Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bloqueadores neuromusculares *Bloqueiam a interação entre neurônio e músculo, ao bloquear a ação dos neurotransmissores (acetilcolina - ACh) nos receptores nicotínicos na placa motora nos músculos. *São utilizados em cirurgias, para facilitar a intubação endotraqueal, pois o relaxamento muscular ocorrer com doses baixas. : *O receptor nicotínico de acetilcolina é formado por 5 subunidades que formam um poro, com local de fixação da ACh nas subunidades alfa, permitindo o fluxo de íons. *Em estado normal, o canal fechado em estado de repouso responde à ligação dupla de acetilcolina abrindo temporariamente. Como possui baixa afinidade pela ACh, logo volta para o estado de repouso. Após a liberação da ACh, ela é degradada rapidamente pela acetilcolinesterase. *Porém quando há exposição continua de ACh, o receptor sofre uma alteração, permanecendo dessensibilizado, pois aumenta a sua afinidade à ACh, que permanece ligada ao receptor por um longo período. : *É um veneno com ação paralisante intensa e letal que originou os bloqueadores neuromusculares utilizados atualmente, com menos efeitos colaterais. *O seu principal alcaloide é a tubocurarina, que foi isolado, cristalizado e comercializado com os nomes de tubarine, tubadil e mecostrin. Bloqueadores não-despolarizantes (competitivos): *Impede a despolarização sustentada da placa motora e são classificados em benzilisoquinolíneos (d-tubocurarina), aminoesteróides (pancurônio) e aminas quaternárias (galamina). : *Antagonismo competitivo: ocorre em doses baixas quando os fármacos não despolarizantes bloqueiam os receptores nicotínicos de forma competitiva, mas sem estimulá-los. Dessa forma, a despolarização da membrana da célula muscular é impedida e a contração muscular, inibida. *Bloqueio do canal: ocorre em doses elevadas com o bloqueio físico do poro dos canais iônicos na placa motora. Isso enfraquece a transmissão neuromuscular, dificultando a reversão do quadro pelos inibidores da colinesterase. : *Não são absorvidos por via oral, apenas pela via intramuscular e via intravenosa, já que sua estrutura química impede a absorção no intestino. *Quando ocorre a administração pela via oral, é comum que seja completamente excretado pela urina, que é a principal via de excreção. *Distribuição limitada e incapacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. *O atracúrio e o cisatracúrio sofrem biodegradação em pH fisiológico e temperatura de 37ºC (eliminação de Hofmann). *A idade influencia positivamente o bloqueio. *Influência positiva dos anestésicos, particularmente os voláteis. : : *Cirurgias: relaxamento muscular durante cirurgia. *Controle de convulsões: epilepsias e eletroconvulsoterapia. *Manobras ortopédicas. *Laringoscopia e broncoscopia. *Controle da ventilação. : *Depende das características farmacocinéticas e farmacodinâmicas de cada agente. *O bloqueio pode ser revertido se a concentração de acetilcolina for aumentada, pois irá estimular novamente a placa motora. Para isso, são utilizados bloqueadores da enzima acetilcolinesterase. Bloqueadores despolarizantes: *São agonistas e produzem efeito bloqueador a partir da despolarização da placa motora. *São fármacos mais resistentes à degradação pela acetilcolinesterase, portanto, despolarizam a fibra muscular de forma mais persistente. *A succinilcolina é o único agente comercialmente disponível com início de ação rápido e duração ultra-rápida, visto que tem alta afinidade pelos receptores nicotínicos. : : *A succinilcolina é polar e não sofre absorção no trato gastrointestinal, por isso, sua administração deve ser feita unicamente pela via intravenosa. *Tem meia-vida ultra curta e é metabolizada no plasma pela butirilcolinesterase. *O início da ação é de 1 minuto com duração de 5- 8 minutos. : *É utilizado em procedimentos de curta duração em que se deseja o relaxamento rápido e intenso da musculatura esquelética, como em pequenas intervenções cirúrgicas, manipulações ortopédicas e intubação endotraqueal. ___________________________________ REFERÊNCIAS: GOLAN, David E. e col. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. Editora Guanabara Koogan, 3ª edição, 2014. WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. GOODMAN & GILMAN: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. Não é possível reverter o efeito da succinilcolina
Compartilhar