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Prévia do material em texto

Indaial – 2018
EspEciais
Prof. Kleber Renan de Souza Santos
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Prof. Arildo João de Souza
Prof. Fábio Roberto Tavares
Profª. Francieli Stano Torres
Profª. Graciela Márcia Fochi
Profª. Grazielle Jenske
Profª. Greisse Moser
Profª. Luciane da Luz
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Maquiel Duarte Vidal
Profª. Meike Schubert
Profª. Vânia Konell
Profª. Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
1a Edição
Tópicos
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof. Kleber Renan de Souza Santos
Profª. Ana Clarisse Alencar Barbosa
Prof. Arildo João de Souza
Prof. Fábio Roberto Tavares
Profª. Francieli Stano Torres
Profª. Graciela Márcia Fochi
Profª. Grazielle Jenske
Profª. Greisse Moser
Profª. Luciane da Luz
Prof. Lírio Ribeiro
Profª. Maquiel Duarte Vidal
Profª. Meike Schubert
Profª. Vânia Konell
Profª. Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
657
S237t Santos, Kleber Renan
Tópicos Especiais / Kleber Renan Santos et al. Indaial: 
UNIASSELVI, 2018.
305 p. : il 
ISBN 978-85-515-0131-3
1. Tópicos Especiais.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Olá, acadêmico! Vamos iniciar os estudos do Livro Didático de Tópicos Especiais. 
Este livro está dividido em três unidades e tem o intuito de apresentar e reforçar temas 
no componente de Formação Geral, conforme orientação da Portaria Inep nº 239, de 10 
de junho de 2015, art. 3º: 
No componente de Formação Geral serão considerados os seguintes 
elementos integrantes do perfil profissional: letramento crítico; atitude 
ética; comprometimento e responsabilidades sociais; compreensão 
de temas que transcendam ao ambiente próprio de sua formação, 
relevantes para a realidade social; espírito científico, humanístico e 
reflexivo; capacidade de análise crítica e integradora da realidade; e 
aptidão para socializar conhecimentos com públicos diferenciados e 
em vários contextos.
A partir dessa orientação, queremos que você compreenda que aprender 
a questionar é tão importante quanto buscar o saber, e que ao final do estudo deste 
livro você seja capaz de formular novas perguntas sobre a realidade humana e consiga 
propor soluções responsáveis para os desafios profissionais que surgirem. Assim, este 
livro traz conteúdos gerais para você estar bem preparado para o ENADE e também para 
o que a vida lhe apresentar. São temas pertinentes, atuais, abrangentes e que fazem 
parte da vida de todos nós. Vamos começar?!
Na primeira unidade, que vai tratar sobre cidadania e sociedade, seremos 
conduzidos por um mundo intrínseco do comportamento humano em sociedade e suas 
regras de conduta e participação social, política e econômica, na qual trabalharemos a 
questão da formação dos princípios morais e éticos dos homens que vivem e convivem 
em sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à democracia, à ética e à 
cidadania. Desta forma, abordaremos a compreensão dos significados dos princípios 
norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma reflexão e uma 
discussão sobre as questões ético-morais na relação indivíduo e sociedade.
Ainda nessa unidade vamos apresentar algumas definições e conceitos a 
respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças 
entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos, 
desigualdades e conflitos sociais. Vamos também identificar a necessidade e a 
essencialidade da inclusão como uma forma de democratização das relações sociais, 
principalmente na emancipação e na sutileza do trato com o outro, seja em relação aos 
“iguais” ou entre iguais e diferentes, que de alguma forma ainda não foram incluídos no 
contexto social. Relacionado à sociedade e suas relações, vamos trabalhar o conceito 
de multiculturalismo, enfatizando as origens do surgimento do movimento e os campos 
de conhecimento que acolhem os estudos multiculturais.
APRESENTAÇÃO
Para finalizar a Unidade 1, estudaremos a cultura e a arte como áreas que 
interagem entre si e com as demais áreas de conhecimento. Estudar, pesquisar e refletir 
sobre as diferentes culturas e suas manifestações artísticas possibilita a compreensão 
da vida e das relações entre os sujeitos no meio social. A cultura, assim como a arte, 
é dinâmica, vai mudando conforme o tempo e o espaço. A cultura e a arte devem ser 
estudadas a partir de três concepções: erudita, popular e de massa. 
 
Começamos a segunda unidade adentrando nos assuntos relacionados à 
Ciência, Tecnologia e Sociedade. Veremos como se faz necessário entendermos 
os fundamentos da ciência sob diferentes óticas e também analisar definições e 
pensamentos acerca da tecnologia e algumas formas de interpretar a sociedade.
 
Muito próximo dessa temática, avançaremos sobre as tecnologias da informação 
e comunicação como fator determinante no advento da sociedade da informação, das 
transformações resultantes do processo da globalização de mercados e dos avanços do 
uso dos processos tecnológicos na vida cotidiana dos indivíduos.
 
Concluímos os estudos deste livro com a terceira unidade. Nela, vamos estudar 
sobre as políticas públicas, sobre a vivência nos meios urbanos e rurais e a questão 
ecológica, temas tão importantes para o desenvolvimento da sociedade como um todo. 
 
Queremos evidenciar a importância das políticas públicas para a concretização 
dos direitos e deveres do Estado em relação às pessoas que compõem a sociedade e, 
assim como o Estado, gozam de seus direitos civis e políticos. Veremos que estamos 
sujeitos ao conjunto de normas jurídicas e sociais, formando assim um marco regulatório 
previamente fixado no que diz respeito à distribuição harmônica dos elementos 
que formam os direitos, deveres e responsabilidades em prol do desenvolvimento 
educacional, político, econômico e social. Nesta via de mão dupla vamos perceber que 
a vida em sociedade está ligada à política e não há ação social sem ação política, quer 
seja promovida pelo Estado ou pela sociedade. Vamos ainda tratar sobre a saúde e sua 
gestão, a habitação e moradia como direitos constitucionais e a segurança em âmbito 
nacional.
 
Esperamos que este estudo possa auxiliá-lo na compreensão de tantos temas 
que compõem este livro de estudos, preparar-se bem para o ENADE e levar para a vida 
as abordagens aqui feitas.
Bons estudos!
Você sabe se lembra dos UNIs? 
Os UNIS eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico como 
um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará você 
a entender melhor o que são essas informações adicionais 
e o porquê você poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento 
que complementam o assunto estudado em questão. 
 
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A 
partir de 2021, além de nossos livros estarem com um novo 
visual – com um formato mais prático, que cabe na bolsa 
e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada também 
digital, em que você pode acompanhar os recursos adicionais 
disponibilizados através dos QR Codes ao logo deste livro. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna 
foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no texto, 
aproveitando ao máximo o espaço da página – o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção 
de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, 
preocupando-se com o impacto de ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todosesses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, 
acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa 
facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é uma 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confi ra, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - CIDADANIA E SOCIEDADE ............................................................................... 1
TÓPICO 1 - DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA ..................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA ..............................................................................................4
3 A QUESTÃO DA ÉTICA .........................................................................................................8
RESUMO DO TÓPICO 1 ......................................................................................................... 17
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 19
TÓPICO 2 - SOCIEDADE E A DIVERSIDADE ........................................................................ 21
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 21
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL ........................ 21
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL .................................................. 22
4 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE ......................................................... 31
5 INCLUSÃO ESCOLAR E SOCIAL DA DIVERSIDADE HUMANA ......................................... 31
6 CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DO SABER APRENDIDO .........................................37
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 39
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 40
TÓPICO 3 - MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, TOLERÂNCIA/INTOLERÂNCIA E 
RELAÇÕES DE GÊNERO ...................................................................................................... 43
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 43
2 CONCEITUANDO MULTICULTURALISMO ........................................................................ 43
3 SURGIMENTO DO MULTICULTURALISMO ....................................................................... 45
4 ÁREAS DE CONHECIMENTO QUE ABRIGAM O MULTICULTURALISMO ......................... 46
5 MOVIMENTO FEMINISTA ...................................................................................................47
5.1 FEMINISMO ............................................................................................................................................ 47
5.2 A PRIMEIRA ONDA FEMINISTA ........................................................................................................ 48
5.3 A SEGUNDA ONDA FEMINISTA ........................................................................................................49
5.4 A TERCEIRA ONDA FEMINISTA E O SURGIMENTO DOS ESTUDOS DE GÊNERO ..................50
6 CONCEITUANDO GÊNERO ............................................................................................... 50
7 ESTUDOS DE GÊNERO ..................................................................................................... 54
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 58
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 60
TÓPICO 4 - RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E 
TERCEIRO SETOR ............................................................................................................... 65
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 65
2 SETOR PRIVADO .............................................................................................................. 65
3 TERCEIRO SETOR ............................................................................................................ 66
3.1 HISTÓRICO ........................................................................................................................................... 67
3.2 REALIDADE DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO BRASIL ...........................................................68
4 AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS ................................................................70
RESUMO DO TÓPICO 4 .........................................................................................................73
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................74
TÓPICO 5 - CULTURA E ARTE .............................................................................................. 77
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 77
2 CULTURA ........................................................................................................................... 77
3 ARTE ..................................................................................................................................81
RESUMO DO TÓPICO 5 ........................................................................................................ 88
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 89
UNIDADE 2 — POLÍTICA, TECNOLOGIA E GLOBALIZAÇÃO: OS IMPACTOS SOBRE 
ASOCIEDADE ........................................................................................................................ 91
TÓPICO 1 — CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE ....................................... 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 93
2 CIÊNCIA ............................................................................................................................ 93
3 TECNOLOGIA .....................................................................................................................954 SOCIEDADE ......................................................................................................................97
5 SOCIEDADE ENTRE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ................................................................99
6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE (CTSA) – INTERPRETAÇÕES SOBRE 
A NOVA FORMAÇÃO ...........................................................................................................100
6.1 CTS SOB NOVAS ÓTICAS .................................................................................................................100
6.2 CTS SOB A ÓTICA DE MILTON SANTOS .......................................................................................101
6.3 CTSA SOB A ÓTICA DE WIEBE BIJKER ........................................................................................103
7 CARACTERIZANDO O MUNDO ATUAL ............................................................................105
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................108
TÓPICO 2 - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) ............................111
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................111
2 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) COMO FATOR 
DETERMINANTE NO ADVENTO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ..................................111
3 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – TIC ............................................. 114
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 118
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 119
TÓPICO 3 - AVANÇOS TECNOLÓGICOS ............................................................................ 121
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 121
2 TENDÊNCIAS ORGANIZACIONAIS DO SÉCULO XXI ...................................................... 121
3 COMUNIDADES VIRTUAIS ..............................................................................................122
3.1 REDES SOCIAIS .................................................................................................................................. 126
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 127
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................128
TÓPICO 4 - GLOBALIZAÇÃO E POLÍTICA INTERNACIONAL ............................................ 131
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 131
2 GLOBALIZAÇÃO: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA ....................................................... 131
2.1 O TERCEIRO SETOR ........................................................................................................................... 134
3 GLOBALIZAÇÃO: UM BALANÇO .....................................................................................134
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................135
4 A POLÍTICA INTERNACIONAL ........................................................................................136
5 O ESTADO MODERNO E O LIBERALISMO .......................................................................136
6 O NEOLIBERALISMO E A TERCEIRA VIA ........................................................................ 137
7 TENDÊNCIAS AOS GOVERNOS E À POLÍTICA INTERNACIONAL ..................................138
RESUMO DO TÓPICO 4 ...................................................................................................... 140
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 141
TÓPICO 5 - RELAÇÕES DE TRABALHO .............................................................................143
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................143
2 ORIGEM/SIGNIFICADO DA PALAVRA TRABALHO ........................................................143
3 AS MULHERES NO CONTEXTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .....................................148
4 O TRABALHO NOS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS ........................................................149
4.1 AS POSSIBILIDADES DO TRABALHO INFORMAL .......................................................................150
4.2 RELAÇÕES DE TRABALHO E OS PROCESSOS LEGAIS NO BRASIL .......................................151
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................153
RESUMO DO TÓPICO 5 .......................................................................................................155
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................156
UNIDADE 3 — POLÍTICAS PÚBLICAS ................................................................................159
TÓPICO 1 — POLÍTICAS PÚBLICAS: EDUCAÇÃO .............................................................. 161
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 161
2 POLÍTICA PÚBLICA ATUAL ............................................................................................. 161
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................... 176
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................... 179
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................180
TÓPICO 2 - POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE ...................................................................... 181
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 181
2 CONCEITO DE SAÚDE .....................................................................................................183
3 SAÚDE: DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO .......................................................186
4 AS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE ..............................................................................187
5 DIVERSOS ATENDIMENTOS EM SAÚDE ........................................................................190
5.1 POLÍTICAS DE SAÚDE E PROGRAMAS ESPECÍFICOS ..............................................................191
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................195
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................196
TÓPICO 3 - HABITAÇÃO E SANEAMENTO ........................................................................199
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................199
2 DIREITO À MORADIA .......................................................................................................199
3 SANEAMENTO ................................................................................................................ 207
4 SANEAMENTO BÁSICO .................................................................................................. 207
5 PRECARIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO .................................................................212
6 AVANÇOS NO SANEAMENTO..........................................................................................214
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................... 217
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................218
TÓPICO 4 - TRANSPORTES E SEGURANÇA .....................................................................221
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................221
2 CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSPORTES ......................................................................... 223
2.1 TERRESTRES ..................................................................................................................................... 223
2.2 AQUAVIÁRIOS ................................................................................................................................... 225
2.3 AÉREO .................................................................................................................................................227
3 INFRAESTRUTURA ........................................................................................................ 228
RESUMO DO TÓPICO 4 ...................................................................................................... 230
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................231
TÓPICO 5 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA EM ÂMBITO NACIONAL ............... 233
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 233
2 A SEGURANÇA PÚBLICA E AS CONTRIBUIÇÕES COMUNITÁRIAS ............................. 234
3 SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA CRIMINAL ............................................................. 235
4 SEGURANÇA PÚBLICA E O PAPEL DO ESTADO ........................................................... 240
RESUMO DO TÓPICO 5 ...................................................................................................... 243
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 244
TÓPICO 6 - VIDA RURAL, URBANA E ECOLOGIA ............................................................. 247
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 247
2 VIDA URBANA ................................................................................................................ 247
3 VIDA RURAL ................................................................................................................... 249
4 SEMELHANÇAS OU DIFERENÇAS ................................................................................ 252
5 ECOLOGIA ....................................................................................................................... 255
6 ECOSSISTEMA ............................................................................................................... 256
6.1 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ...............................................................................................257
6.2 EXEMPLOS DE ECOSSISTEMAS ................................................................................................... 260
6.3 DIVERSIDADE DO ECOSSISTEMA ................................................................................................. 261
7 OS GRANDES BIOMAS ....................................................................................................261
7.1 FATORES QUE DETERMINAM OS BIOMAS .................................................................................... 261
RESUMO DO TÓPICO 6 ...................................................................................................... 264
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 265
TÓPICO 7 - MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................ 269
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 269
2 QUESTÕES AMBIENTAIS – UMA REFLEXÃO SOCIOAMBIENTAL ................................ 269
3 SUSTENTABILIDADE: SURGIMENTO ............................................................................ 271
3.1 RELATÓRIO BRUNDTLAND OU “NOSSO FUTURO COMUM” ....................................................273
3.2 AGENDA 21 .........................................................................................................................................273
3.3 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – 
RIO+20 .................................................................................................................................................274
4 SUSTENTABILIDADE: CONCEITUAÇÃO ....................................................................... 274
4.1 OS PILARES DA SUSTENTABILIDADE...........................................................................................275
5 AS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL ....................................................277
5.1 PACTO GLOBAL .................................................................................................................................278
5.2 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO - ODM ......................................................279
5.3 PROTOCOLO DE KYOTO ..................................................................................................................280
5.4 ABNT NBR 14064 – INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA .............281
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................. 282
RESUMO DO TÓPICO 7 ...................................................................................................... 286
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 287
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................291
1
UNIDADE 1 -
CIDADANIA 
E SOCIEDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender diferentes conceitos de democracia, ética, cidadania e sociodiversidade;
• verifi car os padrões de conduta moral ao longo do tempo e em diversas culturas;
• identifi car a importância da responsabilidade social e os três setores: público, privado 
e terceiro setor para uma sociedade equânime;
• entender a importância da cultura e da arte no desenvolvimento da sociedade.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoa-
tividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
TÓPICO 2 – SOCIODIVERSIDADE E INCLUSÃO 
TÓPICO 3 – MULTICULTURALISMO: VIOLÊNCIA, TOLERÂNCIA/INTOLERÂNCIA E 
RELAÇÕES DE GÊNERO
TÓPICO 4 – RESPONSABILIDADE SOCIAL: SETOR PÚBLICO, SETOR PRIVADO E 
TERCEIRO SETOR
TÓPICO 5 – CULTURA E ARTE
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
DEMOCRACIA, ÉTICA E CIDADANIA
1 INTRODUÇÃO
Entraremos no mundo do comportamento humano em sociedade e suas regras 
de conduta e participação social, política e econômica, no qual trabalharemos a questão 
da formação dos princípios morais e éticos dos homens que vivem e convivem em 
sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à democracia e à cidadania. 
Esses conceitos estão previstos na Portaria INEP nº 493 de 6 de junho de 2017, 
em seu Art. 1º, que destaca:
O Exame Nacionalde Desempenho dos Estudantes (ENADE), 
parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação 
Superior (SINAES), tem como objetivo geral avaliar o desempenho 
dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos 
nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para 
atuação profissional e aos conhecimentos sobre a realidade 
brasileira e mundial, bem como sobre outras áreas do conhecimento 
(BRASIL, 2017, grifos nossos).
A mesma portaria, em seu Art. 5º, indica como referência do perfil do concluinte, 
no âmbito da Formação Geral, as seguintes características: 
I. ético e comprometido com as questões sociais, culturais e 
ambientais; 
II. humanista e crítico, apoiado em conhecimentos científico, social e 
cultural, historicamente construídos, que transcendam o ambiente 
próprio de sua formação; 
III. protagonista do saber, com visão do mundo em sua diversidade 
para práticas de letramento, voltadas para o exercício pleno de 
cidadania; 
IV. proativo, solidário, autônomo e consciente na tomada de decisões 
pautadas pela análise contextualizada das evidências disponíveis; 
V. colaborativo e propositivo no trabalho em equipes, grupos e redes, 
atuando com respeito, cooperação, iniciativa e responsabilidade 
social.
E no Art. 6º é indicado que a prova ENADE avaliará se o concluinte desenvolveu, 
no processo de formação, competências para:
I. fazer escolhas éticas, responsabilizando-se por suas consequências; 
II. ler, interpretar e produzir textos com clareza e coerência; 
III. compreender as linguagens como veículos de comunicação e 
expressão, respeitando as diferentes manifestações étnico-culturais 
e a variação linguística; 
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
IV. interpretar diferentes representações simbólicas, gráficas e 
numéricas de um mesmo conceito; 
V. formular e articular argumentos consistentes em situações 
sociocomunicativas, expressando-se com clareza, coerência e 
precisão; 
VI. organizar, interpretar e sintetizar informações para tomada de 
decisões; 
VII. planejar e elaborar projetos de ação e intervenção a partir da 
análise de necessidades, de forma coerente, em diferentes contextos; 
VIII. buscar soluções viáveis e inovadoras na resolução de situações-
problema; 
IX. trabalhar em equipe, promovendo a troca de informações e a 
participação coletiva, com autocontrole e flexibilidade; 
X. promover, em situações de conflito, diálogo e regras coletivas de 
convivência, integrando saberes e conhecimentos, compartilhando 
metas e objetivos coletivos.
Para tanto, abordaremos a compreensão dos significados dos princípios 
norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma reflexão e uma 
discussão sobre as questões ético-morais, na relação indivíduo e sociedade.
2 A DEMOCRACIA EM PAUTA 
Estamos vivendo em um país apresentado como democrático! Será que todos 
nós compreendemos o sentido real da democracia e seus reflexos na sociedade 
brasileira? Em outros termos, o que realmente é este Estado Democrático de Direito em 
que vivemos?
Neste sentido, Moisés (2010, p. 277) expõe que “o significado mais usual da 
democracia se refere aos procedimentos e aos mecanismos competitivos de escolha 
de governos através de eleições”, ou seja, a democracia é compreendida habitualmente 
somente como um processo de escolha dos nossos representantes legais em todas 
as esferas, tanto local, municipal, estadual quanto federal, no qual a população dessas 
esferas, por meio de seu voto, seleciona e elege o seu representante para legislar em 
nome dessa mesma população. Assim, “podemos considerar que a democracia nada 
mais é do que um sistema de governo, no qual o povo governa para sua própria 
sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 133, grifos do original).
Deste modo, pode-se observar que a democracia pode ser exercida de duas 
formas distintas, pois ela pode ser direta ou indireta (Quadro 1). O conceito de democracia 
é notoriamente o entendimento de toda massa populacional brasileira nos dias de hoje, 
pois quando se indaga às pessoas com relação ao conceito de democracia, é este 
conceito de escolha de nossos representantes legais, por intermédio do voto popular, 
que aparece nos discursos da população de nosso país.
5
QUADRO 1 – FORMAS DE DEMOCRACIA
FONTE: Adaptado de Pieritz (2013, p. 133)
FORMAS DE DEMOCRACIA
Democracia 
direta
Na qual o povo decide diretamente, por meio de referendo/plebiscito, 
se aceita ou não determinadas questões políticas e administrativas de 
sua localidade, Estado ou país.
Democracia 
indireta
Nesta, o povo participa democraticamente, por meio do voto, elegendo 
seu representante político, ou seja, uma pessoa que o represente nas 
diversas esferas governamentais, para tomar decisões cabíveis em 
nome do povo que o elegeu.
Cunha (2011, p. 105) expõe que a democracia pode ser compreendida como 
“método de organização social e política tendente à maior realização da liberdade e 
da igualdade. [é um] Sistema político em que o povo constitui e controla o governo, no 
interesse de todos”.
Outro fator que não podemos esquecer é que, quando falamos em democracia, 
também falamos de Estado Democrático de Direito. Segundo Cunha (2011, p. 138), o 
“Estado de direito [é aquele] que se organiza e opera democraticamente”. Nossa Carta 
Magna de 1988, já em seu preâmbulo, instituiu um Estado Democrático de Direito, 
ou seja, a Constituição da República Federativa do Brasil se organizou e definiu suas 
normativas em prol de um Estado Democrático, no qual a democracia deverá ser a 
base fundamental da República Federativa do Brasil. Assim, segundo Pieritz (2013, p. 
133), “este sistema de governo democrático possui formatos diferentes nas diversas 
sociedades, pois em cada uma existem regras e normas diferentes, e isto acontece por 
causa da constituição dos princípios ético-morais de cada localidade”. 
Vale salientar que a democracia vai muito além desse discurso sintético de 
representação e de voto, pois Moisés (2010, p. 277, grifos nossos) coloca-nos que:
existem outras perspectivas que ampliam a compreensão do conceito, 
incluindo tanto as dimensões que se referem aos conteúdos da 
democracia, como também os seus resultados práticos esperados no 
terreno da economia e da sociedade. Por uma parte, acompanhando a 
abordagem minimalista de Schumpeter (1950) e a procedimentalista 
de Dahl (1971), vários autores definiram a democracia em termos de 
competição, participação e contestação pacífica do poder. 
Neste sentido, no que tange à conotação que a democracia tem de competição, 
participação e contestação pacífica do poder, pode-se expor que falar de democracia 
também está atrelado ao conceito do “jogo de poderes”, principalmente a disputa e 
concorrência de cargos em todas as esferas governamentais ou não, além da competição 
entre partidos políticos e outros grupos econômicos, políticos, culturais e sociais. 
6
Além disso, não podemos esquecer um elemento fundamental da democracia, 
que é a questão da “participação do povo”, em que cada cidadão brasileiro é 
elemento fundamental no processo democrático do Brasil, pois direta ou indiretamente 
é parte do processo democrático instaurado neste país. Ao proferir sua escolha, 
independentemente do que for ou de que escolha fora feita, torna-se automaticamente 
parte do Estado Democrático de Direito e integra-se ao sistema vigente de democracia 
daquele determinado Estado.
Resumidamente, a Figura 1 apresenta o primeiro entendimento da definição e o 
significado da democracia e o Estado Democrático de Direito.
FIGURA 1 – DEMOCRACIA E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
FONTE: Os autores
Maciel (2012, p. 73, grifos do original) complementa expondo que a democracia 
“tornou-se uma aspiração universal, por ser o regime de governo mais propenso a 
garantir os direitos individuais, porém não se resume simplesmente ao ato de votar, 
sendo que o direito à participação tornou-se uma atividade importante diante da 
constituição da cidadania”.
Por conseguinte, pode-se expor que democracia denotaparticipação direta ou 
indireta da população em todos os espaços que necessitem do veredito do povo em prol 
de objetivos comuns a ele mesmo. Assim, Beethan (2003, p. 110 apud MACIEL, 2012, p. 
73, grifos nossos) complementa expondo que: 
7
O direito à participação pode ser tanto reativo quanto proativo. Em sua 
forma reativa, a participação consiste na articulação coletiva de 
respostas a políticas de desenvolvimento. Na forma proativa, ela invoca 
a responsabilidade popular no desencadeamento da articulação de 
políticas de desenvolvimento. No primeiro caso, os governos propõem e 
os cidadãos reagem; no segundo, os cidadãos propõem e os governos 
reagem. Em ambas as formas, o direito de participação assume 
a lógica de colaborar com o desenvolvimento. “No coração da 
democracia repousa, assim, o direito do cidadão de opinar nos assuntos 
públicos e de exercer controle sobre o governo, em pé de igualdade com 
os demais”.
Deste modo, pode-se expor que um dos elementos da democracia é a 
articulação coletiva do povo em prol de uma determinada demanda social, política, 
cultural ou econômica. Para que se possa debater coletivamente os prós e contras, no 
que tange aos assuntos pertinentes ao interesse coletivo, dando assim respostas a esta 
mesma demanda.
Vale salientar que a não participação e a omissão também são formas de 
participação, pois retratam a sua alienação, indiferença, contestação ou o seu 
descontentamento em relação ao sistema vigente. Então, isto não quer dizer que 
aquele cidadão que se omitiu ou apenas não quis participar não fez parte do processo 
democrático de um país, pelo contrário, todo cidadão tem o direito de participar ou não, 
mesmo que o voto no Brasil seja obrigatório, pois ao votar ele exprime a sua vontade, 
ou o seu desejo.
Aqui fica claro que a população, ao exercer seu direito de participação de forma 
proativa, demonstra seus direitos e responsabilidades perante os efeitos da decisão 
coletiva. Entretanto, também existem quatro condições necessárias para que se possa 
instaurar um regime governamental pautado na democracia.
QUADRO 2 – CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O REGIME DEMOCRÁTICO
FONTE: Adaptado de Moisés (2010, p. 277)
Disponível em: <http://
rafaelsilva.over-blog.es/
article-objetivo-demo-
cracia-iv-124370354.
html>.
Direito dos cidadãos de ESCOLHEREM GOVERNOS por meio de 
eleições com a participação de todos os membros adultos da 
comunidade política. A isso se dá o nome de sufrágio universal 
(direito ao voto).
ELEIÇÕES regulares, livres, competitivas, abertas e significativas.
GARANTIA DE DIREITOS de expressão, reunião e organização, em 
especial, de partidos políticos para competir pelo poder.
Acesso a fontes alternativas de INFORMAÇÃO sobre a ação 
de governos e a política em geral. 
Essas quatro condições mínimas para implantar um regime democrático são de 
fundamental importância para que haja a participação democrática de um povo em prol 
dos objetivos comuns do próprio povo, uma vez que a democracia vai muito além da 
simples representação e de voto, ela se efetiva e concretiza-se com a participação, com 
a competição e a contestação dos processos pacíficos da busca do poder no Estado 
Democrático de Direito.
8
Sucintamente, a Figura 2 apresenta a ampliação da compreensão do 
entendimento do signifi cado da democracia, ou seja, o seu conceito ampliado:
FIGURA 2 – CONCEITO AMPLIADO DE DEMOCRACIA
FONTE: Os autores
Caro acadêmico, para colaborar com seus estudos, veja que a junção 
das Figuras 1 e 2 proporciona o entendimento global do que é 
democracia.
ATENÇÃO
3 A QUESTÃO DA ÉTICA
O tema que abordaremos neste momento é relativo à questão da ética, a qual 
permeia constantemente nosso dia a dia, seja no âmbito familiar, social ou profi ssional. 
Aparentemente, compreendemos o seu signifi cado e seus efeitos, mas será que 
realmente compreendemos o seu sentido real? Será que sabemos o que é certo ou 
errado para nós na sociedade em que vivemos? 
Neste sentido, Tomelin e Tomelin (2002, p. 89) expõem que “a ética é uma das 
áreas da fi losofi a que investiga sobre o agir humano na convivência com os outros [...]”. 
Em outros termos, as nossas ações perante a sociedade em que vivemos são orientadas 
9
por princípios éticos e morais, e esses princípios são norteadores de consciência moral 
do certo e do errado, do bem e do mal.
De modo mais abrangente, a ética pode ser conceituada como a área da filosofia 
que investiga o agir humano, tanto aqueles com repercussão social, quanto aqueles sem 
maiores impactos na sociedade, ou seja, não somente os atos relativos à convivência 
com os outros, mas também consigo mesmo.
Assim, no que tange a esta problemática relativa à ética, Pieritz (2013, p. 3) 
expõe que “a ética não é facilmente explicável, mas todos nós sabemos o que é, pois 
está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, ou seja, 
ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os outros 
integrantes da sociedade”. E que esses valores éticos são construídos historicamente 
pelos povos, de geração em geração.
O que são valores? Pedro (2014, p. 490) faz um resgate etimológico da palavra 
Axiologia, de origem grega, que significa estudo dos valores ou ciência do valor, e aponta 
para um significado, o da vivência do valor, independentemente do valor que for, pois 
este é experienciado como um fenômeno que se apresenta à consciência como tal e 
como um acontecimento que nos é imediatamente dado.
Para a filósofa húngara Agnes Heller (1972, p. 4), “valor é tudo aquilo que faz 
parte do ser genérico do homem e contribui, direta ou mediatamente para a explicação 
desse ser genérico”. Vejamos no Quadro 3 quais são os atributos dos valores humanos 
na perspectiva de Heller:
OBJETIVAÇÃO
- que se expressa prioritariamente por intermédio do trabalho;
- que proporciona sair do subjetivo e passar para o real e 
concreto.
SOCIALIDADE
- que se expressa com a convivência com o outro, em grupo;
- aprendizagem com o outro;
- assimilação de normas sociais.
CONSCIÊNCIA
- tomar ciência dos fatos ou de alguma coisa;
- reconhecimento da realidade;
- descoberta de algo;
- capacidade de perceber as coisas.
UNIVERSALIDADE
- universal;
- o todo;
- fazer parte de um determinado grupo.
LIBERDADE - livre-arbítrio. 
QUADRO 3 – ATRIBUTOS DOS VALORES HUMANOS
FONTE: Adaptado de Bonetti et al. (2010, p. 23)
10
FONTE: Os autores
QUADRO 4 – EXEMPLOS DOS VALORES E VIRTUDES HUMANOS
Portanto, os atributos dos valores humanos apresentados no Quadro 3 são 
os elementos constitutivos do ser humano, do ser social, que formam os nossos 
valores morais. Complementando, no Quadro 4 apresentamos mais exemplos 
dos valores e virtudes do ser humano, que vive e convive em sociedade.
Amizade Justiça Obediência Respeito Simplicidade
Lealdade Compreensão Sinceridade Pudor Generosidade
Paciência Ordem Humildade Autoestima Liberdade
Deste modo, podemos expor que “todos nós possuímos princípios e valores que 
foram e são constituídos por nossa sociedade. E, com relação a esses valores, cada um 
de nós possui uma visão do que é certo e errado, do que é o bem e o mal” (PIERITZ, 
2012, p. 57).
Não podemos nos esquecer de que “esta consciência moral é determinada por 
um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e compõe 
as normas de conduta que o regem. Como exemplo, temos a nossa Constituição Federal 
e outras regras e normas de nossa sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 4).
São estas regras e normativas jurídicas e sociais que determinam o nosso agir 
em sociedade, e cada grupo social possui suas características, ou seja, não se pode 
dizer que todos nós somos iguais, que todas as nações e Estados são iguais, porque não 
somos, pois, independentemente do Estado, do país ou grupo social, fomos moldando 
nossos valores e princípios de forma diferente ao longo de nossa existência.
Agora, acadêmico, raciocine o seguinte: se é um fato que nossa consciência 
moral é construída no seio de uma sociedadee com a influência do meio e das 
pessoas com as quais convivemos, há ainda outros fatores que concorrem para 
a constituição da consciência moral, e esse elemento é chamado de Lei natural 
– pelos jusnaturalistas – e tem caráter universal, pois perpassa as sociedades 
políticas, é algo mais profundo que elas, constitui-se na própria natureza humana em 
sua universalidade (ROHLING, 2012). Segundo Valls (2003, p. 8):
 
costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois 
campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, 
consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas 
específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética 
profissional, de ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, 
de bioética etc.
11
Em outros termos, os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em 
sociedade. Neste sentido, vale salientar que “cada sociedade possui suas normas de 
conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo social constitui o 
que é certo e errado, o que é o bem e o mal para o seu povo, portanto, nem sempre o que é 
certo para nós pode ser certo para um outro grupo social e vice-versa” (PIERITZ, 2013, p. 4).
Então, como desvelar esta situação? Como saber se estamos no caminho certo? 
Se estamos fazendo certo ou errado? Ou se realmente estamos fazendo o bem ou o mal 
a alguém? São muitas indagações!
Para auxiliar a reflexão sobre essas questões, Finnis (filósofo e jurista australiano) 
identifica sete valores básicos, os quais são os seguintes: 
I) vida; II) o conhecimento; III) o jogo; IV) a experiência estética; V) 
a sociabilidade; VI) a razoabilidade prática; e, VII) a religião. Esses 
valores, contudo, não são os únicos, pois existem, evidentemente, 
muitos outros, os quais, segundo propõe o autor, são modos ou 
combinações de modos de buscar – embora nem sempre com 
sensatez – e de realizar – nem sempre exitosamente – uma das sete 
formas básicas de bem, ou alguma combinação delas (ROHLING, 
2012, p. 163).
Neste sentido, podemos observar ainda que:
os problemas éticos se distinguem da moral pela sua característica 
genérica, enquanto que a moral se caracteriza pelos problemas 
da vida cotidiana. O que há de comum entre elas é fazer o homem 
pensar sobre a responsabilidade das consequências de suas ações. 
A ética faz pensar sobre as consequências universais, sempre 
priorizando a vida presente e futura, local e global. A moral faz pensar 
as consequências grupais, adverte para normas culturalmente 
formuladas ou pode estar fundamentada num princípio ético. A 
ética pode, desta forma, pautar o comportamento moral (TOMELIN; 
TOMELIN, 2002, p. 90).
 
Podemos expor que deste ponto de vista existem diferenças nítidas entre ética 
e moral, sendo que a ética é generalista e a moral reflete o comportamento socialmente 
construído e legitimado pelo seu povo. Enfim, Tomelin e Tomelin (2002, p. 89, grifos 
do original) complementam expondo que “a palavra ética provém do grego ethos e 
significa hábitos, costumes, e se refere à morada de um povo ou sociedade. A palavra 
moral provém do latim moralis e significa costume, conduta”. Logo, conforme Pieritz 
(2012, p. 58, grifos nosso): 
A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento 
que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que 
é certo ou errado, o que é bom ou mal. Porém, este comportamento 
sempre partirá do ponto de vista dos princípios morais de cada 
sociedade, ou seja, seu grupo social. A ética auxilia no esclarecimento 
e na explicação da realidade cotidiana de cada povo, procurando 
sempre elaborar seus conceitos conforme o comportamento 
correspondente de cada grupo social.
12
 Por conseguinte, “o ético transforma-se assim numa espécie de legislador do 
comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade” (VÁZQUEZ, 2005, p. 20), ou 
seja, a ética está para regular o nosso comportamento em sociedade.
Complementando, Vázquez (2005, p. 21) coloca-nos que “a ética é teoria, 
investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma de 
comportamento dos homens [...]”, ou seja, “o valor de ética está naquilo que ela explica 
– o fato real daquilo que foi ou é –, e não no fato de recomendar uma ação ou uma 
atitude moral” (PIERITZ, 2013, p. 7, grifo nosso).
Devemos compreender as diferenças conceituais de ética e moral, pois 
“podemos afirmar que a ética estuda e investiga o comportamento moral dos seres 
humanos. E esta moral é constituída pelos diferentes modos de viver e agir dos 
homens em sociedade, que é formada por suas diretrizes morais da vida cotidiana, 
transformando-se no decorrer dos tempos” (PIERITZ, 2013, p. 19).
Todavia, o que é a moral?
Segundo Aranha e Martins (2003, p. 301, grifos do original), “a MORAL vem do 
latim mos, moris, que significa ‘costume’, ‘maneira de se comportar regulada pelo uso’, e 
de moralis, morale, adjetivo referente ao que é ‘relativo aos costumes’”. Assim, a moral 
é compreendida como um conjunto de regras de condutas socialmente admitidas em 
determinadas épocas ou por um grupo de pessoas, ou seja, “a moralidade dos homens 
é um reflexo direto do modo de ser e conviver em sociedade, no qual o caráter, os 
sentimentos e os costumes determinam o seu comportamento individual e social, que 
foi ou está sendo perpetuado num espaço de tempo” (PIERITZ, 2013, p. 35). Ainda de 
acordo com Pieritz (2013, p. 38): 
A moral sugere, constantemente, a valorização de nossas ações 
e de nossos comportamentos em sociedade, mas é a moral que 
determina quais são os nossos direitos e deveres perante a sociedade 
em que vivemos. Estes deveres são conectados ao nosso modo de 
ser e conviver em sociedade, gerando certas responsabilidades com 
relação a si próprio e aos outros, tais como: 
• sentimentos;
• escolhas; 
• desejos; 
• atitudes; 
• posicionamentos diante da realidade; 
• juízo de valor; 
• senso moral;
• consciência moral. 
Sob estas concepções de ética e moral, apresentamos as suas principais 
diferenças na Figura 3:
13
FIGURA 3 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
FIGURA 4 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
FONTE: Adaptado de Tomelin e Tomelin (2002, p. 89-90)
FONTE: Adaptado de Paulo Netto (apud BONETTI et al., 2010, p. 23)
Assim, podemos observar que existem diferenças concretas entre estes dois 
conceitos, no entanto, ainda devemos compreender que:
14
Assim, concluímos que a moral:
Vem se constituindo historicamente, mudando no decorrer da 
própria evolução do homem em sociedade. Em que seus hábitos e 
costumes são constituídos por esta relação social, em que a essência 
humana é pautada por estes princípios morais. E estes, por sua vez, 
constituem o ser social que somos. E a ética nesta questão chega 
para simplesmente regular e analisar estes preceitos morais (PIERITZ, 
2013, p. 21).
Por conseguinte, segundo Pieritz (2013, p. 21, grifo nosso), “a ética é precursora 
da TRANSFORMAÇÃO SOCIAL dos diversos sistemas ou estruturas sociais. Sistemas 
estes que imprimiam suas mudanças sociais, tais como: Capitalismo e Socialismo”.
Por fim, Pieritz (2013, p. 21) expõe que “quando é constituída uma nova estrutura 
social, a ética, os valores e princípios morais são modificados para constituir assim esta 
nova concepção de sociedade”. Ou seja, historicamente, com as transformações sociais, 
políticas e econômicas de um povo, automaticamente o sistema de valores morais e 
éticos se transforma, para que assim seja possível constituir um novo padrão sócio-
histórico daquele determinado grupo.
Salientando ainda que nesse processo de transformação social devemos 
respeitar a permanência de alguns valores socialmente construídos, como a 
solidariedade, a igualdade e a fraternidade, para que todos possamos construir uma 
sociedade mais justa, ética, democrática e cidadã.
4 O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA CIDADANIA
No que tange às questões pertinentes à cidadania, partiremos de sua concepção 
advinda do Título I – “Dos Princípios Fundamentais” da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil de 1988, a qual assim expressa:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.
Neste sentido, podemos observar que um dos princípios fundamentais da Carta 
Magna brasileira é a cidadania, mas você sabe o seu significado?
15
Vejamos: cidadania “é um conjunto de direitos e deveres que denotam e 
fundamentam as condições do comportamento de cada indivíduo em relação à 
sociedade, ou seja, a cidadania designa normas de conduta para o convívio social, 
determinando nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa 
sociedade” (PIERITZ, 2013, p. 132). Neste sentido: 
Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade, para 
melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca 
esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser 
divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação, 
para o bem-estar e desenvolvimento da nação. A cidadania consiste 
desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, 
respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como 
todas as outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer 
obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário [...], até 
saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, 
o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que 
enfrentamos em nosso país. ‘A revolta é o último dos direitos a 
que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas 
é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos’. 
Juarez Távora - Militar e político brasileiro (WEB CIÊNCIA, 2009 apud 
PIERITZ, 2013, p. 132).
Portanto, podemos observar que a cidadania possui três dimensões.
QUADRO 5 – DIMENSÕES DA CIDADANIA
FONTE: Adaptado de Pieritz (2013, p. 132-133)
 DIMENSÕES DA CIDADANIA
Cidadania 
civil
São aqueles direitos advindos da LIBERDADE de cada indivíduo, por 
exemplo: 
 • o livre-arbítrio para expressar nossos pensamentos; 
 • o direito de propriedade (venda e compra de um 
 imóvel, um bem ou serviço); 
 • entre outros.
Cidadania 
política
Podemos considerar que a cidadania política se legitima quando os 
homens exercem seu poder político de ELEGER e SER ELEITOS 
para o exercício do poder político, independentemente da instituição 
pública ou privada na qual venham exercer suas atribuições.
Cidadania 
social
Compreendida como o conjunto de direitos concernentes ao 
CONFORTO de cada cidadão, no que tange à sua vida econômica e 
social, ou seja, do seu bem-estar social.
A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e 
convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange ao respeito a 
si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. Além de que a cidadania é participação 
nos espaços públicos de discussão, a qual permeia as questões de democracia e ética 
de toda a população daquele determinado grupo social, político ou econômico.
16
Deste modo, Maciel (2012, p. 29) expõe que hoje em dia a cidadania é “sinônimo 
de participação que remete ao exercício da democracia para além das eleições. Somos 
‘controladores’ da política, do orçamento, ou seja, das ações do Estado como um todo”. 
Cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços democráticos do 
seu município, Estado ou Federação.
Nesse sentido, tem-se a participação como um mecanismo do exercício da 
cidadania, ou seja, “O conceito contemporâneo de cidadania transcende a simples 
lógica da garantia de direitos legais. Segundo a concepção de Dallari (2004), a cidadania 
expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar da 
vida e do governo de seu povo” (MACIEL, 2012, p. 31). Portanto, a palavra de ordem é 
“participar”, fazer parte do processo democrático, pois, de acordo com Maciel (2012, 
p. 32), quem não exerce sua cidadania “está excluído da vida social e da tomada de 
decisões. A cidadania não significa apenas uma conquista legal de alguns direitos, 
mas sim a realização destes direitos. Ela é construída e conquistada a partir da nossa 
capacidade de organização, participação e intervenção social”.
Vale salientar que a cidadania é conquistada pela nossa participação nos 
momentos das discussões e decisões coletivas, portanto a cidadania se dá pela 
participação ativa de nossa vida em sociedade e na vida pública.
17
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A compreensão do significado mais usual da democracia denota que a democracia 
é compreendida como um sistema de governo, no qual o povo governa para sua 
própria sociedade.
• A democracia pode ser exercida de duas formas distintas, pois ela pode ser direta ou 
indireta.
•   A democracia é compreendida popularmente como a escolha de nossos 
representantes legais, por intermédio do voto popular.
• O Estado Democrático de direito, que é aquele Estado que se organiza e opera 
democraticamente.
• A Constituição da República Federativa do Brasil se organizou e definiu suas 
normativas em prol de um Estado Democrático, no qual a democracia deverá ser a 
base fundamental da República Federativa do Brasil.
• A democracia também está atrelada ao conceito do “jogo de poderes”, principalmente 
a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas governamentais ou não. 
• É importante relembrar que o elemento fundamental da democracia é a “participação 
do povo”. 
• A ética é uma das áreas da filosofia que investiga o agir humano na convivência com 
os outros.
•  A ética está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, 
ou seja, ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os 
outros integrantes da sociedade.
• Todos nós possuímos princípios e valores que foram e são constituídos por nossa 
sociedade. E, com relação a estes valores, cada um de nós possui uma visão do que 
é certo e errado, do que é o bem e o mal.
• A consciência moral é determinada por um consenso coletivo e social, ou seja, o 
conjunto da sociedade é que formula e compõe as normas de conduta que o regem. 
• Os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em sociedade.
 
RESUMO DO TÓPICO 1
18
• Existem diferenças nítidas entre ética e moral, sendo que a ética regula a moral, 
a ética é generalista e a moral reflete o comportamento socialmente construído e 
legitimado pelo seu povo.
• A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada pessoa 
ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que é certo ou errado, o que é bom 
ou mal. 
• O valor da ética está naquilo que ela explica, o fato real daquilo que foi ou é, e não no 
fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral.
• Um dos princípios fundamentais da Carta Magna brasileira é a cidadania.
• A cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando nossas 
obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade.
• A cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e convivem 
em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange ao respeito a si, ao 
próximo e ao patrimônio público e privado. 
• Cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços democráticos 
do seu município, Estado ou Federação. A participação é compreendida como um 
mecanismo do exercício da cidadania.
19
1 (ENADE-2010, Formação Geral, Questão 9) As seguintes acepções 
dos termos democracia e ética foram extraídas do Dicionário Houaiss 
da Língua Portuguesa.
2 (ENADE-2010, Formação Geral, Questão 2)
AUTOATIVIDADE
democracia. POL.1 governo do povo; governo em que o povo exerce 
a soberania 2 sistema político cujas ações atendem aos interesses 
populares 3 governo no qual o povo toma as decisões importantes 
a respeito das políticas públicas, não de forma ocasional ou 
circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade 4 
sistema político comprometido com a igualdade ou com a distribuição 
equitativa de poder entre todos os cidadãos 5 governo que acata a 
vontade da maioria da população, embora respeitando os direitos e a 
livre expressão das minorias.
ética. 1 parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios 
que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento 
humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, 
valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade 
social. 2 p.ext. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa 
e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Considerando as acepções acima, elabore um texto dissertativo, com até 15 linhas, acerca 
do seguinte tema: Comportamento ético nas sociedades democráticas.
Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
a) conceito de sociedade democrática; 
b) evidências de um comportamento não ético de um indivíduo; 
c) exemplo de um comportamento ético de um futuro profissional comprometido com 
a cidadania. 
20
A charge acima representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo 
diferenciado, frente a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. Considerando 
a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as alternativas que seguem.
I- A ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um 
terá que escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética.
II- A ética política supõe sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na 
sociedade.
III- A ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se reduzir à 
ética, em um processo a serviço do sujeito responsável.
IV- A ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se situa a 
decisão ética, quando ele escolhe os seus valores e as suas afinidades.
V- A ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na perspectiva do 
fortalecimento dos valores pessoais.
Estão corretas:
a) ( ) I e II. 
b) ( ) I e V. 
c) ( ) II e IV. 
d) ( ) III e IV. 
e) ( ) III e V.
21
SOCIEDADE E A DIVERSIDADE
1 INTRODUÇÃO
Vamos iniciar o nosso tópico apresentando algumas definições e conceitos 
a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças 
entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos, 
desigualdades e conflitos sociais.
Vamos reconhecer a necessidade e a essencialidade da inclusão como uma 
forma de democratização das relações sociais, principalmente na emancipação e na 
sutileza do trato com o outro, seja em relação aos “iguais” ou entre iguais e diferentes, o 
que significa apenas uma concepção criada para diferenciar pessoas ou grupos sociais 
que, de alguma forma, ainda não foram incluídos no contexto social.
2 CONCEITOS DE DIVERSIDADE CULTURAL E 
DESIGUALDADE SOCIAL
A diversidade cultural e a desigualdade social, apesar de terem conceitos 
distintos, desempenham uma ampla relação entre seus termos, isto é, quanto maior for 
a diversidade cultural, maior será a desigualdade social. 
Neste sentido, Gomes (2012, p. 678) afirma que “a diversidade, entendida como 
construção histórica, social, cultural e política das diferenças, realiza-se em meio às 
relações de poder e ao crescimento das desigualdades e da crise econômica que se 
acentuam no contexto nacional e internacional”.
A diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação entre 
brancos, índios e negros e foi marcada por uma série de crenças, hábitos, costumes e 
conceitos contraditórios, alimentando assim uma discussão permanente a respeito dos 
direitos e deveres dos seres humanos. Principalmente no combate aos preconceitos 
remanescentes e oriundos dessa relação, que perdurou por séculos, trazendo sérias 
consequências a uma imensa população de oprimidos, incluindo-se aí os negros, os 
índios, os pobres, os portadores de algum tipo de deficiência, tipos de preferências, 
relações e diferenças sexuais, doenças crônicas, dentre outras formas de relações 
consideradas por uma boa parte da sociedade como algo fora da normalidade e, por 
esse motivo, não aceitável.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
22
3 DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADE SOCIAL
A diversidade no contexto cultural significa uma grande quantidade de coisas, 
ações, pensamentos, ideias e pessoas que se diferenciam entre si dentro de grupos 
sociais ou dentro de uma mesma sociedade, e os mesmos são passíveis de discussão, 
apelos, protestos, discórdia e geralmente acabam em conflitos, chegando até às 
desigualdades sociais. 
Por isso, a presença da diversidade no acontecer humano nem sempre 
garante um trato positivo dessa diversidade. Os diferentes contextos 
históricos, sociais e culturais, permeados por relações de poder e 
dominação, são acompanhados de uma maneira tensa e, por vezes, 
ambígua de lidar com o diverso. Nessa tensão, a diversidade pode ser 
tratada de maneira desigual e naturalizada (GOMES, 2007, p. 19).
No entanto, existem pontos de vista convergentes e pontos de vista divergentes, 
ambos discriminatórios, um no sentido positivo e outro no sentido negativo, isto é, 
no primeiro caso, trata-se daquilo que já foi estipulado pela sociedade como regras 
relacionadas com bom senso; já no segundo caso, são ações que não condizem com 
a ordem preestabelecida através das leis, normas e regras que regulam e inibem o que 
podemos definir como procedimentos absurdos. Portanto, a desigualdade social tem os 
seus princípios pautados nas tendências e nas diferenças de cada indivíduo. Vejamos:
A pobreza: é uma condição que faz parte de um determinado grupo de pessoas 
que vivem à margem da sociedade, que são carentes dos recursos existentes, como 
moradia, alimentação, situação financeira etc. O que, na visão de alguns autores, é a 
condição que mais degrada o ser humano e a que mais se aproxima e se identifica como 
um fator ou um elemento causal do desequilíbrio econômico e da desigualdade social.
Raça: trata-se da discriminação social, o que é muito presente nos dias de 
hoje por alguns grupos inescrupulosos que agridem com palavras ou pela violência 
física pessoas que não são da mesma etnia, não têm a mesma cor da pele, ou são de 
diferentes religiões ou, até mesmo, por causa de seu comportamento sexual. 
A discriminação racial diz respeito à raça/cor/fenótipo, que é um fator inerente 
à pessoa. Tal discriminação é abominável, assim como a discriminação a deficientes 
físicos ou idosos, pois tratam-se de aspectos involuntários e que, ademais, revelam a 
riqueza multifacetada da ordem criada, da diversidade natural. 
Outro tipo de discriminação é a avaliação dos atos e comportamentos, seja na 
escolha de uma religião e suas práticas ou nas ações que envolvem a sexualidade, entre 
outros aspectos do comportamento humano, pois nesses casos não se trata de aspectos 
inerentes ou involuntários, mas de opções sobre as quais podemos [e devemos] fazer 
juízos morais. Do contrário, por que estaríamos discutindo isso? Será que o ser humano, 
com toda capacidade de raciocínio e reflexão sobre si mesmo, reconhece a riqueza da 
pessoa? Haveria alguma etnia “melhor” que outra?
23
Podemos citar como exemplo o que aconteceu com os judeus, conhecido 
como o holocausto, ou o caso da África do Sul, que teve repercussão mundial, também 
conhecido como segregação racial (Apartheid), que significa separação entre negros e 
os brancos das classes dominantes.
Sugerimos que você assista ao filme Mandela, que fala sobre a vida do ex-
presidente da África do Sul e líder da luta contra o Apartheid. O filme tem 
como diretor Justin Chadwick.DICAS
Como podemos perceber, o preconceito, a discriminação e o descaso com 
algumas pessoas têm ocasionado uma série de sofrimento e dor, principalmente para 
aquelas que são rejeitadas por uma grande parte da sociedade, em que as mesmas são 
julgadas e condenadas ao mesmo tempo, após serem classificadas como diferentes, 
porém, diferentes no sentido tendencioso e pejorativo, e muitas vezes essas pessoas 
são taxadas e rotuladas como pervertidas, no caso dos homossexuais, e frágeis, no caso 
das mulheres. Vejamos:
Mulher: infelizmente, as estatísticas comprovam que apesar das várias leis 
existentes, no caso específico da Lei Maria da Penha, instituída para a proteção da 
integridade da mulher brasileira contra casos de violência doméstica, ainda existem 
casos absurdos de desrespeito à dignidade humana, não discriminando raça, religião 
ou posição social.
Homossexualidade: é o comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo, 
e para alguns indivíduos esse tipo de comportamento fere as normas de conduta 
universal. No entanto, já existem projetos no Congresso Nacional que criminalizam 
certas atitudes discriminatórias contra essa parcela da sociedade, o que significa um 
avanço na busca de um espaço alternativo, o que é perfeitamente compreensivo em 
uma sociedade cultural democrática.
De acordo com Silva (2007, p. 133), “[...] os diferentes grupos sociais, situados em 
posições diferenciadas de poder, lutam pela imposição de seus significados à sociedade 
mais ampla”. Assim, é fundamental que percebamos as diferenças e desigualdades não 
de forma natural, mas como uma construção histórica possível de ser desestabilizada 
em sua forma rígida, para ser transformada em algo que possa ser identificado e 
24
reconhecido como base para a construção de relações interpessoais mais democráticas 
dentro da sociedade, isto é, devemos pensar e repensar o seu conceito histórico e a sua 
trajetória futura, pois, de acordo com Gomes (2007, p. 22): 
A diversidade cultural varia de contexto para contexto. Nem sempre aquilo 
que julgamos como diferença social, histórica e culturalmente construída 
recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o 
modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso.
Por isso, a diversidade precisa ser entendida em uma perspectiva 
relacional. Ou seja, as características, os atributos ou as formas 
‘inventadas’ pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o 
grupo a que ele pertence dependem do lugar por eles ocupado na 
sociedade e da relação que mantêm entre si e com os outros. 
Portanto, o caráter multicultural de nossas sociedades revela-se hoje temática 
quase obrigatória nas discussões sobre sociedade e sobre educação. Porém, refletir 
sobre a diversidade exige um posicionamento crítico diante de uma realidade cultural 
e racialmente miscigenada, assunto que, apesar de já ter sido discutido anteriormente, 
achamos prudente e viável inserir neste parágrafo outra opinião, que confirma as 
anteriores a respeito do processo de miscigenação. 
“Não podemos esquecer que a sociedade é construída em contextos históricos, 
socioeconômicos e políticos tensos, marcados por processos de colonização e dominação. 
Estamos, portanto, no terreno das desigualdades, das identidades e das diferenças” (GOMES, 
2007, p. 22). E ainda segundo Gomes (2003, p. 73):
O reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática 
da diversidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de 
necessidades especiais, homossexuais, entre outros) coloca-nos 
frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito 
à diferença. Coloca-nos também diante do desafio de implementar 
políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo 
social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades, 
sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia 
dos direitos sociais. A luta pelo direito e pelo reconhecimento das 
diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e nem 
resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solidárias e 
excludentes.
No entanto, a diversidade e a diferença dizem respeito não somente aos sinais 
que podem ser vistos a olho nu, mas também àqueles que são construídos socialmente 
ao longo de um processo histórico, tendo os seus pontos divergentes e convergentes, 
que são construídos através das relações sociais e, principalmente, nas relações de 
poder e de submissão, e para algumas pessoas, nem sempre esse posicionamento é 
entendido dessa forma. 
Como nos diz Carlos Rodrigues Brandão (1986 apud GOMES, 2007, p. 25), “por 
diversas vezes, os grupos humanos tornam o outro diferente para fazê-lo inimigo”. 
Aprofundando essa reflexão, tomamos como exemplo a Constituição Federal de 1988, que 
trata no Artigo 5º dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
25
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano 
ou degradante; [...] (BRASIL, 1988, s.p.).
Neste sentido, surgem algumas perguntas relacionadas à diversidade humana 
e seus direitos: se “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, 
tendo reconhecidas suas individualidades de homem e mulher como cidadãos, por 
que tanto se discute sobre as “questões de gênero”? Será que essa ideologia propõe 
a valorização da pessoa humana? Ou está disposta a trazer divisão, confusão de ideias 
ou até mesmo a negação da ordem natural? Ao privilegiar determinados grupos em 
detrimento de outros, não estaria contrariando a própria Constituição?
Acadêmico, são muitos os questionamentos, e conforme destacado na 
apresentação deste livro, “aprender a questionar é tão importante quanto buscar 
o saber”. Por isso, nosso propósito é estimular o seu raciocínio crítico sobre a realidade 
em que vivemos, em um tempo de profundas e rápidas mudanças culturais, um tempo 
de aumento do individualismo, da comunicação quase que exclusivamente on-line, 
em que pouco se ouve, vê, toca ou sente. O diálogo é o caminho que nos une, revela 
nossa capacidade de aprender com o próximo e permite que as diferenças favoreçam a 
complementariedade promotora da paz.
Pensar na diversidade cultural é pensar em sociedade, que envolve pensamento, 
ideia, ação e mudanças, isto é, significa pensar não apenas no reconhecimento do outro, 
mas pensar na relação entre o eu e o outro, pois, quando consideramos o outro estamos 
também considerando a nossa história, o nosso grupo e o nosso povo, mas não apenas 
como um simples padrão de comparação, e sim em sua totalidade. 
FIGURA 5 – DIVERSIDADE CULTURAL
FONTE: Disponível em: <http://educacaobilingue.com/2010/01/17/indigena/>. Acesso em: 12 fev. 2014.
26
Nessa perspectiva, percebemos que “somos todos iguais como seres humanos. 
Por isso devemos combater qualquer forma de discriminação e de arrogância, agindo 
solidariamente uns com os outros” (AQUINO et al., 2002, p. 16). O ser humano veio ao 
mundo não somente para compor ou contribuir para o povoamento da Terra, mas para 
ser útil, participativo, democrático, ético, moral e solidário para com os seus semelhantes. 
Essas são as diversas opções existentes, que além de motivadoras, também 
servem como estímulo na adaptação do ser humano, bem como no seu processo de 
desenvolvimento pessoal frente às diversidades existentes no universo, que poderíamos 
denominá-las como um conjunto de atos e fatos diferentes entre si que formam a 
sociedade como um todo. Para Saji (2005, p. 13), “o tema diversidade é bastante amplo. 
Sua abordagem vai desde definições restritas às questões de raça,

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