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DIREITO AMBIENTAL Prof. Msc. João Gomes Programa de Ensino (Ementa) Aspectos introdutórios Meio Ambiente Princípios que regem o direito ambiental. Politica Nacional do Meio Ambiente Instrumentos da PNMA Tutela constitucional do meio ambiente. Competência ambiental. A responsabilidade pelos danos causados ao meio ambiente. Educação Ambiental Licenciamento Ambiental Bibliografia 1. DIREITO AMBIENTAL: DEFINIÇÃO “É o complexo de princípios e normas reguladores das atividades humanas que, direta ou indiretamente, possam afetar a sanidade do ambiente em sua dimensão global, visando a sua sustentabilidade para as presentes e futuras gerações" (Edis Milaré). 2. HISTÓRIA DO DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL CÓDIGO DE AGUAS CÓDIGO DE PESCA CÓDIGO FLOREST. 1938 CF/88 Art. 225 1988 CRIMES AMB. 1998 EDUC. AMB. 1999 SNUC 2000 ESTAT. CIDADE 2001 1934 1934 1967 CÓDIGO DE MINERA. EXPLORAÇÃO (ANTROPOCENTRISMO) MEDO/NECESSIDADE (BIOCENTRISMO) MOTIVAÇÕES DOS SERES HUMANOS RESID. SÓLIDOS 2010 COMP. AMB. 2018 LIC. AMB. 2019 POL. NAC. MEIO AMBIENTE 1981 5 5 3. DEFINIÇÃO LEGAL DE MEIO AMBIENTE O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.(Art 3º , I da Lei Nº 6.938/81) 4. Classificação do Meio Ambiente a) Natural ou Físico: Formado por elementos naturais não modificados pelo homem. Ex.: Florestas, mares, desertos, etc. Possui proteção constitucional prevista no art. 225 “ caput”, § 1º Incisos I, III e VII. b) Meio Ambiente Artificial Ambiente construído e/ou modificado substancialmente pelo homem. Constituído pelo espaço urbano e pelo conjunto de edificações e equipamentos públicos. Art. 225, caput; art. 182 e art. 21, XX (tratam da política urbana); e Art. 5º, XXIII (função social) da CF/88 c) Meio Ambiente Cultural São os bens materiais e imateriais que traduzem a história de um povo, sua formação, cultura, etc., é representado por elementos que identificam sua cidadania, sua forma de vida. Arts. 215 e 216 da CF/88. d) Meio Ambiente do Trabalho É o lugar onde o ser humano exerce o seu labuto, independente de ser num prédio ou em local aberto, como os garis. Procura-se salvaguardar a saúde, a segurança e o bem-estar do trabalhador no seu ambiente de trabalho. Art. 200, VIII 11 Princípios do Direito Ambiental A) Principio da Precaução Visa inibir risco de PERIGO ABSTRATO, potencial, desconhecido. Objetiva prevenir por não se saber quais as consequências e reflexos que determinada ação ou aplicação científica poderão gerar ao meio ambiente, no espaço ou tempo. Está presente a incerteza científica. (Art.225, incisos V, do § 1º da CF/88) b) PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO O princípio da prevenção visa prevenir pois já são conhecidas as consequências de determinado ato. O nexo causal já está cientificamente comprovado ou pode, muitas vezes, decorrer da lógica. Art.225 § 1º , IV, da CF/88 Princípio da Informação Relaciona-se à necessidade de publicação das informações relacionadas ao meio ambiente. Como exemplo temos as audiências públicas durante o processo de licenciamento ambiental e a Publicação de pedidos de licenciamento ( Art. 10 par. 1º Lei 6938/81), etc. Princípio da Participação Diz respeito à colaboração de todos os setores sociais nas questões ambientais. Tal princípio tem previsão no Caput do art. 225 da CF/88. PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Tal princípio prevê que a EA deve existir em todos os níveis de ensino, de forma transversal, nos aspectos formal e informal. Art. 225 § 1º, VI da CF/88 Lei nº 9.795/99 Princípio do Poluidor Pagador Visa a internalização dos custos relativos externos de deterioração ambiental decorrentes do processo produtivo. Arca o causador da poluição com os custos necessários à diminuição, eliminação ou neutralização do dano ambiental provocado. O causador carrega a responsabilidade objetiva e financeira pela proteção ambiental PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Princípio basilar do Direito Ambiental, é visto de forma análoga ao direito fundamental à vida, quando se estabelece que “todos têm direito ao Meio Amb. ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida”. (Art. 225 Caput da CF/88 e Art. 4º, I da Lei 6.938/81) POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, é uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de meio ambiente a serem desenvolvidas pelos entes federativos. Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propicia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. PRESERVAR É procurar manter o estado natural dos recursos naturais impedindo a intervenção dos seres humanos. Significa perenizar, perpetua, deixar intocados os recursos ambientais. Melhorar É fazer com que a qualidade ambiental se torne progressivamente melhor por meio da intervenção humana, realizando o manejo adequado das espécies animais e vegetais e dos outros recursos ambientais. É a atribuição ao meio ambiente de condições melhores do que ele apresenta. RECUPERAR É buscar o status quo ante de uma área degradada por meio da intervenção humana, a fim de fazer com que ela volte a ter as características ambientais de antes. Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente São aqueles mecanismos utilizados pela Administração Pública ambiental com o intuito de atingir os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente. Estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; Zoneamento ambiental; Avaliação de impactos ambientais; Incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; Criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; INSTRUMENTOS DA POL. NAC. DO MEIO AMBIENTE Penalidades disciplinares ou compensatórias pelo não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras. ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL São padrões de qualidade estabelecidos por órgãos públicos relacionados a impactos provocados ao MA, no ar, solo, corpos aquáticos. Zoneamento ambiental Pode ser nacional, regional, estadual, ou municipal, consiste em um instrumento de organização territorial, planejamento eficiente do uso do solo e efetiva gestão ambiental que age por intermédio da delimitação de zonas e uma correspondente atribuição de usos e atividades compatíveis de acordo com as características específicas do território, permitindo, restringindo, ou impossibilitando determinados usos e atividades.Avaliação de impactos ambientais Instrumento preventivo usado nas políticas de ambiente e gestão ambiental com o intuito de assegurar que um determinado projeto passível de causar danos ambientais seja analisado de acordo com os prováveis impactos no meio ambiente, e que esses mesmos impactos sejam analisados e tomados em consideração no seu processo de aprovação. Incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental Tem-se como exemplo a instalação de equipamentos de Energia Solar com custos mais baixos e financiamentos públicos. Penalidades disciplinares ou compensatórias pelo não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. No ano de 1998 foi editada a Lei Federal n0 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) que trata sobre a aplicação das penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. Criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas Trata-se do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras É o registro obrigatório de pessoas físicas e jurídicas que realizam atividades passíveis de controle ambiental. Licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras É o processo administrativo complexo que tramita perante a instância administrativa responsável pela gestão ambiental, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, e que tem como objetivo assegurar a qualidade de vida da população por meio de um controle prévio e de um continuado acompanhamento das atividades humanas capazes de gerar impactos sobre o meio ambiente. Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) O SISNAMA é o conjunto de órgãos e instituições encarregados da proteção ao meio ambiente nos níveis federal, estadual e distrital e municipal, conforme definido em lei. O Sistema Nacional do Meio Ambiente representa a articulação dos órgãos e entidades ambientais em todas as esferas da administração pública, com o objetivo de trabalhar as políticas públicas ambientais de uma maneira conjunta ÓRGÃOS EXECULTORES IBAMA – ICMBIO TERMINOLOGIA TÉCNICA (Lei nº 6.938/81) Meio ambiente É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL É a alteração adversa das características do meio ambiente POLUIDOR É a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; RECURSOS AMBIENTAIS É a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) POLUIÇÃO É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas c) afetem desfavoravelmente a biota d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos DIREITO AMBIENTAL CONSTITUCIONAL Art 21 a 24 e Art 30 (Competência Ambiental) Art 91 § 1º, III (Seg. Nacional) Art. 170,VI c/c Art. 174 §3º, (Atividade Econômica) Art 177 §4º, II, b (Atividades de Petróleo e Gás ) Art.186, II (Política Agrícola) Art 200, VIII, (MA do Trabalho) Art. 5º, LXXIII (Ação Popular) Art. 182 (MA Urbano/artificial) DIREITO AMBIENTAL CONSTITUCIONAL Art. 129, III – MP – (Ação Civil Pública) Art. 216 V, (M.A. Cultural) Art.220 § 3ºII, ( Comunicação Social Nociva ao M. A.) Art 225 (Política Nacional do M. A) SiSTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Lei nº 6938/81 e Decreto nº 99.274/90 Órgão Consultivo e Deliberativo CONAMA ÓRGÃOS SETORIAIS Fundações - Entidades da Adm. Publ. Direta ou indireta ÓRGÃOS SECCIONAIS Entidades Estaduais Secretarias de Meio Ambiente Conselhos de Meio Ambiente ÓRGÃOS LOCAIS Entidades Municipais SEcretarias de Meio Ambiente Conselhos de Meio Ambiente ÓRGÃO CENTRAL Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal ÓRGÃO EXECUTOR IBAMA Órgão Superior Conselho de Governo Assessoria a Presidência da República
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