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2
FACULDADE EDUCAMINAS
CURSO DE PEDAGOGIA
CARINA RIBEIRO DOS REIS 
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FOZ DO IGUAÇU – PR
2021
FACULDADE EDUCAMINAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CARINA RIBEIRO DOS REIS 
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Artigo Científico de Conclusão de Curso apresentado na Faculdade EDUCAMINAS como requisito básico para a conclusão do Curso de PÓS GRADUAÇÃO anos iniciais educação infantil e neuropsicopedagogia.
	
FOZ DO IGUAÇU – PR
2021
 1 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Carina Ribeiro[footnoteRef:1] [1: ] 
RESUMO
Segundo o referencial curricular nacional para a educação infantil RCNEI (2001.p 22), “Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia”. É forte a corrente pedagógica que defende a importância dada ao lúdico no processo educativo, e que afirma que ele é essencial para o desenvolvimento infantil/juvenil. Portanto, os jogos, brinquedos, brincadeiras são propícios para desenvolverem de forma lúdica uma aprendizagem mais dinâmica e prazerosa, onde podem ser assimilados às regras e ao convívio social que são partes integrantes da relação social, cultural e histórica da criança. O lúdico faz parte de toda a vida da criança e do adolescente e está bem presente dentro da sala de aula. O objetivo da ludicidade no âmbito da sala de aula, é explorar a imaginação e o desenvolvimento integral dos aspectos físico, motor, intelectual, psícquico e social afetivo. A brincadeira deixa tudo mais alegre. 
PALAVRAS-CHAVE: Educação infantil. Infância. Brincar. Lúdico.
 
INTRODUÇÃO
 A palavra “lúdica” vem do latim ludus e significa brincar. Neste aspecto, também estão os jogos, as brincadeiras, ao passo que os jogos, vêm de muitos anos atrás, quando não existiam tecnologias e as crianças passavam o tempo brincando livremente. A ludicidade remete ao lazer, pois é isso que representa. 
 O século XXI é marcado pelo forte uso do lúdico nas atividades escolares. A cerca de dois mil anos a.C. os romanos utilizavam de jogos e brincadeiras para a diversão e preparo físico. No entanto, a partir do século XVIII passou-se a pensar em jogos para o âmbito escolar.
 O conceito do lúdico, é a ideia de tornar prazerosa a execução de determinadas tarefas ou atividades cotidianas, e tem ganhado um espaço muito importante entre profissionais de várias áreas, por sua relação com a realidade sócio-econômica, política e cultural, que definem o mundo contemporâneo.
 A ludicidade é muito presente na educação infantil, pois é brincando que se aprende. É muito importante já nos anos iniciais, explorar os jogos e as brincadeiras como forma de aprendizado, bem como incorporar questões do cotidiano das crianças em cada atividade. Deste modo, o que ela vive será objeto de estudo e ao mesmo tempo em que brinca, aprende.
 Com a ajuda do professor e determinada didática, a criança poderá imaginar, criar histórias, fantasias, de maneira a transformar a sala de aula em um mundo encantado e riquíssimo em conhecimento, de sorte que não apenas no contexto escolar, como também no cotidiando em que o aluno está inserido, o aprender e conhecer, se tornam parte comum de sua rotina. 
O objetivo deste artigo, desenvolvido mediante pesquisas bibliográficas, é mostrar a importância do lúdico no ensino infantil, como também seu desenvolvimento, métodos e estratégias para o ensino aprendizagem de crianças de zero a cinco anos, para que tenham um ensino de qualidade em um ambiente mesclado à ludicidade. 
 
 É importante que o profissional esteja sempre atento às formas diferenciadas de aprendizagem, pois nos dias atuais, com o avanço das tecnologias, se tornou menos comum as crianças usarem a imaginação em suas brincadeiras. Se fazem necessárias estratégias inovadoras e atividades diferenciadas para que a atenção dos alunos seja cativada.
 Em sala de aula tudo pode virar entretenimento: a cadeira vira trenzinho, o chão vira espaço para a toca do coelho, e assim, o docente pode ensinar com jogos e brincadeiras, a importância por exemplo de separar o lixo, comer frutas etc. No teatro, a importância de obedecer e respeitar os mais velhos também pode ser trabalhada.
 ASPECTOS HISTORICOS E LEGAIS 
 
Saveli e Samways (2012) cometam que “(...) o conceito de infância foi se construindo socialmente. À medida que esse conceito passa a existir, começa uma preocupação com a educação da criança”. (p.52)
Nos séculos passados as crianças eram vistas apenas como um adulto em miniatura e passaram-se séculos para que o olhar sobre elas mudasse. Elas eram obrigadas a trabalhar, não tinham os devidos cuidados necessários, (tanto os de higiene quanto cuidados com segurança, educação e outros) e isso diminuía a expectativa de vida, levando muitas ao óbito prematuramente. 
No entanto com o passar dos anos e com crescentes estudos feitos por filósofos, especialistas e educadores da época como, Jean Piaget e Lev Vygotsky, essa realidade foi ficando para trás e dando um novo sentido à vida dos pequenos.
 Por muitos anos a Educação Infantil foi vista apenas sob uma ótica assistencialista, que tinha como função dispor de um espaço para que as mães pudessem deixar os filhos para trabalhar. Essa ideia inicial, surge no cenário da revolução industrial, onde as empresas contratavam seus funcionários por longas jornadas de trabalho. Sendo assim, foram disponibilizados espaços para que os filhos das operárias pudessem ficar enquanto elas trabalhassem, e isso possibilitaria maior dedicação laboral, já que eles seriam cuidados próximo ao local de trabalho. PASCHOAL; MACHADO (2009,). 
 Outras instituições foram surgindo com essa mesma finalidade de cuidar das crianças enquanto as mães trabalhassem, além disso, haviam também as instituições que abrigavam crianças abandonadas, que possuíam apenas caráter assistencialista. PASCHOAL; MACHADO (2009,).
 
De acordo com Nascimento (2015), os primeiros jardins de infância foram da iniciativa privada, para esconder a vergonha das mães solteiras da elite brasileira. Eles surgiram com cunho racional e compatível com o progresso científico, foram também, as primeiras instituições de natureza pedagógica, destinadas à parcela da população que podia financiar.
 O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) é um guia para as instituições de ensino da Educação Infantil, ele não dá receitas prontas, mas serve como um orientador para o trabalho pedagógico. O planejamento curricular de cada instituição possui suas especificidades e se dá de maneira diferente, de acordo com cada realidade em que está inserida. O documento, considerando as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças, apresenta os seguintes princípios que devem embasar o trabalho pedagógico: 
• o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; 
• o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; 
• o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; 
• a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; 
• o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade (BRASIL, 1998, p. 13). 
As crianças demandam mais espaço para movimentação corporal e ambiente aconchegante em muitos momentos do dia, para maior concentração ou para realização de atividades de cuidados que exigem planejamento, organização e mudanças constantes de espaços.“Nas salas, a forma de organização pode comportar ambientes que permitem o desenvolvimento de atividades diversificadas e simultâneas, como, por exemplo, ambientes para jogos, artes, faz-de-conta, leitura etc.” (BRASIL, 1998, p. ).	Comment by Andriele Bortolin: Colocar a página, pois é uma citação direta.
É direito da criança ter acesso à educação e está garantido pelo estatuto da criança e do adolescente ECA adota a Doutrina da Proteção Integral, porque considera que as crianças são sujeitas em condição peculiar de desenvolvimento biopsicossocial, portanto, tem-se um novo olhar para a criança. Nunes; Corsino e Didonet (2011) comentam a respeito: 
O ECA é o estatuto jurídico da criança cidadã. Ele consagra uma nova visão da criança e do adolescente na sociedade brasileira, afastando o olhar autoritário, paternalista, assistencialista e repressivo do Código de Menores e coloca, no lugar dele, o da criança cidadã, sujeito de direitos, em processo de desenvolvimento e formação. Adota a doutrina da proteção integral, em oposição ao princípio da situação irregular (p.32).
 Para que a criança possa gozar uma aula prazerosa aprendendo com as brincadeiras e jogos, musicalização ou teatro, é preciso que além de espaço, a criança tenha um profissional com metodologias inovadoras práticas, e que as crianças possam interagir. Disponibilizando materiais pedagógicos, o professor conta história fazendo a criança imaginar um mundo de fantasias.
Nas Diretrizes Curriculares Nacional para a Educação Infantil, a Educação Infantil é definida da seguinte forma:
Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção (BRASIL, 2010, p. 12). 
Quanto à proposta pedagógica, esta é definida da seguinte forma: “(...) é o plano orientador das ações da instituição que define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educadas e cuidadas” (BRASIL, 2010, p. 13).	Comment by Andriele Bortolin: 
O LÚDICO NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), “a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar o seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-lo em seu cotidiano.” (BRASIL, 2017, p. 41).
Na visão de Piaget (1978), é pela brincadeira e pela imitação que se dará o desenvolvimento natural, cognitivo e social da criança que participa de processos de acomodação, na forma de assimilação.
 Huizinga (1996), afirma que a ludicidade é a base da civilização, que possibilita o desenvolvimento e incentiva a criatividade humana. Para Mendonça (2008) não existe grande divergência sobre a importância do lúdico na educação infantil. Contudo, não há muito consenso quando se trata do desenvolvimento do lúdico por adultos.
Oliveira (2002) relata que a partir da década de 70 houve uma preocupação com o desenvolvimento intelectual, trazendo novos valores “a defesa de um padrão educacional voltado para os aspectos cognitivos, emocionais e sociais da criança pequena” (p. 109). 
 Este fato levanta questionamentos sobre as principais dificuldades do tema em um ambiente acadêmico, visto que, muitos estudantes de graduação, de áreas como a pedagogia, educação física e psicologia, sentem-se desconcertados ao trabalharem a atividade lúdica na educação. Também existem os professores que não trabalham com o lúdico em sala de aula, deixando apenas a criança brincar sem explorar a parte lúdicas das brincadeiras para inserir o aprendizado atrapalhando assim o desenvolvimento e aprendizado dessas crianças.
O profissional da educação precisa estar em constante capacitação para que consiga inovar em sala de aula, e também acompanhar as tecnologias e trazer novidades para dentro de sala. Hoje em dia já existem aplicativos para utilizar como formas de atividades para as crianças.
 Com o avanço das tecnologias as práticas pedagógicas tornaram-se cada vez mais desafiadoras pois a criança passa muito tempo utilizando aparelhos eletrônicos dificultando aprendizagem pois torna o brincar chato ou mesmo até não saem para brincar e socializar com outras crianças. 
Do ponto de vista histórico o ato de brincar era utilizado por todas as famílias para desenvolver na criança seus ensinamentos e ofícios do dia a dia, pois entendiam que o ensino através de brincadeiras era a melhor forma de repassar seus conhecimentos de geração para geração. (Sant. 2011. p.20).
O lúdico nas práticas pedagógicas da educação infantil é transformador e o professor precisa estar atento à prática educacional em sala de aula, podendo transpor os muros da escola e inserir no dia a dia do discente o exercício da imaginação, fantasia e o faz de conta. A aula precisa ser leve e prazerosa e o professor precisa estar sempre buscando novas estratégias para aplicar em sala de aula, pois a ação lúdica precisa ser inovadora de forma a conquistar as crianças. A ludicidade em sala de aula está atrelada a uma boa formação docente. 
A educação infantil utiliza o lúdico como uma de suas principais ferramentas para o aprimoramento das habilidades humanas nas idades inicias, sendo assim, o professor é peça fundamental para o pleno desempenho social e acadêmico de cada criança. Desse modo, o professor é responsável não somente por administrar as atividades lúdicas trabalhadas diariamente. 
Sabendo que os jogos e brinquedos são objetos lúdicos com potencial desenvolvimento e a Educação Infantil é o local onde ocorrem esses processos, o professor se torna peça principal nesse contexto, pois ele selecionará os objetos lúdicos, planejará as atividades e as avaliará. Para isso, é necessário que a formação inicial dê subsídios para a atuação em sala de aula, garantindo uma educação de qualidade (SANTOS, 2015, p. 27).
A leitura está presente em todo o ambiente social em que a criança está inserida, no cotidiano e na cultura. O hábito de ler permite que o aluno possa aprimorar a língua padrão, tornar-se um sujeito crítico e capaz de produzir e recriar textos, em que os conhecimentos possam ser adquiridos a partir de pesquisas, projetos de leitura, prática de leitura no ambiente familiar e na sala de aula (SILVA, 2014). 
 Uma ferramenta que pode ser bastante utilizada em sala de aula são os livros de literatura infantil, pois além de estimular o aluno a ser um leitor, através de um livro o professor pode explorar diversas formas de ensino como por exemplo o teatro, a leitura de um livro, que levam a criança usar a imaginação.
A instituição precisa ter preocupação com a formação de leitores. (...) “Os problemas do ensino de leitura e escrita de forma que é avaliado pelas equipes de professores não destacam o papel importante que ocupa nos Projetos curriculares” (DELMANTO, 2009, apud SILVA, 2012, p. 10). 
 A literatura infantil estimula a aprendizagem da criança, e um dos fatores que se desenvolvem é a comunicação e interação com os colegas além de demais áreas do conhecimento. A literatura na infância permite que o aluno use sem limites a sua imaginação e ludicidade, para criar, para fazer de conta, para imaginar e reproduzir situações vividas em sua realidade. “A Literatura Infantil é uma peça muito importante para formação dos novos leitores, na qual educar, instruir e divertir contribui na construçãode adultos críticos e pensantes” (RODRIGUES et al., 2017, p. 5). De acordo com Vilhena (2014, p. 60).
Diante do exposto, segue um quadro organizado com possibilidades e estratégias de ensino da leitura através de projetos para a Educação Infantil, considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) e o Currículo AMOP Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (2020): 
Quadro 1 - Projetos de Literatura e Leitura para a Educação Infantil
	EXEMPLO DE PROJETO DE LITERATURA/LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
	REFERÊNCIA
	PERCURSO METODOLÓGICO
	OBJETO DE INFORMAÇÃO E OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
	Projeto de Literatura Infantil: “Mundo Encantador”
	Creche Municipal Macária Militona de Santana (2015)
	- Desenvolver a prática de leitura a partir de narrativas de livros infantis;
- Iniciar a narrativa através de gêneros, começar com o teatro da “Chapeuzinho Vermelho”;
- Estimular a participação dos pais, para que os alunos levem livros infantis para casa para lerem juntos;
- As crianças irão desenhar a partir da história lida pelos pais.
	- Desenvolver o gosto pela leitura desde a infância;
- Praticar a Leitura no ambiente escolar e familiar.
	Projetos de Leitura com Gêneros Discursivos na Educação Infantil
	Currículo AMOP (2020)
	Trabalhar a leitura em sala de aula dos mais diversos gêneros discursivos e literários: parlendas, cantigas, trava-línguas, histórias infantis, poemas, tirinhas, contos acumulativos, entre outros.
	Reconhecer textos literários e praticar a leitura dos mais diversos gêneros presentes no cotidiano.
	Projeto “Sacola Viajante”
	Base Nacional Comum Curricular (2020)[footnoteRef:2] [2: BNCC. Projeto “Sacola Viajante”. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/educacao-infantil/187-projeto-sacola-viajante-literatura-infantil Acesso em: 12 nov. de 2020.] 
	- Organizar uma “Sacola Viajante” com livro que será levado para casa para ser lido pelos pais ao aluno;
- A sacola permanecerá por um prazo determinado com cada aluno e cada livro diferente;
- Após a devolução da sacola as crianças que sabem ler poderão ler o livro aos colegas ou poderá ser lido pelo professor.
	Ampliar a imaginação e incentivar nas crianças a descoberta do universo da literatura infantil.
	Projeto “Doce Leitura”
	Pereira et al. (2019)
	- Organizar um cantinho de leitura para que as crianças possam manusear os livros e escolher aqueles que são do gosto de cada uma;
- Fazer a leitura de livros em voz alta com os alunos, em forma de narrativa e com uso de fantoches;
- Finalizar o projeto com confraternização com doces, bolos e aperitivos, para promover socialização e estimular a experiência de leitura.
	Desenvolver habilidades de leitura e formar alunos leitores.
	Projeto “Ler...Imaginar...Viajar”
	Colégio Metodista União[footnoteRef:3] [3: ] 
	- Fazer leituras de livros para os alunos utilizando a dramatização e fantoches;
- Organizar rodas de conversa sobre leitura;
- Confeccionar fantoches, fazer leituras de poemas, parlendas, produzir mini-livros e ouvir história de livros infantis contadas oralmente;
- Dispor aos alunos a “Sacola Literária” para levarem um livro para casa e compartilharem a leitura com os pais, em seguida apresentar aos colegas de turma o que entendeu da história.
	- Socialização da leitura entre a criança, os colegas, professores e família.
- Desenvolver habilidades de leitura e formar alunos leitores.
- Ampliar o vocabulário dos alunos.
 A elaboração de projetos de leitura, exige do professor conhecimentos prévios sobre o que os alunos gostam de ler, suas preferências literárias e isso se dá através da convivência com os livros no cotidiano na instituição. “Preparar e organizar o ambiente para o momento da leitura é fundamental. Não basta inserir a leitura na rotina, o professor(a) precisa se conscientizar de seu papel de observador, para analisar os resultados da atividade e corrigir caminhos adotados” (GDF, 2018, p. 26).
É necessário que o professor realize (...) “uma reflexão constante acerca do planejar e agir. Para planejar um projeto, por exemplo, é preciso levar em consideração se o ambiente criado para a leitura é:aconchegante, acessível, possui acervo de qualidade” (...) além disso, se o ambiente organizado favorece o protagonismo infantil.” (GDF, 2018, p. 27). 
Portanto, é preciso ressaltar que as práticas pedagógicas desenvolvidas na Educação Infantil para estimular a leitura e muitas outras atividades lúdicas a partir da literatura na infância devem considerar atividades que façam com que as crianças se envolvam no processo, compartilhem a leitura com outros colegas e com a família e compreendam a importância do ato de ler nas práticas sociais, para que a aprendizagem seja significativa. 
Estas são algumas das diversas formas que os professores podem atuar em sala de aula, mas existem diferentes maneiras de aplicar a ludicidade em sala de aula trabalhando de forma que as crianças aprendam.
A Educação Infantil passou por um longo período em sua história com um caráter assistencial, com foco nos problemas sociais. Foram muitos desafios até alcançar o patamar que tem hoje, de ser um direito de toda criança de zero a cinco anos e um dever do Estado (BARRETO, et al., 2008).
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Assim podemos concluir que as práticas pedagógicas tem uma importância muito relevante na formação e educação da criança, essas práticas educativas tem dado espaços a interdisciplinaridade proporcionando o estímulo para despertar o interesse no conteúdo trabalhado e claro que a utilização do lúdico em sala de aula não deve se ter limites, ou seja, para as práticas pedagógicas proporciona uma diversidade de informações e atividades interativas.
Portanto, desenvolver a escrita desse trabalho, oportunizou pesquisar leituras e dados que constasse de fato os usos do lúdico como ferramenta pedagógica, e principalmente repensar nas práticas em sala de aula, quão desafiador é trabalhar com o novo em sala de aula, mas que é preciso inovar a forma de ensinar.
 
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Numeração progressiva das seções de um documento: NBR 6024. Rio de Janeiro, 1989.
BARRETO, Luciani Gallo Machado. et al. A história da Educação Infantil: Centro de Educação Infantil Eusébio Justino de Camargo Nova Olímpia – MT. 2008. Disponível em: http://need.unemat.br/4_forum/artigos/luciani.pdf Acesso em: 19 out. 2020.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI. Vol. 1, 2 e 3, Brasília: MEC / SEF, 1998.
D’AVILA, C. M. Eclipse do Lúdico. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade. Salvador, v. 15, n. 25, jan./jun., 2006.
PASCHOAL; MACHADO. A história da educação infantil no Brasil: avanços, retrocessos e desafios da modalidade educacional. Revista HISTEDBR. Campinas, n. 33, p. 78-95, 2009.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo e Sonho, Imagem e Representação. São Paulo: Zahar, 1978.
RODRIGUES, Marcella Rosa; et al. Concepções e práticas pedagógicas em relação a Literatura Infantil: os relatos das professoras do Primeiro Ano do Ensino Fundamental. XII Jogo do Livro e II Seminário Internacional Latino-Americano. Faculdade de Educação. Universidade Federal de Minas Gerais, 2017. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/files/uploads/xii%20jogo%20do%20livro/ANAIS%20parte%201/CONCEP%C3%87%C3%95ES%20E%20PR%C3%81TICAS%20PEDAG%C3%93GICAS%20EM%20RELA%C3%87%C3%83O%20A%20LITERATURA%20INFANTIL.pdf Acesso em: 20 out. 2020. 
SANT’ANA, Ruth Bernande de (2011) Rotina e atividades Educativas em pré-escola. Disponível em: hps://scttholar.google.com.br/scholar?q=sant%2C2011+brincadeiras&btnG=&hl=ptBR&as_sdt=0%2C5. Acesso em: 02 fev 2014.
SILVA, Ana Maria Macêdo. Práticas de leitura e escrita nas séries iniciais: conceitos,estratégias e experiências. Monografia (Especialização em Fundamentos da Educação). Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2014. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/9747/1/PDF%20-%20ANA%20MARIA%20MAC%C3%8ADO%20DA%20SILVA.pdf Acesso em: 12 nov. 2020. 
SAVELI, Esméria de Lourdes; SAMWAYS, Andréia Manosso. A educação da Infância no Brasil. Disponível em Acesso em 25/07/2013.
VILHENA, Renata de Almeida Torres Vilhena. Literatura na Educação Infantil: Práticas Pedagógicas e Formação da Criança Pequena. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Nove de Julho – UNINOVE, 2014. Disponível em: < https://bibliotecatede.uninove.br/bitstream/tede/568/1/Renata%20de%20Almeida%20Torres%20Vilhena%20parcial.pdf> Acesso em: 20 out. 2020.

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