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1 REPRODUÇÃO 1 
PROVA 1 
PRÁTICA 
FISIOLOGIA REPRODUTIVA DO MACHO 
Na reprodução enxergamos o macho como reprodutor. Se quer um macho como reprodutor queremos 
que seja capaz de copular com fêmea e gere uma gestação, gere resultados é a eficiência reprodutiva. 
Eficiência reprodutiva é ser capaz de reproduzir com sua maior potencialidade possível. Um dos lados 
da eficiência reprodutiva é a fêmea e do outro lado o macho e o ambiente também influencia (por ex. 
época de falta de alimentos, nutrição deficiente afeta a eficiência). 
Na reprodução buscamos sempre a eficiência reprodutiva. 
Para que o macho seja um reprodutor pleno, ele precisa: interesse sexual (libido), maturidade sexual 
(maduro sexualmente, mas não senil), normalidade morfológica. 
Para ele copular ele precisa ter libido e ela é promovida pela testosterona produzida no testículo. Por 
via endócrina no sistema límbico estimula ter interesse por fêmeas, pode ter interesse por fêmeas 
mesmo sem produzir SPTZ, produzir SPTZ depende dos túbulos seminíferos, ter libido depende do SN. 
Mas para ser bom reprodutor precisa de interesse, SPTZ no sêmen, conseguir coloca SPTZ dentro da 
fêmea. 
A produção de SPTZ começa nos túbulos seminíferos do testículo, para isso precisam de temperatura 
mais baixa que a corporal, para isso existe o escroto. 
 
Recobrindo internamente o túbulo seminífero (circulado em preto) tem o epitélio seminífero (produz 
o SPTZ) seta laranja. É necessário para produção de SPTZ o estímulo da FHS (indiretamente) e o LH. 
Os dois tem que atuar, são produzidos pela adenohipófise a partir do estímulo do GnRH. 
 
2 REPRODUÇÃO 1 
Nos testículos tem o espaço intersticial (entre túbulos seminíferos) seta verde, tem as células de 
Leydig, vasos sanguíneos (para nutrição do testículo). As células de Leydig produzem testosterona 
que atua no SNC, fazendo ter o comportamento sexual. A testosterona chega lá pelos vasos sanguíneos 
e vai ao SNC por via endócrina, fazendo ter libido. 
A testosterona é fundamental para a produção de SPTZ no epitélio seminífero, ela chega por difusão. 
O LH estimula as células de Leydig a produzir testosterona. O FSH atua nas células de Sertoli, que está 
dentro do epitélio seminífero, produzindo ABP (proteína carreadora de andrógeno) que pega a 
testosterona e leva para dentro do epitélio seminífero para estimular a formação de SPTZ. O 
hipotálamo controla os eventos reprodutivos através da hipófise e assim controla a reprodução. 
 
 
 
O STPZ é resultado de uma meiose, vem de uma célula diploide 2n que é submetida a meiose até 
formar os SPTZ que são haploides. Cada espermatogonia 2n, dá origem a cerca de 100 SPTZ. As 
espermatogonias estão dentro do epitélio seminífero e ao iniciar a meiose, dão origem a centenas de 
 
3 REPRODUÇÃO 1 
SPTZ haploides. O sistema imunológico do macho não reage as espermatogonias por serem 2n, as n 
sim. Para o sistema imune não destruir os SPTZ que ele mesmo produz, as células de Sertoli estão 
ligadas em si, por um complexo juncional muito eficiente, formando uma barreira que impede que o 
sistema imune tenha contato com os SPTZ, é a barreira hematotesticular. Essa barreira separa o 
epitélio seminífero em dois, dentro e fora da barreira. A orquite, trauma podem permitir o contato, 
tendo orquite autoimune. A barreira é formada pelas células de Sertoli, quando as células se tornam n 
vão para cima da barreira hematotesticular para fugir do sistema imune. 
Precisamos de duas coisas para ter SPTZ: testosterona produzida pelas células de Leydig e ela tem que 
entrar no epitélio seminífero e precisamos evitar o contato deles com sistema imune. Nos mamíferos 
ainda precisa de temperatura adequada que é sempre abaixo da corporal, por isso temos o escroto. 
 
Resumindo... O GnRH é produzido pelo hipotálamo estimula atraves do LH da hipófise a produção de 
testosterona pelas células de Leydig, ao mesmo tempo o GnRH do hipotálamo estimula a liberação de 
FSH pela hipófise que atua nas células de Sertoli produzindo a ABP que se junta com a testosterona, 
entra no epitélio seminífero e vai estimular a produção de SPTZ pelo epitélio semínifero. 
TEÓRICA 
FERTILIZAÇÃO 
Como ocorre até a formação do zigoto. 
A ejaculação ocorre em ruminantes, no homem, no cão, a ejaculação ocorre no fundo da vagina. Em 
algumas espécies é dentro da cérvix, a ponta do pênis abre a cervix e entra na cervix, como em suínos. 
No equino, a ejaculação é intrauterina, o pênis não vai até lá, mas quando acoplado na vagina, a glande 
do cavalo expande, cresce muito quando dentro da vagina. A glande no cavalo enxapela, isso dentro da 
vagina. Quando a glande expande, abre a cérvix e o jato de sêmen durante a ejaculação, é jogado no 
corpo do útero. 
 
4 REPRODUÇÃO 1 
Se a ejaculação do touro acontece no fundo da vagina, os espermatozoides precisam entrar dentro do 
útero, no cavalo já facilita. 
A primeira parte do útero é a cervix, a segunda parte o corpo uterino que se divide em dois cornos 
uterinos. Depois tem a tuba. A tuba tem três regiões (istmo, ampola, infundíbulo). 
Nos ovários ocorre o desenvolvimento folicular e quando há folículos grandes, a fêmea está no cio. A 
liberação do ovócito ocorre durante o cio, que é uma fase do ciclo estral caracterizada por alta 
concentração de estrógeno. Ele é produzido pelos próprios folículos ovarianos. 
Essa ovulação, acontece no momento do cio, quando a fêmea tem muito estrógeno circulante. 
Os SPTZ ejaculado no fundo da vagina tem um caminho muito longo a percorrer, mesmo o ejaculado 
na cervix e corpo do útero, até chegar no ovócito na ampola para fertilizar. O ovócito tem caminho 
curto. Quando é liberado é captado pelo infundíbulo até a ampola. Ele não tem movimento ativo como 
o SPTZ. O SPTZ precisa nadar, ele tem cauda. O ovócito é uma célula sérica, ele se desloca pelos cílios 
presentes na tuba. Vão ocorrer dificuldades no caminho para ele vencer, tem barreiras. 
No ejaculado tem SPTZ normais, funcionais e aqueles afuncionais que não tem chance de chegar ao 
ovócito e fertiliza-lo. A quantidade colocada durante a ejaculação tem caminho grande e nem todos 
conseguem chegar, por isso a quantidade presente no ejaculado é muito grande. O touro ejaculada 
10^9 bilhões. 
A vaca ovula um só, a cadela a porca, parem ninhadas. Cada filhote é um ovócito que foi fertilizado. Só 
um SPTZ fertiliza o ovócito, a diferença é o número de ovócitos. De bilhões do touro, só chegam 
milhares, a perda é muito grande, por isso o macho deve produzir mais espermatozoides do que a 
fêmea produzir ovócitos. 
Para muitas espécies, tem o número de SPTZ necessários para fertilizar o ovócito, na égua 250 x 10^6 
(milhões). Mas não usamos o mínimo, usamos m bilhão para fertilizar. Mas fisiologicamente o macho 
ejacula muito mais. Muitos deles nem chegam a entrar no útero. Eles utilizam o fluido vaginal (muco 
presente na vagina, o que sai na vulva durante o cio) para entrar na cérvix que está aberta. Na cadela a 
secreção é vermelha pois tem hemácias e na vaca é transparente, o normal, com infecções sai 
esbranquiçada. Essa secreção está na vagina mas é produzida no útero e como a cérvix está aberta, 
chega na vagina e escorre até sair na vulva. Através dessa secreção, os espermatozoides nadam até 
chegar na luz do corpo do útero. Aqueles que tem defeito não conseguem nadar. Ainda tem uma 
contra correnteza, quem não é funcional, nem entra no corpo do útero. 
O endométrio com suas glândulas, produzem a secreção uterina/endometrial, presente na luz do 
útero e escorre para a vagina. 
 
5 REPRODUÇÃO 1 
Na ejaculação intrauterina, tem menos barreiras. 
Ao entrar na cérvix e chegar no corpo uterino ainda tem um longo caminho. Os SPTZ percorrem 
dependendo de dois fatores, 1: a secreção na luz no útero, os SPTZ estão mergulhados, por ela 
nadam para extremidade do corno. 2: Contração do miométrio, acontece de forma semelhante no 
intestino, por movimentos organizados,vão para um sentido, vão sendo levados passivamente para 
extremidade do corno uterino. Eles são levados, é passivo. 
Se houver apenas contração do miométrio sem movimento dos SPTZ não dá certo, o contrário também 
não. 
Em fêmeas velhas (em éguas mais comum), tem falha da contratilidade do miométrio, essa flacidez é 
decorrente do envelhecimento, isso reduz a fertilidade de éguas mais velhas, pois os SPTZ não são 
adequadamente levados ao corno uterino. 
O estrógeno atuando no miométrio junto com a atuação da ocitocina (na hora do parto a contração 
atua de forma contrária), liberada na neurohipófise, produzida no hipotálamo. Por via endócrina, 
chega no útero e junto com o estrógeno causa contração do miométrio. 
Quando ocorre o cio, ocorre a contração de forma sincronizada para os espermatozoides serem 
levados passivamente a extremidade do corno e muitos ficam para trás durante o caminho. 
A fêmea ao ver, sentir o odor e ter estímulo tátil, promove o estímulo na produção de ocitocina e 
liberação durante a cópula. Nesse momento, quando a fêmea está em contato com o macho libera 
ocitocina e quando o macho penetra libera muito ocitocina pela hipófise causando a progressão de 
SPTZ pelo útero. 
Em caprinos, bovinos e suínos, o estímulo sexual é usado no manejo reprodutivo para melhorar a 
eficiência reprodutiva. Éguas, não faz diferença, na hora da inseminação a manipulação da genitália já 
libera ocitocina para o movimento do útero. Vacas, cadelas também, massagear o clitóris já estimula. 
Na vaca que ovula um ovócito por ciclo, os SPTZ que foram para o lado errado se perdem, mas fêmeas 
de ovulação de ambos os lados, isso é necessário. A cadela ovula de ambos os ovários, tem que 
acontecer. Mas na vaca e égua os SPTZ que vão a outro corno se perderam. Isso reduz a quantidade de 
SPTZ que chegam no corno certo. A maioria vai para o lado certo, pois a contração do lado certo é mais 
eficiente do que do outro lado. 
Eles precisam nadar também, por causa das células do sistema imune, os neutrófilos na luz uterina 
precisam combater a infecção uterina que acontece na fêmea no momento da cópula. O estrógeno alto 
no cio provoca o relaxamento da cérvix. Enquanto fechada o útero é livre de contaminação, quando se 
 
6 REPRODUÇÃO 1 
abre, junto com o sêmen e os SPTZ entra contaminação. Ela precisa ser combatida. Os neutrófilos 
reagem contra a infecção, mas os SPTZ são corpos estranhos e são fagocitados, menos os que se 
movimentam, pois os neutrófilos não conseguem fagocitar. 
Quem chegar na extremidade do corno tem que entrar na tuba para ir em direção ao ovócito. 
... 
A partir da ejaculação no fundo da vagina como touro, os SPTZ ejaculados, a primeira dificuldade é 
passar na cérvix para chegar ao corpo uterino, eles entram nadando no fluido que corre produzido 
pelo endométrio, passa pela cervix e chega na vagina. 
Na copula a cervix está relaxada pela quantidade de estrógeno no cio produzindo pelos folículos. Tem 
vários efeitos e um deles é relaxar a cervix o outro é estimular a secreção das glândulas endometriais. 
Os SZPT nadam por essa secreção e chegam no corpo do útero, mas nem todos chegam lá, os com 
defeitos não conseguem nadar. 
No corpo do útero, vão chegar até a extremidade dos cornos, são dois, uma parte vai para o lado certo 
e outra parte para o lado errado, considerando fêmeas que ovulam um folículo, mas fêmeas que 
ovulam vários folículos tem que ir SPTZ para os dois lados. O caminho do corpo pelo corno, eles são 
passivamente levados pela contração miometrial, faz com que os SPTZ no fluido endometrial se 
movimentam sejam levados passivamente por contração do miometro que leva o fluido com os SPTZ 
nele. Ela é fundamental para o transporte espermático dentro do útero da fêmea, sem a contração o 
transporte é inadequado e pode comprometer a fertilidade da fêmea. 
O sistema imune da fêmea identifica os SPTZ como corpos estranhos, assim como contaminantes que 
entraram no útero junto com os SPTZ. Esse combate a infecção promovido por neutrófilos é 
responsável por fagocita bactérias, contaminantes e SPTZ. Então eles precisam se movimentar no 
fluido endometrial para fugir dos neutrófilos, aqueles que não conseguem são fagocitados. 
Ao chegar na extremidade do corno uterino só tem milhares de bilhões que foram ejaculados. 
A partir da extremidade do corpo, inicia-se a tuba uterina que tem na sua primeira parte, o istmo. O 
istmo da tuba uterina tem uma mucosa revestindo a luz, a muscular, miométrio no útero, a 
miosalpinge (camada muscular por fora) e serosa (por fora). 
A passagem do corno para o istmo é uma passagem muito fechada, válvula muito fechada, é a junção 
útero-tubárica, isso para impedir que a inflamação não chegue na tuba, pois a inflamação será tóxica 
ao embrião. Para o embrião se instalar na luz do útero leva 5-6 dias em equinos, na vaca 4 dias e na 
cadela 10-11 dias. A fêmea depois que formou o embrião (porque já ouve fecundação). Quando a 
 
7 REPRODUÇÃO 1 
ovulação ocorre o cio termina. O cio era o momento em que a cérvix está aberta, assim que ocorre a 
ovulação, acaba o cio, o estrógeno baixa e o componente estrogênico que fazia a cérvix relaxar não 
existirá, então a cérvix fecha novamente. A partir do momento que a cérvix fecha, para de entrar 
contaminação no útero. Então ao mesmo tempo que ela fecha, tem um embrião na tuba uterina 
esperando a contaminação, a endometrite durante o cio, acabar, para que ele entre no útero. O tempo 
que o embrião fica esperando na tuba, é o tempo necessário para que o útero não tenha mias 
endometrite, acabe a inflamação, pois acabou a entrada de nova contaminação pela cervix. 
A partir do momento que a ovulação ocorreu, tem ovócito para ser fertilizado, os SPTZ vão fertilizar, 
formam o embrião e a partir daí o embrião formado espera um tempo dentro da tuba uterina, 4-5,6 
dias, é o tempo para que o útero inflamado resolva a inflamação para receber o embrião. A tuba não 
pode passar pelo mesmo processo de contaminação, e por isso fica isolada pela junção útero-tubárica. 
Algumas éguas não conseguem eliminar a inflamação a tempo de receber o embrião, essa endometrite 
ao invés de ser transitória como ocorre em todas as fêmeas normais, ela terá endometrite persistente, 
mesmo fechada a cerviz, continua contaminada por um período maior. Ocorre em outras fêmeas 
também. Nessas éguas, é comum ter muita morte embrionária, então fazemos tratamento. Entra com 
sonda na cérvix, injeta soro fisiológico aquecido a 37º, enche o útero e depois puxa, é a lavagem 
uterina, ajuda a resolver a endometrite a tempo. 
Os SPTZ que entram na luz do istmo, aderem a sua cabeça na mucosa tubárica, ficam grudados 
formando o reservatório espermático. É a reserva de SPTZ para a fertilização. Muitas cópulas ocorrem 
antes da ovulação ocorrer. A égua que tem média de 6 dias de cio, a ovulação acontece 1 dia antes do 
cio acabar. Tem SPTZ ejaculados antes da ovulação, quando eles já estão lá, o ovócito ainda não 
chegou. Se eles forem direto para ampola, perdem. Esses SPTZ serão liberados aos poucos para ir em 
direção ao ovócito. O reservatório é estratégico, ficam muito tempo viáveis. Em equinos até 7 dias 
pode ter SPTZ disponíveis para fertilizar. Mas no manejo reprodutivo consideramos 48 horas por 
segurança, por isso faz cobrições em éguas de 48-48 horas. 
Nesse reservatório ocorre um processo fundamental para que os SPTZ consigam fertilizar o ovócito, é 
a capacitação espermática, induzido pelo organismo materno. Se ele não passar pelo reservatório, não 
consegue fertilizar. Em outras espécies o reservatório pode ser em outros locais que não o istmo. Um 
dos processos que ocorre na capacitação é a hipermotilidade (aumenta a força de batimento) soltam 
da mucosa do istmo e vão nadando em direção da ampola, começam a nadar em busca do ovócito e 
eles sabem que tem que ir em direção a ampola pelo processo de quimiotaxia. Quando eles são 
capacitados,tem tempo de viabilidade curta. Se todo munda capacitar junto correm o risco de morrer 
juntos, mas se o ovócito estiver lá, alguém fertiliza, mas se não, perdeu-se o trabalho. O segundo 
processo é a reação acrossomal. 
 
8 REPRODUÇÃO 1 
Outro problema se chegarem vários SPTZ para entrar no ovócito... No ovócito tem o cúmulos ooforos, 
depois zona pelúcida e membrana plasmática. Quando o SPTZ encosta a cabeça na zona pelúcida, 
libera enzimas acrossomais e essas enzimas vão amolecer a zona pelúcida e o SPTZ vai entrar dentro 
do espaço entre a zona pelúcida e a membrana pelúcida. Quando encostam na zona pelúcida ocorre a 
reação acrossomal e só os capacitados conseguem ter a reação. 
Se todos saírem capacitados ao mesmo tempo em direção ao ovócito é chegar lá e não ter ovócito, 
como resultado todos morrem. Se o ovócito estiver lá, tem centenas tentando entrar ao mesmo tempo, 
quando o primeiro SPTZ entrar na zona pelúcida, ele vai ser endocitado, engolido pelo ovócito e vai 
ocorrer a fertilização. Quando ele entra, nenhum outro consegue, pois o ovócito libera enzimas através 
da membrana plasmática que fazem com que a zona pelúcida não entre mais ninguém. É a reação 
cortical, a zona pelúcida se torna impenetrável. Se entrar mais de um tem a polispermia e causa 
poliploidia, se isso ocorrer vai ter individuo poliploide. É bom ter capacitação paulatina, com isso 
garante maior tempo com SPTZ para fertilizar os ovócitos, por isso os 7 dias disponíveis. A outra 
vantagem é que quando o ovócito estiver lá, chegam poucos SPTZ para fertilizar, cerca de 10 tentando 
entrar ao mesmo tempo. Isso evita a poliploidia. 
PRÁTICA 
A reprodução é um meio no sistema de produção, assim como nutrição, MGA. 
Então os SPTZ produzidos vão para a rede testicular. E são direcionados ao epidídimo. 
A meiose a partir de uma célula primordial é a espermatogênese. As células da linhagem 
espermatogenica são essas células que ficam entre a espermatogonia e o próprio SPTZ. As células de 
sertoli cuidam dessas células da linhagem, elas controlam tudo que entra e esse controle é feito pela 
barreira hematotesticular que divide o epitélio seminífero em duas regiões separadas. Uma abaixo da 
barreira, compartimento basal e a acima da barreira, compartimento adluminal e nesse 
compartimento tem as células n. Quando se tornam haploides, são transportadas pelas células de 
sertoli para cima da barreira, pois são reconhecidas como células estranhas. 
Com isso é possível produzir SPTZ sem que o sistema imune do macho reaja contra eles. 
 
9 REPRODUÇÃO 1 
 
A espermatogênese é um processo em que temos a produção de SPTZ a partir da célula primordial, 
espermatogonia A1, que se origina que se origina na A0. A A0 se multiplica no epitélio seminífero ao 
longo da vida do indivíduo até chegar a puberdade. O macho ao nascer, nasce com testículo pronto, 
mas não maduro, precisam crescer, desenvolver, tem ainda a multiplicação de espermatogonias A0, 
que multiplica na base do epitélio seminífero. 
A parte laranja da tabela é a barreira hematotesticular, as espermatogonias A0 se multiplicam-na base 
do epitélio seminífero até o macho chegar na puberdade. Na puberdade há alteração da voz. O sistema 
hipotalâmico hipofisário gonadal começa a funcionar, na infância o hipotálamo ainda não tem 
capacidade de produzir GnRH de forma suficiente para desencadear a ativação da hipófise, as gônadas 
tem apenas crescimento somático, para produzir testosterona precisa da hipófise que precisa do 
hipotálamo. Tudo está imaturo ainda. A puberdade é onde o sistema começa funcionar, intensifica a 
produção de testosterona que muda a voz, crescimento faz também iniciar a espermatogênese, as 
espermatogonias que se formavam antes da testosterona, milhões de A0 no epitélio seminífero que se 
multiplicavam apenas antes da puberdade. Quando a puberdade chega, as espermatogonias começam 
a produzir SPTZ pela presença da testosterona, porque tem LH, porque tem GnRH porque o 
hipotálamo está apto agora. 
Quando chega a puberdade, começa a meiose das espermatogonias A0, é a gametogênese, gera SPTZ, é 
chamada no macho de espermatogênese. Os SPTZ iniciais são poucos e defeituosos, mas isso evolui. A 
espermatogenese só para quando chega na senilidade, se ele não morrer antes, só para quando estiver 
senil, quando o epitélio seminífero parar, mas geralmente morre antes de parar. 
Quando começa a produção de SPTZ, ela não para mais. A espermatogênese após iniciar na 
puberdade, ele não para mais, ocorre diariamente, até a senilidade. Algumas espécies selvagens 
ocorrem pausas, alguns morcegos param de produzir SPTZ no inverno. Equinos reduzem a produção 
no outono e inverno, bovinos não param nunca. 
 
10 REPRODUÇÃO 1 
A quantidade de SPTZ produzida ao longo da vida é muito grande. Um garanhão leva 58-59 dias para 
iniciar a produção de SPTZ e eles ficarem prontos. O tempo para espermatogênese, de A0 passar pelas 
intermediárias até virar SPTZ, leva 61 dias no cão, 58 no bovino, 49 no porco. A duração da 
espermatogênese por cada espécie é definida geneticamente, nada muda isso. 
Essa duração é genética. A duração fica entre 50-60 dias. O tempo é fixo. 
Se por alguma patologia, algum problema, um garanhão que teve comprometida sua produção por 
febre por ex. e comprometeu sua produção de SPTZ, a espermatogênese será prejudicada. Após tratar 
e voltar as condições normais no cavalo, a espermatogênese foi comprometida, vai ter queda na 
qualidade do sêmen. Quanto tempo após resolvido o problema, será necessário para o sêmen voltar ao 
normal? O tempo necessário para começar nova espermatogênese até ter SPTZ. Vai ser o tempo 
específico dele. Os SPTZ que estão armazenados no epidídimo são afetados, vai gastar rapidamente 
eles e com poucas semanas o sêmen já sofre as consequências do efeito negativo. Todos serão 
afetados, até aqueles que estiverem no fim do seu desenvolvimento. 
A produção de SPTZ então é constante e produz muito. O que define a quantidade de SPTZ produzidos 
é a quantidade de túbulos seminíferos. Na biometria mede a circunferência escrotal, é uma forma de 
medir a quantidade de testículo que ele tem. Quando maior o testículo, maior a circunferência 
escrotal. O testículo grande tem mais túbulos seminíferos então produz mais SPTZ. Pensando em 
reprodutores, um dos itens de escolha é o tamanho de testículo. 
Cada uma espermatogonia A0, 100 SPTZ no fim. Na espermatogênese, temos transformação de 2n em 
células n, haploides. Temos uma redução nuclear, diminui para metade a quantidade de cromossomos 
desse indivíduo. Temos redução nuclear e multiplicação. 
Essas espermatogonias duram muito tempo, toda vez que uma A0 começa a dividir, divide em duas 
uma A1 e outra A0 idêntica e assim repete, elas nunca acabam (só no fim na vida). 
Quando tem patologias que afetam a produção de SPTZ, o prognostico de retorno a melhoria do 
sêmen é ligado ao tempo que levaria para ele voltar a ser um reprodutor normal. 
A partir do momento que a produção terminou os SPTZ serão encaminhados para o epidídimo. 
Primeiro são lançados na rede testicular que encaminha até o epidídimo. O papel do epidídimo, é 
lançar através do ducto deferente para uretra. Os SPTZ na cauda do epidídimo são diferentes dos da 
cabeça. Os da cabeça passam pela cabeça, corpo e chegam na cauda diferentes. A longo da passagem 
passam por maturação espermática/maturação epididimária. Durante a maturação adquirem 
modificações que os tornarão maduros na cauda do epidídimo, isso fornece aos SPTZ, condição na 
ejaculação de se movimentar. A principal mudança é adquirir capacidade de movimento da cauda. Vão 
 
11 REPRODUÇÃO 1 
ficar armazenados posteriormente na cauda. Cabeça e corpo do epidídimo promovem maturação e na 
cauda apenas armazena. 
A produção de SPTZ é constante, mas a liberação não, são liberados apenas na ejaculação. 
Quando for cruzar os animais, é necessário conter a fêmea, mesmoque esteja receptiva. Pois a fêmea 
pode dar um coice e esse trauma mecânico pode lesionar o tecido testicular e fazer com que o sistema 
imune tenha contato com o SPTZ, a partir desse momento o cavalo pode produzir Ac contra os 
próprios SPTZ e isso pode terminar a vida reprodutiva daquele macho. Ainda é importante levar a 
fêmea onde o macho está para demonstrar que ele é o dominante, se fizer o contrário, ela fica 
mostrando dominância. 
O sêmen é a mistura dos SPTZ vindos da cauda do epidídimo maturados, e armazenados é o que é 
liberado na ponta do pênis, é uma mistura de SPTZ com secreção de glândulas anexas (próstata, 
vesícula seminal, bulbo uretral) na uretra. Os SPTZ da cauda do epidídimo são aqueles que nadam e 
tem condições de chegar ao ovócito, mas os do sêmen não são capazes de fertilizar, eles são maduros. 
O SPTZ que passou pela cauda do epidídimo batem a cauda lateralmente, é um movimento de hélice 
da cauda, aprendem isso na cauda. Na fêmea acontece a hipermotilidade e reação acrossomal, é a 
capacitação espermática. 
TEÓRICA 
FISIOLOGIA DO CICLO DA FÊMEA 
O ciclo estral é um ciclo reprodutivo das fêmeas de mamíferos que se caracteriza pelo fato de haver 
período, o estro/cio. Por isso ciclo estral, pois a ocorrência do estro é cíclica. Uma diferença do ciclo 
estral do ciclo menstrual é porque no menstrual a fêmea não tem cio, o cio é das fêmeas do ciclo estral, 
onde as fêmeas estão receptivas e atrativas para o macho. Outra diferença é que no ciclo menstrual 
tem menstruação, ocorre quando não tem embrião, não houve fertilização e toda a preparação do 
endométrio é jogada fora, a superfície do endométrio sofre descamação naturalmente com 
hemorragia e a mistura de endométrio e tecido endometrial é a menstruação. Em animais de ciclo 
estralo endométrio se prepara e caso não haja fertilização o endométrio involui, não tem perda da 
superfície. O resto do ciclo é a mesma coisa com relação aos hormônios, também difere no tempo. 
Ciclo estral tem duas fases: 
• Fase folicular, tem folículos em desenvolvimento próximo da ovulação que geralmente ocorre 
no fim dessa fase de um ou mais folículos, depende da espécie (égua, vaca liberam um e cadela 
libera vários). Esses folículos em desenvolvimento produzem grande quantidade de estrógeno, 
por isso podemos chamar também de fase estrogênica (E2). É o momento do cio. Após a 
ovulação temos a fase: 
 
12 REPRODUÇÃO 1 
• Fase progesterônica/luteal, há predomínio não de estrógeno e sim de progesterona (P4). Nessa 
fase temos muita progesterona pela presença de corpos lúteos. Ao fim dessa fase, caso a fêmea 
não tenha ficado gestante vai reiniciar a fase folicular para tentar novamente. 
O ciclo estral é para tentar a gestação. Quando ela ocorre, o ciclo interrompe, a fase progesteronica vai 
se prolongar na gestação e a fêmea para de ciclar. 
A maioria das fêmeas, como por ex. porca, vaca, égua vai ter ciclo de uma ovulação até a outra de 21 
dias aproximadamente. A cadela não é assim. 
Essa fase estrogênica é dividida em duas fases: 
1. PROESTRO, 
2. ESTRO, 
A progesterona também é dividida em duas: 
1. METAESTRO, 
2. DIESTRO, 
Depois do diestro reinicia. Isso é o ciclo de base do ciclo estral. A maioria dos animais domésticos 
tem essa estrutura com algumas variações. Espécies diferentes tem formas diferentes de executar 
o ciclo estral. 
Vamos falar no ciclo da vaca: ela tem fase estrogênica, depois fase progesteronica e se não emprenhar 
começa novamente. Tem um ciclo atrás do outro até ficar gestante. A vaca tem ciclos estrais um atrás 
do outro sem parar! A não ser que fique gestante ou tenha alguma patogenia que a faça parar. 
Também é o que acontece com a porca, são fêmeas poliestrais não estacional. Tem vário estros. 
A égua tem a fase folicular, progesteronica, se não emprenhar continua o ciclo, porém na égua não 
acontece indefinidamente, em determinado momento se não emprenhou ela para de ciclar, ela entra 
em anestro. Ela tenta várias vezes até que chega um momento que para e fica no anestro por um 
período e lá na frente começa novamente. Depois começa tentar. Ovelhas tem esse tipo de ciclo 
também. São poliestrais estacionais (pois só fazem isso em determinadas épocas do ano) e depois 
ela para de ciclar. Esse anestro é dependente da luz. Estar mais perto ou longe do Equador é 
importante pela quantidade da luz. Éguas no Nordeste ciclam o tempo todo, mas as vezes param de 
ciclar na seca por falta de alimento. Éguas ciclam na primavera e verão e param no outono e inverno 
aqui n centro-oeste e ovelhas não ciclam nesse período. 
Outro tipo de ciclo comum na espécie canina, tem fase estrogênica, progesteronica, se ela não fica 
gestante entra em anestro para depois de 6 meses começar novamente. É uma fêmea monoestral 
não estacional, tem um ciclo, se não emprenhou entra anestro e somente após 6 meses dá o cio. Dá 
cio de 6 em 6 meses, independentemente de ter luz ou da estação reprodutiva. 
 
13 REPRODUÇÃO 1 
Nos selvagens, a ursa tem ciclo monoestral estacional. 
Gatas são poliestrais estacionais, ela segue o ciclo de luz, primavera-verão, é mais intenso quanto 
mais longe do Equador e tem raças que são mais estacionais. Gatas tem particularidade, tem sua fase 
folicular e a ovulação no fim da folicular, só acontece se houver cópula. A coelha também é assim, é a 
ovulação induzida. Se teve cópula, ovula e entra em fase progesteronica. Sem ovulação não tem corpo 
lúteo. A gata que não foi copulada, não entra na fase progesteronica, entra em outra fase a de 
interestro, vai direto para outra fase estrogênica, sem passar pela progesteronica. Acontece em gatas 
não foram copuladas. Ocorre até emprenhar ou enquanto estiver na fase de primavera e verão. 
Ainda existem variações nesses ciclos, mas esses são os mais frequentes. 
FISIOLOGIA DAS FASES 
Vamos usar a vaca como modelo. 
O hipotálamo controla toda a atividade reprodutiva dos animais, de todas as espécies em machos e 
fêmeas. Quando o macho entra na puberdade, o hipotálamo, a hipófise e as gônadas, esse eixo 
hipotalâmico-hipofisario-gonadal está ativo, amadurecido. Quando esse eixo trabalha de forma 
organizada, o indivíduo está na puberdade, no caso do macho ele produz SPTZ e copula. Quando a 
fêmea está em puberdade esse eixo está ativo, a fêmea está em condição de ter atividade reprodutiva, 
tem condição de gestar, mas ela ainda amadurece, os primeiros ciclos são irregulares e depois isso 
estabiliza, a medida que a mulher evolui ela vai estabilizando até atingir um padrão. Nos animais os 
primeiros ciclos também são irregulares, isso significa que o hipotálamo esta maduro e consegue 
perceber por informações que recebe internas e externas que a fêmea tem condições de reproduzir. 
Chegam várias informações visuais, táteis, ambientais externas e internas (nutrição, estresse...) sobre 
a condição da fêmea e se ela está em condição de reproduzir ou não. Tem informações anti 
reprodutivas, ex. na égua, tem pouca luz, é anti reprodutiva, luz presente é pró-reprodutiva. Ovelhas 
luz é anti reprodutiva e pouca luz pró-reprodutiva. 
O período de gestação da égua é de 11 meses aproximadamente. A gestação da ovelha é de 6 meses. A 
égua que cicla quando tem luz, cicla na primavera e verão e por ter quase 1 ano de gestação, pare na 
primavera e verão. Já a ovelha pare em época desencontrada do momento que iniciou gestação, parem 
em primavera e verão por ficarem gestantes em outono e inverno. A ovelha se adaptou ao longo da 
evolução para parir na primavera e verão onde tem maior disponibilidade de forragem na dieta. Por 
isso a ovelha usa a luz de forma diferente da égua. Por isso que luz para certas fêmeas é pro ou anti 
reprodutiva. 
 
14 REPRODUÇÃO 1 
Outras condições, BEM é anti reprodutiva para qualquer fêmea. Quando o hipotálamo recebe 
informações bioquímicas de que a fêmea está em BEN ela não entra em reproduções. Então existem 
inúmeras condições. Algumasespécies ter o macho por perto estimula a ovulação, ocorre na porca e 
ovelha. Outras espécies, a presença da cria ao pé e amamentar é anti reprodutiva, la não cicla 
enquanto não desmamar, caso da vaca de corte, os zebuínos, Bos taurus tauros não tem isso. Estresse é 
fator anti reprodutivo. 
Essas informações que chegam no hipotálamo levam a ter ou não reprodução. Algumas informações 
são mais pesadas que outras, como a luz na égua, pode até ter várias pró, mas sem a luz não tem 
reprodução. O hipotálamo vai liberar o não a partir dessas informações o GnRH. Quando tem 
condições de reproduzir produz o GnRH que vai estimular a hipófise a liberar as gonadotrofinas 
(hormônios que estimulam as gônadas), e são elas o LH e FSH. Elas atuam nos ovários estimulando 
crescimento folicular, cio e gestação. 
Na córtex ovariana tem folículos em fases diferentes de desenvolvimento. 
 
Em folículos terciários, que tem desenvolvimento grande que permitem a atuação do FHS e LH. Pode 
ter vários folículos terciários. Quando tem FHS e LH para atuar sobre eles, eles continuam crescendo 
para fechar na ovulação. Sem os hormônios os terciários não passam por atresia. São os folículos 
terciários que produzem estrógeno, e quando o FHS e LH atuam sobre eles, ai que a fêmea entra no cio 
e entra na fase estrogênica. O ciclo vai começar a fase estrogênica, que termina em ovulação, quando 
tem FSH e LH atuando nos folículos e isso quando tem GnRH produzido pelo hipotálamo quando tem 
condição. No fim ocorre ovulação na tentativa de gestação. 
Na égua, enquanto falta luz, não tem fase estrogênica, pois não tem GnRH. 
 
Os folículos terciários vão existir em qualquer época do ano, porém eles só continuarão 
desenvolvendo e ovular se houver GnRH, se não tem GnRH a fêmea não cicla. Então é o hipotálamo 
que decide se ela reproduz. 
 
15 REPRODUÇÃO 1 
O FSH e o LH trabalham juntos sobre os folículos. Os folículos terciários tem por fora a teca externa, 
por dentro dela temos outra camada da parede, teca interna. Por dentro da teca interna, recobrindo a 
cavidade do folículo o antro onde tem o liquido folicular. Tem as células da granulosa que ficam em 
volta também do ovócito. As gonadotrofinas trabalham juntas sinergicamente. Elas fazem o folículo 
crescer em tamanho, multiplica as células e produzir estrógeno. 
 
O LH atua na teca interna, fazendo ela produzir o hormônio andrógeno, semelhante a testosterona, a 
androsterediona, andrógeno que o FHS vai estimular as células da granulosa a pegar e transformar em 
estrógeno. Esses folículos a partir do LH e FSH crescem e começam a produzir estrógeno, ocorre em 
vários folículos. Assim com estrógeno a fêmea entra no cio, na fase estrogênica. 
Essa produção de estrógeno além de promover o cio, tem outro efeito importante. Ele vai chegar no 
hipotálamo e funciona no hipotálamo como fator pró produtivo estimulando a liberação de GnRH, isso 
é um feedback positivo. Vai ter mais LH e FSH e mais estrógeno e assim por diante, vai ter cada vez 
mais aumento de estrógeno. Quanto mais estrógeno, mais GnRH, mais FSH e LH mais crescimento 
folicular e mais estrógeno. A consequência: estrógeno sobe muito, teremos a fêmea no cio. 
O GnRH é liberado na eminencia media da hipófise por impulsos de liberação espaçados, é a liberação 
tônica de GnRH. Quando não tem estrógeno. Está pedindo para hipófise para liberar FSH e LH. 
 
Quando o estrógeno estimula o hipotálamo, a forma de liberação muda, passa a ser liberado em maior 
frequência, e a quantidade também, é a forma cíclica. Agora a hipófise libera muito LH, com isso, a 
quantidade de LH circulante aumenta muito, FSH permanece como antes. O aumento do LH é o 
pico/onda de LH, precede a ovulação. 
 
 
16 REPRODUÇÃO 1 
Esse aumento de LH em decorrência do aumento de estrógeno promove a dominância folicular. Como 
tem nos ovários vários folículos terciários crescendo ao mesmo tempo, sofrendo efeito das 
gonadotrofinas, mas não são todos que vão ovular, no caso da vaca, só um vai continuar o crescimento 
e os outros vão regredir. Esse único que vai ovular é o dominante, e o que vai ovular. A partir do LH 
que sobe muito, ocorre a dominância. 
... RELEMBRANDO O controle dos ciclos estrais vem do hipotálamo que recebe as informações 
ambientais (presença ou não do macho, informações internas e externas) que dizem que ela pode ou 
não reproduzir, essas informações pró e anti-reprodutivas, ele pega as informações e “tira” suas 
conclusões. Se as informações anti são maiores, ela não cicla, se as pró forem maior ela cicla. O 
hipotálamo concentra essas informações e vai decidir. Quando ele decide que sim, a fêmea começa a 
ciclar. Para ciclar ele libera o GnRH que estimula a hipófise que produz o FSH e LH. 
O FSH e o LH sendo liberados, vão atuar nos ovários estimulando o crescimento folicular até a 
ovulação. 
No ovário temos vários tipos de folículos. O primordial é aquele nas fases iniciais do desenvolvimento. 
Esses primordiais ao iniciarem seu desenvolvimento, chamado de recrutamento, eles passam de fases, 
do primordial->primário->secundário->terciário. Os terciários (antrais, bem adiantados no 
desenvolvimento) são sensíveis ao FSH e LH. Não é só um folículo, são vários ao mesmo tempo. O FSH 
e o LH juntos estimulam a produção de estrógeno pelas células da granulosa e teca interna 
estimulando juntos a produção de estrógeno pelos folículos terciário. 
Esses folículos sob efeito do FFSH e LH produzem estrógeno e é produzido cada vez mais. Eles vão 
crescendo de tamanho e vâo sendo produzidos cada vez mais dando o cio da fêmea ele que promove a 
fase estrogênica ou folicular da fêmea. Ela entra no cio por efeito do estrógeno, fica receptiva. 
Esse estrógeno muito alto vai no hipotálamo e no hipotálamo estimula para aumentar a quantidade de 
GnRH que ele produz, então o hipotálamo que liberava na forma tônica, em pulsos, essa forma 
estimula a hipófise a liberar FSH e LH em quantidades basais. Quando o estrógeno vai, intensifica a 
produção de GnRH sendo liberado com maior frequência e maior quantidade, é a liberação cíclica, 
quando o hipotálamo está sob ação do estrógeno. Essa mudança de liberação do GnRH faz com que a 
hipófise aumente a produção de LH. 
.... 
Esse aumento de LH é a onda pré-ovulatória/pico de LH. Ao mesmo tempo que temos grande 
quantidade de LH circulando, vamos ter esses folículos produzindo outro hormônio, começam a 
produzir a inibina, também produzida nos folículos grandes. A inibina sobe e atua na hipófise e inibe a 
 
17 REPRODUÇÃO 1 
liberação de FSH. O LH sobe e o FSH desce no mesmo momento. Nesse momento com folículos bem 
desenvolvidos, temos diferença na quantidade de FSH e LH, tem muito LH e pouco FSH. Isso promove 
a dominância (daquele grupo de folículos que estavam crescendo no ovário e produzindo estrógeno e 
inibina, desse grupo de folículos diversos, um deles apenas vai conseguir continuar crescendo e se 
tornar um folículo grande o suficiente até chegar na ovulação). O folículo dominante é o que consegue 
continuar crescendo no ambiente de muito LH e pouco FSH. Só um faz isso por duas razões: O folículo 
dominante começa a desenvolver nas suas células receptores para LH, essa grande quantidade de LH 
tem mais efeito do que naqueles que não tem muitos receptores, com isso ele é mais sensível com 
atuação do LH. Outra característica dele, todos os folículos tem ao redor da teca externa e interna, tem 
seu sistema vascular que os nutrem, o folículo dominante tem uma quantidade e tamanho de vasos 
maior do que os outros, por isso mesmo tendo um pouquinho de FSH na circulação (pela sua baixa), o 
FSH chega ao folículo maior e não chega nos outros com menos vascularização. Os outros viram corpo 
atrésico, uma cicatrização no ovário. 
O estrógeno estimula a formação dos receptores para LH, precisa ter elevação dele, e no protocolo faz 
isso, dá estrógeno artificialmente e um deles chega a dominância.Em algumas espécies que ocorre ovulação múltipla, vários folículos ovulam ao mesmo tempo, cada 
folículo fornece um ovócito para fertilização. Nesses animais temos codominância ao contrário da 
cadela e vaca, em cadelas e gatas temos codominância. 
Esse folículo é o dominante, e esse aumento de LH e queda de FSH fez ele ser dominante. O pico de LH 
faz com que termine o crescimento folicular, ele vai se tornar folículo pré-ovulatório. O dominante tem 
muito receptor pra LH e na circulação tem muito LH, isso resulta em crescimento final do folículo, 
ovulação final dele e depois da ovulação, luteinização dos folículos. Ele rompe e libera o ovócito dentro 
dele. Os folículos depois disso, que tinha células da teca e do antro, forma o corpo lúteo, pelo aumento 
do LH. 
No momento da ovulação rompe a parede do folículo em um determinado ponto. Essa ruptura faz com 
que saia o ovócito e o líquido folicular que preenchia a cavidade do folículo. O momento da ovulação, a 
ruptura da parede do folículo faz com que saia. Nesse momento da ovulação vai haver ruptura e 
hemorragia dos vasos da parede. Esse sangue vai ocupar o antro, a cavidade folicular. Esse sangue 
coagula e forma o corpo hemorrágico. O LH estimula a luteinização, a transformação das células da 
teca interna e granulosa (que juntas produziam estrógeno), param de produzir estrógeno e começam 
a produzir progesterona. Elas começam a luteinizar, produzir gradativamente progesterona, vão 
multiplicando e invadindo o coágulo (como se fosse um suporte) e transforma em corpo lúteo. É o que 
demora uns dias pra acontecer após a ovulação. A formação do CL começa imediatamente após a 
ovulação que ocorre pelo LH e a luteinização também por LH que vai na teca e granulosa estimulando 
 
18 REPRODUÇÃO 1 
a parar com estrógeno e estimulando a progesterona. A progesterona vai aumentando 
gradativamente. 
O início da fase progesterônica, metaestro, é o tempo de transformação do corpo hemorrágico em 
corpo lúteo. O diestro é o CL funcionando produzindo progesterona. 
Agora temos não temos mais folículo, tem CL produzindo progesterona, estrógeno caiu, tanto que ela 
saiu do cio. A partir da ovulação tem início da progesteronica, essa progesterona circulante é 
importante se a fêmea iniciou a gestação, para ela se desenvolver, mas se a fêmea não ficou gestante, 
enquanto tem progesterona não tem cio, pois a progesterona inibe a liberação de GnRH pelo 
hipotálamo. 
Nessa fêmea que não ficou gestante... antes da ovulação tinha estrógeno alto que mudou padrão do 
GnRH para cíclico, terminando crescimento folicular e ovulação ocorrendo. O estrógeno agora acabou, 
o padrão intenso do GnRH volta ao padrão baixo. Sem estrógeno, o padrão volta a ser tônico. Agora o 
LH volta ao normal, pois o padrão cíclico que fazia, ele também fazia subir inibina e diminuía FSH. 
Quando a fêmea está nessa fase cíclica, estrogênica, GnRH na forma tônica, volta a ter os padrões 
anteriores de FSH e LH. É a fase progesterônica. 
Essa fêmea começa a ter crescimento folicular novamente, apesar do corpo lúteo inicia outra onda de 
crescimento folicular. 
 
O primeiro mostra recrutamento de folículos que iniciaram crescimento, começaram a produção de 
estrógeno e a fêmea inicia a seleção (na fase estrogênica) de quem é o dominante. Essa fase inicial 
depende de FSH e LH em níveis basais, a seleção e a dominância também depende do FSH e LH que 
podem estar em níveis basais, mas o LH subindo. Se isso acontece em fêmea que não tem 
progesterona, ela vai terminar o crescimento e vai ovular. Ela pra ovular precisa da liberação cíclica de 
GnRH para que todo processo ocorra e ocorra ovulação, pois só quando tem liberação cíclica de GnRH, 
vai ter aumento do LH e redução do FSH. 
 
19 REPRODUÇÃO 1 
Se a fêmea não tem corpo lúteo produzindo progesterona, vai haver dominância e ovulação. No 
entanto se tiver progesterona, esse folículo não ovula, entra em atrésia, pois não vai ter aumento de 
LH para ele ovular, ele regride como os outros. 
No segundo, a fêmea veio de ciclo anterior onde teve ovulação, e a ovulação não gerou gestação, mas 
existe CL. Essa fêmea mesmo na fase progesteronica, tem crescimento folicular, pois ela vai ter LH e 
FSH suficientes para acontecer crescimento folicular e início da formação do dominante. Como a 
progesterona está alta, não tem pico de LH pra ovulação ocorrer. Quando a progesterona está alta, ele 
regride, atresia ao invés de ovular. Enquanto tem progesterona não ovula. Começa a crescer outro 
grupo novamente, esse grupo pegou o final do diestro quando o CL foi destruído, baixa progesterona e 
chegou no final da ovulação, por isso entre uma ovulação e outra o ciclo estral dura mais ou menos 20 
dias. 
Na fase do diestro, tem CL, progesterônica, mesmo com progesterona alta, o FSH e o LH inicia novo 
crescimento folicular que chega até o ponto onde precisava aumenta LH e baixar FSH pra ter 
dominância, mas isso não ocorre, pois a progesterona não deixa o GnRH passa do tônico pro cíclico, 
ela inibe. Enquanto a progesterona estiver alta, vai ter ondas de crescimento folicular mas elas não 
geram ovulação nem cio, só ovula quando a progesterona abaixar. 
O que vai ser necessário para a fêmea que ovulou e não ficou gestante? Precisa ciclar novamente, tenta 
novamente, se isso repete e ela não gesta, o que atrapalha nova fase folicular e entrar no ciclo, precisa 
abaixar a progesterona. Só vai ter cio quando ela abaixar e para isso tem que ocorrer a luteólise do CL. 
No útero tem o endométrio que produz secreção que mantem o embrião, também a secreção que os 
SPTZ nadam. Supondo que não houve formação do embrião, fêmea ovulou, saiu ovócito e não formou 
embrião. A fêmea precisa destruir o CL para progesterona abaixar e ter cio novamente. A fêmea faz a 
luteólise pela prostaglandina F2α. Promove luteolise, destrói CL para que ocorre novo crescimento 
folicular. De onde vem a prostaglandina? É produzida pelo endométrio, se ele percebe que não tem 
embrião, vai produzir prostaglandina. O embrião que impede a produção de prostaglandina, nos 
bovinos é pela produção de Interferon. Em cada espécie é de uma forma. Se ele não impedir isso, vai 
morrer. É o reconhecimento materno da gestação (RMG). 
Enquanto tiver progesterona a mãe vai ter crescimento folicular sem ovulação, para ovular tem que 
destruir o CL que acontece em vacas, éguas, e porcas 14-15 após a ovulação. Se o embrião estiver lá 
isso não ocorre. 
Assim fechamos o ciclo da fêmea que não estava gestante, vai ter luteolise e permite que tudo isso 
ocorra novamente. 
 
20 REPRODUÇÃO 1 
PRÁTICA 
EXAME ANDROLÓGICO 
Vamos trabalhar com a avaliação do macho como reprodutor, seu potencial, se tem alteração. É o 
exame andrológico é uma parte prática. 
Então exame andrológico é uma avaliação que faremos nos animais que tem algum interesse 
reprodutivo e animais que de alguma forma pode ter algum acometimento envolvendo seu órgão. 
Na relação de casal pet, quando vai procurar o problema de eles não conseguirem ter filhotes, no 
macho vai fazer a avaliação andrológica, procura alguma dificuldade. As vezes tem limitação 
financeira para fazer os procedimentos. 
Temos a relação do macho como reprodutor e integrante do sistema de produção, como no caso do 
boi, varrão, quando procura problemas, está preocupado com o valor financeiro e não sentimental 
como em pets. Quando não está produzindo vai descartar. Quando o touro não gera crias, vamos 
trabalhar com individuo que serve a rebanho e ele deve servir a esse rebanho. 
O cavalo vai servir a várias éguas para dar muitos filhotes e vender. 
O sistema de produção é diferente dos pets. 
A forma de executar o andrológico é praticamente a mesma para pets ou animais de produção, mas a 
diferença é o objetivo do exame, o que quero trazer de informações com ele. 
*Obs: estéril, nunca terá a capacidade de fertilizar, não produz SPTZ (castração). Infértil, tem 
capacidadede produção de SPTZ mas não consegue fertilizar (vasectomia, ejacula normalmente 
somente os líquidos das glândulas porém sem SPTZ, eles ficam no testículo). Subfértil, tem fertilidade 
mas é abaixo da normal. 
O que compõem o exame, as partes? Inicialmente é composto pela etapa de avaliação clínica geral 
(porque as vezes o que atrapalha o indivíduo de ser bom reprodutor é um problema clínico não ligado 
ao aparelho reprodutor, ex. cavalo com laminite, ele não consegue montar, não tem nada a ver com o 
sistema reprodutivo dele) para procurar eventuais problemas que afetem a reprodução e não são 
especificamente do aparelho reprodutor, avaliação comportamental, principalmente o 
comportamento reprodutivo, ele tem dois itens: libido (é o interesse sexual, cavalo tem muito, 
jumento tem pouco, varia entre espécies) e saber como copular (em filhotes e animais imaturos, 
machos pequenos aprendem vendo os adultos e uma parte é inata) o indivíduo precisa aprender, ver, 
tentar executar. O equino é a espécie que mais tem comportamento reprodutivo inadequado, as vezes 
quer bater na égua, fica nervoso..., avaliação clínica do aparelho genital, avalia escroto, testículo, 
 
21 REPRODUÇÃO 1 
epidídimo, glândulas anexas, prepúcio, pênis. Avaliação do sêmen, espermiograma/espermograma, 
avalia qualidade do sêmen. Tem que coletar o sêmen e tem várias formas de fazer isso (em suínos e 
cães por masturbação, em equinos e ruminantes por vagina artificial, tem a forma farmacológica, 
eletroejaculação- eletrodo no reto e dá pequenas descargas elétricas simulando o estímulo nervoso). 
Tem vários itens para se avaliar (espermiograma não é a mesma coisa que exame andrológico e as 
vezes as pessoas pedem o exame andrológico como se a única coisa que tivesse fosse o 
espermiograma, mas não): aspectos físicos (volume, cor, pH, densidade), concentração (quantidade de 
SPTZ no ejaculado, quantidade por mL), movimento dos SPTZ (motilidade quantos % dos SPTZ se 
movimenta, tem a motilidade total, independente do movimento, e a motilidade progressiva, dos que 
se movimentam para frente. Tem o vigor, a velocidade desse movimento, estima de 1-5, 
turbilhonamento/massa, o conjunto dos SPTZ em direção única), morfologia/patologia espermática. 
A anamnese entra tanto da clínica geral com na específica. 
O andrológico além de avaliar a normalidade dos órgãos genitais, e até dentro do normal podemos ter 
pior ou melhor. 
Pensando em dois touros de corte, A e B na mesma fazenda, o que se espera deles é eficiência 
reprodutiva. O touro A, na estação de monta controlada, dá conta de 20 vacas, fertiliza com eficiência 
em 2 meses, 20 vacas, é normal, sem alteração. O touro B é normal, mas dá conta de 40 vacas, ambos 
são normais. O B tem eficiência reprodutiva melhor que o touro A. Se for escolher entre os dois, será 
selecionado o touro B. Embora o A seja normal, não é economicamente viável. O A não emprenha 20 
por ter algum problema, ele é normal e é assim. 
Para estimar o quanto o animal pode cobrir faz o exame andrológico, então ele não serve para 
procurar doenças nos machos, serve como subsídio para identificar entre os animais normais quem é 
o melhor e o pior. Tem papel fundamental no MGA para eficiência reprodutiva, avalia o animal antes 
de colocar nas vacas, não vai ter certeza que será um bom reprodutor, mas fornece um potencial 
reprodutivo e se tiver que escolher, a partir dele faz escolhas, ele dá informações que tem correlação 
com fertilidade. Uma parte do exame é o perímetro escrotal. Com essa medida (perímetro escrotal, 
pois é penduloso) em ruminantes, e largura testicular em cavalos e cachorros, pois no cavalo e cão os 
testículo está na posição horizontal. 
Essa medida é um modo de medir o volume testicular e mensurar indiretamente a quantidade de 
túbulos seminíferos, é uma correlação, quanto maior a circunferência/largura mais volume e maior 
quantidade de tecido testicular, mais túbulos seminíferos e mais epitélio seminífero e mais SPTZ’s 
produzidos. Quanto maior a biometria, que não patológica (orquite, neoplasia...) mais SPTZ. 
 
22 REPRODUÇÃO 1 
São formas de tentar a eficiência reprodutiva, fazendo o exame andrológico e uma parte do exame que 
está dentro da avaliação física dos órgãos genitais é a biometria testicular. 
No exame físico dos órgãos, parte é avaliar o escroto, os órgãos que ele contém, testículo, epidídimo (e 
suas partes), cordão espermático (é o pedículo do escroto), glândulas acessórias internas (próstata, 
bulbo uretral) por US ou palpação, pênis, prepúcio, além do exame físico faz a biometria testicular. No 
exame físico tem duas avaliações importantes, a palpação testicular para avaliar a consistência 
testicular. A consistência normal de testículo com algumas diferenças especificas, a normal é a tensa, 
parecido com um músculo contraído, varia entre espécies. Quando está flácido, macio é anormal, tem 
patologia associada (pode ser degeneração testicular entre outras), quando fica firme, duro, é fibrose 
testicular. Outra coisa é o tamanho do testículo, quando faz biometria testicular, uma parte é a 
circunferência escrotal em que mede o conjunto dos dois testículos, porém a circunferência mede os 
dois, não consegue saber se tem um maior que o outro, para saber isso, mede cada um isoladamente, 
isola o testículo, mede comprimento e largura e compara os dois, quando a diferença é maior que 
10% caracteriza uma assimetria. 
Quando é pequeno e firme é hipotrofiado era normal e diminuiu (pode ser da senilidade, pela 
orquite...), quando pequeno e flácido é hipoplásico, nunca foi normal, é doença genética. 
No testículo então faz biometria e palpação. 
VIDEO 1 
Sêmen humano, coloca a amostra no microscópio, olha no aumento menor para ter panorama amplo, 
depois mais perto. Tem SPTZ parados e movendo. Se fosse para animal estaria ruim. A maioria se 
movimenta para frente, motilidade progressiva. 
Para avaliar o movimento, tem que estar vivos. 
VIDEO 2 
Tem SPTZ parados e outros mexendo. Tem um aparelho em locais especializados que mostra os 
parados em amarelo, os em verde que movimentam em círculo fechado em vermelho que andam mais. 
Vamos tentar estimar quantos % da lâmina se mechem é a motilidade total, e quantos movem para 
frente é a motilidade progressiva. 
VIDEO 3 
Mostra motilidade total bem menor, tem mais parado do que se mexendo. Poucos se movimentam de 
forma linear, com movimento progressivo, a motilidade total é pior. 
 
23 REPRODUÇÃO 1 
VIDEO 4 
Mostra o vigor, a velocidade. Mostra uma velocidade de rigor 2, para os animais é muito baixa. Tem 
SPTZ que entra na motilidade total mas não entra na progressiva, nem sai do lugar. 
VIDEO 5 
Sêmen de suíno. Vigor 3. Tem alguns que nadam atrás do próprio rabo e não saem do lugar. Alguns 
nem tem cauda. A avaliação da morfologia será demonstrada depois. 
VIDEO 6 
Tem mais SPTZ, mais a maioria está parada, motilidade menor que 50%, velocidade baixa, vigor 1, tem 
muito SPTZ sem cauda. 
VIDEO 7 
Mostra turbilhonamento, movimento de massa. Vemos de longe, quando junta alta motilidade com 
bom vigor e tem muito SPTZ tem bom turbilhonamento. É medida que dá ideia de três caracteres 
juntas: concentração, motilidade e vigor. É sêmen de carneiro mostra uma gota de sêmen e parede um 
cardume, nesse caso está muito bom. Normalmente só analisa turbilhonamento em espécies onde o 
sêmen é concentrado, animal fisiologicamente tem grande quantidade de SPTZ no ejaculado. O cavalo 
por exemplo não é esperado ter como cão. Motilidade faz em todas as espécies. 
 
Vamos preparar a amostra, fazer na lâmina e avaliar se tem morfologia normal ou não, é a morfologia 
espermática ou patologia espermática. Vamos um por um ver se é normal ou tem defeito morfológico, 
vamos observar 200 SPTZ, vamos fazendo a contagem e descrevendo os defeitos. 
Temos vários defeitos já listados e no final, vamos ver no ejaculado a porcentagem de SPTZ normaise 
com cada defeito específico. Fazemos um quadro da morfologia espermática, é o último passo do 
espermiograma básico, a patologia espermática. 
Quando faz espermiograma dentro do exame andrológico para dar laudo, faz espermiograma 
completo além das outras informações. Isso é um espermiograma básica, existem outras informações 
complementares ao básico. 
 
24 REPRODUÇÃO 1 
MORFOLOGIA ESPERMÁTICA 
A primeira parte do SPTZ, é a cabeça. A cabeça do SPTZ é composta basicamente por duas estruturas: 
núcleo com DNA condensado (importante já que ele passa por várias dificuldades, assim é protegido 
contra alterações no caminho), acrossoma (estrutura que carrega as enzimas quando chegar no 
ovócito). 
A parte mais rostral da cabeça é a região acrossomal. Onde não tem acrossoma é a região pós 
acrossomal. 
Cobrindo tudo tem a membrana plasmática. O limite entre as duas regiões é a região equatorial. 
A fossa de implantação é onde implanta a cauda do SPTZ. 
Ele costuma ter forma ogival, mas parece mais com um grão de milho, é achatado, é o formato da 
maioria dos SPTZ dos animais domésticos. 
Só consegue examinar se estiver de frente, de lado não consegue examinar. 
A cauda é dividida em três grandes partes, a mais próxima da cabeça é a peça intermediária (PI). Peça 
principal a do meio. Peça terminal, só o finalzinho. 
A estrutura central da cauda com nove pares de microtúbulos, com um central, é o axonema. Ao redor 
do axonema tem mitocôndrias (que forma a bainha de mitocôndrias) na peça intermediária apenas! 
Toda a cauda é recoberta por membrana plasmática. A mitocôndria produz energia e na peça 
intermediária tem muita mitocôndria, pois ali que é gerado o movimento do SPTZ, vai ser produzida 
energia pelos nutrientes que vem de fora (SPTZ não tem nenhuma reserva de carboidrato e lipídio 
como fonte de energia, usa tudo de fora), elas produzem ATP. 
A peça principal não tem movimento próprio, ela depende da peça intermediária, o movimento da 
intermediária é ativo e da principal é passivo. 
Tudo é coberto pela membrana espermática. As lecitinas, proteínas protegem a membrana. 
Conhecendo a morfologia do SPTZ, vamos avaliar se os SPTZ do sêmen estão morfologicamente 
normais ou não. SPTZ morfologicamente defeituoso são aqueles que tem comprometimento da 
fertilidade, não vai ter a mesma capacidade de fecundar do que o normal. 
Se tiver muitos SPTZ com falta de acrossoma, o sêmen vai ter fertilidade pior do que se não tivesse 
tantos defeitos assim. Se a maioria está assim, a fertilidade do macho está comprometida. Conheço o 
normal vamos procurar nos SPTZ’s do exame, qual a porcentagem de normais e quantos tem defeitos. 
Se tiver defeito, documenta o defeito. 
 
25 REPRODUÇÃO 1 
Quando for fazer a lâmina, tem que produzir uma que tenha SPTZ espalhados para conseguir contar. 
Os SPTZ até a saída, ficam grudados nas células de Sertoli, quando eles vão ser liberados pode grudar 
um pouco do citoplasma, e acaba ficando com a gota citoplasmática. Todos saem com ela. Quando 
fazem os primeiros movimentos no epidídimo, essa gota de citoplasma se desloca, escorre pela peça 
intermediaria até o final dela. O SPTZ terminando de passar pelo epidídimo, ficam armazenados e 
ainda com a gota citoplasmática distal, quando entra no epidídimo está proximal, à medida que 
movimenta fica distal. 
Quando ejacula, no líquido seminal ele bate fortemente a cauda e a gota distal se solta. Se tiver gota, 
distal ou proximal, é um defeito, no ejaculado o normal é não ter gota. 
O defeito de cabeça é o contorno anormal da cabeça. 
Aplasia segmentar é quando falta um pedaço da peça intermediária. 
É normal ter SPTZ’s defeituosos no sêmen, não existe 100% de SPTZ’s normais, é normal ter até 20% 
com algum defeito. Temos diferentes tipos de defeitos, cabeça, peça intermediária, gota 
citoplasmática, cauda dobrada, implantação da cauda, vacúolos (defeito no DNA), cauda fraturada, 
cauda dobrada, peça intermediária dobrada, peça intermediária edemaciada (ficou muito citoplasma), 
cabeça piriforme. 
Vamos contar 200 SPTZ, faz um quadro da % de normais, % de defeituosos (com relação a localização 
do defeito: acrossoma, cabeça-núcleo, colo, peça intermediária, cauda). Interpretamos como: esse 
sêmem tem x% de defeito de acrossoma. O que isso atrapalha na fertilidade? Isso afeta a fertilidade 
pois não consegue chegar no ovócito. Se tem defeito de cauda tem baixa motilidade, pode ter baixo 
vigor. No defeito do acrossomo não consegue passar a barreira do ovócito. 
Quando identifica o defeito, sabemos o que está comprometendo a fertilidade do animal, isso ajuda a 
saber se emprenha ou não. 
As classificações mais importantes e práticas são quando os defeitos primários, secundários e 
terciários. Quando o defeito existe pois algo ocorreu errado no testículo na formação do SPTZ, de 
origem testicular, se o sêmen tiver muitos defeitos primários, o animal tem algum problema testicular. 
Defeitos secundários/pós-testiculares, ocorrem depois da formação, entre a formação do testículo e 
ejaculação, são defeitos durante a passagem no epidídimo, quando está armazenado na cauda do 
epidídimo ou quando misturam ao líquido seminal, são após a formação. Defeitos terciários 
ocorreram após a ejaculação, fora do animal, como choque térmico do sêmen, quando isso acontece, 
causa cauda dobrada no SPTZ. 
 
26 REPRODUÇÃO 1 
Quando examina o sêmen e encontra muito defeitos primários, é um grande indício de defeitos no 
testículo (defeitos de cabeça sempre são primários). Defeitos terciários, o problema da fertilidade não 
está no animal, é com quem trabalha com sêmen e processa. Defeitos de cauda pode ser em qualquer 
lugar. 
Classificar quanto a origem ajuda a saber qual problema o animal tem, ajuda no diagnóstico. 
Outra classificação muito útil e mais simples, sem interesse em identificar a razão da fertilidade. É o 
potencial de fertilidade. Ele quer saber se afeta muito ou pouco a fertilidade. Defeito menor afetam 
pouco a fertilidade e defeito maior afetam muito a fertilidade. Maior quantidade de defeitos maiores a 
fertilidade é muito comprometida, se são defeitos menores, não é tão comprometido assim. 
 
Quando tem muito defeito maior, tem que saber nos outros exames. 
Para saber o diagnóstico->primário, secundário... 
Quando quer saber sobre o comprometimento da fertilidade->defeito maior ou menor 
PROVA 2 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DE SUÍNOS 
K_rolleite@yahoo.com.br 
A anatomia e fisiologia são importantes, pois é a base para a realização do exame ginecológico e 
andrológico a campo e também para o entendimento dos processos fisiológicos reprodutivos, bem 
como nos contextos multidisciplinares (produção animal, clínica médica e pesquisa cientifica), como o 
desenvolvimento de protocolos hormonais (utilização de hormônios exógenos para controlar a 
atividade reprodutiva – ciclo estral - das fêmeas) e biotecnologias reprodutivas (por exemplo, a 
inseminação artificial e as técnicas de produção de embrião). 
mailto:K_rolleite@yahoo.com.br
 
27 REPRODUÇÃO 1 
 
ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTIVO DA FÊMEA SUÍNA: 
Tem função de produzir os gametas, produção hormônios com características bioquímicas diversas 
(esteroides, proteicos, glicoproteicos, eicosanoides) que vão atuar tanto no trato reprodutivo quanto 
em outros órgãos para fazer a sinalização pro SNC do sistema reprodutivo para ter controle da 
reprodução; transporte dos gametas (masculino e feminino – No feminino age na captação do ovócito 
ovulado, quanto os espermatozoides em sentido oposto (caudo cranial), para ter o encontro na tuba 
uterina). Atua na fecundação, oferece um ambiente, uma condição característica, adequada para que 
haja fertilização. Permite o crescimento, nutrição, e expulsão do embrião e anexos extraembrionários 
ou placentários. É no trato reprodutivo que vai ocorrer à concepção, a fase inicial da geração que é a 
fecundação, a união dos gametas femininose masculinos, e o desenvolvimento desse concepto, desse 
indivíduo, desde as fases iniciais até o final do desenvolvimento que irá culminar com o parto e 
obtenção dessa prole jovem. 
 
Aparelho genital feminino: 
 
A genitália feminina vai ser constituída das gônadas que são os ovários que tem a função de produção 
do ovócito, que é o gameta feminino e a genitália tubular que atua na cópula, desenvolvimento dos 
conceptos, fertilização, além da condução dos gametas. As gônadas femininas são formadas na etapa 
gestacional, diferente dos machos, as fêmeas desenvolvem todos os gametas da vida dela formam na 
fase gestacional, no período pós-natal (depois do nascimento) não terá formação dos gametas 
femininos, só terá a continuidade da meiose para que ele seja apto a fecundar. A fêmea produz os 
gametas na fase gestacional, tendo um estoque cada vez menor de gametas com o passar dos anos. Já 
os machos tem produção de gametas até chegar à senilidade. Nas fêmeas esses gametas começam a se 
desenvolver depois que houve diferenciação total da gônada, se desenvolvendo até determinado 
estágio e vão ficar estacionados até que essa fêmea chegue à puberdade e tenha estimulo para que 
então um grupo de gametas seja estimulado a terminar a meiose. Então esses gametas serão formados 
na vida fetal a partir dos 35 dias de idade gestacional e após o período gestacional tem a divisão 
meiótica inibida e só vão retornar a divisão meiótica a partir da puberdade. A genitália tubular 
também vai se formar durante esse período gestacional após a diferenciação da gônada. A partir de 20 
dias de gestação nós observamos a diferenciação da gônada, diferenciada em testículo no macho, logo 
após começa o processo da descida para a bolsa, em com 90 dias de gestação já tem o testículo dentro 
da bolsa escrotal. A gestação em suínos tem uma duração média de 114 dias, então o macho quando 
ele nasce normalmente já apresenta testículos na bolsa escrotal. Na fêmea, a diferenciação das 
gônadas também vai acontecer a partir de 20 dias de gestação e em seguida vai se iniciar o processo 
de produção do gameta feminino, a partir de 35 a 40 dias de gestação vai dar o inicio da meiose e 
formação inicialmente dos folículos primordiais depois que irá dividir-se em folículos primários e 
 
28 REPRODUÇÃO 1 
secundários. Então essas fêmeas vão nascer com estoque de folículos primordiais, primários e 
secundários que vão se desenvolver ao longo da sua vida. 
 
Em fêmeas a maturidade sexual é diferente do macho. A puberdade no macho é a primeira vez que ele 
é estimulado sexualmente, apresenta desejo e com isso ele ejacula pela primeira vez e nesse ejaculado 
possui espermatozoides. Esses espermatozoides apresentam baixa fertilidade, podem ter algumas 
patologias espermáticas, mas o evento é produzir espermatozoides no seu ejaculado. Normalmente 
ocorre em machos a partir de 125 dias de idade. A maturidade sexual é quando o macho tem produção 
regular de espermatozoides, então ele já atinge o volume de ejaculado característico para aquela 
espécie e nesse ejaculado já apresenta espermatozoide com grande capacidade fecundativa. Então a 
puberdade precede a maturidade sexual, geralmente a maturidade vem depois que ele produz alguns 
ejaculados, variando de acordo com a raça ou linhagem de suínos, mas em geral ocorre em 10 meses 
de idade. 
A puberdade na fêmea é quando a fêmea apresenta comportamento de receptividade sexual – cio, 
estro -, após esse comportamento, ela ovula e libera um gameta. Ou seja, primeira vez que ela 
manifesta estro e ovula. Após ela apresentar os dois ou três primeiros ciclos estrais ele fica regular, 
com mesma duração, com intervalo regular, é a maturidade sexual. O ciclo estral é sequencial, 21 dias 
se ela não for inseminada ou coberta é o período entre um cio e outro. As fêmeas suínas manifestam 
puberdade em média de 6 a 7 meses, mas há variação na idade em que ela manifesta cio pela primeira 
vez e ovula variando de 120 a 210 dias, influenciada por nutrição, ambiente social, raça, linhagem, 
peso corporal se há presença de macho, se já apresentou doenças, pois pode causar atraso na 
manifestação do cio, se elas são criadas em baias coletivas ou em grupos maiores, estação do ano, 
manejo. Suínos são sensíveis ao calor excessivo. Acompanhar esse sistema de fêmeas suínas é 
importante porque a taxa de reposição é muito elevada, sendo de 40 a 45% por ano. Cerca de 
aproximadamente de 20 a 25% do plantel é constituído de marrãs. Nas granjas essa taxa é bem 
elevada, implicando no fato que sempre vai ter de 20 a 25% do plantel de constituído fêmea jovem 
(leitoa ou marrãs), e elas devem ser bem preparadas para reprodução para que consiga bons índices 
produtivos e reprodutivos. Para seleção dessas fêmeas já inicia essa seleção no nascimento, 
 aquelas que apresentarem peso ao nascimento menor que 1 kg não usamos para matrizes, 
serão descartadas como reprodutoras, mas podem ir para engorda e abate (rebanho comercial). Ao 
nascimento já descartamos de 10 a 15% das fêmeas. Avaliamos no desmame, por meio da pesagem 
acompanhamos o desenvolvimento corporal, aquelas com o peso menor que 4,5kg, descartando de 15 
a 20% dos animais. Por volta de 120-140 a 150 dias selecionamos as matrizes, que vão para 
reprodução, essa seleção terá mais critérios, observando GPD de pelo menos seiscentos gramas, com 
peso corporal compatível com a precocidade e o desenvolvimento, com pelo menos 12 tetos 
funcionais com qualidade de aprumo. Descartamos ate o final do processo cerca de 60% a 80% das 
fêmeas e as que sobram são as multiplicadoras. Essa seleção é importante porque é nessa fase que o 
ovócito estará em desenvolvimento, logo, uma fêmea bem alimentada tem mais possibilidade de 
expressar o potencial genético do ovócito (fenótipo). Um dos fatores que mais influenciam a expressão 
genética é a alimentação. 
 
29 REPRODUÇÃO 1 
 
ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL DAS FÊMEAS: 
O trato reprodutivo localiza na região da cavidade pélvico abdominal, ficando entre abaixo do reto e 
acima da bexiga. Tem aparência em Y (tem uma porção fundida e única e uma porção bifurcada que 
são os cornos uterinos). Normalmente o trato reprodutivo não está apoiado em nenhum constituinte 
ósseo, é suspenso pelo ligamento largo (que é uma dupla camada de peritônio), garantindo o 
posicionamento do trato reprodutivo na cavidade pélvico e abdominal. Ele sustenta e leva suprimento 
sanguíneo e vasos linfáticos. O trato reprodutivo é constituído de genitália externa (ovários, tubas 
uterinas, útero, cervix, vagina) e externa (vestíbulo e vulva). 
O ligamento largo é semelhante a uma asa de morcego, é uma estrutura ampla que vai envolver todo o 
trato reprodutivo. Apesar de não ter nenhuma divisão física, nós dividimos em três regiões de acordo 
com o órgão que ele está sustentando. Então a porção que sustenta o ovário é o mesovário, a porção 
que sustenta a tuba uterina é a mesosalpinge, a região que sustenta o útero é o mesométrio. E esse 
ligamento é totalmente permeado por vasos sanguíneos e vasos linfáticos, com isso terá a entrega de 
nutrientes para o trato reprodutivo e também recolhimento de excretas e distribuição de células 
imunológicas, bem como uma reabsorção de líquidos. Atrás do útero está posicionada a bexiga que em 
um determinado ponto tem a comunicação do trato urinário com o genital, na porção inferior, 
próximo à prega hímenal tem um orifício que é a abertura da uretra por onde ela será drenada, sendo 
drenada pela região da vulva e esse orifício faz a comunicação do trato urinário com o trato genital. 
Essa abertura da uretra vai ser importante também porque ela vai delimitar dois órgãos que não são 
divididos fisicamente, eles são delimitados porque são originados de folhetos embrionários diferentes 
e tem um revestimento epitelial diferente também. Da porção da abertura da uretra em direção à 
vulva temos o órgão chamado de vestíbulo, que é revestido por um epitélio queratinizado, do orifício 
da abertura da uretraem direção ao útero temos a vagina da porca, tendo até mudança de coloração 
sendo o do vestíbulo mais amarelado e da vagina mais arroseada, avermelhada. 
 
Comparando o trato reprodutivo de outras espécies domesticas, a vagina é menor, os cornos uterinos 
são bastante longos sendo até espiralado, a cerviz também é mais comprida, a porção fundida do útero 
(corpo) é reduzida em relação à égua. O útero é dividido em três partes, a região mais interna é o 
endométrio que é a região epitelial que comunica com a luz, depois tem a região muscular que é o 
miométrio, e depois tem a parte mais externa que é o perímetrio. O clitóris é constituído de tecido 
erétil e é semelhante à glande do pênis, e é onde a fêmea recebe o estimulo sexual quando for coberta 
pelo macho, que fica na região ventral da vagina. 
 
30 REPRODUÇÃO 1 
 
A cervix da porca além de ser longa, apresenta algumas digitações que são denominadas de pulvinos 
ou interdigitações cervicais, que tem função de fazer um bom fechamento da cerviz protegendo o 
ambiente uterino para entrada de sujidades e evitando as perdas das gestações. Na maior parte do 
ciclo estral ela estará fechada e no período de estro, ela dilatada e permite a entrada da glande do 
pênis para a passada dos espermatozoides. Ao contrário de outras espécies o macho suíno (cachaço), 
consegue introduzir o pênis dentro do útero da porca. O pênis do suíno tem a grande em formato de 
saca-rolha, então ele vai rotacionando o pênis e com isso ele consegue entrar na cérvix e fixar o pênis 
na porção médio caudal da cerviz. Isso vai ser importante porque vai evitar a perda de um grande 
volume de sêmen por refluxo, para a maior parte do sêmen chegar ao útero e depois a tuba uterina. 
Então a segunda função dessas digitações é acomodar o pênis. Na foto do ovário consegue ver o que é 
semelhante a um coágulo, que é de uma porca recém-ovulada. Nesse caso é o corpo hemorrágico, que 
dará origem ao corpo lúteo que é uma glândula transitória que produzira um hormônio muito 
importante para o controle do ciclo estral nas fêmeas domesticas. Esse corpo hemorrágico é uma 
coleção de sangue contendo células foliculares que irá se diferenciar sob ação hormonal. 
 
Após a formação do corpo hemorrágico vai haver diferenciação desse coágulo formando o corpo lúteo, 
que será essa glândula responsável por produzir a progesterona conhecida como hormônio da 
gestação, que atuará tanto no ciclo da porca gestante quanto da não gestante. A porca tem a 
característica de ovular vários folículos de uma vez, com isso ela formará vários corpos lúteos. O 
folículo terciário também é denominado de folículo antral, porque possui uma cavidade com liquido o 
que possibilita identificar a olho nu ou no exame ultrassonográfico. 
 
31 REPRODUÇÃO 1 
 
A tuba uterina é dividida em três porções, e não tem como dividir fisicamente, mas é porque cada 
parte tem uma função especializada. A fímbria é uma porção mais dilatada com formato de franja que 
tem a função de captar os ovócitos provenientes da ovulação. Ampola é a região onde ocorre a 
fecundação. Istmo é a região que faz a conexão com o corno uterino, e é também o local onde a 
capacitação espermática vai ocorrer. É a região da mesosalpinge. O istmo possui uma parede, a função 
muscular bem espessada e na palpação parece uma carga de caneta. Na ampola a parede geralmente 
fica colabada e é bem mais delgada, é mais flácido. A região onde o ístmo se comunica com o ápice do 
corno uterino é a região da junção útero-tubárica. 
 
CARACTERÍSTICAS E REGULAÇÃO DO CICLO ESTRAL DA FÊMEA SUÍNA: 
 
 
Nessa imagem mostra o padrão de ciclo estral 
de várias fêmeas domésticas. Durante um ano 
conseguimos perceber que a fêmea suína vai 
apresentar cio de uma forma regular, durante 
todo o ano se não submeter ela a cobertura ou 
IA. O padrão de ciclo estral é caracterizado 
como poliestrico não estacional porque 
independe da estação do ano, esse é um tipo 
padrão de ciclo estral que encontra na vaca. Em 
outros animais o padrão é diferente, a égua só 
apresenta cio durante um determinado período 
do ano que seria correspondente a dias longos, 
primavera/verão, nesse caso é poliestrica 
estacional, apresentando mais de um estro, 
mas somente em uma determinada época do 
ano. O mesmo acontece com as ovelhas e 
cabras, assim como as búfalas, entretanto é ao 
contrário, elas apresentam cio em dias curtos. 
Já a cadela vai manifestar um ou dois cios por 
ano, independentemente da época do ano, ou 
seja, monoestrais não estacionárias. 
 
 
 
CICLOS REPRODUTIVOS DA FÊMEA SUÍNA: 
 
32 REPRODUÇÃO 1 
A fêmea suína vai apresentar oogênese incompleta após o nascimento, então ela nasce com o estoque 
de gametas que vão se desenvolver ao longo da vida, porém esses gametas não estão no momento que 
eles podem ser fecundados, eles estão imaturos, eles pararam a meiose antecipadamente, então são 
folículos que estão em estágio primordial, primário, secundário. Apenas após a puberdade vai haver 
um estimulo de retomada da meiose e crescimento desses folículos para que ele s se tornem folículos 
terciários, que são folículos que crescem sob a ação de hormônios. Ela é poliestrica anual, então ao 
longo do ano ela apresenta vários cios, então vários comportamentos de estro, ela é não estacional, 
então ela manifesta estro durante todo o ano, mas tem uma observação, que apesar de ser capaz de se 
reproduzir, de manifestar cio durante o ano inteiro, a porca é extremamente sensível ao calor 
excessivo com isso se a granja não oferecer instalações com bom conforto térmico essa fêmea pode 
manifestar redução de fertilidade nos períodos mais quentes do ano, então apesar de ser não 
estacional, quando eu não consigo oferecer um bom conforto ambiental para o animal ele pode 
manifestar uma redução de fertilidade ou um bloqueio temporário da atividade reprodutiva. O ciclo 
estral na porca tem a duração de 21 dias, então a cada 21 dias ela vai manifestar comportamento de 
cio. A fêmea suína também possui outra particularidade que é politoca, tem a capacidade de ovular 
vários folículos por ciclo estral e também ela é capaz de produzir uma gestação múltipla. E em relação 
à gestação, é do tipo não dicotômica. A gestação dicotômica, quando vai fazer o diagnostico dá para 
saber se está prenha ou não. Gestação positiva ou negativa (DG-). Para a porca, não basta estar 
gestante, ela tem que ter um número mínimo de leitões presentes no útero para que a gestação ela 
continue e chegue a termo e esse mínimo é de quatro a cinco, para que haja sinalização para o 
ambiente materno para que a fêmea mantenha o corpo lúteo e não ocorra a luteólise. Menos de quatro 
embriões a concentração de substancia produzida não é suficiente para inibir a destruição do corpo 
lúteo, então terá uma reabsorção embrionária e essa fêmea vai retornar em cio. Menos que quatro a 
gestação não vai a termo. 
 
O CICLO ESTRAL EM SUÍNOS: 
 
Essa imagem caracteriza como que é o crescimento folicular, que na porca acontece em ondas, então 
falamos de ondas de crescimento folicular, em que um grupo de folículos é estimulado a crescer, esse 
inicio do crescimento de pequenos folículos é chamado de recrutamento. Esses folículos vão 
crescendo e os folículos de melhor potencial de crescimento vão crescendo e aqueles de pior 
qualidade vão sendo eliminados. Então o crescimento folicular possui as seguintes etapas: 
recrutamento, crescimento, seleção e dominância. No recrutamento da fêmea suína são estimulados a 
crescer cerca de 100 pequenos folículos, na fase de seleção esse número já vai ser reduzido, cerca de 
30 a 40 folículos atingem a fase de seleção. Na dominância, os folículos que vão ovular serão cerca de 
10 a 15 folículos em media na porca. Esse evento que irá acontecer durante o crescimento folicular à 
 
33 REPRODUÇÃO 1 
gente vai dividir eles em fases. O ciclo estral divide em proestro, estro, metaestro e diestro; cada uma 
dessas fases será caracterizada por um determinado evento, então

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