Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise 20 não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. � Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é 25 a tragédia de não querer lutar para superá-la.” Albert Einstein Para responder às questões de números 16 a 20, baseie-se no texto anterior. 16. Assinale a opção em que o verbo destacado está empregado no mesmo tempo e modo verbal da frase a seguir: “O inconveniente das pessoas e dos países é a espe- rança...” a. “Acabemos de uma vez com a única crise amea- çadora,” (último parágrafo). b. “É na crise que se aflora o melhor de cada um.” (6º parágrafo). c. “...que as coisas mudem,” (1º parágrafo). d. “Em vez disso, trabalhemos duro.” (último pará- grafo). Letra b. O verbo foi grafado no tempo presente do modo indicativo. 17. No trecho “ ... porque a crise traz progressos.”, o elemento coesivo destacado, para estar de acordo com o padrão culto, e não refletir alteração de sentido no contexto, pode ser substituído por: a. contudo b. conquanto c. pois d. então Letra c. O termo destacado é uma conjunção coordenada explicativa, logo pode ser substituída por “pois”, que possui a mesma classificação. 18. A expressão sublinhada, que é responsável pela flexão do verbo em negrito, pode ser vista em: a. Falar de crise é promovê-la. b. Sem crise não há mérito. c. É na crise que nascem as invenções, os descobri- mentos e as grandes estratégias. d. Quem supera a crise, supera a si mesmo. Letra c. A expressão sublinhada constitui sujeito composto posposto. Quando o sujeito composto está posposto ao verbo, há dupla possibilidade de concordância: ou o verbo fica no plural, estabelecendo concordância com ambos os elementos, ou fica no singular, se o núcleo mais próximo for singular. 19. Mantendo a correção gramatical, a oração pode ser reescrita com a seguinte alteração: a. Falar de crise é promovê-la – falar de crise é pro- mover a ela. b. Sem crise não há desafios, – Sem crise não exis- tem desafios. 19 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa c. ...e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. – Ela se calar é exaltação sobre o conformismo. d. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias – Seus fracassos e penúrias são atribuídos a crise. Letra b. Verbo haver, no contexto dado, tem sentido de existir – é impessoal. Na ocasião, pode ser substituído por “existem”, verbo pessoal, flexionado no plural, para estabelecer concordância com o núcleo do sujeito – desafios. 20. Considere as afirmativas a seguir: I – No quinto parágrafo, a frase “A verdadeira crise, é a crise da incompetência.” possui um desvio sintático. II – Na oração “Acabemos de uma vez com a úni- ca crise ameaçadora”, último parágrafo, o su- jeito gramatical é inexistente. III – As palavras “angústia” (l. 5) e “incompetência” (l. 14) recebem acento gráfico em decorrência da mesma regra gramatical – proparoxítonas. Estão incorretas as afirmações: a. II e III. b. I, II e III. c. I e II. d. I e III. Letra a. No item I, resposta correta, há um desvio sintático de pontuação. Não se separa núcleo do sujeito do verbo. No item II, resposta errada, o sujeito gramatical existe, contudo está elíptico. Não está escrito, mas é facilmente percebido por meio da desinência do verbo “Acabemos”, ou seja, “Acabemos (nós)...”. No item III, resposta errada, as palavras são acentuadas pela mesma regra por se tratarem de paroxítonas – palavras acentuadas na penúltima sílaba. Para as questões de 21 a 25, baseie-se na norma culta da língua. 21. Está incorreto o emprego do elemento destacado na frase: a. Dar-vos-ei o prazer que de mim aguardais. b. Após a morte de meu marido, eu não pensara em casar-me de novo, mas não tive ânimo de recusar. c. Quanto aos golpes o qual lhe infligiu, é até certo ponto desculpável. d. À nossa chegada, o rei de Mihrage, a quem fui apresentado, perguntou-me quem eu era. Letra c. O termo em destaque é pronome relativo – elemento anafórico. Retoma um referente dentro do próprio período, e deve concordar em número e gênero com ele. No caso em questão, o referente é o termo “golpes”, logo duas possibilidades seriam adequadas: “que” ou “os quais” precedidos de preposição. 22. A ocorrência do sinal indicativo de crase justifica- -se apenas na frase: a. Ali, a primeira coisa que fiz foi dar grandes esmo- las aos pobres e comecei à desfrutar a imensa ri- queza trazida e ganha com tanto trabalho. b. Tinha unhas aduncas e compridas como às garras das grandes aves. c. À vista de tão honroso gigante, perdemos os sen- tidos. d. Desejo, respondeu, que à vossa vida tenha longa duração. Letra c. A expressão “À vista” deve receber crase obrigatória, por se tratar de locução circunstancial com núcleo feminino. 23. O período que está pontuado de acordo com os preceitos da gramática é: a. Então, aqui está ele, o quarto bastião, aqui, está, o lugar terrível, de fato, horroroso! b. O capitão, depois de me escutar atentamente, reconheceu-me por fim. Deus seja louvado!,ex- clamou, abraçando-me. c. Os mercadores, então correndo aos ninhos, obri- gam-nas por gritos a afastar-se e pegam, os dia- mantes presos aos pedaços de carne. d. O dia, surgindo, impôs silêncio, a Sherazade, que prosseguiu sua história na noite seguinte. Letra b. O capitão, depois de me escutar atentamente, (1) reconheceu-me por fim. (2) Deus seja louvado! (3) , exclamou, (4) abraçando-me (5). (1) Vírgulas foram usadas para isolar adjunto adverbial temporal, intercalado, de longa extensão; (2) O ponto final foi usado para indicar o final do período; (3) O ponto de exclamação foi usado na frase optativa com sentido de admiração; (4) As vírgulas foram usadas para isolar termo explicativo; (5) O ponto final foi usado para marcar a pausa final do período. 20 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 24. Assinale a opção que corresponde à presença de erro gramatical na oração. a. Confesso que, expondo-nos a fúria das ondas, a fim de sacrificá-lo à sua cólera. b. Após terminar sua detestável refeição, deitou-se de costas e adormeceu. c. Permita-me beber um copo de alguma coisa – acrescentou, insistentemente. d. Tenho um irmão, grão-vizir do sultão do Egito, como eu tenho a honra de ser do sultão deste reino. Letra a. Existe erro de regência na construção. A crase na expressão “à fúria das ondas” é obrigatória. No trecho “...expondo-nos a fúria das ondas...”, o verbo expor, verbo transitivo direto e indireto, solicita uma preposição obrigatória para o seu complemento e a palavra “fúria” está particularizada por meio de outros termos, logo o uso do determinante artigo também é obrigatório. 25. Nos seguimentos destacados a seguir, a única substituição incorreta por um pronome correspondente está na opção: a. Deu-me o céu uma filha única e linda. – Deu-ma ... b. Mas até agora não decidi ceder a vaga. – ... cedê-la c. Admira a mim que sejas ousado. – Admira-me... d. O gênio não lançou terríveis gritos. – ... lançou-lhe. Letra d. O verbo lançar é transitivo direto. Há, também, erro de colocação pronominal. O pronome correto para substituição deve ser “os”. A reescrita correta da oração é: O gênio não os lançou. GRAMÁTICA Claiton Natal Ostra feliz não faz pérola 1 Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, macias, que representam as delícias dos gastrô- nomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, paellas, sopas. Sem defesas 5 – são animais mansos –, seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não acontecesse, a sua sabedoria as ensinou a fazer casas, con- chas duras, dentro das quais vivem. Pois havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas 10 ostras. Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra 15 solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...”. Não era depres- são. Era dor. Pois um grão de areia havia entrado 20 dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas 25 e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto can- tava seu canto triste, o seu corpo fazia o traba- lho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia, passou por ali um pescador com 30 o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pes- cador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram 35 num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofre- dora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa. Isso é verdade para 40 as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, leva- vam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não 45 existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em 21 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa comédia. Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sen- timento trágico da vida, não sucumbiram ao 50 pessimismo. A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capa- zes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A 55 felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. Esses são os artis- tas. Beethoven – como é possível que um homem 60 completamente surdo, no fim da vida, tenha pro- duzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa... (Rubem Alves) 26. Considerando os aspectos semânticos e morfos- sintáticos, assinale a alternativa incorreta. a. No trechos “a sua sabedoria as ensinou a fazer casas” (linha 7), o pronome ‘sua’ delimita o signifi- cado do substantivo “sabedoria”, funcionando, na oração em que ocorre, como um termo acessório. b. A oração “que eram ostras felizes” (linhas 10-11) é sujeito da forma verbal “Sabia-se” (linha 10). c. No trecho “As ostras felizes se riam dela e diziam” (linha 17), a retirada do pronome “se” mantém a correção gramatical do trecho. d. A substituição de “enquanto” (linha 26) por à me- dida que prejudica a correção gramatical do texto. Letra d. d) Celso Cunha assinala: As proporcionais iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. Na estrutura “Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho”, há clara simultaneidade entre os eventos das orações. Dessa forma, podemos substituir o conectivo “enquanto”, empregado com valor proporcional, por à medida que (locução conjuntiva proporcional). 27. Na frase “Sabia-se que eram ostras felizes por- que de dentro de suas conchas saía uma delicada me- lodia” (linhas 10 a 12), a conjunção em negrito pode ser adequadamente substituída por: a. conquanto b. porquanto c. posto que d. por conseguinte Letra b. A conjunção “porque” possui valor causal. Observe os principais conectivos causais. Causais (orações subordinadas adverbiais): porque, como (porque), pois, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, porquanto. 28. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo átono, segundo a Gramática Normativa, não pode ser empregado na posição enclítica. a. “a sua sabedoria as ensinou a fazer casas” (linha 7). b. “As ostras felizes se riam dela e diziam” (linha 17). c. “eles não se entregaram ao pessimismo” (linhas 51- 52). d. “mas a torna suportável” (linha 54). Letra c. Lembre-se: quando não houver palavra atrativa, poderemos empregar o pronome na posição proclítica ou enclítica. Observe que, somente na alternativa “c”, há fator de atração. Dessa forma, o advérbio “não” obriga a utilização do pronome na posição proclítica. 29. No trecho “Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia” (linhas 42 a 44), o termo em destaque exprime a ideia de: a. causa. b. consequência. c. oposição. d. contraste. Letra a. Caro(a) aluno(a), a expressão em destaque traduz a ideia de causa. Note que a preposiçãoda expressão equivale aos termos causais: devido a, em razão de, por causa de. 22 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 30. Assinale a opção que indica o adjetivo que é clas- sificado como adjetivo de relação. a. Podem ser comidas cruas (linha 3). b. seriam uma presa fácil dos predadores (linhas 5-6) c. saía uma delicada melodia, música aquática (li- nha 12) d. com uma substância lisa (linhas 25-26) Letra c. O examinador da Fundação Getúlio Vargas tem cobrado, nas últimas provas, a nomenclatura “adjetivo de relação”. Os alunos têm me perguntado, com certo estranhamento, o que é um adjetivo de relação. Vamos, então, defini-lo. Os adjetivos de relação são nomes qualificadores derivados de substantivo. São registrados geralmente após o substantivo e não admitem graus de intensidade. Adjetivo Substantivo relacionado Lei áurea ouro Grêmio estudantil estudante Amor materno mãe Problema renal rim Música aquática água 31. Está gramaticalmente correta a redação da se- guinte frase: a. Sabiam-se que eram ostras felizes porque de den- tro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto grego- riano. b. O seu corpo sabia que para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. c. O pescador se alegrou, levou-lhes para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. d. Para eles, não havia; como havia, para os cristãos, um céu em que a tragédia seria transformada em comédia. Letra d. a) Deve-se empregar a forma verbal “Sabia-se” no singular, pois há sujeito oracional. “Sabia-se” = voz passiva sintética. “que eram ostras felizes” = sujeito oracional. b) Como o trecho “para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava” está intercalado, deve-se inserir uma vírgula imediatamente antes do “que”. c) Em “levou-lhes”, há erro de regência. Esclareço: o verbo levar é transitivo direto; então, o pronome “lhes” deve ser substituído por “as” (objeto direto). Base teórica O uso dos pronomes oblíquos átonos está aliado à regência. a, as, o, os = objeto direto lhe, lhes = objeto indireto me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto indireto. Não lhe vejo mais. (incorreto) Não o vejo mais. (correto) Não te vejo. (correto) Acato, mas não o obedeço. (incorreto) Acato, mas não lhe obedeço. (correto) Acato, mas não te obedeço. (correto) d) Alternativa correta. 32. No trecho “bastava envolvê-lo com uma subs- tância lisa” (linhas 25-26), a oração em destaque exer- ce a função de: a. objeto direto. b. sujeito. c. adjunto adverbial. d. predicativo. Letra b. A oração “envolvê-lo com uma substância lisa” exerce a função de sujeito da forma verbal “bastava”. Pergunto: o que bastava? Resposta: envolvê-lo com uma substância lisa. 33. Na forma sublinhada, o verbo encontra-se na voz passiva e atende plenamente às normas de concor- dância em: a. Não seria fácil, de fato, que viessem a se equili- brar, na cabeça de um jovem cronista de hoje, os valores de sua experiência pessoal com os de sua comunidade. b. Observando hoje essas cidades, seus únicos luga- res onde se vivem bem são aqueles espontâneos. c. Sabem-se que os padrões de beleza para os gre- gos estão atrelados a uma visão específica de equilíbrio. d. De resto, os elementos dessa arte difícil de se pen- sar o pensado te irá sendo ensinado pelo ofício. Letra a. 23 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa a) Alternativa correta. A forma verbal “viessem a se equilibrar” está na voz passiva sintética e estabelece concordância como sujeito passivo “os valores de sua experiência pessoal”. b) Não há voz passiva, e a forma verbal “se vivem” deve ser empregada na terceira pessoa do singular, visto que o pronome “se” é índice de indeterminação do sujeito. c) A forma verbal “Sabem-se” deve ser substituída por “Sabe-se”, pois ela possui sujeito oracional. d) Como o núcleo do sujeito da estrutura de voz passiva é “elementos”, deve-se empregar “irão sendo ensinados”. 34. O verbo entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na se- guinte frase: a. Nas contradições insolúveis, configuram-se os di- lemas que (incitar) a nossa capacidade de refle- xão e de escolha. b. Aos indivíduos que vivem de utopias (restar) ava- liar o peso que pode advir de muitas frustrações. c. Àqueles que alimentam convicções partidárias (cumprir) seguir linhas de ação já definidas. d. Aos homens sábios não (atormentar), nos dias do presente, a infelicidade de um futuro tormentoso. Letra d. Lembre-se de que o verbo concorda com o núcleo do sujeito. Importante! O núcleo do sujeito não vem preposicionado. Dessa forma, descartamos, em razão de os termos em destaque estarem preposicionados, as alternativas “b” e “c”. Na alternativa “a”, a concordância deve ser estabelecida com o vocábulo “dilemas”, que é antecedente do pronome relativo “que”. 35. Ambos os elementos sublinhados constituem exemplos de uma mesma função sintática na frase: a. Quanto mais gente é presa, mais insuportáveis se tornam as condições na cadeia. b. Elas são o resultado lógico de décadas de desca- so para com a política penitenciária. c. Pode haver alguma coisa mais tola, me diga, que a maneira de viver desses homens que deixam a prudência de lado? d. Vivem ocupados para poder viver melhor. Letra b. a) adjunto adnominal / adjunto adverbial. b) adjuntos adnominais. c) adjunto adnominal / adjunto adverbial. d) predicativo do sujeito / adjunto adverbial. REDAÇÃO OFICIAL Márcio Wesley 36. Considerando as características formais e linguísti- cas dos expedientes oficiais, em conformidade com o Ma- nual de Redação da Presidência da República (MRPR), 3ª edição, 27/12/2018, assinale a opção correta. a. A exposição de motivos é uma modalidade de correspondência destinada à comunicação oficial entre os Ministros de Estado, e deles com o Presi- dente da República. b. O vocativo que se aplica a correspondências diri- gidas a Governadores é Vossa Excelência ou Sua Excelência, conforme o caso. c. A escolha do fecho adequado para saudação final, em comunicações oficiais, leva em conta a hie- rarquia entre o cargo do remetente e o cargo do destinatário. d. Os parágrafos de um ofício são sempre numera- dos, exceto o primeiro. Letra c. a) Errada. A exposição de motivos é empregada apenas na comunicação entre um ou mais Ministros de Estado (remetentes) e o Presidente da República (destinatário). Não é empregada na comunicação entre Ministros de Estado. Segundo o MRPR, entre Ministros de Estado, emprega-se o ofício. b) Errada. O vocativo em questão é “Senhor Governador,” (seguido de vírgula). Este é o padrão dos vocativos: “Senhor + Cargo,”. As expressões “Vossa Excelência” e “Sua Excelência” não são vocativos; são pronomes de tratamento que se aplicam corretamente aos Governadores, segundo o MRPR. Empregaremos “Vossa Excelência” quando nos dirigimos à própria pessoa, e empregaremos “Sua Excelência” quando falamos sobre a pessoa em questão para outra pessoa. c) Certa. A escolha do fecho leva em conta a hierarquia: quando a hierarquia do destinatário é superior à hierarquia do remetente, deve-se empregar o fecho “Respeitosamente,”; quando a hierarquia do destinatário é igual ou inferior à hierarquia do remetente, deve-se empregar o fecho “Atenciosamente,” (ambos seguidos de vírgula). d) Errada. A numeração de parágrafos é feita quando o ofício tem três ou mais parágrafos; nesse caso, todos recebem número, inclusive o primeiro parágrafo. Quando o ofício tiver somente um ou dois parágrafos, nenhum deles recebe número. 24 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa 37. Com base nodisposto no Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), 3ª edição, assinale a opção correta. a. A linguagem empregada em comunicações oficiais segue certa tradição com padrões de vocabulário, como o jargão burocrático. b. Não cabe falar em um padrão oficial de linguagem, mas apenas na escrita clara e correta, em harmo- nia com normas gramaticais. c. A impessoalidade e a uniformidade dos textos ofi- ciais são avessas a uma evolução da língua. d. Quando se dirige a destacadas e reconhecidas autoridades, cabe empregar-se o adjetivo Ilustrís- simo diante do cargo da pessoa invocada. Letra b. a) Errada. A linguagem tende a seguir uma certa tradição, mas não se trata de empregar jargão burocrático. Esse jargão contém expressões de compreensão restrita que atrapalham a compreensão dos textos e, assim, prejudicam o princípio da clareza e da publicidade das correspondências oficiais. b) Certa. Segundo o MRPR, de fato, não existe um padrão oficial de linguagem. O que existe é o emprego da língua portuguesa em seu padrão gramatical. c) Errada. De acordo com o MRPR, a correspondência oficial não é avessa (não é resistente) à evolução da língua, mas goza de menor liberdade do que a literatura ou a área jornalística. d) Errada. O adjetivo Ilustríssimo está abolido. Deve- se manter a formalidade apenas com os devidos pronomes de tratamento “Senhor”, “Senhora”, “Vossa Excelência” etc. 38. Ainda com base no Manual de Redação da Presi- dência da República, 3ª edição, assinale a opção cor- reta a respeito das características gerais dos tipos de comunicação oficial. a. Em uma mensagem emitida pelo Presidente da República, é preciso identificar nome e cargo do emissor, abaixo de sua assinatura, assim como ocorre nas demais correspondências. b. Quando o cargo do destinatário requer o tratamen- to como Vossa Excelência, o campo de endere- çamento, logo após a data e antes do assunto, inicia-se com Ao Excelentíssimo Senhor ou À Excelentíssima Senhora. c. Ao emitir comunicações oficiais, os órgãos do Po- der Judiciário estão dispensados de indicar nome e cargo do emissor abaixo de sua assinatura. d. Junto à data, logo após a identificação do docu- mento, indica-se a cidade de origem, mas não a sigla da unidade da federação. Letra d. a) Errada. A mensagem é correspondência emitida apenas pelo Presidente da República para enviar comunicados ao Poder Legislativo. Segundo o MRPR, “a mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.” Ou seja, o Presidente da República assina a mensagem, mas não aparece, abaixo da assinatura, o seu nome nem o seu cargo. b) Errada. O campo de endereçamento iniciar-se-á com A Sua Excelência o Senhor; na linha seguinte constará o nome da pessoa; outra linha terá o cargo; outra linhas com o endereço. c) Errada. Somente correspondência assinada pelo Presidente da República pode conter assinatura, sem indicar nome e cargo logo abaixo. d) Certa. Conforme o MRPR, indica-se a cidade sem a sigla da unidade federativa (Salvador, sem indicar “BA”; Manaus, sem indicar “AM”). 39. No que se refere às características fundamentais da redação oficial, assinale a opção correta. a. Concorrem para a clareza do texto não apenas a prática e a revisão atenta, mas também a uniformi- dade, a concisão e a impessoalidade. b. A formalidade estipula o respeito a padrões de construção do texto e à objetividade, mas conde- na a simplicidade pelo risco de empobrecer a lin- guagem. c. A concisão preceitua a redução da quantidade de palavras como uma forma de economia linguística e de conteúdo. d. Para obter precisão na linguagem, deve-se prefe- rir a linguagem comum, no sentido de empregar vocabulário de conhecimento geral, e deve-se descartar o emprego de linguagem técnica. Letra a. a) Certa. O Manual de Redação da Presidência da República (MRPR) estipula mesmo que a clareza é obtida pela prática e pela revisão atenta, mas também pelo respeito à uniformidade (padrão de formatação ajudam a obter a clareza), à concisão (economia de palavras contribui para a clareza) e à impessoalidade (ausência de impressões pessoais ajuda a ser claro). b) Errada. A formalidade estipula, sim, padrões de construção do texto e objetividade, mas não condena a simplicidade. Pelo contrário, a simplicidade é bem-vinda e deve ser buscada; não significa empobrecimento da linguagem. 25 www.grancursosonline.com.br 2° Simulado Múltipla Escolha Língua Portuguesa c) Errada. A concisão não é uma forma de economia de conteúdo. A concisão significa a capacidade de expressar o máximo de conteúdo relevante, com um mínimo de palavras. d) Errada. No atributo da precisão, o MRPR não condenou a linguagem técnica: O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por: a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto. 40. Assinale a opção correta de acordo com as carac- terísticas formais e linguísticas dos documentos oficiais. a. O envelope que traga comunicação oficial endere- çada a um Deputado Federal deverá ser preenchi- do conforme o modelo abaixo. A Vossa Excelentíssima o Senhor Deputado (nome do Deputado) Câmara dos Deputados 70165-900 Brasília – DF b. É correta a seguinte identificação de um ofício en- viado pela Secretaria-Geral da Presidência da Re- pública: OFÍCIO N° 375/2020/SG-PR. c. Em comunicação endereçada a um Juiz de Direi- to, o tratamento correto será “Vossa Excelência”, o vocativo será “Excelentíssimo Senhor Juiz,”, e o endereçamento iniciará com “Ao Senhor Juiz”. d. Para ser aceito como documento original, o e-mail deve ser enviado com cópia para autoridades au- tenticadoras. Letra b. a) Errada. No envelope, escrevemos o endereçamento do destinatário. Esse endereçamento é o mesmo que consta na primeira página do ofício, logo após a data e antes do campo Assunto. A forma correta da primeira linha é: A Sua Excelência o Senhor. As demais linhas estão corretas. b) Certo. O nome da correspondência fica todo em letras maiúsculas (OFÍCIO), a palavra “número” fica abreviada com “N°” maiúsculo com o símbolo de ordinal (°), a numeração do documento pode ter ou não o zero à esquerda (375) – a proibição de zero à esquerda ocorre na indicação de dia e mês; o ano é indicado mesmo com quatro dígitos (2020), o órgão emissor é indicado pela sua sigla (SG-PR). c) Errada. O tratamento está correto. O vocativo deve ser apenas “Senhor Juiz,” (seguido de vírgula), o endereçamento iniciará com “A Sua Excelência o Senhor”. Para cargos tratados como “Vossa Excelência”, o endereçamento se inicia assim. d) Errada. De acordo com o MRPR: Nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os parâmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. 41. Levando em consideração as características for- mais e linguísticas do ofício, assinale a opção correta. a. É correto assim iniciar um ofício: Tendo em vista às recentes falhas de processamento de dados, vimos solicitar a substituição de alguns equipa- mentos ultrapassados em nosso setor. b. O ofício que um mesmo remetente envia com igual teor para diversos destinatários é chamado de ofí- cio conjunto. c. Os campos destinados às margens laterais es- querda e direita do ofício devem ter 1,5 cm de lar- gura, pelo menos. d. O texto do ofício deve ter cor preta e será impres- so em papel branco, reservando-se cores para gráficos e ilustrações. Letra d. a) Errada. Ocorreu um erro gramatical no uso do sinal de crase em “às recentes falhas...”; esse termo exerceu função sintática de objeto direto para a forma verbal “tendo”; por isso, inicia-se sem preposição e, portanto, sem sinal de crase.
Compartilhar