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Comentários sobre o filme "A máscara em que você vive" O documentário ‘The Mask You Live In’ de 2015, fala sobre o impacto da cultura machista sobre os homens em toda sua vida. As instituições machistas por serem valores e regras naturalizados na sociedade, permeiam a vida das pessoas tanto dos homens quanto das mulheres. Sem perceber, a sociedade começa a impor regras para as crianças e com o passar do tempo essas regras relacionadas ao sexo, exercem influências diversas. Os garotos, crescem ouvindo que não podem demonstrar seus sentimentos e gostarem de determinadas coisas ou serão mais afeminados e não se encaixarão no grupo. As garotas crescem sendo incentivadas a viverem em ilusórios mundos de futilidade, beleza e perfeição, e as que fogem desse padrão são também rejeitadas pelos grupos do mesmo sexo. Esses padrões que fazem com que a criança busque se encaixar no que esperam de seu sexo, traz repressões e vários problemas para a criança. Homens não podem demonstrar seus sentimentos e se sentem sobrecarregados até que explodem: 76% dos suicídios no Brasil são de homens. A grande taxa de violência contra a mulher também vem da cultura machista, homens aprendem a se expressarem através da violência e muitas vezes são motivados a odiarem a feminilidade e verem mulheres como objetos. Os homens crescem vendo o feminino como algo ruim: ‘jogue como um homem’, ‘não chore como uma garotinha’, ‘parece uma mulher jogando’, ‘mulherzinha’, entre outros termos são comuns no meio masculino. E todas essas expressões veem o feminino como negativo ou inferior. Quanto a objetificação, bom, garotos crescem sabendo que ter sucesso é ter várias mulheres ao redor e ser rico. Boa parte da cultura popular objetifica a mulher e provoca aos homens a agirem assim para demonstrarem sua masculinidade. Quanto mais mulheres você usa e descarta, mais másculo você é para a sociedade - e mais você colabora para a continuidade de pensamentos machistas. Como é notável no documentário, embora haja essa pressão social para os homens demonstrarem sua masculinidade, fazer isso para simplesmente pertencer a um grupo traz inúmeras consequências e repressões de si mesmo. Ao passo que, ser quem se é sem temer os julgamentos alheios traz a vantagem de ter amigos que realmente possuem gostos em comum e objetivos - bem diferentes dos que optam pela amostra exacerbada de masculinidade e acabam mergulhando no vazio de deparar-se consigo mesmo e enxergar que a persona criada para impressionar, esconde um ser humano reprimido por trás da máscara que criaram para ele. Deixar as máscaras exige questionamentos da razão pelas quais são utilizadas e acima de tudo coragem para descartá-las.
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