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GESTÃO-ESCOLAR-E-SUPERVISÃO-ESCOLAR (1)

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GESTÃO ESCOLAR E SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
 
1 
Sumário 
 
GESTÃO ESCOLAR .......................................................................................... 3 
CONCEITO DE GESTÃO .................................................................... 3 
Gestão escolar ..................................................................................... 5 
Objetivos da gestão escolar ................................................................. 7 
Funções da gestão escolar .................................................................. 8 
Gestão escolar democrática e participativa .......................................... 9 
Conselho escolar................................................................................ 11 
Projeto Político Pedagógico (PPP) ..................................................... 12 
ANTECEDENTES DA SUPERVISÃO ESCOLAR ............................................ 15 
ESCOLA: ESPAÇO NECESSÁRIO À FORMAÇÃO HUMANA ........................ 17 
O CARÁTER POLÍTICO E ADMINISTRATIVO DAS PRÁTICAS COTIDIANAS 
NA ESCOLA ..................................................................................................... 24 
A Organização Escolar Visando à Educação de Qualidade ............................. 26 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos 
culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de 
comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de 
forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela 
inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
GESTÃO ESCOLAR 
CONCEITO DE GESTÃO 
O termo gestão relaciona-se com administração, ou seja, administrar 
uma organização conduzindo-a para a concretização de objetivos. 
Segundo Maximiano (2007), administrar é um trabalho em que as 
pessoas buscam realizar seus objetivos próprios ou de terceiros com a 
finalidade de alcançar as metas traçadas. Dessas metas fazem parte as 
decisões que formam a base do ato de administrar e que são as mais 
necessárias. 
Ainda de acordo com Maximiano (2007), o planejamento, a organização, 
a liderança, a execução e o controle são consideradas decisões e funções, 
sem as quais o ato de administrar estaria incompleto. 
A administração é uma das formas de gestão, pois define metas e quais 
recursos serão necessários para alcançá-las envolvendo e organizando os 
colaboradores para o alcance destas metas, além de a realização das 
atividades corrigindo-as quando necessário. 
Conforme Draft (2010), administração é o atingimento das metas 
organizacionais de modo eficiente e eficaz por meio do planejamento, 
organização, liderança e controle dos recursos organizacionais. 
Gestão é o ato de gerir, ou seja, realizar ações que conduzam à 
realização dos objetivos e metas propostas. 
O termo gestão deriva do latim gestione e significa gerir, gerência, 
administração. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, 
visando atingir determinado objetivo. Gerir é fazer as coisas acontecerem e 
conduzir a organização para seus objetivos. Portanto, gestão é o ato de 
conduzir para a obtenção dos resultados desejados. (OLIVEIRA; PEREZ JR.; 
SILVA, 2002, p.136) 
 
 
 
4 
Administração e gestão não são sinônimos, porém são processos 
complementares pois processos de gestão bem-sucedidos estão intimamente 
ligados a bons procedimentos de administração. 
Isso porque, conforme indicado, bons processos de gestão dependem e 
se baseiam em processos e cuidados de administração bem resolvida. A 
administração constitui um conceito e conjunto de ações fundamentais para o 
bom funcionamento de organizações, por estabelecer as condições estruturais 
básicas para o seu funcionamento. Daí ser incorporada pela gestão em seu 
escopo, como gestão administrativa. (LUCK, 2007, p.109-110) 
A administração geralmente está ligada a processos burocráticos e a 
gestão relaciona-se com uma proximidade maior entre líderes e liderados, uma 
maior cooperação nas decisões e resultados, porém administração e gestão 
devem caminhar juntas, complementando-as mutuamente. 
Etapas do processo de gestão 
O processo de gestão possui diversas etapas, destacando-se as de 
planejamento, liderança, organização e avaliação, que são fundamentais para 
garantir, de forma eficaz, o funcionamento das organizações e, 
consequentemente, permitir que os objetivos traçados sejam atingidos. 
Planejamento 
 Formulação de objetivos organizacionais ótimos e de planos 
eficazes de apoio. 
 Utilização de técnicas quantitativas para otimizar a qualidade das 
decisões. 
 Antecipação das mudanças do ambiente por meio das previsões. 
 Formulação de estratégias eficazes em resposta às previsões. 
 Tomada de decisões socialmente responsáveis. 
Liderança 
 Criação de cargos de desafio para estimular os empregados. 
 
 
5 
 Criação de um ambiente agradável para otimizar o desempenho 
dos trabalhadores. 
 Criação de um sistema de educação eficiente para transferência 
rápida de informações. 
Organização 
 Criação de atribuições de tarefas para maximizar a produção dos 
empregados; alterar a tarefa adaptando-a ao homem 
 Estabelecimento de relações de autoridades claramente 
delineadas. 
Avaliação 
 Instituição de avaliadores em pontos estratégicos da organização, 
de modo a receber informação rápida s/ o desempenho em áreas-
chave. 
 Medida de desempenho, comparação com padrões, correção de 
desvios. 
As etapas do processo de gestão promovem o alcance das metas 
propostas de forma eficiente e eficaz, pois permite que, no desenvolvimento 
das ações, aconteça o monitoramento das atividades e, com isso, sejam feitas 
as correções necessárias, além de propiciar que estas ações sejam realizadas 
de forma organizada e com uma liderança que motive os colaboradores. 
 
Gestão escolar 
A gestão está presente em todas as empresas e instituições públicas e 
particulares, sendo atualmente fundamental e necessária no setor de 
educação. 
A gestão escolar engloba as incumbências que as unidades escolares 
possuem, tais como: elaborar e executar a proposta pedagógica, administrar o 
pessoal e os recursos materiais e financeiros. 
 
 
 
6 
A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na 
educação destinada a realizar o planejamento, a organização, a liderança, a 
orientação, a mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos 
processos necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para a 
promoção da aprendizagem e formação dos alunos. (LUCK, 2009, p.23) 
A gestão educacional não surgiu para substituir a administração escolar 
e sim para complementá-la em aspectos até então não contemplados. 
O conceito de gestão educacional, portanto, pressupõe um 
entendimento diferente da realidade, dos elementos envolvidos em uma ação e 
das próprias pessoas em seu contexto; abrange uma série de concepções, 
tendo como foco a interatividade social, não consideradapelo conceito de 
administração, e, portanto, superando-a. (LUCK, 2007, p.55) 
Está previsto na Lei 9.394/96 (BRASIL, 1996a), que as escolas possuem 
autonomia para atender as particularidades regionais e locais de seus alunos, 
no entanto precisam respeitar as normas comuns dos sistemas de ensino. 
No Brasil, a gestão educacional é determinada por orientações previstas 
na Lei 9.394/96 (BRASIL, 1996a), onde a mesma menciona o modelo 
democrático e participativo da administração escolar, modelo este que 
caracteriza a gestão educacional. 
O processo de gestão nas instituições de ensino precisa ser global, 
sendo de responsabilidade de toda comunidade escolar. Participam deste 
processo o diretor de escola, o coordenador pedagógico, o supervisor de 
ensino, os professores e todos os demais funcionários, além da família que tem 
um papel importante e fundamental neste processo. 
A gestão escolar tem que ser construída coletivamente, não pode ser 
fragmentada e sim participativa e democrática. 
“A gestão democrática implica a efetivação de novos processos de 
organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos 
coletivos e participativos de decisão”. (BRASIL, 2004, p.15) 
 
 
7 
É importante que a comunidade participe da gestão escolar através dos 
conselhos escolares, sendo que esta democratização da escola traz benefícios 
tanto para a equipe como para a comunidade. 
 
Objetivos da gestão escolar 
A gestão escolar tem como objetivo propiciar aos estabelecimentos 
escolares uma administração eficiente, sendo fundamental no processo de 
democratização da escola, englobando tanto os aspectos pedagógicos como o 
aspecto burocrático. 
De acordo com Luck (2007), a gestão escolar evidencia-se na literatura 
a partir dos anos 90, sendo reconhecida como base fundamental para a 
organização significativa e estabelecimento dos processos educacionais e 
mobilização de pessoas voltadas para o desenvolvimento e melhoria da 
qualidade de ensino que oferecem. 
A gestão educacional pode ser considerada um modelo de como gerir o 
sistema escolar, modelo este que deve estar pautado na promoção humana, ou 
seja, deve visar todos os integrantes do sistema educacional, tais como 
gestores, professores, alunos e comunidade, acontecendo dentro e fora da 
escola. 
A gestão da educação acontece e se desenvolve em todos os âmbitos 
da escola, inclusive e fundamentalmente, na sala de aula, onde se objetiva o 
projeto político pedagógico não só como desenvolvimento do planejado, mas 
como fonte privilegiada de novos subsídios para novas tomadas de decisões 
para o estabelecimento de novas políticas. (CATANI et al, 2009, p.309). 
É importante que a gestão educacional esteja pautada em aspectos 
democráticos e participativos, sendo que esta construção coletiva de objetivos 
resulta na democratização da escola e na sua consequente melhoria enquanto 
local de formação de cidadãos conscientes de sua importância na sociedade. 
 
 
 
8 
Funções da gestão escolar 
A gestão escolar engloba todas as atividades da instituição. Ela é 
responsável, através de seu gestor, por garantir a organização e 
desenvolvimento da gestão da escola, materializando planos e projetos 
elaborados pela mesma. 
O artigo 12 da Lei 9.394/96 (BRASIL, 1996a) destaca as principais 
incumbências da gestão escolar nas unidades de ensino com a seguinte 
redação: 
Os estabelecimentos de ensino, respeitada as normas comuns e as do 
seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I – Elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II – Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III – 
assegurar o comprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV - Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V – Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI – Articular-se com as famílias e comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola; 
VII – informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento 
dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica; 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da 
Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos 
alunos que apresentem quantidade de faltas acima cinqüenta por cento do 
percentual permitido em lei. 
Para a realização de suas funções pode-se classificar a gestão escolar 
em três áreas que funcionam de forma interligada: 
a) gestão de Recursos Humanos: refere-se ao relacionamento com 
pais, alunos, comunidade, professores e pessoal administrativo, que deve 
 
 
9 
ocorrer de forma a garantir o perfeito funcionamento da escola, contornando os 
problemas que surgirem e as questões de relacionamento humano; 
b) gestão Administrativa: relaciona-se à parte física e institucional. A 
parte física é o prédio e os equipamentos/materiais que a escola possui e a 
parte institucional são os direitos e deveres, as atividades da secretaria e a 
legislação escolar; 
c) gestão Pedagógica: estabelece os objetivos gerais e específicos 
para o ensino, definindo-os a partir do perfil da comunidade e dos alunos, além 
de elaborar os conteúdos curriculares e acompanhar e avaliar os alunos, os 
professores e a equipe gestora. As atribuições da gestão pedagógica estão 
descritas no Regimento Escolar e no Projeto Político Pedagógico da escola. 
De acordo com Vieira (2008), o planejamento, a elaboração e a 
execução de uma proposta pedagógica é a principal das atribuições das 
unidades de ensino, devendo ela, assim, na sua gestão, trilhar um caminho 
orientado por esta finalidade. 
O planejamento deve ser colocado em prática através de ações sociais 
elaboradas coletivamente, sendo que o processo educativo se torna mais 
eficaz quando todos percebem que fazem parte do processo. 
 
Gestão escolar democrática e participativa 
A qualidade da educação é de interesse tanto da equipe escolar como 
dos pais por isso faz-se necessário uma relação mais próxima entre a escola e 
as famílias. Quando o gestor e sua equipe pergunta, registra e divulga as 
necessidades e aspirações da comunidade escolar existe uma maior 
possibilidade de se atingir o principal objetivo da educação: formar cidadãos 
não apenas com conteúdos teóricos, mas também críticos e com capacidade 
de fazer escolhas conscientes. 
De acordo com Libâneo (2005), a gestão democrática participativa 
valoriza a participação da comunidade escolar no processo de tomada de 
 
 
 
10 
decisão, apostando na construção coletiva dos objetivos e do funcionamento 
da escola através do diálogo, do consenso. 
Neste modelo de gestão participativa o diretor é um elemento de 
fundamental importância, pois faz-se necessário uma liderança firme e 
consciente a qual auxiliará o gestor na transformação da prática administrativa 
e pedagógica. 
“Portanto, a grande tarefa da direção, numa perspectiva democrática, é 
fazer a escola funcionar pautada num projeto coletivo”. (VASCONCELOS, 
2009, p.61) 
Numa gestão democrática e participativa todos os setores da escola 
precisam ser considerados, mesmo aqueles que não façam serviços 
burocráticos ou pedagógicos. 
Os funcionários em geral, embora não trabalhem em funções 
propriamente docentes, nem por isso deixam de emprestar o seu esforço na 
concretização dos objetivos educacionais. Em vista disso, sua participação na 
gestão da escola deve levar em conta, não apenas sua colaboração no 
empreendimento, mas também seus interesses e reivindicações enquanto 
trabalhadores que são. (PARO, 2006, p.162-163) 
Para que haja uma verdadeira gestão democrática, o diretor, os 
professores, os funcionários, os alunos e a comunidade devem ter os mesmos 
ideais participativos, onde o gestor deve comunicar esclarecer, perguntar e 
delegar responsabilidades entre todos os que participam da comunidade 
escolar. Os participantes desta comunidade precisamentender sua 
responsabilidade no grupo, pois em um modelo participativo as decisões 
atingem a todos. 
A gestão democrática, a participação dos profissionais e da comunidade 
escolar, a elaboração do projeto pedagógico da escola, a autonomia 
pedagógica e administrativa são elementos fundamentais para a construção 
participativa da gestão escolar. (RIBEIRO; MENIN, 2005, p.68) 
 
 
11 
Existem instrumentos que são fundamentais no desenvolvimento de uma 
gestão democrática, sendo imprescindíveis na realização de ações 
democráticas dentro da escola: o Conselho Escolar e o Projeto Político 
Pedagógico. 
 
Conselho escolar 
O conselho escolar é composto por pais, professores, funcionários, 
alunos e a comunidade em geral. É um órgão deliberativo responsável pela 
tomada de decisão de questões no âmbito escolar, sendo um instrumento de 
democratização da escola. 
As atribuições do Conselho Escolar dependem das diretrizes do sistema 
de ensino e das definições das comunidades local e escolar. O importante é 
não perder de vista que o Regimento, a ser construído coletivamente na 
escola, constitui a referência legal básica para o funcionamento da unidade 
escolar e, desse modo, é fundamental que a instituição educativa tenha 
autonomia para elaborar seu próprio regimento. Dentre as principais atribuições 
do Conselho destacamos a sua função de coordenação do coletivo da escola e 
a criação de mecanismos de participação. (BRASIL, 2004, p.45) 
Além de, como anteriormente citado, o conselho escolar ser um 
instrumento de democratização da escola também auxilia na aprendizagem da 
função política da educação à medida que os alunos se organizam para formar 
os grêmios estudantis que também possuem poder decisório dentro da unidade 
escolar. 
Os conselhos escolares adquirem vida e forma material nas articulações 
relacionais entre os atores sociais que os compõem; na forma como pais, 
alunos, professores, funcionários e Direção apropriam-se do espaço do 
conselho, enquanto o constroem, de maneira dinâmica e conflitiva. (WERLE, 
2003, p.102) 
Apenas participar dos conselhos escolares não assegura a prática de 
uma gestão democrática. É preciso que os membros destes conselhos 
 
 
 
12 
participem das decisões de forma democrática, deixando de lado interesses 
pessoais e priorizar as necessidades coletivas. 
Os Conselhos escolares tornam-se, neste contexto, instrumentos 
importantes para a desejada prática democrática. A escolha democrática dos 
dirigentes escolares e a consolidação da autonomia das escolas alinham-se 
aos colegiados com a finalidade de desvendar os espaços de contradição 
gerados pelas novas formas de articulação dos interesses sociais. A partir do 
conhecimento destes espaços, certamente presentes no cotidiano da vida 
escolar e das comunidades, é que será possível ter os elementos para a 
proposição e construção de um projeto inclusivo. (AZEVEDO; GRACINDO, 
2005, p.34) 
Os Conselhos escolares são órgãos de democratização das escolas à 
medida que representam as opiniões e sugestões da comunidade e, com isso, 
dividem as responsabilidades com os gestores escolares sobre decisões 
pertinentes à escola tornando-se assim um elemento fundamental para uma 
gestão participativa e democrática. 
 
Projeto Político Pedagógico (PPP) 
A proposta pedagógica representa a escola, ou seja, é a identidade da 
instituição de ensino. Define os objetivos e quais caminhos seguir para 
alcançá-los. Deve ser fruto de todos os participantes da comunidade escolar, 
isto é, deve ser formulado pelo diretor, coordenador, professores, funcionários 
da unidade escolar, pais e alunos. 
O Projeto Político Pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser 
entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de 
planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, que 
define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar a partir de um 
posicionamento quanto à sua intencionalidade e de uma leitura da realidade. 
(VASCONCELOS, 2009, p.17) 
 
 
13 
O PPP é assim denominado devido às suas funções e aspirações dentro 
da escola, sendo que as próprias palavras que compõem o seu nome falam 
muito sobre ele: 
a) é projeto porque contém metas e objetivos concretos a serem 
alcançadas em um determinado período de tempo; 
b) é político à medida que considera a escola como um espaço onde 
se formam cidadãos responsáveis e críticos para viverem em sociedade; 
c) é pedagógico porque define, reúne e organiza as atividades 
necessárias para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem no ambiente 
escolar. 
A estrutura básica da elaboração do Projeto Político Pedagógico na linha 
do Planejamento Participativo é composta de três grandes elementos a saber: 
Marco Referencial, Diagnóstico e Programação, que correspondem 
respectivamente, àquelas três dimensões do processo de planejamento que 
apontamos acima: Projeção de Finalidades, Análise da Realidade e Elaboração 
das Formas de Mediação. (VASCONCELOS, 2009, p.22) 
O principal objetivo do PPP é democratizar a escola, definindo sua 
identidade baseado no perfil de todos que participam das atividades da escola 
e na comunidade a sua volta. Orienta os profissionais da escola e as famílias a 
como concretizar as ações previstas na proposta pedagógica. 
A prática da gestão não se esgota no âmbito da instituição escolar nem 
se reduz à ação dos gestores nos processos administrativos e pedagógicos. 
Deve ter em conta um projeto pedagógico, assegurado por organização do 
trabalho escolar colegiado, envolvendo, se possível, todos os personagens que 
atual na escola – pois uma prática que dê respostas a alguns problemas 
existentes é uma construção coletiva na qual devem comprometer-se 
diferentes ações individuais. (DE ROSSI, 2000, p.36-37) 
Através do projeto político pedagógico a escola busca um ideal a 
alcançar de uma forma planejada o que proporciona resultados mais eficientes 
e seguros, ou seja, é um conjunto de princípios que norteiam a elaboração e 
 
 
 
14 
execução do planejamento e que implica que este planejamento seja realizado 
em todas as atividades escolares e após a execução das ações previstas haja 
a avaliação do processo e mudança caso seja necessário. 
O PPP é uma obrigação legal descrita na Lei 9.394/96 (BRASIL, 1996a), 
no inciso I do art.12 que estabelece que os estabelecimentos de ensino terão a 
incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. 
Em síntese, as finalidades do PPP são as seguintes: 
a) definir coletivamente a identidade da escola de acordo com as 
particularidades e necessidade da comunidade a que pertence e as metas a 
serem atingidas e ainda em como serão alcançadas; 
b) definir o conteúdo do trabalho escolar levando em conta as 
Diretrizes Curriculares Nacionais, os Parâmetros Curriculares Nacionais, os 
princípios orientadores da Secretaria da Educação e a realidade da escola; 
c) integrar as ações desenvolvidas na escola com a comunidade; 
d) trazer a comunidade para dentro da escola possibilitando a 
tomada de consciência dos problemas da escola e das possíveis soluções, 
definindo as responsabilidades da escola e da comunidade; 
e) criar parâmetros de acompanhamento e avaliação das ações 
escolares. O PPP é um instrumento de transformação da realidade, envolve 
tudo que estiver relacionado com o processo de ensino-aprendizagem dentro e 
fora da escola, sendo necessário que o mesmo esteja comprometido com as 
necessidades culturais e sociais da comunidade e fazendo com que a mesma 
se sinta parte na elaboração e nas ações desenvolvidas e não apenas produto 
destas ações. 
O projeto é um meio de engajamento coletivo para integrar ações 
diversas, criar sinergias no sentido de buscar soluções alternativas para 
diferentes momentos do trabalho pedagógico – administrativo, desenvolver o 
sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas para a explicitaçãode 
objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, 
 
 
15 
fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que 
a ação coletiva produza seus efeitos. (VEIGA, 2003, p.275) 
Alguns descuidos em relação à elaboração e execução do PPP podem 
prejudicar e até mesmo anular sua eficácia dentro da escola, são eles: 
a) não o elaborar de acordo com a realidade local, ou seja, fazê-lo 
baseado em dados gerais e não específicos ou encomendá-lo a consultores 
externos; 
b) não analisar as mudanças ocorridas nos alunos e na comunidade 
e, consequentemente, a necessidade de reformulação; 
c) não o deixar em um lugar de fácil acesso para todos. 
O projeto pedagógico é um instrumento de gestão democrática que, se 
bem elaborado e executado, promove a participação coletiva nas decisões da 
escola de forma a envolver todos em um objetivo único de alavancar e 
desenvolver cada vez mais o processo educativo. 
 
ANTECEDENTES DA SUPERVISÃO ESCOLAR 
A organização da produção manufatureira reunia vários trabalhadores 
num mesmo local realizando tarefas ou funções bem definidas sob a 
supervisão direta de um chefe. 
Acompanhando a trajetória da Supervisão ainda interpretada sob a 
forma de inspeção, fez-se um recorte para analisá-la em seu espaço principal 
de ação, objeto desta pesquisa, ou seja, a escola. Na escola a Supervisão 
adquire consistência, diante da necessidade de formar a classe trabalhadora 
para atuar nos novos processos de produção de mercadorias. Ainda sob a 
forma de inspeção, enquanto a escola é entendida como espaço necessário ao 
controle do conhecimento, a inspeção torna-se responsável pela formalização 
do processo educacional. 
Em seguida retomando a caminhada histórica da Supervisão a princípio, 
pudemos concluir que o Inspetor / fiscal é, por natureza, alguém externo à 
 
 
 
16 
escola, sem qualificação profissional, porém cidadão respeitável, merecedor da 
confiança da sociedade. Este recebe como incumbência “em nome da 
moralização” o ato de fiscalizar e controlar, de forma burocrática, o trabalho 
desenvolvido nas escolas sob sua responsabilidade, registrando suas 
impressões em livro apropriado. 
Esta denominação no Brasil perpassa o período agroexportador, o 
período republicano e o Estado Novo. Em uma escola centrada na transmissão 
do saber acumulado que se firma como tradicional, o cargo de inspetor do 
ensino elementar encontra-se presente até 1938, quando é extinto. 
Cabe destacar que o período desenvolvimentista na década de 1940 
torna-se um marco na história da Supervisão Escolar. Com a reorganização do 
ensino e a implantação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, a 
nomenclatura inspetor do ensino elementar dá lugar à formação dos 
“pedagogos generalistas” criando-se o quadro de “Técnicos Orientadores de 
Educação Elementar” os quais recebem como função a tentativa de inovar o 
funcionamento da escola, além de orientar, controlar e avaliar o processo 
pedagógico. Nesta fase surge o vínculo do Técnico em Educação com uma 
única escola. 
O capítulo ainda retrata a Supervisão Educacional Taylorista, que se 
consolida com a aliança efetuada entre o Brasil e os Estados Unidos por volta 
de 1960, privilegiando uma formação tecnicista. Nesta fase, o Parecer nº 
252/69, a Resolução nº 2 e a Lei 5692/71 reformulam o curso de Pedagogia 
segmentando-o em várias habilitações e formando o Pedagogo Especialista em 
“Supervisão Escolar “para atuar no ensino elementar, ocupando-se, a princípio, 
do aperfeiçoamento e desenvolvimento do pessoal administrativo, docente e 
técnico da escola. 
Nesta perspectiva, buscamos o entendimento sobre os antecedentes da 
Supervisão Educacional no espaço escolar como objeto favorecedor à reflexão 
diante de sua caminhada em diferentes momentos da realidade escolar. Ainda 
buscamos ressignificar sua prática pedagógica, com o intuito de vislumbrar a 
 
 
17 
diferença que existe atualmente entre a “função” e a “profissão” do Pedagogo/ 
Supervisor Escolar. 
 
ESCOLA: ESPAÇO NECESSÁRIO À FORMAÇÃO HUMANA 
Antes de abordar o estabelecimento do modelo de supervisão 
inaugurado nas escolas consideramos importante o entendimento de alguns 
aspectos históricos que marcaram significativamente o início da escola. A 
educação escolar de acordo com Saviani (1999) deveria ser apenas uma entre 
outras práticas que promovem o desenvolvimento e a socialização de seus 
membros além de garantir o funcionamento de um dos mecanismos essenciais 
da herança cultural. 
Segundo Saviani (1999), na sociedade moderna a escola tem se 
constituído na instituição cuja função sistemática, assume um papel central no 
desenvolvimento da educação. Originariamente têm-se dois modelos 
diferenciados de escola na transição da Antiguidade greco-romana para a 
Idade Média, uma de formação intelectual para os filhos dos nobres e a outra 
de formação manual para formação dos servos no próprio trabalho. 
Após as alterações que a sociedade vai sofrendo com a gradativa 
passagem da produção feudal para o modo de produção capitalista, as 
relações sociais também se alteram deixando de ser um direito natural, para 
transformar-se em direito estabelecido formalmente por convenção contratual 
de posição social definida conforme o lugar ocupado no processo de produção. 
Como consequência da sociedade burguesa, de acordo com Saviani 
(1999), a escola procura se adequar a um novo modelo, cujo objetivo 
demonstrava a necessidade de superação de atendimento restrito a pequenos 
grupos. Isto posto, como tentativa de suprir o homem em suas necessidades 
elementares de conhecimento da leitura, da escrita em língua vernácula e do 
raciocínio matemático, a escola no século XIX pode ser vista como instrumento 
de universalização dos elementos necessários para a vida, de acordo com as 
novas condições sociais. 
 
 
 
18 
A generalização da ideia pedagógica para a infância, a partir do século 
XVII, levou à definição do espaço escolar em seus múltiplos aspectos bem 
como o entendimento de sua complexidade que vai além da ação educativa. A 
educação torna-se elemento adaptador e normalizador básico na integração do 
indivíduo à sociedade. (MEKSENAS, 2000, p.36). 
De acordo com Freitag (1980) no Brasil, o modelo agroexportador, que 
vai de 1500 (período Colonial) até 1930 com a I República, é a história da 
exploração do continente permeada por uma política educacional feita quase 
que exclusivamente pela igreja. Durante este período funciona no Brasil, um 
sistema educacional para a elite, cujas escolas e seminários ajudam a 
assegurar a reprodução da sociedade. No fim do Império e início da República 
começam a se delinear os primeiros traços de uma política educacional estatal, 
decorrente do fortalecimento do Estado sob a forma da sociedade política. 
O segundo período (1930 a 1960) é correspondente ao modelo de 
substituição das importações como decorrência da crise cafeeira provocada 
pela crise mundial. Essa situação contribui para o fortalecimento da produção 
industrial, que primeiramente se concentra na produção de bens de consumo, 
fortalecendo o poder da classe burguesa. 
Após a 1ª Guerra Mundial o Brasil passa a copiar e consumir o que está 
sendo ditado pela cultura norte-americana. Este movimento gerou 
transformações na Educação do país, época em que surge as ideias da Escola 
Nova. Os debates giram em torno da educação tradicional, defendida pelos 
católicos, em oposição à corrente liberal da Escola Nova, defendida pelos que 
acreditam ser aquele o momento de o Estado assumir sua função na 
Educação, colocando como centro do sistema educacional a escola pública, 
obrigatória, gratuita e de ensino laico. 
Para Saviani (1999), a Revolução Industrial permitiu uma Revolução 
Educacional, com grandes transformações mundiais marcadamente no início 
do século XIX, influenciadas pelas ideias dos pensadoresiluministas que 
pregavam a necessidade do agir pela razão, condenando as formas que 
contrariavam o direito de cada um à vida, à liberdade e à propriedade. 
 
 
19 
Por conta da industrialização do sistema produtivo e da divisão técnica 
do trabalho, surge a escola, com o intuito de formar a classe trabalhadora para 
atuar nos novos processos de produção de mercadorias. 
A implantação do Estado Novo, em 1937, sufoca os avanços 
democráticos. A política educacional expressa na Constituição do mesmo ano 
está longe de dar ênfase ao dever do Estado como educador. Surge um 
dualismo educacional com o propósito de dar atendimento aos interesses da 
elite, nos níveis secundário e superior, e o outro destinado a criar um exército 
de trabalhadores, nas escolas técnicas profissionalizantes. 
A escola analisada sob o ponto de vista de sua existência formal, 
segundo Mauá Junior (2005), sempre teve como foco principal a educação 
sistematizada, em especial a escola pública básica, que atende as camadas 
populares preparando-as para o mercado de trabalho. A expressão da 
produção de seus resultados centra-se na aprendizagem medida por meio de 
avaliações somativas, como produto do esforço pessoal. 
Quanto aos objetivos de ler, escrever, contar, estes continuam sendo 
importantes na formação dos que dela fazem uso, mas ante as exigências da 
sociedade imposta, constantemente, a educação busca novas formas e 
tentativas de aperfeiçoamento no sentido de proporcionar melhoria na 
qualidade no ensino. 
Nesta perspectiva, pode-se aferir que os conceitos educacionais 
transitam pela história interpretada sob diferentes nuances. A reivindicação 
pela educação assumiu diferentes manifestações, porém a forma de 
constituição da escola continuou nitidamente tradicional em relação a seus 
espaços, tempos e organização administrativa e curricular. 
A preocupação com as reformas educacionais até 1946 visa sempre ao 
atendimento das necessidades do ensino superior ou secundário e não obriga 
todos os estados a adotá-las, estando o país muito longe de uma política 
nacional de educação. 
 
 
 
20 
Com a reorganização da economia brasileira, as funções da escola são 
revisadas e substituídas. A partir de 1960 o sistema educacional brasileiro 
passa a ser caracterizado como o período de reorganização da produção 
industrial envolvendo novas tecnologias. Com a promulgação da primeira LDB 
nº 4024 em dezembro de 1961, as escolas brasileiras passam a ter maior 
liberdade na elaboração de programas e no desenvolvimento de conteúdos de 
ensino. 
Entre 1964 e 1982, as questões sociais são substituídas pela expressão: 
segurança e desenvolvimento. A educação passa a ser tratada pelo poder 
central. Durante esta época ocorrem convênios entre o Brasil e os Estados 
Unidos, quando se passou a importar oficialmente conhecimentos 
educacionais: a pedagogia tecnicista. 
Enquanto resposta a situações historicamente determinadas o discurso 
atual caracteriza a escola como instância organizável. E sua organicidade 
depende de uma prática escolar realizada pelos membros que compõem seus 
diversos setores de forma coletiva, orientada por um projeto pedagógico-
político. 
De acordo com Pimenta (2002), a democracia é entendida como 
governo do povo, sistema em que cada cidadão participa da administração. A 
influência do povo no governo do Estado é uma aspiração histórica, sendo 
preciso apreender, no movimento da história, as diferentes manifestações 
populares em busca da ampliação da participação popular no governo do povo. 
A educação é uma das formas de ampliação da participação popular. 
De acordo com o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos 
Escolares (2004, p. 16), a desigualdade enfrentada pelo Brasil no campo 
social, econômico e cultural, configura-se em sociedade capitalista de um país 
ainda dependente. Um fato importante advindo como decorrência, do processo 
histórico de disputa de vários interesses sociais opostos. 
As fases do processo capitalista já enfrentadas permitiram conquistas 
históricas trazidas pela democracia representativa. Tais conquistas históricas 
são ampliadas a partir da conscientização de que através da democracia 
 
 
21 
participativa pode-se ampliar e aprofundar a perspectiva do horizonte político 
emancipador da democracia. 
Nesta perspectiva, o ser cidadão, transforma-se em ser político, capaz 
de questionar, criticar, reivindicar, participar, ser militante e engajado, 
contribuindo para a transformação de uma ordem social injusta e excludente. 
 Entendida como determinada historicamente, a escola atualmente 
também pode ser interpretada como campo de lutas onde as camadas 
populares devam conscientizar-se dos mecanismos de dominação e poder da 
sociedade capitalista. A escola tem como função social formar o cidadão, 
construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante crítico, 
ético e participativo. Para que isso se realize, o específico da escola é ensinar, 
socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado e, segundo 
Pimenta (2002), abdicar disto significa contribuir para a perpetuação da 
situação de dominação. Democratizar a escola, hoje, significa também ampliar 
as oportunidades de aprendizagem e melhorar qualitativamente o ensino 
público, de modo a ampliar a possibilidade de participação social das camadas 
populares pela aquisição dos conteúdos escolares. A difusão dos conteúdos, 
sua reelaboração de forma crítica e o aprimoramento da prática educativa 
escolar contribuem para elevar cultural e cientificamente as camadas 
populares, ou seja, para melhorar a qualidade de vida das pessoas e sua 
inserção num projeto coletivo de mudança de sociedade. 
Para Pimenta (2002, p. 139) o saber escolar contém um elemento 
revolucionário, visto que o capitalismo requer uma mão-de-obra cada vez mais 
especializada. Sendo assim, a instrução pode constituir-se em um instrumento 
motivador da classe dominada para participar ativamente da luta por seus 
direitos. A classe dominante é obrigada a instruir a classe dominada (para se 
manter dominante), mas contraditoriamente a instrução facilita a organização 
da classe dominada. É preciso compreender, no entanto que a instrução não 
exerce estes efeitos revolucionários, mas sim torna as camadas populares 
parte integrante da luta para a transformação social. 
 
 
 
22 
A escola é uma organização complexa. Para dar conta de sua 
precariedade, a mesma precisa exigir condições materiais e especialmente 
profissionais capacitados que contribuam para a democratização do saber. 
Essa organização complexa exige uma organização pedagógica do trabalho 
dos professores como um todo. Além disso, a reordenação dos sistemas de 
ensino, dos quais a escola é parte, permite novas perspectivas de que cada 
vez mais o Estado assuma a tarefa de tornar a escola pública uma realidade 
para todo cidadão. 
A escola, que se quer, precisa ser reconstruída a partir da existente, da 
crítica do que existe, porque, entre outras razões, é na escola que encontramos 
elementos válidos que mostram como e o que deve ser a organização escolar. 
Trata-se, pois, de selecionar os elementos que, fortalecidos, apontam para 
novas práticas e, segundo Pimenta (2002), a escola que se quer será pois 
aquela que conseguir interagir com as condições de vida e com as aspirações 
das camadas populares que buscam na escola aquilo que elas têm dificuldade 
de encontrar em outras instâncias. 
A Supervisão Escolar com características identificadas historicamente, 
na realidade atual, não serve às finalidades político-pedagógicas da educação 
escolar. A nova proposta de ação deve estar centrada no modo como o 
especialista em educação pretende desempenhar suas tarefas para, se 
necessário, redirecionar seus procedimentos. Para isso explicitaremos as 
considerações de Pimenta (2002, p. 149-152) que auxiliarão na reflexãosobre 
qual é a finalidade da educação escolar atualmente. 
Quanto à escola pública – Para melhorar a qualidade do ensino e 
ampliar cada vez mais as oportunidades de acesso, requer-se que os 
profissionais da escola se disponham a enfrentar a evasão e a seletividade, 
problemas mais agudos que inviabilizam sua democratização. No contexto, 
analisando-se o quadro melancólico em que a escola se encontra reduzida, 
constata-se o desinteresse do governo e a realidade de alguns professores 
cansados, de crianças famintas trabalhando precocemente, empobrecidas 
culturalmente, prejudicadas por uma escola inadequada, sem oportunidade de 
 
 
23 
acesso, escolas sujas, com vidros quebrados, sem recursos didáticos, entre 
outros problemas. 
Quanto à especificidade da escola – ou seja, quanto ao ato de ensinar. 
No processo de ensinar com a preocupação de fazer que se aprenda, torna-se 
fundamental a articulação entre o ser que aprende e sua cultura, entre sua 
classe social e o que se lhe quer ensinar, ou seja, o saber escolar. Esta ação 
requer o domínio de instrumentos e técnicas, além do conteúdo específico, e a 
compreensão das finalidades de ensinar num momento historicamente 
determinado. 
Quanto à prática docente – Uma articulação adequada entre os 
diferentes modos de ensinar os diferentes conteúdo pode ser facilitadora da 
emancipação que separa os alunos. Para isso a pedagogia crítico-social dos 
conteúdos acentua a importância fundamental do trabalho do professor no 
processo de elevar a cultura do povo. Porém, a prática cotidiana do professor 
está determinada por um conjunto de entraves para a efetivação desta 
proposta, ou seja, o professor é mal remunerado, desanimado, mal preparado, 
não organizado, e ensina diferentes conteúdos para os mesmos alunos. 
Quanto aos “especialistas” na escola e a prática docente – A escola por 
si só não forma cidadãos, mas pode preparar, instrumentalizar e proporcionar 
condições para que seus alunos possam se firmar e construir sua cidadania. 
Ela é uma instituição que sofre a influência e influencia aquilo que acontece ao 
seu redor, portanto, não é neutra, mas resultante da totalidade de atos, ações, 
valores e princípios da realidade histórica que interfere nos seus 
procedimentos. Nesta perspectiva, a escola deverá buscar sua autonomia e 
competência como espaço de decisão. O pedagogo especialista, em seu 
período de formação e posteriormente em seu campo de trabalho, através de 
sua prática desenvolve instrumentos e técnicas que podem vir a contribuir para 
a democratização da escola. 
Segundo Pimenta (2002), para funcionar bem, a escola precisa de 
profissionais que tenham visão de sua especificidade numa totalidade orgânica. 
A prática na escola é uma prática coletiva. Os pedagogos na escola são 
 
 
 
24 
profissionais necessários, seja nas tarefas de administração (entendida como 
organização racional do processo de ensino e garantia de perpetuação desse 
processo no sistema de ensino, de forma a consolidar um projeto político-
pedagógico de emancipação das camadas populares), seja nas tarefas que 
auxiliem o professor no ato de ensinar. Pelo conhecimento não apenas dos 
processos específicos de aprendizagem, mas também da articulação entre os 
diversos conteúdos e da busca de um projeto pedagógico-político coerente. A 
articulação da prática docente com a educação que valide e que seja validada 
por essa prática é uma tarefa pedagógica. 
Ainda de acordo com o Programa Nacional de Fortalecimento dos 
Conselhos Escolares (2004, p.18), a escola pública pode não apenas contribuir 
significativamente para a democratização da sociedade, como também ser um 
espaço privilegiado para o exercício da democracia participativa. Nesta 
perspectiva o documento expressa que a contribuição significativa da escola 
para a democratização da sociedade e para o exercício da democracia 
participativa fundamenta e exige a gestão democrática na escola. A escolha de 
dirigentes e a organização do Conselho Escolar, bem como, de toda a 
comunidade escolar para participar e fazer valer os seus direitos e deveres, 
democraticamente discutidos e definidos, torna-se um exercício de democracia 
participativa. 
 
O CARÁTER POLÍTICO E ADMINISTRATIVO DAS 
PRÁTICAS COTIDIANAS NA ESCOLA 
Paralelas aos meandros históricos, as atuais discussões pertinentes ao 
campo da ação da Gestão Democrática supõem que administrar a escola 
atualmente não se reduz à aplicação de métodos e técnicas, importados, 
muitas vezes, de empresas que nada têm a ver com objetivos educacionais. 
Paro (2004) entende que a administração escolar é portadora de uma 
especificidade que a diferencia da administração especificamente capitalista. 
Administrar a escola exige a permanente reflexão de seus fins pedagógicos na 
busca do modo de como alcançá-los. 
 
 
25 
Assim, a cada estágio da civilização sucede um outro que lhe dá 
continuidade. Essa sequência pode ser uma ruptura com o estabelecido, uma 
transformação radical das estruturas anteriores, uma sequência simples e 
tranquila do existente ou mesmo uma revolução dos paradigmas dos padrões 
vigentes. 
A Supervisão Escolar acompanha e permeia a trajetória histórica da 
escola, da administração política e pedagógica, exercendo diferenciados 
papéis de acordo com os diferentes modelos que foram sendo incutidos na 
educação. Utilizado durante várias décadas apenas com o intuito de formar a 
classe trabalhadora para atuar nos novos processos de produção de 
mercadorias. 
Atualmente a escola é entendida segundo Navarro (2004, p. 13) como 
instituição especializada da sociedade com o fim de oferecer oportunidade 
educacional que garanta a educação básica de qualidade para todos. Nesse 
sentido a prática educativa escolar apresenta a função de contribuir para que 
cada cidadão que nela adentre amplie seu conhecimento e capacidade de 
descobrir, criar, questionar e transformar a realidade. Além de tornar maior sua 
sensibilidade para encontrar sentido na realidade, nas relações e nas 
situações, contribuindo para a construção de uma nova sociedade, fundada em 
relações sociais de colaboração e solidariedade. 
A educação nesta perspectiva passa a ser entendida segundo Navarro 
(2004), como processo de emancipação humana, com o objetivo de formar 
pessoas autônomas, livres e responsáveis, numa sociedade contraditória e 
excludente. Por isso torna-se indispensável a atenção dos que compõem o 
trabalho na escola para que contribuam no sentido de evitar que a escola 
contribua para reforçar as condições e práticas que ajudam a manter a injustiça 
e as desigualdades sociais. 
A criação e atuação de órgãos de apoio, decisão e controle público da 
sociedade civil na administração pública segundo Navarro (2004), têm um 
significado histórico relevante. Na educação, essa organização de espaços 
colegiados atualmente realiza-se em diferentes instâncias de poder, que vão 
 
 
 
26 
desde Conselho Nacional até os Conselhos Estaduais, Municipais e Escolares. 
Esses espaços e organizações são fundamentais para a definição de políticas 
educacionais que orientem a prática educativa e os processos de participação. 
Na escola a valorização do Conselho Escolar passa a ser papel decisivo 
na democratização da educação e da escola. Torna-se um importante espaço 
no processo de democratização, na medida em que reúne diretores, 
professores, funcionários, estudantes, pais e outros representantes da 
comunidade para discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento do Projeto 
Político Pedagógico (proposta global da prática educativa da escola), deve ser 
visto, debatido e analisado dentro do contexto nacional e internacional em que 
vivemos. 
 
A Organização Escolar Visando à Educação de Qualidade 
Com o propósito de constituir-se em espaço que auxilie na formação do 
cidadão, de acordo com Navarro (2004), na escola existe atualmente oreconhecimento da necessidade de estrutura física adequada, autonomia na 
gestão, docentes qualificados assumindo responsabilidade por êxitos e 
fracassos de seus alunos, avaliação sistemática, nenhum tipo de segregação, 
envolvimentos dos pais nas atividades escolares e um ambiente emocional 
favorável. Segundo a autora tais características somente poderão decorrer de 
políticas definidas e direcionadas à melhoria da escola. 
De acordo com a LDB 9394/96, em seu artigo 23, são dadas várias 
opções para a organização da escola por séries anuais ou períodos 
semestrais, em ciclos, por grupos não seriados, com base na idade, na 
competência e em outros critérios, sempre que o interesse do processo de 
aprendizagem recomendar. Assim, cabe aos sistemas de ensino delimitar a 
forma de organização das escolas, que deverá estar explicitada no Projeto 
Político Pedagógico da escola, bem como em seu regimento escolar. 
São vários os mecanismos e os instrumentos inclusos na LDB Nº 
9394/96, pautados no princípio da igualdade, do reconhecimento das 
diferenças, da integralidade e da autonomia que visam a assegurar a qualidade 
 
 
27 
do ensino. Tais princípios focalizam o estabelecimento da ruptura com a 
padronização e a fragmentação do conhecimento e define ações e objetivos 
que priorizam a organização do trabalho em situações de aprendizagem, 
verificando, sistematicamente, a construção e a progressão da aprendizagem 
dos estudantes. 
 Navarro (2004) afirma que refletir sobre essa questão incita no 
reconhecimento de variadas possibilidades, de acordo com as necessidades de 
cada realidade. Alguns exemplos encontram-se relacionados ao calendário 
escolar que admite um planejamento de atividades letivas em períodos que 
independem do ano civil. Devendo atender, porém, condições de ordem 
climática, econômica ou outras que justifiquem a medida, sem redução da 
carga horária de 800 horas anuais, 200 dias letivos de trabalho escolar, quatro 
horas diárias em sala de aula e excluído o tempo reservado para os exames 
finais. 
A autora ainda comenta que são múltiplas as possibilidades que a 
escola pode identificar para a realização do trabalho pedagógico de natureza 
teórica ou prática em sala de aula ou em outros ambientes. À escola é atribuída 
a tarefa de favorecer aos alunos a compreensão do movimento dialético que se 
encontra impregnado nas relações entre o homem, a natureza e a cultura. A 
partir desse entendimento prescrito em dispositivos legais, pode-se considerar 
que toda e qualquer programação incluída na proposta pedagógica da 
instituição, com exigência de frequência e acompanhamento de profissionais 
da escola, será caracterizada como atividade escolar. Também deixa explicita 
a responsabilidade da gestão da escola na condução do processo de ensino e 
aprendizagem. 
Assim, para que a democratização do ensino se concretize, além da 
garantia de acesso e permanência de todos no processo educativo, e da 
criação de um espaço para a prática democrática no interior da escola, a 
qualidade do processo educativo deve ser entendida como construção social. 
Todos que participam da escola, segundo Navarro (2004), são 
responsáveis em garantir que o tempo pedagógico não seja desperdiçado. 
 
 
 
28 
Cada profissional da escola torna-se corresponsável pela ampliação de 
oportunidades de aprendizagens significativas. A estimulação de participação 
dos seus membros nas discussões coletivas, na reflexão sobre o processo 
pedagógico e o cotidiano da escola, propicia a construção de objetivos comuns, 
a investigação sobre a realidade da comunidade escolar e local em suas 
articulações com a sociedade mais ampla. 
Diante do compromisso atual de oferta do ensino de qualidade 
viabilizando aos alunos o acesso aos bens culturais e aos conhecimentos 
sistematizados e disponíveis em nossa época, a discussão sobre a questão da 
qualidade do ensino deveria fazer parte da agenda de educadores, políticos, 
pais, enfim, de toda a comunidade educativa. 
Ao analisar-se o compromisso dos profissionais que atuam na escola, 
acompanhando a trajetória da educação, a seguir, faz-se um recorte, com o 
intuito de considerar a identidade da Supervisão Escolar, seu envolvimento 
com a escola e a educação, nos diferentes períodos da história da educação 
no Brasil, sua função e seus objetivos. Tais considerações no momento são 
sugeridas como ferramenta básica para ressignificação da prática desse 
profissional em seu ambiente de trabalho, ou seja, a escola. 
No Brasil, nas primeiras fases de seu desenvolvimento até por volta de 
1940, a Supervisão era entendida como inspeção/fiscalização, relacionada 
mais com o administrativo no qual sua ação centrava-se na observação das 
condições do espaço físico, na frequência e disciplina dos alunos e no trabalho 
dos professores. 
Nessa perspectiva não há como referir-se à Supervisão Escolar de 
forma dissociada, separada da organização educacional; também se torna 
difícil falar em supervisão escolar sem fazer referência à inspeção escolar. 
Vários têm sido os autores, estudiosos e pesquisadores do tema que remetem 
seus leitores a esse processo histórico, sempre que colocam em discussão os 
mais diversos aspectos da Supervisão Escolar. 
Numa segunda fase, a Supervisão é entendida como orientação imposta 
aos professores para que estes se tornem mais eficientes no exercício da 
 
 
29 
profissão e numa terceira fase, a Supervisão começa a ser entendida como 
treinamento e como guia, de acordo com as exigências ou as necessidades do 
local no qual ela atua. 
A Supervisão moderna passa a ser entendida tanto como “norteadora” 
do trabalho docente voltado ao aperfeiçoamento do ensino e aprendizagem, 
quanto como valorizadora do trabalho coletivo buscando o envolvimento de 
toda a comunidade escolar. 
Iniciando o segundo capítulo deste trabalho historiamos a primeira fase 
da Supervisão Escolar, ainda em seus primórdios, tratada como inspeção 
escolar durante o período agroexportador no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
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