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EXERCÍCIOS DE TGP

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Rede CNEC de Ensino Superior
Faculdade Cenecista Rio das Ostras
Credenciado pela Portaria MEC Nº. 2.302, de 26 de agosto de 2003
TEORIA GERAL DO PROCESSO*
PROFESSORA: CAMILA DE CASTRO BARBOSA BISSOLI DO BEM
EXERCÍCIOS
1) A respeito dos princípios informativos de direito processual civil e das leis processuais, assinale a opção correta. 
(A) O princípio do contraditório é absoluto e deve ser observado pelas partes e pelo juiz, sob pena de nulidade do processo. O juiz pode, de oficio, conhecer questões de ordem pública independentemente de provocação, mas o exame de oficio dessas questões deve ser precedido de plena participação das partes. Também pode o juiz conhecer da matéria independentemente de provocação, mas é necessário que ele a submeta à manifestação das partes antes de decidir.
(B) Quando entra em vigor, alterando alguns prazos processuais, a lei nova não atinge os processos em andamento e nenhum efeito tem sobre eles, alcançando somente os processos interpostos após a sua entrada em vigor. 
(C) No processo civil, compete às partes a iniciativa da instauração da relação processual e do seu desenvolvimento. Nesse caso, as provas só podem ser produzidas pelas partes, mas o juiz é soberano para analisá-las, devendo decidir de acordo com o seu livre convencimento, sem fundamentá-lo ou fundá-lo em qualquer dos meios probatórios, sobre a realização das provas requeridas pelas partes ou qualquer outra questão prejudicial ou incidente. 
(D) Resultam do principio da eventualidade tanto a preclusão temporal como a pro judicato. A preclusão temporal indica a perda da faculdade processual, pelo seu não uso dentro do prazo ou pelo fato de havê-la exercido. Segundo a preclusão pro judicato, com a decisão de mérito de uma questão, de direito disponível ou indisponível, nenhum outro juiz decidirá novamente a questão, que não pode ser objeto de qualquer outro julgamento judicial, ainda que em grau de recurso.
2) A redação do artigo 2º do Código de Processo Civil vigente "o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei", denota diretamente o princípio: 
(A) da legalidade. 
(B) da inércia da jurisdição.
(C) do juiz natural. 
(D) da ampla defesa. 
(E) do acesso à justiça.
QUESTÕES DISCURSIVAS
3) Quanto à função jurídica, diferencie legislação de jurisdição.
Na legislação se estabelece preceitos de caráter genérico e abstrato. Na jurisdição, define-se qual preceito genérico e abstrato se aplica a determinado caso concreto. A Jurisdição busca a pacificação do conflito que os envolve, com justiça. A relação jurídica é formada por aquelas pessoas a quem os preceitos abstratos foram dirigidos. Sendo assim, reconhece-se que nesta relação jurídica estão regulados não só os conflitos de interesse, mas também a cooperação entre as pessoas.
· Teoria dualista → cinge-se (incluir) direito material e processual → o direito material se realiza independentemente do processual → o processo não contribui para a formação das normas concretas → função atuar a vontade da lei no caso concreto → Chiovenda.
· Teoria unitária → o direito material e processual, não estão nitidamente cingidos → o comando de direito material é incompleto, necessitando da sentença para completar-se → scopo do processo é compor a lide → Carnelutti.
4) Explique os aspectos positivo e negativo da instrumentalidade do processo.
Toda a atividade jurídica do Estado busca a paz social, daí o processo ser instrumento a serviço da paz social. Aspecto positivo da instrumentalidade é a necessária efetividade do processo. Aspecto negativo da instrumentalidade do processo é que ele não é um fim em si mesmo, portanto, não pode ser alçado à categoria de gerador de direito, não podendo se sobrepor ou contrariar os desígnios do direito material. Isso se reflete na instrumentalidade das formas, que prevê que exigências formais do processo só devem subsistir se forem indispensáveis para o cumprimento dos fins desejados.
5) Disserte sobre o princípio da imparcialidade do juiz apontando sua relevância em relação ao processo e às partes.
A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, devendo o juiz colocar-se entre as partes e acima delas, sendo esta a primeira condição para que possa o magistrado exercer sua função jurisdicional. A imparcialidade do juiz é pressuposto para que a relação processual seja válida. Consiste em um posicionamento indiferente e distante do julgador – enquanto investido no poder de jurisdição - em relação ao que está sendo discutido e às partes.
6) O que se entende por igualdade processual?
O princípio da igualdade perante a lei, consistente no tratamento igual a situações iguais e tratamento desigual a situações desiguais. E ainda, a expressão paridade de armas ou igualdade de armas necessárias para o bom combate ou litigância processual entre adversários, uma forma de explicar a necessidade de que as partes, do início ao fim, tenham as mesmas condições, possibilidades e oportunidades para que possam obter uma decisão justa do órgão judicial.
7) Diferencie os princípios do contraditório e da ampla defesa. 
O contraditório é o direito à informação (comunicação processual – citação, intimação e notificação) para a posterior apresentação de sua versão, caso assim desejar. Já a ampla defesa trata do direito do acusado de usar de todos os meios lícitos para provar sua versão. Sendo assim, ampla defesa engloba o contraditório. Caso o contraditório não seja respeitado, há risco de nulidade do princípio da ampla defesa. Estes direitos estão garantidos na Constituição Federal.
8) “Voltado para a concepção democrática atual do processo justo, o CPC promoveu a evolução do contraditório, que passou a ser considerado efetivo apenas quando vai além da simples possibilidade formal de oitiva das partes”. A referida afirmação está correta? Explique fundamentadamente sua resposta.
Alternativa correta. Tanto na exposição de motivos, quanto nos artigos iniciais do NCPC (arts. 6º, 9º, 10), é possível vislumbrar a consagração do contraditório substancial, não mais formado apenas pelo binômio ciência + reação (contraditório formal), mas sim, pelo trinômio ciência + reação + poder de influenciar as decisões do juiz.
9) Explique o princípio da ação ou demanda e sua relação com a imparcialidade do juiz.
O Princípio da Demanda é também conhecido como Princípio da ação ou da iniciativa das partes, e indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. Entende-se por função jurisdicional - o poder que o Estado tem de aplicar a lei para resolver conflitos de interesses. Denomina-se ação - o direito de ativar os órgãos jurisdicionais, visando, com isso, a satisfação de uma pretensão. A jurisdição é inerte, sendo necessário, portanto, que as partes solicitem a prestação jurisdicional ao Estado. O Judiciário não age de ofício (ne procedat iudex ex officio), ou seja, não poderá decidir sem ser provocado. A inércia inicial é para garantir que o magistrado irá apreciar o litígio com total imparcialidade; pois, caso o juiz pudesse tomar a iniciativa da ação a sua neutralidade, com certeza, estaria comprometida.
10) Analise os casos hipotéticos apresentados, aplique o princípio pertinente e os explique:
a) Um juiz que cria obstáculos à participação das partes, infringe qual princípio? 
A doutrina brasileira importou do Direito europeu o princípio da cooperação (ou da colaboração), segundo o qual o processo seria o produto da atividade cooperativa triangular (entre o juiz e as partes). O princípio da cooperação propõe que as partes e o juiz devem colaborar entre si, de modo a construir um processo mais justo e efetivo. Vale salientar que se destaque que a concretização de tal princípio manifesta um interesse público, pois, ao evitar a surpresa, a decisão inesperada por qualquer das partes, aumenta-se a credibilidade na justiça e, por consequência, contribui-se para a segurança jurídica.
b) Igor é autor de um processo em que buscaa reparação por danos morais e materiais em face de Bruna. Em determinada fase do processo obteve informações e provas capazes de comprovar que o juiz responsável pela instrução processual é amigo íntimo da ré. Neste caso, o autor da ação poderá alegar que o juiz está ferindo qual princípio?
O princípio da imparcialidade. A primeira condição para que o juiz possa exercer sua função dentro do processo é a de que ele se coloque entre as partes e acima delas. A imparcialidade do juiz é pressuposto para que a relação processual seja válida. O órgão jurisdicional deve ser subjetivamente capaz.
11) Diferencie processo inquisitivo, acusatório e misto, apontando ainda, qual sistema é o adotado no Brasil?
Os princípios norteadores do sistema, advindos da Constituição Federal, possuem inspiração acusatória (ampla defesa, contraditório, publicidade, separação entre acusação e julgador, imparcialidade do juiz, presunção de inocência etc.)
O sistema Inquisitivo correspondia à concepção de um poder central absoluto, com a centralização de todos os aspectos do poder soberano (legislação, administração e jurisdição) em uma única pessoa. No sistema Inquisitivo, não há separação de funções, pois o juiz inicia a ação, defende o réu e, ao mesmo tempo, julga-o.
O sistema acusatório é um modelo contraditório ou confrontativo, no qual as partes (MP e defesa) dialogam e produzem provas diante de um juiz ou tribunal imparcial, a quem cabe julgar a causa com base nas provas que lhe forem apresentadas. Sua característica fundamental é a absoluta separação de funções entre o Ministério Público como órgão de investigação e persecução e os juízes, como órgãos de julgamento. Membros do MP (e, obviamente, a Polícia) não podem exercer funções jurisdicionais de julgamento; juízes não podem realizar atos de investigação criminal ou de acusação.
Assim, o sistema misto, conhecido por muitos como sistemas francês, propôs uma solução intermediária entre os sistemas inquisitivo e acusatório, por meio da união da eficiência inquisitória na investigação dos delitos e o tipo processual acusatório, sendo o mais adequado na defesa dos direitos humanos. Esse modelo tem como característica primária a existência de duas fases: primeiramente a inquisitória, em que vigora as práticas admissíveis no modelo inquisitivo, respeitando a dignidade da pessoa investigada – tais como procedimento sigiloso, escrito, sem contraditório e a ampla defesa. Na segunda etapa de processo propriamente dito, predominam todas as regras do modelo acusatório as quais se destacam a clara separação das funções de acusar, julgar e defender, as garantias da ampla defesa o contraditório, etc.
Analisado o tema acima, à luz da doutrina pátria, conclui-se que o sistema adotado no Brasil é o acusatório.
Isso porque, em suma, a funções de acusar e julgar pertencem a órgãos distintos. Além disso, no Brasil, nota-se que vigora um sistema lastreado pelos princípios constitucionais vigentes, como o contraditório, a ampla defesa, a publicidade e a imparcialidade do juiz.
12) Explique o princípio da disponibilidade e da indisponibilidade, dissertando ainda sobre como se apresentam no campo processual.
Denomina-se poder dispositivo a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos. Em direito processual tal poder é configurado pela disponibilidade de apresentar ou não sua pretensão em juízo, da maneira que melhor lhes aprouver e renunciar a ela ou a certas situações processuais. Trata-se do princípio da disponibilidade processual. Esse poder de dispor das partes é quase que absoluto no processo civil, mercê da natureza do direito material que se visa fazer atuar. As limitações, a esse poder, ocorre quando o próprio direito material é de natureza indisponível, por prevalecer o interesse público sobre o privado.
13) Ana, advogada, encontrava-se numa audiência de conciliação na 1ª Vara Cível do TJRJ. Não houve acordo entre as partes, oportunidade que a parte adversa apresentou sua contestação, porém, Ana foi proibida de se ver e se manifestar sobre a referida contestação. Dentre os princípios processuais, haveria algum que se aplica ao caso narrado? Explique o princípio aplicando-o ao caso concreto.
De acordo com o artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".
Assim, o princípio do contraditório é um corolário do princípio do devido processo legal, e significa que todo acusado terá o direito de resposta contra a acusação que lhe foi feita, utilizando, para tanto, todos os meios de defesa admitidos em direito.
 
*Este estudo dirigido é apenas material de apoio que apresenta de forma ordenada os principais tópicos trabalhados em sala de aula no que diz respeito à unidade em questão. É indispensável que o aluno complemente seu estudo com a bibliografia indicada em sala e com a legislação aplicada, para que possa apresentar o rendimento acadêmico considerado mínimo.

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