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Ebook__Síndrome de Down_EDUFMA

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Prévia do material em texto

Mundo Down
Cuidados com a Saúde Bucal em
cada etapa da vida
BRUNO BENATTI
ORGANIZADOR
BRUNO BRAGA BENATTI
Mundo Down
 
Cuidados com Saúde Bucal em cada
etapa da vida
SÃO LUÍS
2021
Copyright © 2021 by EDUFMA
Revisão
Prof. Dr.Bruno Braga Benatti
Projeto Gráfico
Adriana Passos Amaral
Joana Albuquerque Bastos de Sousa
Kátia Maria Martins Veloso
Paula Cristina Pereira Silva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
 Elaborada pela bibliotecária Eliziene Barbosa Costa – CRB 13/528
 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada em
um sistema de recuperação ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico,
mecânico, fotocópia, microfilmagem, gravação ou outro sem permissão do autor.
Mundo Down [recurso eletrônico]: cuidados com saúde bucal em cada etapa da vida / Bruno Braga
Benatti (organizador). — São Luís, EDUFMA, 2021.
 56 p.:il.
 Modo de acesso: World Wide Web
 ISBN: 978-65-89823-76-6
1. Saúde bucal – Síndrome de down. 2. Saúde bucal – Cuidados. 3. Síndrome de Down. I. Vilarinho,
Adriana. II. Benatti, Bruno Braga. III. Sousa, Joana Albuquerque Bastos de. IV. Veloso, Katia Maria Martins.
V. Silva, Paula Cristina Pereira. VI. Mouchrek, Monique. 
CDD 617.601
CDU 616.314:616.899
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Prof. Dr. Natalino Salgado Filho
Reitor
Prof. Dr. Marcos Fábio Belo Matos
Vice-Reitor
EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Prof. Dr. Sanatiel de Jesus Pereira
Diretor
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Luís Henrique Serra
Prof. Dr. Elídio Armando Exposto GuarçoniProf. Dr. André da Silva Freires
Prof. Dr. Jadir Machado Lessa
Profª. Dra. Diana Rocha da Silva
Profª. Dra. Gisélia Brito dos Santos
Prof. Dr. Marcus Túlio Borowiski Lavarda
 Prof. Dr. Marcos Nicolau Santos da Silva
Prof. Dr. Márcio James Soares Guimarães
Profª. Dra. Rosane Cláudia Rodrigues
Prof. Dr. João Batista Garcia
Prof. Dr. Flávio Luiz de Castro Freitas
Bibliotecária Suênia Oliveira Mendes
Prof. Dr. José Ribamar Ferreira Junior
Agradecemos aos nossos amados familiares, que mesmo em
meio as dificuldades vividas nesse momento de pandemia, nos
deram o suporte necessário para que dispuséssemos de
tempo para nos dedicar ao trabalho.
 
 
À EDUFMA, que viabilizou a editoração e publicação desse
projeto e a todos que direta ou indiretamente contribuíram para
a realização e conclusão dessa jornada. Obrigado.
AGRADECIMENTOS
EQUIPE
Kátia Veloso
Adriana Vilarinho Bruno Benatti
Joana Sousa
Paula Silva Monique Mouchrek 
Sabe-se que a saúde bucal está diretamente
relacionada a uma boa qualidade de vida e que as
pessoas com Síndrome de Down (SD) tem algumas
características específicas que tornam desafiador
manter esta saúde em nível adequado. 
Pensando nisso e buscando ajudá-los a cada vez
mais melhorarem sua qualidade de vida, criamos
esse e-book que visa difundir os cuidados
necessários para o estabelecimento de uma saúde
bucal desde a sua infância até a sua vida adulta.
SÚMARIO
08
Pré-Natal
16 17
21 25 30
534238
LegislaçãoIdosoFase Adulta
Adolescência
Amamentação
Alterações
bucais mais
prevalentes
Infância
Primeira
visita ao
Dentista
PRÉ
NATAL
A gestação é um dos períodos
da vida que mais requer
cuidados. Do impacto gerado
pela notícia até o dia do parto,
os futuros pais têm muitos
medos e dúvidas,
absolutamente normais e
esperadas com a chegada do
bebê.
O PRÉ NATAL consiste na
realização de um acompanhamento
completo da gestação. É um dos
passos mais importantes a serem
dados no momento da sua
confirmação, permitindo a
prevenção e a detecção precoce de
patologias da mãe e do bebê,
reduzindo os riscos para a gestante
e proporcionando o
desenvolvimento saudável do bebê. 
PRÉ NATAL
PRÉ NATAL
Vantagens do Pré Natal
1- Identificar patologias em estágio inicial ou em
evolução silenciosa, permitindo o uso de medidas
que evitem que danos mais sérios acometam mãe e
filho; 
2- Detecção de má formação e síndromes
fetais;
3- Avaliação da placenta e anexos;
4- Identificação da Pré-eclâmpsia, distúrbio que
ocasiona hipertensão, comprometimento das
funções renais e cerebrais na mãe, podendo
evoluir a óbito.
No Brasil, toda mulher tem direito a realizar seu pré
natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na Unidade
Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa,
recebendo o Cartão da Gestante, o calendário de
vacinas, a solicitação de exames de rotina, orientações
sobre a sua participação nas atividades educativas e o
agendamento de consulta médica para pesquisa de
fatores de risco.
VIVA O SUS
De acordo com o Movimento Down (2013), o Brasil possui
cerca de 270 mil pessoas com SD.
 Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro,
embora a média de vida das pessoas com SD seja de 50
anos, já são conhecidos indivíduos que sobrevivem 60 anos.
 
A Síndrome de Down (SD) ou Trissomia do 21, descrita
em 1866 por John Lang Down, é causada pela presença
de uma cópia extra do cromossomo 21, com incidência 
 de aproximadamente 1-2/1000 nascimentos vivos.
Síndrome de Down
KLUG et al. 2010
IMPORTANTE: após o nascimento, a confirmação
diagnóstica se dará pelo diagnóstico clínico e exame do
Cariótipo (estudo dos cromossomos). Esse exame revela,
ainda, o risco de recorrência da síndrome em uma nova
gestação, risco esse aumentado para mães acima de 40
anos.
 
 
Acompanhamento multidisciplinar durante toda
a vida;
 
Estimulo precoce das suas potencialidades;
 
Inclusão social combatendo o preconceito. 
 
 
O Ultrassom Morfológico Fetal, realizado entre 11 e 14
semanas, avalia a Translucência nucal e pode sugerir a
presença da síndrome, a ser confirmada pelos exames de
Amniocentese e Amostragem das vilosidades
coriônicas.
Exame Pré Natal
O bebê deverá ter acompanhamento médico 
desde cedo; 
Face arredondada e olhos oblíquos
Orelhas pequenas
Hipotonia muscular 
Macroglossia (língua grande)
Mãos menores, dedos mais curtos 
 Prega palmar única
 Estatura mais baixa
 Diabetes e o Hipotireoidismo;
Maior risco de infecções como a Otite;
Maior risco de Leucemia;
Déficit cognitivo com aprendizagem mais lenta.
ALTERAÇÕES SISTÊMICAS
ALTERAÇÕES FÍSICAS
Tendência a obesidade, distúrbios endócrinos como:
 
!
INFÂNCIA
AMAMENTAÇÃO
Algumas irfomações importantes acerca da
amamentação:
Contudo, alguns bebês com SD podem
ter dificuldades em conseguir se
alimentar logo no inicio da vida. Isso
pode ser consequência do tônus
muscular diminuído (HIPOTONIA)
nesses pacientes. 
Provoca risco maior de enfermidades
Hipotonia oral
Atraso no desenvolvimento muscular
da cavidade bucal
 Não Amamentar: 
Protege contra infecções e problemas
gastrointestinais
Estimula a coordenação oral para
sucção e deglutição
Estreita o laço afetivo entre a mãe e
filho, sendo fonte de prazer mútuo
Amamentar: 
A amamentação ajuda a fortalecer o
vínculo entre mãe e filho
Atenção:
Hipotonia
Pode levar a constipação intestinal
(PRISÃO DE VENTRE) crônica
O tecido muscular do
intestino grosso não
consegue realizar os
movimentos peristálticos
com força suficiente para
expelir as fezes
O leite materno é o melhor alimento para o
bebê. A mãe pode enriquecer a alimentação do
filho, na tentativa de melhorar os efeitos da
constipação, com alimentos ricos em : 
... Nesse caso: 
 Proteína Magra (frango, salmão..)
Frutas e verduras
Carboidratos integrais
Líquidos
A família é fundamental na
educação nutricional. É
através dela que se
transmite o primeiro
significado do ato de se
alimentar a partir de sua
construção social.
NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
Pacientes com SD apresentam problemas
nutricionais, como nutrição inadequada e uma
ingestão calórica dietética de baixa qualidade.
O Índice de Massa Corporal
(IMC) desses pacientes
representa maiores chances
de sobrepeso e obesidade.
ALTERAÇÕES BUCAIS
MAIS PREVALENTES
XEROSTOMIA
(Quantidade de saliva reduzida)
ATRASO NA ERUPÇÃO DOS DENTES
RESPIRAÇÃO BUCAL CRÔNICA
(Respiração pela boca)
PALATOOGIVAL
("céu da boca" mais profundo)
DENTES CONÓIDES
AGENESIA
 (ausência dos dentes
 vizinhos)
Outras alterações frequentes são Língua
fissurada e macroglossia (quando a língua se
apresenta com tamanho aumentado, resultado
da hipotonia).
Crianças com SD tem um menor controle
muscular da língua e lábios, devido a hipotonia
(fraqueza muscular), consequentemente podem
ter dificuldades para falar, comer e respirar.
Educação em Saúde Bucal,
incluindo as técnicas de
higiene bucal, devem ser
ensinadas precocemente 
a pacientes com SD.
Devem
ser levadas em consideração
 as deficiências motoras,
neurológicas e a necessidade da
prevenção 
das doenças bucais.
A não adesão dos pais ou responsáveis aos cuidados
com a higienização bucal pode comprometer ainda 
 mais a saúde bucal desses pacientes.
 
A primeira visita ao dentista deve ocorrer o quanto
antes, preferencialmente, a partir do nascimento dos
primeiros dentes.
O dentista irá:
Avaliar possíveis alterações em dentes ou mucosa,
bem como o tempo e ordem de erupção dentária;
 
Aconselhar a mãe sobre cuidados específicos; 
 
 Tornar o consultório um ambiente conhecido para a
criança. 
A higiene bucal supervisionada e o cuidado
redobrado são fundamentais, devido às limitações
motoras e à alta prevalência de doenças
periodontais. BERTHOLD et al. 2004
 
 Deve-se usar creme dental com
FLÚOR! 
Não importa o valor do creme
dental, o mais importante é a
técnica de escovação.
 
A PARTIR DA ERUPÇÃO DOS
PRIMEIROS DENTES
CUIDADOS COM A SAÚDE
BUCAL DA CRIANÇA
CABEÇA PEQUENA: melhor alcance dos
dentes posteriores
MUITAS CERDAS: facilita a escovação
CERDAS MACIAS: diminui as chances de
traumatismos
CERDAS DA MESMA ALTURA: reduz
traumas nos tecidos moles
TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO
PARA A CRIANÇA
Escove os dentes fazendo movimentos circulares ou
elipticos até terminar todos os dentes. 
ATENÇÃO: delicadamente
Escove a parte da frente e de trás
dos dentes (movimento de vassoura), a superfície de
mastigação (movimento de trem) e entre os dentes.
TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO
Posicione a escova de dente em uma angulação de 45°
em relação ao dente.
Escove a lingua do fundo para frente, para remover as
bactérias e evitar o mau hálito.
0 A 3 ANOS
Não deve ser adicionado açúcar aos
alimentos.
Adultos precisam escovar os dentes das
crianças nessa idade (Lembre-se que
criança não tem coordenação motora).
Use uma quantidade bem pequena de
creme dental com flúor.
Supervisione quando seu filho escovar os
dentes e, se necessário, dê uma reforçada
na escovação.
A quantidade e frequência de alimentos e
bebidas que contenham açúcar devem ser
reduzidas.
Seu filho deve escovar antes de dormir e
depois de pelo menos uma das refeições. 
Caso seja necessário, continue
supervisionando a escovação do seu filho.
RECOMENDAÇÕES PARA OS
PAIS
3 A 6 ANOS
A PARTIR DE 7 ANOS
 Estudos sugerem que
pessoas com SD têm menor prevalência de cárie.
Maior quantidade de
anticorpos específicos, maior
concentração de flúor nos
dentes e aumento do pH salivar
(ambiente neutro). 
Porém, a cárie é formada por
diversos fatores, dentre eles: 
Silva et al. 2020; Dioguardi et al. 2020
Atuam como 
agentes
protetores
SD E CÁRIE
POR QUÊ
Fluxo salivar, flúor, dieta
rica em carboidratos
fermentáveis, espécie
microbiana, composição e
capacidade de proteção
da saliva, higiene.
Classe social, atitudes,
comportamento,
conhecimento, renda e
escolaridade.
Além de ser modificada por: 
Descrição do Diagrama adaptado de Manji & Fejerskov (1990)
Sendo assim, o consumo de alimentos ricos
em açúcar precisa ser reduzido e a higiene
bucal necessita ser feita corretamente para
saúde de todos os tecidos bucais (dentes,
gengiva, língua, bochecha, palato).
Apesar da doença cárie não ser a
mais preocupante para as
pessoas com SD, por outro lado, a
doença periodontal é de extrema
relevância e será abordada a
seguir.
ADOLESCÊNCIA
ADOLESCÊNCIA 
 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
adolescência compreende o período de 10 aos 19 anos.
Nessa fase, há a necessidade da quebra gradual da
infantilização da pessoa com SD para que os pais
consigam um diálogo fácil a respeito das mudanças que
estão acontecendo e ainda acontecerão. 
Promover integração social e independência em
hábitos cotidianos (comer, vestir, tomar banho, escovar
os dentes) de maneira a romper barreiras e facilitar o
processo de conhecimento individual e do meio. 
Exercícios físicos
Boa alimentação
Escolaridade
Autonomia
Autocuidado
Socialização
Inclusão
ESTIMULAR
 Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down. Ministério da Saúde; 2013.
"Na adolescência, aspectos específicos relacionados à
maturação sexual devem ser observados, como o
aparecimento de acne, ganho excessivo de peso,
mudanças de humor e desordens tireoidianas."
Hemograma, dosagem de
Hormônio Estimulante da
Tireóide (TSH) e de
hormônios tireoidianos (T3 e
T4), glicemia de jejum,
triglicerídeos e lipidograma
podem tornar-se
necessários, então, com
maior frequência. 
Atenção especial deve ser
dada ao ganho de peso e as
desordens tireoidianas,
sendo assim, é
imprescindível o
acompanhamento médico. 
TORRES e LIMA (2016)
Pouco se considera a
respeito da sexualidade
das pessoas com
deficiência, pois muitos
acreditam que ela seja
inexistente.
Os pais de adolescentes com SD, por vezes, são o
obstáculo para que o filho obtenha educação sexual
(sobre IST’s, gravidez, métodos contraceptivos,
planejamento familiar e limites pessoais). 
MAS NÃO É!
... além disso: 
 
Homens e mulheres com SD têm taxas hormonais,
desenvolvimento sexual e evolução de características
secundárias semelhantes aos jovens sem a síndrome.
MOREIRA e GUSMÃO, 2002
CASTELÃO TB et al. 2003; BONONI et al. 2009; BASTOS e DESLANDES, 2012
Considerar os diferentes níveis de
maturidade e adequação, bem
como faixa etária. 
Desse modo, considerando as limitações, os pais
devem proporcionar aos filhos esse tipo de
educação ou permitir que um profissional o faça. 
EASTGATE, 2008; MOREIRA e GUSMÃO, 2002
A participação dos pais ou responsáveis
supervisionando e ajudando na higiene
bucal, bem como um bom
acompanhamento com o dentista e a
adoção de medidas preventivas, é essencial
para prevenir e controlar a doença
periodontal.
CUIDADOS COM A SAÚDE
BUCAL DO ADOLESCENTE
NUERNBERG et al. 2019; MUBAYRIK et al. 2016
Mas o que é 
doença
 periodontal?
Pacientes com SD são mais suscetíveis a
Doença Periodontal, principalmente antes
dos 30 anos.
 
 
A DP é caracterizada por uma desordem
inflamatória crônica e multifatorial. Divide-se em
gengivite (inflamação dos tecidos gengivais que
circundam o dente) e periodontite (inflamação que se
estende à crista óssea alveolar, ligamento periodontal e
cemento).
DOENÇA PERIODONTAL (DP)
Mas atenção, a doença periodontal
pode aparecer de forma precoce por
volta dos 6-7 anos de idade.
Fotos: Acervo dos autores
 
 
DOENÇA PERIODONTAL (DP)
FATORES DE RISCO LOCAL
O que pode provocar essa suscetibilidade
nesses pacientes? 
Higiene bucal inadequada
Presença de Cálculo dental 
Menor frênulo do lábio inferior
Morfologia dental alterada
Anormalidades no tecido gengival
Pouco osso alveolar
Características da saliva 
Agenesia (ausência dos dentes vizinhos)
 Microbiota bucal
Mas não podemos esquecer dos fatores de
riscos adicionais: Deficiência sistêmica e
imunológica desses pacientes.
 
 
MUBAYRIK et al. 2016; DIOGUARDI et al. 2020 
FASE 
ADULTA 
Maior chance de sofrer
com perdas dentárias
decorrentes de doença
periodontal
Na SD, a periodontite tem um início mais precoce,
apresentando um quadro mais severo e progressão
generalizada.
SAÚDE BUCAL DO ADULTO
NUERNBERG et al. 2019
Foto: Acervo dos autores
Em decorrência das alterações locais e sistêmicas
presentes nas pessoas com SD, estes,
independente da idade, devem redobrar os
cuidados com a saúde bucal. Sendo assim, alguns
cuidados são sugeridos:
CUIDADOS
GERAIS COM A
SAÚDE BUCAL
Os responsáveis devem acompanhar a higieneoral das crianças
Bons hábitos de higiene oral
Consultas regulares ao Dentista
Alimentação equilibrada
MUBAYRIK et al. 2016
modificações
 antecipadas
Senescência é o processo de
envelhecimento natural do ser humano
“(...) Algumas doenças e desgastes
fisiológicos/biológicos/metabólicos se apresentam bem
mais precocemente em pessoas com SD quando
comparado com a população em geral, o que permite a
inferência de que as pessoas com SD sofrem um processo
de envelhecimento precoce e atingem a idade senil
consideravelmente antes da população em geral (...)” 
Idade biológica e idade cronológica que não 
se equilibram 
ENVELHECIMENTO PRECOCE
senescência 
precoce
ROSA e MIRANDA, 2019; GENSOUS et al. 2020 
IDOSO
Autonomia para
atividade diárias e de
autocuidado
AUMENTO DA EXPECTATIVA
DE VIDA
Cuidado 
com a Saúde
do adulto e do
idoso
Estilo de vida
 saudável
Prevenção de
 doenças
DIABETES
Pacientes com SD têm 4 vezes mais chance de
desenvolver diabetes que pessoas sem SD. O
mais prevalente é o Diabetes Tipo 1, condição em
que o sistema imune ataca e destrói as células
produtoras de insulina no pâncreas.
No entanto, os pacientes com SD também
podem ter Diabetes Tipo II, principalmente
devido ao estilo de vida e hábitos não saudáveis.
 O tratamento dos pacientes com SD que têm
diabetes não deve ser diferente do tratamento de
pessoas sem síndrome. Entretanto, pacientes com
SD precisam ter maior monitoramento e supervisão.
Principais sintomas: 
Aumento da sede, urina
frequente, cansaço excessivo,
perda de peso e visão turva.
PERDA AUDITIVA
Pacientes com SD apresentam maior
prevalência de problemas auditivos e
sensoriais. Estima-se que mais de 60% dos
adultos apresentam algum grau de perda
auditiva.
Perda auditiva no idoso é chamada de
presbiacusia. É uma condição multifatorial causada
pela perda de audição natural proveniente do
envelhecimento.
Ocorre de forma progressiva em
ambos os ouvidos ao longo da vida.
Infelizmente os pacientes idosos com SD podem
ter problemas auditivos 30 ou 40 anos mais
cedo que pacientes sem SD.
DISFUNÇÕES DA TIREOIDE
A mais frequente disfunção da tireiode em 
 pacientes com SD é o hipotireoidismo (glândula
da tireoide pouca ativa).
Podem sentir mais cansaço,
engordam com mais facilidade,
apresentam reações físicas e
cognitivas mais lentas.
ou seja, produzem menos Tiroxina,
com isso: 
 A ocorrência dessas disfunções aumenta com a
idade, sendo transtornos provenientes dos
problemas autoimunes desses pacientes.
O Hipertiroidismo ( tireoide muito ativa) também
pode ocorrer, sendo bem menos comum, levando
a quadros de agitação, nervosismo, perda de peso
e palpitações cardíacas.
ALZHEIMER
Acredita-se que pelo menos 70% dos pacientes
com SD desenvolveram neuropatologia
compatível com a doença de Alzheimer
Pacientes com SD apresentam
maior prevalência de fatores de
risco genéticos para o Alzheimer.
Existem pacientes com SD que apresentam
comprometimento cognitivo antes dos 30
anos, enquanto outros mantém uma
estabilidade cognitiva até os 70 anos.
É uma doença degenerativa do cérebro que
compromete a memória , linguagem e o
comportamento de forma lenta progressiva. 
Masptone et al. 2020
MENOPAUSA
Quando a mulher para de menstruar de
forma definitiva, é denominado Menopausa. A
menopausa ocorre geralmente por volta dos
55 anos.
Quando chega a menopausa, a
mulher perde sua capacidade
reprodutiva. Podem aparecer
alguns sintomas indesejados.
A menopausa em mulheres com SD
tem um início mais precoce, em média
4 a 6 anos antes quando comparadas
com mulheres sem SD. 
ROSA e MIRANDA 2019; ESBENSEN, 2010
Menopausa
A menopausa é considerada fator de risco para
algumas doenças, tais como depressão, osteoporose,
câncer de mama e doenças cardíacas nas mulheres em
geral.
 Também está correlacionada com a época
de início do declínio cognitivo e demência em
mulheres com SD, bem como tem sido
associada com o início do Alzheimer.
ROSA e MIRANDA, 2019; ESBENSEN, 2010
Devido aos diversos problemas bucais, falta de
coordenação motora e a própria negligência
em relação a higiene bucal, esses pacientes
acabam tendo uma incidência maior de perdas
dentárias.
SAÚDE BUCAL DO IDOSO
Na busca pela recuperação da função
mastigatória, estética e da fonação, é crescente o
número de pacientes que usam próteses
removíveis.
Foto: Acervo dos autores
 
Porque o organismo diminui a produção de saliva
durante a noite, o que favorece o acúmulo de
bactérias no meio bucal.
Os pacientes que utilizam prótese removíveis
devem retirá-las antes de dormir.
PRÓTESE DENTÁRIA
Por quê?
Verhaeghe et al. 2016
As superfícies microporosas de uma dentadura de
acrílico fornecem uma ampla variedade de ambientes
para suportar microorganismos que podem ameaçar a
saúde de pacientes com dentadura fisicamente
vulneráveis.
Fo
to
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ce
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s
 
 Uma prótese mal higienizada pode ser o
foco do fungo Cândida albicans.
COMO HIGIENIZAR
A higiene das próteses previne a halitose, o
acúmulo de fungos e cálculo (tártaro) e
preserva sua estética.
 
1- Separe uma escova para sua prótese e um sabão
neutro;
2- Faça a escovação em toda a superfície da prótese; 
3- Uma vez por semana pegue a prótese e coloque
dentro de um copo (ex: copo americano) com 6
colheres de sopa de hipoclorito de sódio (água
sanitária) + 200 ml água filtrada e deixe agir por 10
minutos.
Fo
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A Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência possibilitou a
construção de políticas públicas visando à garantia,
promoção da autonomia, igualdade de
oportunidades e reafirmação dos direitos humanos
a partir do reconhecimento da deficiência como uma
característica da condição humana e não uma
limitação.
MARCOS INTERNACIONAIS E NACIONAIS
DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
2007
2011
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência - O Plano Viver sem Limite foi elaborado
com a participação de mais de 15 Ministérios e do
Conselho Nacional de Direitos da Pessoa com
Deficiência, ampliando o acesso e qualificando o
atendimento às pessoas com deficiência através de
inclusão, acessibilidade e atenção à saúde.
2015
CARDOSO, JS. Redes de Atenção à Saúde: rede de cuidados à pessoa com deficiência; 2017.
 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Essa lei busca assegurar e promover, em condições
de igualdade, o exercício dos direitos e das
liberdades constitucionais e fundamentais pela
pessoa com deficiência, objetivando a sua inclusão
social e cidadã.
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/9914
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência 
Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à
igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não
sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber
atendimento prioritário (...)
Art. 10° Compete ao poder público garantir a dignidade da
pessoa com deficiência ao longo de toda a vida.
Art. 14° O processo de habilitação e de reabilitação é um
direito da pessoa com deficiência.
Art. 18° É assegurada atenção integral à saúde da pessoa
com deficiência em todos os níveis de complexidade, por
intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário.
Art. 23° São vedadas todas as formas de discriminação
contra a pessoa com deficiência, inclusive por meio de
cobrança de valores diferenciados por planos e seguros
privados de saúde, em razão de sua condição.
Art. 27° A educação constitui direito da pessoa com
deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em
todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida (...)
Art. 92° É criado o Cadastro Nacional de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro
público eletrônico com a finalidade de coletar, processar,
sistematizar e disseminar informações georreferenciadas
que permitama identificação e a caracterização
socioeconômica da pessoa com deficiência, bem como
das barreiras que impedem a realização de seus direitos.
Estabeleceu pena de um a três anos de
reclusão, mais multa, para quem
prejudicar, impedir ou anular o
reconhecimento ou exercício de
direitos e liberdades fundamentais da
pessoa com deficiência.
 
 
Criou benefício assistencial para a pessoa com deficiência
moderada ou grave que ingresse no mercado de trabalho em
atividade que a enquadre como segurada obrigatória do
Regime Geral de Previdência Social.
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