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Metabolismo energético - Pâncreas

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Metabolismo energético - Pâncreas 1
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Metabolismo energético - 
Pâncreas
Fase Digestória
Os combustíveis entram no corpo por meio da dieta durante a fase digestória
Combustíveis
Monossacarídeos (glicose, frutose e galactose)
Ácidos graxos livres de cadeia longa (AGLs)
Aminoácidos (AAs)
Etanol
A insulina regula todos os aspectos do metabolismo nessa fase
A glicose é o principal combustível utilizado para produção de energia durante essa 
fase
Combustível universal, pois a maioria das células pode
importar glicose por meio de transportadores bidirecionais facilitadores 
(GLUT)
aprisionar e ativar a glicose importada convertendo-a em Glicose-6-fosfato 
pela atividade de hexocinases (a G6F não passa pelos transportadores 
GLUT, ficando aprisionada, e é um substrato para várias vias enzimáticas)
metabolizar G6F em piruvato pela via glicolítica, que produz pequena 
quantidade de ATP sem requerer mitocôndrias ou O2
Células sem/com poucas mitocôndrias : fermentam o piruvato em 
lactato e exportam o lactato como resíduo; são absolutamente 
dependentes de glicose para produzir energia
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Células com mitocôndria: converte o piruvato em acetil CoA (piruvato 
desidrogenase), condensa o acetil CoA com oxaloacetato, formando 
citrato, que é ciclado pelo ciclo de Krebs de volta em oxaloacetato. 
Esse metabolismo libera CO2 como resíduo e produz GTP, FADH2 e 
NADH. O FADH2 e o NADH são usados pelo sistema de transporte de 
elétrons e pela fosforilação oxidativa para produzir quantidades 
relativamente grandes de ATP, por meio de um processo dependente 
de O2
O encéfalo só é capaz de usar glicose, pois não tem capacidade nenhuma de 
oxidar AGLs e capacidade limitada de usar o lactato, corpos cetônicos (CCs) e 
AAs como combustível
Por isso a manutenção da glicemia acima de um determinado limiar 
mínimo é absolutamente necessária para evitar sintomas relacionados ao 
SNC, como na hipoglicemia ( náuseas, sudorese) e neuroglicopenia 
(disfunção cognitiva, perda da coordenação motora), caso a glicemia 
continue caindo. Então, durante as fases interdigestória e de jejum, o 
metabolismo do corpo deve manter a glicemia acima de 60 mg/dL e menor 
que 100 mg/dL, para evitar reações secundárias induzidas pela glicose e 
desequilíbrios osmóticos
A glicose é continuamente consumida pelos eritrócitos e pelo encéfalo em todas as 
fases metabólicas
Os hepatócitos, os miócitos esqueléticos e os adipócitos usam primariamente a 
glicose apenas durante a fase digestória
Hepatócitos: expressam GLUT2, que não é regulado pela insulina para sua 
inserção na membrana celular
Convertem parte da glicose importada, que está na forma de G6P, em 
glicogênio, durante a fase digestória. Conseguem armazenar apenas uma 
capacidade limitada.
Convertem o excesso de glicose em AGL por meio do processo de 
lipogênese de novo (LDN) - lipase hormônio sensível. Esses AGLs são 
esterificados em glicerol-3-fosfato (G3P) para formar triglicerídeos (TG), 
que se acumulam como TG intra-hepático durante a fase digestória. Um 
Metabolismo energético - Pâncreas 3
acúmulo excessivo de TG intra-hepático pode resultar em resistência à 
insulina
Miócitos esqueléticos e adipócitos: expressam GLUT4; a insulina induz a 
translocação de GLUT4 para a membrana celular, pois inicialmente a GLUT4 
está armazenada em vesículas em um estado intracelular inativo.
Os miócitos esqueléticos convertem parte da glicose importada, que está 
na forma de G6P, em glicogênio, durante a fase digestória
Os AAs são usados em várias vias anabólicas para regenerar moléculas 
degradadas, inculindo outros AAs, proteínas, nucleotídeos e ácidos nucleicos, 
glutationa e lipídeos complexos
Os AGLs são o tipo de combustível mas eficiente em termos de moléculas de ATP 
produzidas, competindo eficazmente com a utilização de glicose pelas mitocôndrias
Altos níveis de AGLs durante a fase digestória
Promovem um aumento na glicose de maior magnitude e duração, 
contribuindo para a hiperglicemia → a maior parte dos AGLs é impedida de 
entrar na circulação pela sua reesterificação em TG e acondicionamento 
em quilomícrons no interior do enterócito intestinal → os quilomícrons são 
secretados, entram nos vasos linfáticos e, depois, entram no sangue → 
quilomícrons transportam os AGLs, na forma de TG, até o tecido adiposo 
por meio da corrente sanguínea → AGLs são liberados por meio da lipólise 
e importados pelos adipócitos → nos adipócitos são reesterificados como 
TG intracelular para armazenamento
Fase de Jejum
Os hepatócitos, miócitos esqueléticos e adipócitos atuam de forma integrada na 
fase de jejum para manter níveis séricos de glicose adequados, fornecendo 
substratos de energia alternativa para cada tipo de célula
O anabolismo geral da fase digestória muda para um catabolismo geral durante a 
fase de jejum
Manutenção da glicemia durante a fase de jejum:
Produção de glicose hepática
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Baseada em duas vias metabólicas:
Processo catobólico rápido de glicogenólise: conversão de G6P em 
glicose, por meio da enzima glicose-6-fosfatase (G6Pase), presente 
nos hepatócitos. Assim a glicose pode sair da célula por meio de uma 
GLUT.
Dura relativamente pouco, pois o suprimento de glicogênio no 
fígado se esgota em 8 horas
Via gradual da gliconeogênese: apesar de iniciar mais lentamente 
durante o jejum, persiste mais tempo sem interrupção em relação à 
glicogenólise.
Requer precursores: lactato, AAs gliconeogênicos e glicerol
Lactato é produzido continuamente pelo eritrócitos e pelas 
fibras musculares esqueléticas durante exercício (normalmente 
ocorre nas fases interdigestória e de jejum), embora grande 
parte seja utilizada pelo músculo esquelético aeróbio e pelo 
músculo cardíaco durante o exercício
Os TG do interior dos adipócitos sofrem lipólise e liberam AGL 
e glicerol
Liberação de AAs ocorre mediante uma proteólise líquida geral 
que ocorre durante o jejum
O glicerol e os AAs gliconeogênicos são liberados e circulam até o 
fígado, onde são utilizados para gliconeogênese
A gliconeogênese requer uma integração das vias catabólicas nos 
adipócitos e miócitos esqueléticos com a gliconeogênese anabólica 
nos hepatócitos
Eventualmente, a gliconeogênese suplanta a glicogenólise e pode 
continuar enquanto os precursores fluem para o fígado.
Preservação da glicose
Deixar de utilizar a glicose como combustível e passar a usar um 
combustível não gliconeogênico na maioria dos tipos de células, mas 
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especialmente no músculo esquelético, que é o maior consumidor isolado 
de glicose
A captação da glicose pelo músculo esquelético e pelos adipócitos é 
reduzida, pois a GLUT4 fica no estado intracelular inativo dentro das 
vesículas na fase de jejum
Combustíveis não gliconeogênicos (não podem ser usado para a 
gliconeogênese pelo fígado): AGLs e CCs
AGLs são liberados depois do acondicionamento dos TG intra-
hepáticos em lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) pelos 
hepatócitos
Os CCs são produzidor pelos hepatócitos a partir da Acetil CoA, que se 
origina dos AGLs e dos AAs cetogênicos, que se tornam abundantes 
durante a fase do jejum
Metabolismo catabólico dos adipócitos → lipólise dos TG armazenados → 
liberação de AGLs → AGLs são importados pelos hepatócitos, que os 
utilizam para produzir Acetil CoA → níveis elevador de Acetil CoA 
intramitocrondrial no hepatócito → suprimento amplo de carbono para a 
síntese de ATP, para inibir a conversão de piruvato em Acetil CoA, 
para promover a conversão do piruvato em oxaloacetato para 
gliconeogênese, para promover a síntese de CCs
Em situações de jejum prolongado, o SNC pode começar a usar os CCs 
para produzir energia, poupando ainda mais glicose para os eritrócitos. 
Nessa situação, células com mitocôndrias usam CCs e AGLs para produzir 
ATP, sobretudo o músculo esquelético
Glucagon e catecolaminas controlam
Glicogenólise
Gliconeogênese
Lipogênese
Cetogênese hepática
Produção de VLDLpelo fígado durante o jejum
Metabolismo energético - Pâncreas 6
Baixos níveis de glicose → baixos níveis de insulina → remoção da inibição pela 
insulina na secreção do glucagon → aumento da relação entre os níveis circulantes 
de glucagon e insulina
Células-alvo:
Hepatócitos são as principais células-alvo do glucagon, que controla 
diretamente as reações listadas acima. Também expressam os receptores 
Beta2 e Alfa1-adrenérgicos, de modo que a norepinefrina, da inervação 
simpática, e a epinefrina, da medula adrenal, podem reforçar as ações do 
glucagon
Adipócitos expressam receptor para glucagon e receptores Beta2 e Beta3-
adrenérgicos, que respondem às catecolaminas em reação à hipoglicemia, 
esforço ou determinados estresses
Músculo esquelético não é alvo do glucagon, mas responde à estimulação das 
catecolaminas, pois expressam receptores Beta2-adrenérgicos. Esse tecido 
ainda é muito responsivo ao Ca++ intracelular, que aumenta durante esforço 
físico, e ao aumento na proporção AMP:ATP, que ativa a AMP quinase
As vias suprarreguladas durante o jejum são opostas pelas vias dependentes de 
insulina, que estão mais ativas durante a fase digestória → atenuação da 
sinalização da insulina contribui para a capacidade dos hepatócitos, miócitos 
esqueléticos e adipócitos de apresentarem uma resposta integrada aos desafios 
metabólicos da fase de jejum
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Hormônios Pancreáticos nas diferentes fases 
metabólicas
Ilhotas pancreáticas constituem o pâncreas endócrino
Células Beta (75% das células) produzem insulina
Células Alfa (10% das células) produzem glucagon
O fluxo sanguíneo para as ilhotas é um tanto autônomo do fluxo sanguíneo 
para o tecido pancreático exócrino circundante (passa das células beta que 
predominam no centro da ilhota para as células alfa e delta, que predominam 
Metabolismo energético - Pâncreas 8
na periferia). Assim as primeiras células afetadas pela insulina circulante são 
as células alfa, inibindo a secreção do glucagon
Insulina
CARACTERÍSTICAS
Principal hormônio anabólico que domina a regulação do metabolismo durante a 
fase digestória
Hormônio proteico que pertence à família de genes que inclui os fatores de 
crescimento semelhantes à insulina dos tipos I e II (IGF-I e IGF-II) e a relaxina
O gene da insulina codifica a pré-pró-insulina → a insulina é sintetizada como 
pré-pró-insulina, que é convertida em pró-insulina à medida que o hormônio entra 
no retículo endoplasmático → a pró-insulina é acondicionada no aparelho de Golgi 
em grânulos secretores ligados à membrana
Pró-insulina: sequência AA da insulina + peptídeo C
As proteases que clivam a pró-insulina são acondicionadas com a pró-insulina no 
interior das vesículas secretoras: a proteólise separa o peptídeo C e produz o 
hormônio maduro, que consiste em duas cadeias (uma cadeia alfa e uma cadeia 
beta, ligadas por duas pontes dissulfureto, além de uma terceira ponte dissulfureto 
que está contida na cadeia alfa)
A insulina é armazenada nos grânulos secretórios em cristais ligados ao zinco. 
Quando estimulado, o conteúdo do grânulo é liberado para o exterior da célula por 
exocitose.
São liberadas quantidades equimolares (1:1) de insulina madura e peptídeo C, 
juntamente com pequenas quantidades de pró-insulina
Peptídeo C não tem atividade biológica conhecida, mas é útil na avaliação da 
produção endógena de insulina → o peptídeo C é mais estável no sangue do que a 
insulina, facilitando sua dosagem e ajudando a distinguir a insulina de produção 
endógena da insulina injetada
Meia-vida: curta, dura cerca de 5 minutos e é rapidamente eliminada da circulação
A insulina é degrada pela enzima degradante da insulina (IDE ou Insulinase), 
presente no fígado, rins e outros tecidos
Metabolismo energético - Pâncreas 9
A insulina é secretada na veia porta hepática e, por isso, é exposta à IDE do fígado 
antes de entrar na circulação periférica: metade da insulina é degradada antes de 
sair do fígado → tecidos periféricos são expostos a concentrações 
significativamente menores de insulina sérica do que o fígado
Níveis séricos da insulina começam a aumentar dentro de 10 minutos da ingestão 
de alimentos e alcançam um pico em 30 a 45 minutos, reduzindo rapidamente a 
glicemia para valores basais
Hoje há disponibilidade da insulina humana recombinante e análogos da 
insulina, que possuem diferentes características de velocidade de início e duração 
de ação e atividade de pico
SECREÇÃO DA INSULINA
A glicose é o principal estímulo para a secreção de insulina
Etapas
1. Glicose entra nas células Beta das ilhotas pancreáticas pelo transportador 
GLUT2
2. A glicose é fosforilada em G6P pela hexoquinase de baixa afinidade, a 
glicoquinase. A glicoquinase é chamada de "sensor de glicose" da célula beta, 
pois a taxa de entrada de glicose está correlacionada com a taxa de 
fosforilação da glicose, que se relaciona diretamente com a secreção da 
insulina
3. O metabolismo da G6P pela glicólise, ciclo de krebs e fosforilação oxidativa, 
pelas células beta, aumenta a proporção intracelular ATP:ADP
4. Esse aumento na proporção intracelular ATP:ADP promove o fechamento de 
um canal de K+ sensível ao ATP
5. A membrana da célula beta é despolarizada
6. A despolarização abre canais de Ca++ acionados por voltagem
7. O aumento da concentração de Ca++ intracelular ativa a exocitose mediada 
por microtúbulos de grânulos secretores contendo insulina/pró-insulina
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EFEITO INCRETINA
Glicose ingerida tem maior efeito sobre a secreção de insulina do que a glicose 
injetada, devido à estimulação pela glicose se somar à dos hormônios 
incretinas do TGI
Hormônio incretina clinicamente relevante: peptídeo 1 semelhante ao glucagon 
(GLP-1), que é liberado pelas células L do íleo em resposta à glicose no lúmen 
ileal
O GLP-1 entra na circulação e se liga ao receptor GLP1 acoplado a 
proteína Gs nas células Beta
Via de sinalização GLP1R/Gs/Adenil Ciclase/PKA → amplifica os efeitos 
intracelulares do Ca++ na secreção de insulina
Metabolismo energético - Pâncreas 11
O GLP-1 é degradado rapidamente na circulação pela dipeptidil peptidase 
4 (DPP-4)
Vários AAs e a inervação colinérgica vagal (parassimpática) via receptor 
muscarínico 3 (MR3) estimulam a insulina pelo aumento da concentração de Ca++ 
intracelular
A secreção de insulina é atenuada pela regulação autonômica simpática via 
receptores alfa2-adrenérgicos: a ligação de norepinefrina e epinefrina aos 
receptores alfa2-adrenérgicos diminui o AMPc, possivelmente fechado os canais de 
Ca++
Essa inibição serve para proteger contra a hipoglicemia, especialmente durante 
o exercício
Receptores Beta2-adrenérgicos acoplados à proteína Gs presente nas células Beta 
desempenham um papel menor na promoção da secreção de insulina
Os antagonistas desses receptores (Beta-bloqueadores) se opões às ações da 
insulina no metabolismo geral e podem antagonizar as ações da insulina 
administrada nos diabéticos. Eles podem aumentar a gravidade dos episódios 
hipoglicêmicos em pacientes que estão recebendo insulina exógena
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Receptor de Insulina
Receptor de insulina (InsR) é um membro da família de genes receptor tirosina 
quina (RTK)
A maioria das ações da insulina no metabolismo envolve a ativação da proteína 
quinase Akt, que, por sua vez, tem ações pleiotrópicas (controlador de várias 
características a partir da expressão de um único gene) sobre o metabolismo 
celular
O InsR é expresso na membrana celular como um homodímero, com cada 
monômero contendo um domínio tirosina quinase no lado citosólico
1. A ligação da insulina ao receptor induz a fosforilação cruzada das subunidades 
do InsR
Metabolismo energético - Pâncreas 13
2. Os resíduos de fosfotirosina são então ligados pelas proteínas do substrato do 
receptor de insulina (IRS)
3. As próprias IRS são fosforiladas pelo InsR em tirosinas específicas, que então 
recruta a fosfoinositol-3-quinase(PI3K) para a proteína IRS ligada ao InsR
4. PI3K cinverte o PIP2 em PIP3. O PIP3 é um lipídio informacional que recruta 
proteínas para a membrana
5. O PIP3 recruta a proteína quinase Akt para a membrana celular, onde se torna 
ativada
6. Essa via orquestra diversas ações metabólicas da insulina nos hepatócitos, no 
músculo esquelético e nos adipócitos
Translocação do trasnportador GLUT4 para a membrana celular, 
possibilitando a entrada da glicose nos miócitos esqueléticos e adipócitos
Ativação das proteínas fosfatas, que regulam a atividade de várias enzimas 
metabólicas em todas as células-alvo da insulina
Ativação do complexo proteico alvo mecanicista do complexo rapamicina 
de mamífero 1 (mTORC1), que promove a síntese proteica e pode inibir a 
degradação proteica mediada por proteossomas nas células-alvo da 
insulina
Ativação do fator de transcrição proteína 1 ligadora do elemento de 
resposta ao esterol (SREBP1), que é importante para os efeitos da insulina 
no fígado, onde ela orquestra a glicólise e lipogênese de novo para a 
produção de fosfolipídios, AG e TG pela glicose e frutose ingeridas. A 
SREBP1 induz a enzima que catalisa a primeira reação no braço oxidativo 
da via da pentose fosfato (VPF), que produz a coenzima NADPH
A sinalização do InsR/Akt estimula a SREBP1 diretamente, bem como 
indiretamente, pela ativação do mTORC1, que também ativa a 
SREBP1.
Inativação do fator de transcrição FOXO1: a fosforilação mediada pelo Akt 
do FOXO1 promove a exclusão nuclear do FOXO1. Na ausência de 
sinalização da insulina/Akt, o FOXO1 induz a expressão de genes que 
codificam enzimas gliconeogênicas e proteínas envolvidas na montagem e 
exportação VLDL hepático
Metabolismo energético - Pâncreas 14
O InsR também promove a proliferação/renovação de algumas células-alvo 
pela via Ras/Raf/proteína quinase ativada pelo mitogênio (MAPK). A via MAPK 
também participa em parte na regulação metabólica
Glucagon
Principal hormônio contrarregulatório a aumentar os níveis séricos de glicose, 
principalmente por seus efeitos sobre a produção de glicose no fígado
Aumenta a oxidação de ácidos graxos intramitocondriais e a cetogênese nos 
hepatócitos
CARACTERÍSTICAS
Membro da família de genes secretina
Precursor: pré-pró-glucagon → abriga as sequências AA para o glucagon, GLP-1 e 
GLP-2
É clivado proteoliticamente na célula alfa de uma forma específica à célula para 
produzir o peptídeo glucagon
O glucagon circula em uma forma não ligada 
Meia-vida curta de cerca de 6 minutos
Local de degradação predominante é o fígado (80% em uma só passagem)
Como o glucagon entra na veia porta hepática e é levado ao fígado antes de 
alcançar a circulação sistêmica, uma grande porção do hormônio nunca chega 
a circulação sistêmica
O fígado é o principal órgão-alvo do glucagon, havendo efeitos menores nos 
adipócitos
O músculo esquelético não expressa receptor para glucagon
RECEPTOR
Receptor para o glucagon é um receptor acoplado à proteína Gs, que aumenta 
a atividade da adenilil ciclase, aumentando os níveis de AMPc e ativando a 
PKA
Assim, o glucagon exerce muitas ações rápidas pela sinalização da PKA, 
efeitos de transcrição pela fosforilação e ativação de fatores de transcrição 
Metabolismo energético - Pâncreas 15
como a proteína CREB
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO GLUCAGON
A proporção insulina-glucagon determina o efeito final das vias metabólicas sobre a 
glicemia
Estímulo importante para a secreção do glucagon é um declínio na glicemia, 
visto que a insulina inibe a secreção do glucagon. Assim, os baixos níveis 
séricos de glicose têm um efeito indireto sobre a secreção de glucagon pela 
remoção da inibição pela insulina
As catecolaminas circulantes, que inibem a secreção de insulina via receptores 
alfa2-adrenérgicos, estimulam a secreção de glucagon via receptores Beta2-
adrenérgicos
Os AAs séricos promovem a secreção de glucagon → uma refeição de proteína 
aumentará os níveis pós-prandiais de insulina e glucagon, enquanto que uma 
refeição de carboidratos estimula apenas a insulina

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