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1 ROSIANI FLORIANI RELATÓRIO DO ESTÁGIO GESTÃO EDUCACIONAL UNOPAR FACULDADE NORTE PARANÁ LICENCIATURA GEOGRAFIA JOINVILLE 2021 2 JOINVILLE 2021 RELATÓRIO DO ESTÁGIO GESTÃO EDUCACIONAL Relatório apresentado à UNOPRA FACULDADE NORTE PARANÁ, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de GESTÃO EDUCACIONAL do LICENCIATURA GEOGRAFIA. ROSIANI FLORIANI 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 1 GESTÃO ESCOLAR E DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA .................................... 6 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) ....................................................... 8 3- PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC .......................................... 10 4- ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.................................................................. 11 5 PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR .................................................................. 13 7- REGIMENTO ESCOLAR ...................................................................................... 17 8 ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA ........................................................................ 19 9 PLANO DE AÇÃO ................................................................................................. 21 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 23 11 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 24 4 5 INTRODUÇÃO Gestão Escolar como espaço para a participação, engloba o estudo da escola como uma instituição onde o trabalho do gestor escolar tem papel diferenciado dos gestores de outras áreas. A participação do gestor na dinâmica pedagógica da escola reflete uma nova postura desse profissional, que deve compreender e participar de todas as etapas da organização escolar, não só a administrativa e a financeira. A compreensão da organização escolar na dimensão pedagógica deverá ser o princípio norteador de seu trabalho, visando à efetivação do papel da escola que é a promoção da aprendizagem do aluno A ênfase na gestão participativa, onde o corpo docente e a comunidade externa devem contribuir com suas habilidades, é um espaço de articulação e de convergência de múltiplas forças. A elaboração da proposta pedagógica da escola deverá ser pautada pelos princípios da democracia e autonomia, possibilitando ser um reflexo da identidade escolar, e propiciando a participação de todos os membros da comunidade escolar, no exercício da cidadania, buscando a organização do trabalho da escola na sua globalidade, que envolve a estrutura organizacional e a estrutura pedagógica. Ação conjunta e participativa de todos os setores da escola, objetivando a construção do conhecimento. A problemática compreende algumas questões a serem respondidas a partir da investigação teórica e da observação da prática escolar. O problema fica evidente com a formulação de algumas perguntas indicativas para uma construção teórica consistente. Qual é a relação entre a Gestão Escolar e a participação dos membros e setores constitutivos da organização escolar? Uma Gestão Escolar autoritária verticalmente exercida inibe a formação de uma comunidade escolar participativa e de ação integradora? Uma Gestão Escolar democrática suscita a participação dos sujeitos da escola na construção coletiva da organização escolar e do processo de conhecimento? Dessa forma, a participação efetiva do gestor no planejamento das ações pedagógicas, é de suma importância para o desenvolvimento do seu trabalho. Entretanto, as concepções atuais de muitos profissionais da educação não alcançam esse entendimento, o que reflete numa prática diferenciada e por vezes autoritária e descompromissada, distante das concepções atuais de Gestão Escolar. 6 1 GESTÃO ESCOLAR E DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA Assim, a década de 1990 é marcada pela “presença dos organismos internacionais que entram em cena em termos organizacionais e pedagógicos, marcados por grandes eventos, assessorias técnicas e farta produção documental” (FRIGOTTO; 5 O plano decenal de educação para todos é “o conjunto de diretrizes de política em processo contínuo de atualização e negociação, cujo horizonte deverá coincidir com a reconstrução do sistema nacional de educação básica” (BRASIL, MEC, 1993, p. 15). A qualidade da educação, por exemplo, é uma das reivindicações que fomentarão diversos programas dos governos que se sucederam. Esta questão, será repetida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, que “pontua 10 vezes o termo ‘qualidade’, seja como padrão de qualidade, padrão mínimo de qualidade, avaliação de qualidade, melhoria da qualidade, aprimoramento da qualidade e ensino de qualidade”(CURY, 2007, p. 14). CIAVATTA, 2003, p. 97). Nela, observam-se fortes influências externas nas políticas educacionais, principalmente oriundas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) - Banco Mundial -, produzindo uma homogeneização das reformas educacionais nos diferentes países onde atuam (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2011). Diante dessa realidade, cada vez mais é urgente a necessidade de fomentar discussões entre a sociedade, principalmente pais, educandos, professores, gestores, acerca de questões relacionadas às políticas públicas na área educacional, pois é cada vez mais presente a exigência de uma qualidade, via indicadores educacionais, que está além do que a maioria das escolas públicas brasileiras podem oferecer. Portanto, a educação precisa de uma nova realidade que não suporta a ditadura dentro das escolas, sendo necessário o momento de escuta, no qual os envolvidos no processo educacional são convocados a participar da gestão nas unidades de ensino. A disputa entre as escolas com melhores rendimentos em provas externas, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica que inclui a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e a Avaliação Nacional de Rendimento Escolar (Anresc), notoriamente conhecida no território brasileiro como Prova Brasil é objeto de discussões entre os 7 diretores e a comunidade escolar, que objetivam a qualidade educacional para além de números e dados que fazem parte do ranking entre as escolas. No campo educacional, a Carta Magna prescreve a gestão democrática do ensino público, ratificada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, na qual “os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades” (BRASIL, 1996). A escolha dos diretores é um nuance ainda em questão e após a ditadura civil militar voltou a aparecer na agenda política de muitos governantes, como um problema ainda não resolvido. Quando falamos de política, nos reportamos a sua concepção clássica que “deriva de um adjetivo originado de poli-politikós- e refere-se a tudo aquilo que diz respeito à cidade e, por conseguinte, ao urbano, ao civil, ao público, ao social” (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2011, p. 7). A gestão escolar passa por uma mudança significativa no novo milênio, deixando o diretor de ser o único administrador da escola que obedece às ordens emanadas dos superiores. Destacamos que “não se trata de simplesmudança terminológica e sim de uma fundamental alteração de atitude e orientação conceitual. luta dos professores, funcionários e alunos pela qualidade educacional que engloba melhores salários, espaços adequados com ambientes propícios para aprendizagem e eleição de diretores, são considerados pontos fundamentais para a democracia e melhoria da qualidade nas escolas públicas. Essa luta está na pauta governamental, considerando um processo de disputas que envolve a temática, a Conferência Nacional de Educação (CONAE), de 2010, trouxe contribuições dos cidadãos brasileiros que em todo território nacional discutiu a democracia dentro das escolas brasileiras. 8 2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. O papel do processo produtivo na construção do espaço deve possibilitar a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas, para que reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no espaço geográfico. Considerando que os alunos são agentes da construção do espaço, por isso, é também papel da Geografia subsidiá- los para interferir conscientemente na realidade. A Geopolítica deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço que ele está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidos entre os territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como campos de forças sociais e políticas. É necessário que os alunos compreendam as relações de poder que os envolvem e determinam. Considerado fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de espacializá-los e especificar o olhar geográfico para o mesmo. Segundo Libâneo-2004 PPP “é o documento que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando a síntese das exigências sociais e legais do sistema de ensino e os propósitos e expectativas da comunidade escolar”(2004). Ou seja tem uma função horizontal e vertical. Tem um vínculo com expectativas da educação nacional e do sistema estadual, como também com as demandas da própria escola e comunidade em que a mesma está inserida. Na visão de Celso Vasconcelos, o PPP é um instrumento teórico metodológico para intervenção e mudança da realidade, constituindo-se em um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição nesse processo de transformação, (1997). Logo, o PPP define a identidade da escola, oportunizando-a pensar a sua ação educativa, podendo ser inicialmente entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar, significar e ressignificar 9 É o instrumento e o processo de organização da escola; • É através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um trabalho coletivo, cujas responsabilidades pessoais e coletivas são assumidas para execução dos objetivos estabelecidos; • É um guia para a ação, prevê, dá direção política e pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, institui procedimentos e instrumentos de ação As atividades desenvolvidas pela escola. Então, sua dimensão político pedagógica caracteriza uma construção ativa e participativa, vivenciada em todos os momentos pelos diversos segmentos escolares. A elaboração/reelaboração, implantação e implementação do PPP devem fundamentar-se nos pressupostos da gestão democrática que defende uma ação pedagógica a partir da prática social dos estudantes, do compromisso de superar as fragilidades da escola e potencializar experiências exitosas. Para isso é necessário o domínio dos aspectos metodológicos do planejamento participativo, indispensáveis à concretização das concepções assumidas coletivamente. Dessa forma, a rede pública estadual de ensino concebe o PPP como conjunto de práticas e procedimentos em dimensões da gestão educacional: de pessoas, pedagógica, administrativa, de patrimônio, financeira e de responsabilidade social. A escola deve, portanto, organizar o trabalho pedagógico com a garantia dos objetivos de aprendizagens dos componentes curriculares obrigatórios e os temas sócio educacionais, determinados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estadual, bem como pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nesse sentido, o eixo norteador desse trabalho é o planejamento, cujos planos de ensino e de atividade docente são construídos a partir do método didático de aprendizagem adotado nas Diretrizes Curriculares Estaduais. No PPP da escola esse método deve estar explícito inclusive em sua concepção de formação continuada dos profissionais da escola e reuniões pedagógica 10 3- PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC A abordagem dos temas contemporâneos transversais como eixos integradores contribui para valorizar sua importância e dar significado e relevância aos conteúdos escolares, para que a educação escolar se efetive como uma estratégia eficaz na construção da cidadania do estudante e da participação ativa da vida em sociedade (Brasil, 2019b). Dessa maneira, o termo “transversal” pode ser definido como aquilo que corta, que atravessa; logo, temas transversais, em um contexto educacional, são aqueles assuntos que não pertencem a nenhuma área do conhecimento em particular, mas que atravessam todas elas como se delas fizessem parte, exigindo dos docentes que os abordem dentro de seus componentes curriculares (Cordeiro, 2019). As diferentes demandas do processo de ensino e aprendizagem, as abordagens dos TCTs foram divididas em três níveis crescentes de complexidade: Intradisciplinar: É uma relação entre os objetos de conhecimentos internos do próprio componente curricular, ou seja, como os temas contemporâneos transversais permeiam dentro das habilidades das diferentes unidades temáticas apresentadas. Interdisciplinar: É uma abordagem integrada de temas contemporâneos transversais comuns entre diferentes componentes curriculares. Implica um diálogo entre os campos dos saberes, em que cada componente acolhe as contribuições dos outros, ou seja, há uma interação entre eles. Transdisciplinar: É uma abordagem que contempla temas contemporâneos transversais em uma única proposta ou projeto, transcendendo os componentes curriculares. Contribui para que o conhecimento construído extrapole o conteúdo escolar. As abordagens dos TCTs não devem ser desenvolvidas em blocos rígidos, em estruturas fechadas de áreas de conhecimento, mas, sim, de um modo contextualizado e transversalmente, de forma intradisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar (Brasil, 2019b). 11 4- ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA A atuação do professor e sua inter-relação com a equipe pedagógica e administrativa, assim como a atuação da equipe pedagógica no acompanhamento do desenvolvimento da disciplina. A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das regulamentações apresentadas na BNCC? Para que o novo saber chegue ao aluno, será necessária uma nova forma de ensinar. A BN CC não mexe só noconteúdo. Ela também pede um novo p rofessor em sala de aula. O documento propõe uma transformação na atuação do educador: sai de cena o detentor único do saber e entra o mediador, o tutor, que mostra caminhos, orienta e auxilia, mas deixa o aluno trilhar a sua via na construção do conhecimento. Constituir equipe de governança na secretaria para se responsabilizar pela gestão e acompanhamento das ações junto às escolas e aos pais e/ou responsáveis. Mobilizar grupo de professores com experiência/afinidade em apresentar aulas ao vivo e on-line. Promover canal de comunicação para trocas constantes entre os professores integrantes do grupo. Elaborar planos de aula (tema da aula, qual objetivo, conteúdo e o que se espera que os estudantes tenham aprendido ao final) a partir da seleção dos conteúdos. Com auxílio dos planos de aula e considerando as características do audiovisual, criar o roteiro para aula ao vivo on-line. Criar cronograma de disponibilização das aulas de maneira que os conteúdos possuam sentido pedagógico. 12 Prover apoio ao deslocamento dos professores para os ambientes de transmissão de aula ao vivo e on-line, caso seja necessário O professor terá que se reinventar, ele terá de pensar de forma diferente e atrativa sem desqualificar o ensino básico e agregar plataformas digitais em um ambiente virtual para interação com seu aluno. Na BNCC o papel do professor 2.0 não se limita a utilizar a tecnologia educacional. Ele também envolve uma compreensão das novas linguagens digitais que e mergiram das novas tecnologias...face,Instagram, stories, memes e gifs. Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular. Um exemplo que pode ser seguido é a equipe pedagógica propor formação continuada em tempo determinado pelacoordenação e direção em âmbito escolar aos professores para compreender amaneira de como irá se organizar visando o cumprimento das intenções daescola. Nesse sentido, a gestão deve estar presente para viabilizar o que for necessário para o funcionamento da instituição escolar. 13 5 PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR Consiste em interpretar as experiências vitais relacionadas à prática da Gestão Escolar, envolvendo a organização do conhecimento, a participação comunitária e democrática, a coletivização das capacidades e potencialidades individuais e a visão dos gestores escolares sobre a sua própria prática. Por esta razão, a pesquisa prescinde de qualquer forma de tabulação quantitativa. A pesquisa qualitativa evidencia a viabilidade da construção do conhecimento a partir da organização da realidade prática traduzida na sistematização teórica. Neste sentido, o trabalho começa com a universalidade do momento teórico, desce à realidade prática na realização da pesquisa e retorna ao universal quando o teórico e o prático são integrados num outro nível. Na atualidade, muito se comenta a respeito da Gestão Escolar, porque é através dela que todos os segmentos da escola convergem. Ela tem a função de unir, direcionar e tornar coerente as ações da escola. Pensar a Gestão Escolar é lutar contra mecanismos neoliberais que permeiam os meios de comunicação social para superar o individualismo e formar no interior da escola uma cultura de participação. Nesse sentido, torna-se necessário compreender os conceitos e as concepções de Gestão Escolar e de participação como forma de incluir os sujeitos que dela fazem parte, e, apontando os desafios da escola diante do exercício da gestão e da participação, efetivar um processo participativo escolar. Os gestores escolares têm o desafio de democratizar os saberes e as práticas dentro da escola, procurando envolver todos os sujeitos a fim de que cada um assuma seu papel em prol de uma escola mais participativa. A escola é formada por sujeitos pensantes que lutam por uma sociedade justa, procurando promover ações participativas e atividades que visem o envolvimento e o comprometimento das pessoas. Assim, cada membro e cada setor da estrutura escolar necessitam assumir seu papel para construir uma escola democrática e participativa. O exercício de pensar a participação e a Gestão Escolar remete os sujeitos da escola no seu envolvimento na prática educativa que inclui toda a escola. A Gestão Escolar tem a função de integrar os setores da escola e esta na comunidade como um todo. Partindo desse pressuposto, todos terão vez e voz para contribuir com sua opinião, sugestões e críticas para a melhoria do processo de ensinar e de aprender. 14 O trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo desenvolve o conceito de Gestão Escolar e suas características. O capítulo enfoca a estrutura organizacional da escola, desenvolve uma breve exposição sobre a estrutura interna das escolas, os elementos que constituem o sistema de organização e gestão e a conceituação sobre gestão participativa e seus princípios. O segundo capítulo apresenta a pesquisa realizada em escolas do Município de Marau, sendo duas particulares, duas municipais e três estaduais. Foram elaborados alguns questionamentos diretamente dirigidos aos gestores escolares com a finalidade de recolher contribuições referentes aos seus conhecimentos e às práticas relativas à Gestão Escolar. As perguntas formuladas têm como fio condutor a estrutura de uma organização escolar democrática e participativa, a relação da escola com a comunidade e a construção do conhecimento pelo viés da interdisciplinaridade. As questões foram distribuídas em mãos de cada diretor, que teve um prazo de sete dias para responder por escrito e fazer a devolução. O critério de preferência pelas escolas pesquisadas é a distribuição por diferentes bairros e por diferentes instituições como municipais, estaduais e particulares. O terceiro capítulo expõe uma análise das respostas dos questionamentos a partir do referencial teórico desenvolvido no primeiro capítulo. Dentro da estrutura geral do trabalho, o terceiro capítulo será uma tentativa de síntese entre o teórico e o prático, entre conceito e realidade, entre o conhecimento e a prática quotidiana. O capítulo tem como enfoque as relações de participação entre os membros e setores da escola, as convergências e divergências entre a teoria e a prática e os desafios diante de uma Gestão Escolar moderno 15 6- ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação das ações didático- pedagógicas, que acontecem na instituição escolar. É um trabalho de liderança que ajuda a escola a desempenhar melhor o seu processo de ensino-aprendizagem, em função de uma educação de qualidade oferecida aos alunos. O investimento em acompanhamento pedagógico não funciona somente para a melhora do desempenho em provas e simulados, mas ajuda, também, no desenvolvimento de habilidades sócio emocionais, fazendo com que haja avanços até mesmo no relacionamento interpessoal entre alunos e professores Equipe Pedagógica Atender aos pais e alunos, orientando para um melhor aproveitamento das atividades escolares. A coordenação precisa ser a mola que impulsiona a dinâmica escolar. Para Orsolon (2000), o coordenador precisa carregar em sua identidade características que o fazem “coordenador”, como: mediar a competência docente, realizar um trabalho coletivo, incentivar práticas curricularesinovadoras, procurar atender os desejos do professor, criar oportunidades para integrar o professor à escola, estabelecer uma parceria com o professor, propiciar situações de desafio para o professor. É evidente que se trata de um papel que demanda dedicação, trabalho e acompanhamento contínuo. A Equipe Pedagógica é um órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação da Proposta Pedagógica do Estabelecimento. A Equipe Pedagógica é composta por Supervisor de Ensino, Orientador Educacional, Corpo Docente e Responsável pela Biblioteca Escolar. A equipe pedagógica é responsável pela coordenação das ações didático – pedagógicas que acontecem na instituição escolar. A escola vem ao longo do tempo passando por transformações e mudanças, causadas em parte pelo próprio contexto educacional, sobretudo em função das políticas para a área, e também da necessidade de atender a alunos reais. Da necessidade de articular as ações do e no universo escolar, faz-se necessária a presença de outros profissionais, além dos professores. A pesquisa tem como foco a coordenadora pedagógica na relação com a docência e, neste tópico, começo por discutir o processo histórico em que se construiu a importância da coordenação. Funciona como um elo que une as partes envolvidas no ensino e aprendizagem dos alunos, estabelecendo uma ponte entre 16 direção, professores, alunos e pais, formando uma rede interligada por interesses comuns. É um trabalho de liderança que ajuda a escola a desempenhar melhor o seu processo de ensino-aprendizagem, em função de uma educação eficaz oferecida aos alunos. Também está entre seus afazeres promover o crescimento daqueles com quem lida diretamente, como professor e aluno. Relevante é refletir sobre a prática de coordenação e entendê-la como um ponto de partida para a mudança, e como articuladora de todo o processo educativo no ambiente escolar. A coordenadora deve ser presente no trabalho das professoras, mas a promoção de situações e espaços de reflexão é fundamental. Ela, a coordenadora, é um dos atores que estão em cena, mas para que se desenvolva esse trabalho é preciso que haja interação e participação por parte das professoras 17 7- REGIMENTO ESCOLAR É um documento de caráter obrigatório, que contém as regras de funcionamento da instituição de ensino e serve como um manual prático a ser compartilhado com a comunidade escolar. Um conjunto de regras que definem a organização administrativa, pedagógica e disciplinar da escola, bem como seus objetivos, seu sistema de ensino e a forma como é colocado em prática. Sendo assim este documento é normativo e administrativo, ele deve se basear nas legislações de Educação vigentes no país, no estado e no município em que a escola atua. Com base nisso, define-se a proposta pedagógica, coordenando o funcionamento da instituição e regulamentando as ações educativas. O Regimento Escolar faz parte da gestão da escola, e é por meio dele que são estruturadas, definidas e normatizadas as ações do coletivo escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico (PPP). O Regimento Escolar é o primeiro documento a ser criado no início da atuação da instituição, que guiará todas as suas ações, e deve ser atualizado frequentemente, a fim de manter a regularidade legal e garantir que o ensino está sendo realizado corretamente. Ele também regula as concepções de educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas estabelecidas pelo sistema de ensino local. Portanto, esse documento deve interagir diretamente com o PPP. A Constituição Federal, principal lei do país, estabelece os princípios que devem nortear o Regimento Escolar, que são: Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; Garantia de padrão de qualidade. http://materiais.sae.digital/ebook_projeto_politico_pedagogico https://sae.digital/ppp-e-planejamento-de-aulas-anual/ 18 Embora esses princípios se refiram principalmente às instituições públicas, eles também devem servir de base para a elaboração, a discussão e a aprovação do Regimento Escolar em escolas privadas. Para elaborar o documento, observe outros pontos que devem ser considerados: A especificidade da natureza pedagógica da instituição escolar e do seu interesse público; A autonomia da escola como unidade coletiva de trabalho; A unidade pedagógica e administrativa da escola como instituição orgânica; A representatividade como critério para a gestão da escola. Após a definição do regimento de acordo com os princípios legais, a escola deve definir, junto à comunidade escolar, as especificidades da unidade com base em suas necessidades, descrevendo todos os aspectos da realidade institucional. O Regimento Escolar é um documento legal, necessário para os atos regulatórios da instituição, que permitem a ela que atue de acordo com a legislação, credenciada e reconhecida junto às autoridades que consentem seu funcionamento. Outro objetivo do regimento é o cumprimento das ações educativas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico da escola, fazendo valer as propostas da instituição para que o processo de ensino e aprendizagem se desenvolva. . 19 8 ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA É um documento de caráter obrigatório, que contém as regras de funcionamento da instituição de ensino e serve como um manual prático a ser compartilhado com a comunidade escolar. Um conjunto de regras que definem a organização administrativa, pedagógica e disciplinar da escola, bem como seus objetivos, seu sistema de ensino e a forma como é colocado em prática. Sendo assim este documento é normativo e administrativo, ele deve se basear nas legislações de Educação vigentes no país, no estado e no município em que a escola atua. Com base nisso, define-se a proposta pedagógica, coordenando o funcionamento da instituição e regulamentando as ações educativas. O Regimento Escolar faz parte da gestão da escola, e é por meio dele que são estruturadas, definidas e normatizadas as ações do coletivo escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico (PPP). O Regimento Escolar é o primeiro documento a ser criado no início da atuação da instituição, que guiará todas as suas ações, e deve ser atualizado frequentemente, a fim de manter a regularidade legal e garantir que o ensino está sendo realizado corretamente. Ele também regula as concepções de educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas estabelecidas pelo sistema de ensino local. Portanto, esse documento deve interagir diretamente com o PPP. A Constituição Federal, principal lei do país, estabelece os princípios que devem nortear o Regimento Escolar, que são: Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; Garantia de padrão de qualidade. http://materiais.sae.digital/ebook_projeto_politico_pedagogico https://sae.digital/ppp-e-planejamento-de-aulas-anual/ 20 Embora esses princípios se refiram principalmente às instituições públicas, eles também devem servir de base para a elaboração, a discussão e a aprovação do Regimento Escolar em escolas privadas. Para elaborar o documento, observe outros pontos que devem ser considerados: A especificidade da natureza pedagógicada instituição escolar e do seu interesse público; A autonomia da escola como unidade coletiva de trabalho; A unidade pedagógica e administrativa da escola como instituição orgânica; A representatividade como critério para a gestão da escola. Após a definição do regimento de acordo com os princípios legais, a escola deve definir, junto à comunidade escolar, as especificidades da unidade com base em suas necessidades, descrevendo todos os aspectos da realidade institucional. O Regimento Escolar é um documento legal, necessário para os atos regulatórios da instituição, que permitem a ela que atue de acordo com a legislação, credenciada e reconhecida junto às autoridades que consentem seu funcionamento. Outro objetivo do regimento é o cumprimento das ações educativas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico da escola, fazendo valer as propostas da instituição para que o processo de ensino e aprendizagem se desenvolva. 21 9 PLANO DE AÇÃO A elaboração do Plano de Ação da Escola também é o momento de revisar a ação pedagógica de todo o coletivo escolar. Nesse sentido, o planejamento dos objetivos, metas, ações e resultados devem ser acompanhados pela direção e equipe pedagógica no percurso do ano letivo. Assim a equipe do Departamento de Educação Especial deseja êxito nas atividades a serem realizadas por todos os profissionais da Escola, pois é partir da construção do coletivo que chegaremos ao sucesso da ação pedagógica Um plano de ação deve conter o que a escola vai fazer em todas as séries naquele ano letivo. Ele deve ser seguido à risca, mas como se trata de um documento “vivo”, comporta modificações e melhorias. A partir das metas traçadas, gestores e professores podem avaliar ao final do ano o que deu certo e se planejar, no início do ano seguinte, para melhorar ou implementar novas ações. Por isso, quanto mais o plano envolver a equipe de professores, coordenadores e diretor, melhor. Aspectos da Prática Pedagógica / Vida Escolar Marco Operativo Realidade da Escola Problemas GESTÃO ESCOLAR Participativa, democrática, articuladora, compromissada. Falta comunicação efetiva/ o colegiado não tem nenhuma repercussão no cotidiano da escola/ falta reconhecimento das atribuições de cada segmento A Gestão Escolar ainda não está articulada para uma ação compromissada, participativa e democrática dificultando a integração escola/comunidade, as relações interpessoais e a realização de uma programação sócio cultural mais envolvente. INTEGRAÇÃO ESCOLA- COMUNIDADE Socializadora, articuladora, reconstrutora, participativa. Participação mínima da comunidade/os pais comparecem à escola apenas quando solicitados para discutir problemas relacionados ao filho. PROGRAMAÇÃO SÓCIO-CULTURAL Envolvente, humanizadora, integradora. Falta realização de eventos sócio culturais/limita-se apenas à Feira Cultural. RELAÇÕES INTERPESSOAIS Solidárias, tolerantes, transparentes, humanizadas. Solidárias e transparentes com algumas restrições/ envolvimento dos pais muito limitado/ muitos alunos sem perspectivas e entusiasmo para o estudo. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR Diversificado, flexível, formador, interativo. Padronizado/ não atende às necessidades dos alunos que trabalham(noturno)/ prende-se à legislação (horários e grade curricular rígidos)/fragmentado. Atualmente o currículo escolar está organizado de forma fragmentada, distante do nível em que os alunos se encontram comprometendo a organização do Tempo Escolar de maneira flexível, interativo e formador . 22 Redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças; Resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir. Viabilizar, divulgar e incentivar os professores na participação em capacitações, independente da área de atuação, sobre o processo de inclusão, sobre as necessidades educacionais especiais e sobre como se dá o desenvolvimento cognitivo das pessoas em seu processo de aquisição de conhecimentos. Realizar adaptações de pequeno porte, como pequenos ajustes nas ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula. Implementar ações junto demais alunos, no sentido de conscientização da importância da convivência na diversidade e no respeito às diferenças. Criação de condições físicas e materiais como construção de rampas em todos ambientes, realizando as adaptações em materiais de uso comum em sala de aula; Favorecer o melhor nível possível de comunicação e interação do aluno com toda a comunidade escolar. Buscar aquisição de equipamentos e materiais específicos necessários. - Colaborar na eliminação de sentimentos de baixa auto-estima, inferioridade, menos valia ou fracasso. 23 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS A gestão que se desenha é aquela voltada para melhoria do ensino- aprendizagem, uma gestão participativa, contextualizada, que prioriza o processo de mudança de ua pratica autoritária para a democrática. Na realidade, a gestão é indicada pelo sistema, não está a serviço da maioria de sua clientela, o que dificulta a tomada de decisões, haja vista que, é momento da escolha do gestor a qual deve ser livre e democrática, escolhendo no próprio grupo a melhor proposta de trabalho. Aprender a conhecer, a descobrir caminhos, a recomeçar e a transformar metas, garante o aprender a aprender, a construir o passaporte para uma educação permanente, na medida em que fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da vida. É um processo em que o aluno passa a ser compreendido como ser humano e como um cidadão em desenvolvimento, que o vê de modo plural e diversificado, com diversificação, com diversas possibilidades de aprendizagem, em que todos são capazes de aprender com condições e situações favoráveis. “A cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar do aumentar a cabeça e para o total”.(GUIMARÕES ROSA, 1988). A escola só contribuirá com o sujeito que nela circula, quando existir um senso de solidariedade que une os sujeitos que a circula, em torno de metas comuns, que é o verdadeiro ato de “educar” 24 11 REFERÊNCIAS : BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília: MEC; SEMTEC, 2002 FERNANDES, Florestan. A formação política do professor. In: Universidade Escola e Formação de Professores. São Paulo, Brasiliense, 1986. CALLAI, Helena Copetti; ZARTH, Paulo A. O estudo do município e o ensino de História e Geografia. Ijuí: Livraria Unijuí Editora, 1988.VASCONCELOS, C.S. Planejamento: Plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertat, 1995. FERREIRA, Naura Syria Carapeto. (org). Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terá, 1996. GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. Polêmicas do Nosso Tempo. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1992. GADOTTI, Moacir e Romão, J.E (ORGS). Autonomia da Escola princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 1997. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5 ed. Ver. Autores Associados, 2009 (Coleção educação contemporânea). GUIA DE GESTÃO ESCOLAR / Secretaria de Estado da Educação do Maranhão. 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