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NITERÓI 2020 FRANCINE HONORINDA GOMES DA CRUZ ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS NO ÂMBITO HOSPITALAR FRANCINE HONORINDA GOMES DA CRUZ ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS NO ÂMBITO HOSPITALAR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Fisioterapia. Orientador: Frederico Kochem Coorientador: Débora Lima NITERÓI 2020 FRANCINE HONORINDA GOMES DA CRUZ ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS NO ÂMBITO HOSPITALAR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Fisioterapia. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Niterói, 08 de Dezembro de 2020. Dedico este trabalho a minha mãe, a quem agradeço a base que deu para me tornar a pessoa que sou hoje. Aos meus 3 filhos, minha razão de viver. AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе minha vida, е nãо somente nestes anos como universitária, mаs que еm todos оs momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer. À esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes. Agradeço a todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. À palavra mestre, nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus eternos agradecimentos. E a todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. CRUZ, Francine Honorinda Gomes da. ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ADULTOS ONCOLÓGICOS NO ÂMBITO HOSPITALAR. 2020. 42f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) – Anhangera, Niterói, 2020. RESUMO O cuidado paliativo surgiu como uma modalidade terapêutica, que vem por meio melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos e familiares no enfrentamento da doença no âmbito hospitalar, por meio de prevenir, aliviar os sofrimentos físicos, espirituais e psicossociais. Dessa forma, cabe ao fisioterapeuta oferecer ao paciente o cuidado paliativo quando não se tem uma perspectiva de cura no tratamento oncológico, mas que oferece uma melhor qualidade de vida na terminalidade, onde o paciente terá um alivio da dor, da náusea, além de um conforto na tentativa de trazer maior bem-estar, de melhorar todos os desconfortos que venha a sentir. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho consiste em avaliar os benefícios da fisioterapia, nos cuidados paliativos, em pacientes oncológicos no âmbito hospitalar. O fisioterapeuta, assim como diversas outras áreas da saúde, está sujeito a lidar com situações frequentes de óbito, e necessita assim estar preparado para tais ocorrências, de maneira que durante sua formação acadêmica há de se pensar também no lado humanista da profissão, não apenas técnico. O presente trabalho tem como princípio metodológico uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratória e descritiva. Perante o paciente oncológico, as medidas fisioterapêuticas se apresentam de grande importância, principalmente frente aos cuidados paliativos. Nesse contexto as ações são realizadas visando a recuperação do estado de saúde do paciente, por intermédio de inúmeras técnicas, sendo elas empregadas para a melhora da dor, da mobilidade para que haja independência dos movimentos exercidos, evitando prejuízos respiratórios, desenvolvimentos de lesões por meio do longo tempo acamado, no oferecimento. Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Adultos Oncológicos Hospitalizados. Fisioterapeuta. PALLIATIVE CARE IN ADULT ONCOLOGICAL PATIENTS IN THE HOSPITALS. 2020. 42f. Course Conclusion Paper (Graduation in Physiotherapy) - Anhangera, Niterói, 2020. ABSTRACT Palliative care emerged as a therapeutic modality, which aims to improve the quality of life of cancer patients and family members in coping with the disease in the hospital, by preventing, relieving physical, spiritual and psychosocial suffering. Thus, it is up to the physiotherapist to offer the patient palliative care when there is no prospect of a cure in cancer treatment, but that offers a better quality of life in the terminality, where the patient will have pain relief, nausea, in addition to a comfort in an attempt to bring greater well-being, to improve any discomfort you may feel. Thus, the general objective of the work is to evaluate the benefits of physiotherapy, in palliative care, for cancer patients in the hospital environment. The physiotherapist, as well as several other areas of health, is subject to deal with frequent situations of death, and therefore needs to be prepared for such occurrences, so that during his academic training one must also think about the humanist side of the profession, not only technician. The present work has as methodological principle a bibliographic research, of an exploratory and descriptive character. Before the cancer patient, as physical therapy measures are of great importance, especially in relation to palliative care. In this context, the actions are performed to recover the patient's health status, through techniques, which are used to improve pain and mobility so that there is independence from the movements performed, avoiding respiratory results, and process developments through the long run, bedridden time, in offering. Key-words: Palliative Care. Hospitalized Oncological Adults. Physiotherapist. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9 2. A DOENÇA DO CÂNCER ....................................................................................... 11 2.1 AS IMPLICAÇÕES DA DOENÇA NO BEM-ESTAR DO PACIENTE ................... 12 2.2 A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA...... 13 3. CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ADULTOS HOSPITALIZADOS ...... 16 3.1 FISIOTERAPIA PALIATIVA ................................................................................... 16 3.2 AS AÇÕES DO FISIOTERAPEUTA ...................................................................... 19 3.3 AS CONTRIBUIÇÕES DO CUIDADO PALIATIVO AOS PACIENTES ................ 21 4. A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA ................................... 24 4.1 OS BENEFÍCIOS DA FIOSTERAPIA TERAPÊUTICA ......................................... 24 4.2 O FISIOTERAPEUTA E OS CUIDADOS PALIATIVOS ........................................ 27 4.3 A PROMOÇÃO DE BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA AO PACIENTE....... 29 4.4 A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS DO PROFISSIONAL DE FISIOTERAPIA AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS ................................................. 32 5. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 35 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 379 1. INTRODUÇÃO O cuidado paliativo surgiu como uma modalidade terapêutica, que vem por meio melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos e familiares no enfrentamento da doença no âmbito hospitalar, por meio de prevenir, aliviar os sofrimentos físicos, espirituais e psicossociais. Embora o paliativo seja um objeto de ação na área oncológica, pode ser utilizado desde o diagnóstico de uma doença até a fase terminal dela. No mundo, irão morrer em decorrência da doença 70% dos pacientes diagnosticados com câncer, que normalmente acompanha dor e sofrimento. No Brasil, são apenas 40 serviços especializados em cuidados paliativos na modalidade terapêutica. Em vista que, em 2020, aproximadamente 15 milhões de pessoas no mundo irão apresentar diagnóstico de câncer, esse número emerge a necessidade de expansão dos cuidados, necessitando assim de profissionais atuantes nessa área. Dessa forma, cabe ao fisioterapeuta oferecer ao paciente o cuidado paliativo quando não se tem uma perspectiva de cura no tratamento oncológico, mas que oferece uma melhor qualidade de vida na terminalidade, onde o paciente terá um alivio da dor, da náusea, além de um conforto na tentativa de trazer maior bem-estar, de melhorar todos os desconfortos que venha a sentir. Esses cuidados não revertem a doença, nem prolonga a vida, mas dá um apoio ao paciente e familiares possibilitando vínculos, para a humanização da assistência prestada. O fisioterapeuta, assim como diversas outras áreas da saúde, está sujeito a lidar com situações frequentes de óbito, e necessita assim estar preparado para tais ocorrências, de maneira que durante sua formação acadêmica há de se pensar também no lado humanista da profissão, não apenas técnico. Assim sendo, esse trabalho se justifica por, delinear a atuação do fisioterapeuta em atuar e complementar dentro do seu alcance profissional a abordagem paliativa no âmbito hospitalar afim de obter o cuidado que o paciente oncológico necessita, onde o cuidado paliativo não prolonga e nem reverte a doença, mas possibilita uma humanização na assistência prestada, criando um vínculo com o paciente e seus familiares. Os cuidados paliativos, diante de tal perspectiva, implicam em uma visão holística, considerando a dimensão física, mas também as preocupações psicológicas, sociais e espirituais dos pacientes. Assim, tem-se o seguinte problema: De que forma o profissional de fisioterapia pode atuar nos cuidados paliativos no 10 paciente oncológico no âmbito hospitalar? Como hipótese, tem-se que o fisioterapeuta, nesses casos de impossibilidade de cura, deve atuar por meio da comunicação para o alívio do sofrimento, além da busca da qualidade de vida do mesmo por meio de atividades que aliviem as dores. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho consiste em avaliar os benefícios da fisioterapia, nos cuidados paliativos, em pacientes oncológicos no âmbito hospitalar. Enquanto tem como objetivos específicos: abordar sobre a doença do câncer e as suas implicações na qualidade de vida do paciente; elencar sobre o tratamento de cuidados paliativos e a fisioterapia paliativa, destacando a importância da equipe multiprofissional; e discutir sobre os problemas relacionados e a importância da atuação do fisioterapeuta terapêutica, por meio dos cuidados paliativos, para proporcionar qualidade de vida a pacientes oncológicos hospitalizados. O presente trabalho tem como princípio metodológico uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratória e descritiva. Assim, realizou-se uma busca teórica afim de se analisar e sintetizar diversas obras de cunho acadêmico-científico que perpassam o assunto em tela, realizando uma exposição dos aspectos elencados como objetivos tendo como base a literatura coletada. O autor Gil (2002, p. 59) pontua um roteiro típico para uma pesquisa desta natureza, subdividindo-a nas etapas tais: Escolha do tema; Levantamento bibliográfico preliminar; Elaboração do plano provisório de assunto; Busca das fontes; Leitura do material; Fichamento; Organização lógica do assunto; Redação do texto. Ainda, existem diversas fontes que constroem o bojo conceitual de qualquer pesquisa bibliográfica. Desta forma, foram escolhidas obras de publicações em livros, artigos científicos, teses e monografias, disponíveis no SciELO, PUBMED, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Google Scholar e Books e demais fontes de busca, através das palavras-chave: “atuação do fisioterapeuta”, “cuidados paliativos” e “paciente oncológico hospitalizado”. 11 2. A DOENÇA DO CÂNCER O câncer trata-se de uma doença muito difundida e estudada nos últimos anos. Sua evolução está atrelada a fatores genéticos e de estilo de vida, essa doença silenciosa era considerada menos frequente no século passado isso pelo estilo de vida que os indivíduos levavam. Caracteriza-se o câncer como consequência do crescimento celular descontrolado, o que acaba por levar a uma massa de células chamada neoplasia o tumor. Diante disso, os cuidados paliativos consistem em promover medidas que aumentem a qualidade de vida dos pacientes e também de seus familiares perante a doenças que ameaçam a continuidade da vida. Além disso, o cuidado paliativo também auxilia que o cuidador do paciente consiga lidar com o avanço rápido da doença. As causas do câncer ainda são desconhecidas, mas tem sido associado a diversas causas internas e externas, como no ambiente de trabalho, consumo e cultural. Esses fatores de risco, são; indústria química, medicamentos, alimentos, estilo e hábitos de vida onde alteram a estrutura genética das células (DNA). Existem diferentes circunstâncias que permeiam o desenvolvimento de uma neoplasia, contudo, as principais causas o tabagismo, o sedentarismo, maus hábitos alimentares e o envelhecimento. Cerca de 2% dos adultos revelaram ter recebido um diagnóstico de câncer pelo menos uma vez na vida, sendo a maioria são mulheres, idosos, brancos e de classe média. Entre os homens evidenciam-se um elevado número de câncer de próstata e entre as mulheres o câncer de mama (OLIVEIRA et al., 2013). Entretanto, salienta-se que é preciso compreender a existência de uma grande participação de hábitos nocivos no desenvolvimento do câncer, cerca de 50%. Logo, preciso que haja políticas que almejem a diminuição dos números de casos a longo prazo e que visem a melhora na qualidade de vida dos indivíduos, promovendo, portanto, campanhas antitabagistas, na diminuição de conservantes e corantes em produtos industriais, diminuição da utilização de agrotóxicos e na divulgação de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 2004). De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o termo câncer está sendo utilizado para designar o crescimento exacerbado e desenfreado das células, que se acumulam possivelmente em órgãos e tecidos e podem levar a morte (SILVA; HORTALE, 2006). Assim sendo, foi preciso desenvolver cuidados especializados e que proporcione uma boa qualidade de vida mediante o diagnóstico de neoplasias 12 malignas. A realidade da oncologia no Brasil é resultado da dificuldade de proporcionar um cuidado holístico e humanizado, os pacientes acabam-se acumulando nos leitos de hospitais, por falta de conhecimento os sintomas são difundidos de forma comum e por muitas vezes ignorados, até mesmo no que tange os aspectos psicológicas (MANUAIS DE CUIDADOS PALIATIVOS, 2009). 2.1 AS IMPLICAÇÕES DA DOENÇA NO BEM-ESTAR DO PACIENTE A dor excessiva nos casos do câncer, são consideradas fortíssimas e decorrentes da infiltração das neoplasias nos demais tecidos, gerando ainda possíveis lesões nos receptores de dor, fazendo que haja um estímulo intenso. Como supracitado observa-se a importância de assumir um caráter de controle da dor, sem a finalidade de cura ou reversão, isso porque esse nível de atuação poderá resultar nas melhoresexperiências (TAMBORELLI. 2002). As novas condições que o paciente se depara são formadas por inúmeras informações, desde a compreensão do tratamento, a necessidade da hospitalização, a retirada do meio social, os desconfortos, efeitos colaterais, possíveis pioras, tornando o contexto uma carga excessiva para o psicológico e emocional desse indivíduo. Dentre as reações que comprometem o organismo e influenciam, de forma exacerbada, a nova vivência há comprometimentos provocados pelas neoplasias que podem afetar os componentes musculoesqueléticos, manifestar sintomatologias como inflamações nos vasos sanguíneos gerando modificações em suas estruturas, febre sem origem definida, processo inflamatório e degeneração do tecido músculo esquelético, artrite, artralgia, aumentos dos linfonodos. Inúmeras outras mutações podem ocorrer nos momentos iniciais da doença ou com sua progressão (CAMPOS et al., 2008). O paciente acaba adentrando em uma nova realidade em que precisa de recursos para lidar com a estadia hospitalar, as etapas do tratamento e suas dores e sofrimento, juntamente com o contato com outras pessoas e suas respectivas dores. Estando a mercê do sentimento de impotência, precisando ser apoiado, transformando sua estrutura corporal devido à doença, apresentando ansiedade frente a resultados de análises, passando por suas próprias modificações sociais e familiares e vivenciando sentimentos como o medo de morrer e do desconhecido, tristeza, insegurança, negação (VASCONCELLOS, 2004). 13 A doença pode gerar no indivíduo fases distintas frente a situação como a negação, depressão, esperança, raiva, aceitação como meios de defesa no enfrentamento do processo incógnito da enfermidade ou da morte. A negação demonstra nitidamente a condição em que há despreparo emocional para lidar ou acreditar nas circunstâncias e pode ser seguida ou conjunta a raiva e a depressão. A esperança se enquadra como atitude positiva referente ao futuro, sendo importante como estímulo para a adesão ao tratamento. A aceitação não se define como acomodação diante da situação e a espera do inevitável, mas um meio de compreender o momento e suas possíveis consequências (XAVIER et al., 2010). Segundo estudo realizado por Fanger et al. (2010), há maiores incidências de depressão e comportamentos suicidas em pacientes com câncer quando comparado com outras enfermidades. Os casos podem alcançar de 15% a 25% dos pacientes com câncer, sendo necessário o diagnóstico precoce para inicializar o tratamento, pois essa condição influência negativamente na adesão as intervenções de cuidado oncológicos e consequentemente impulsiona sua progressão. A depressão e o estresse referem-se as consequências das disfunções físicas provenientes do câncer e se tornam os agravantes para outras doenças, sendo que o estresse é contínuo e intenso afetando ainda mais as comorbidades (MELO, 2013). Além disto, o paciente desenvolve algumas fases desde o diagnóstico até o final da doença, seja com a cura ou com a morte. A primeira fase é a considerada fase de negação, na qual o indivíduo não aceita o fato de estar com uma doença incurável e que pode ser temporária ou que irá progredir até a morte. A segunda fase consiste no desenvolvimento de uma raiva profunda e questionamentos sobre suas atitudes, buscando encontrar uma justificativa e encontrar um culpado para o que está ocorrendo. No terceiro momento, é comum que o paciente tente barganhar com a morte, onde ele busca através processos religiosos a solução para seus problemas, a quarta fase consiste na depressão onde ele compreende que é melhor aceitar o seu fim, passar pelo processo de separação e a perda da vitalidade, já a quinta fase consiste na aceitação, onde é o paciente aceita que irá morrer e que isso se trata de uma evolução natural de todos os indivíduos (SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006). 2.2 A QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE NO TRATAMENTO DA DOENÇA 14 O paciente quando portador de câncer, em fase de tratamento ou de cuidado paliativo, acaba por desenvolver algumas queixas comuns como a de fadiga, fraqueza muscular, constipação, depressão, ansiedade e outras comorbidades que acabam por danificar a qualidade de vida. Aos que são tratados com quimioterapia chega a cerca de 80 a 90% de queixas relacionadas a fadiga (BORGES et al. 2018). De acordo com Silva e Hortale (2006), poucos estudos se propõem a discutir e auxiliar nos cuidados de pessoas que estão enfrentando doenças terminais. Isso porque, a atenção principal dos profissionais é voltada para a cura e restauração da saúde, trata-se de um estigma muito grande aliar-se ao paciente paliativo na luta pelo conforto e qualidade de vida. Sobre isso, existem diversos tipos de tratamento para o câncer, são eles; radioterapia, quimioterapia, transplante ósseo e cirurgia, em muitos casos, são necessários a combinação entre si (SILVA; HORTALE, 2006). As medicações como a quimioterapia, a radioterapia e o uso de medicamentos fortes podem ainda gerar descontrole e sensações de mal-estar e gerar no paciente ou imobilidade. Essa fadiga associada ao decúbito ventral., poderá resultar em várias áreas afetadas tais como o sistema musculoesquelético e tegumentar, gerando possíveis lesões por pressão principalmente em locais de proeminência óssea (CROARKIN, 1999). Nos tratamentos com quimioterapia e radioterapia, surgem alguns efeitos colaterais, como; queda de cabelo, diarreia, prisão de ventre, feridas na boca, enjoo, vômito, anemia, hiperpigmentação, alterações no paladar, dor ao engolir, ressecamento da pele, cansaço, coceira na área tratada e ardência ao urinar. Já os recursos terapêuticos manuais como, manipulação articular, RPG, mobilização do tecido neural, exercícios passivos, alongamentos, conceitos Mulligam e Maitland entre outros, trazendo benefícios aos pacientes nos desconfortos causados por linfedema, hipotrofia, Descondicionamento cardiorrespiratórios (SANTOS, D. E. et al, 2013). O processo do tratamento antineoplásico se apresenta árduo para o paciente, especialmente aqueles que precisam passar pela quimioterapia e radioterapia, devido as implicações de alta toxicidade, resultando na deterioração e enfraquecimento do organismo, elevando os riscos de alterações no sistema imunológico, na composição nutricional e tornando reduzido a resposta do corpo aos procedimentos terapêuticos (GALVAN et al., 2013). A quimioterapia é amplamente utilizada por possuir efeitos para controlar ou curar a doença, resultando em aumento do prolongamento da vida. Sua 15 funcionalidade se baseia na aplicação de fortes fármacos que atuam na totalidade corporal, visando evitar o avanço do câncer em outros órgãos ou seu retorno. Porém, a seleção desse tratamento pode resultar em alguns efeitos colaterais como anemia, perda de cabelo ou de pelos em várias partes do corpo, náuseas, vômitos, hipersensibilidade (MISTURA; CARVALHO; SANTOS, 2011). A radioterapia pode ser usada isoladamente ou junto a quimioterapia. Objetiva por meio da radiação suprimir as células tumorais e impedir a destruição de células íntegras. As manifestações vistas por uso desse tratamento se distinguem conforte a região que é exposta à radiação, no geral pode ocorrer aparecimento de bolhas, coceiras, descamação ou ressecamento da pele, exaustão, náuseas, vômito, boca seca, dor, diminuição da mobilidade, comprometimentos pulmonares. As reações podem alterar o cotidiano do paciente, tornando dificultoso a realização de suas tarefas diárias, o contato com outras pessoas e familiares e implicações laborais (SANTOS et al., 2013). Contudo, existe uma vertente que proporciona aos pacientes uma experiência de cuidados voltados a doenças terminais e que melhoram a qualidade de vida. Trata- se de profissionais da saúde que se especializam em tratar os pacientes com doenças incuráveis e que visamproporcionar a diminuição do sofrimento e a elevação do conforto (DANTAS; AMAZONAS, 2016). 16 3. CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ADULTOS HOSPITALIZADOS O câncer é visto como um problema que afeta mundialmente a saúde pública, sendo uma doença de alto custo e que ocasiona números significativos de óbitos mundialmente. O quadro estimado para os dois séculos seguintes aponta aproximadamente 22 milhões de óbitos futuros devido a essa doença (FARIA, 2010). Com os avanços desse acometimento há aumento na demanda de cuidados por diferentes profissionais da área da saúde (BURGOS, 2017). As necessidades do paciente se baseiam na assistência humanizada, para que todo o processo que necessita passar resulte em seu conforto. Um dos pontos importantes da humanização é a comunicação clara e adequada entre o profissional e o paciente, principalmente em um quadro de instabilidade grave representado pelo câncer, desta forma há como identificar as demandas do indivíduo. Conforme o desenvolvimento do diálogo se obtém progressão na relação profissional-paciente que resulta na confiança, a qual é de grande relevância para a aceitação da ajuda (RENNÓ; CAMPOS, 2014; POTT et al., 2013). 3.1 FISIOTERAPIA PALIATIVA Os cuidados paliativos mostram a relevância ao incentivo a humanização dos acontecimentos finais da vida, através de circunstâncias que concedem ao indivíduo um falecimento fundamentado na dignidade, resguardando os aspectos éticos de respeito à vida. Tais cuidados possuem como prioridade o controle sobre a sintomatologia de cunho físico e da dor, o psicológico, o espiritual, o social e as ações preventivas, para que haja qualidade de vida aos pacientes em estágio terminal e aos seus familiares. Todos esses apontamentos são alcançados quando se obtém diagnóstico precoce, avaliação correta e tratamento adequado (SILVA; SUDIGURSKY, 2008). De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2015), os pacientes que são incluídos como sendo elegíveis para cuidados paliativos são os que possuem doenças que ameaçam a continuidade da vida, independentemente da idade e que suas queixas não estavam sendo atendidas. Logo, esse tipo de atitude e planejamento no processo do morrer, desencadeará uma vivência plena dos seus 17 últimos dias sem a necessidade de lidar sozinhos com as questões físicas, psicológicas, anseios, desejos, necessidades e realizações (SBBG, 2015). Dessa maneira foram instituídos alguns fatores que podem ser considerados como princípios, que devem conter para que os pacientes sejam atendidos de forma humanizada, sendo eles a promoção da atenuação das dores desagradáveis, proporcionar a continuidade da vida independente do tempo restante, proporcionar acolhimento espiritual e psicológico, desenvolver atividades que façam os pacientes viver de forma completa e ativa até seu falecimento, ofertar um suporte familiar à fim de trabalhar questões relacionadas ao luto, proporcionar uma abordagem multiprofissional e de qualidade e iniciar os cuidados paliativos o mais rápido possível (INCA, 2011). A adoção dos cuidados paliativos visa reduzir o sofrimento decorrente do processo oncológico e oferecer ao paciente melhoras em sua qualidade de vida por intermédio da atuação integral dos profissionais de saúde. O tratamento paliativo focaliza a realização de medidas sem uso de drogas farmacológicas e aderindo a métodos de assistência que controlem a sintomatologia, nas alterações físicas e psicológicas, sendo de grande importância a abordagem por um fisioterapeuta, principalmente nessa circunstância (MENDES; LUSTROSA; ANDRADE, 2009). Dentre as condutas objetiva-se, principalmente, as medidas de prevenção e de orientações aos indivíduos hospitalizados e seus familiares para que não haja ocorrência de sofrimentos desnecessários, como é o caso de infecções, lesões por pressão, parada cardiorrespiratório, dispneia. Além disso, a fisioterapia possui inúmeras técnicas que abrangem o cuidado paliativo, as quais são empregadas para a melhora dos sinais e sintomas e na qualidade de vida do paciente, sendo as principais: a terapia para a dor, onde ocorre o controle da mesma e consequentemente resulta em maior tolerância aos procedimentos que o paciente passará, o alívio de sintomas psicofísicos por meio de métodos de relaxamento devido a ocorrência do estresse, o qual torna-se um agravo para a circunstância de enfermidade apresentada pelo paciente oncológico, a reabilitação de prejuízos linfático, pois a fisioterapia atua na prevenção desse comprometimento e em seu tratamento, melhora da funcionalidade pulmonar, sendo que indivíduos que permanecem acamados possuem maior tendência a ter alterações negativas na função dos pulmões, caracterizado pela presença de acúmulo de secreções nesse órgão, dispneia e atelectasias. A permanência no leito aumenta a probabilidade de lesões por pressão, sendo o 18 profissional atuante na prevenção das mesmas e contribuinte na melhora dos comprometimentos osteomioarticulares, demonstrando ser limitadores da mobilidade esses danos (CUNHA; GARDENGHI, 2013). Existem quatro fases dos cuidados paliativos, as quais são classificados segundo NA-SNAP (The Australian National Sub-Acuteand Non-Acute Patient Classification). Elas se diferem em relação ao nível de complexibilidade e do estágio que se encontra a doença: 1) fase aguda com progressão abrupta ou elevação da gravidade dos comprometimentos existentes. 2) fase de deterioração com avanço gradual das perturbações, sem necessariamente uma modificação rápida na gestão da circunstância. 3) fase terminal com proximidade do óbito. 4) fase estável com pacientes que não se enquadram nas outras fases (GIRÃO, 2013). Os cuidados paliativos possuem como ações adicionais os procedimentos fisioterapêuticos, para que haja melhoramento dos sintomas e da qualidade de vida. Recomenda-se sua adesão em casos que necessitem de cautela devido a existência de lesões por pressão, abrandamento de sintomas psicofísicos, terapia para melhora da dor, recuperação de comprometimentos linfáticos, desempenho benéfico em complicações osteomioarticulares, fortalecimento do desempenho pulmonar, intervenção positiva na fadiga e melhoramento de possíveis prejuízos neurológicos (MARCUCCI, 2005). As ações fisioterapêuticas paliativas abordam o paciente em sua totalidade, não apenas focalizando nas atividades privativas do profissional. Os cuidados abrangem o psicossocial, o psicológico e o espiritual, incentivando o indivíduo, estimulando a comunicação, escutando, dedicando atenção ao paciente em toda perspectiva necessária e apoiando os familiares (MÜLLER; SCORTEGAGNA; MOUSSALLE, 2011). O profissional fisioterapeuta inserido no contexto da área oncológica hospitalar atua na aplicação de condutas para que haja recuperação das funcionalidades do paciente e no oferecimento de apoio aos cuidadores, para que obtenha compreensão de como deve ser encarado a progressão da comorbidade. Essas ações são desenvolvidas objetivando a manutenção e melhora da qualidade de vida do indivíduo que apresenta enfermidades em estado avançado ou que estejam em evolução (FLORENTINO, 2012). 19 3.2 AS AÇÕES DO FISIOTERAPEUTA O fisioterapeuta apresenta-se de forma constante na vida do paciente durante sua internação, com presença nas situações que envolvem a reabilitação e também na fase paliativa, momento de grande sofrimento e presença constante de dor. Suas ações devem estar baseadas em objetivos claros para a realização das intervenções e devem ser revistas inúmeras vezes e redefinidas conforme as necessidades apresentadas pelo enfermo, para que assim haja a retomada da capacidade física, da movimentação, da independência dos movimentos sem auxílio de apoio e bem-estar por meio da qualidade de vida (GIRÃO, 2013). A atuação assistencialdo fisioterapeuta deve ser realizada em todas as fases da doença. Se houver necessidade de procedimentos cirúrgicos no paciente oncológico, o fisioterapeuta inicia o acompanhamento desde o estágio de pré- operatório, sendo identificado como atuação na oncológica precoce, de forma a garantir a prevenção e redução de quaisquer adversidades desse processo no tratamento da doença. Durante a internação, pode haver complicações respiratórias, circulatórias e motoras, o profissional atua de forma que seja evitado, diminuído e tratado essas alterações (CIPOLAT; PEREIRA; FERREIRA, 2011). As atuações primordiais do profissional fisioterapeuta na atualidade envolvem a prevenção e a promoção da saúde, as quais devem ser efetuadas em todos os estágios da doença, desde a realização do diagnóstico até a ocorrência de todos os processos que envolvem o tratamento e os cuidados realizados de maneira paliativa (FARIA, 2010). De forma mais específica, a reabilitação do enfermo por meio do atendimento fisioterápico em estado de dependência total é realizada para exercer a manutenção dos movimentos, aderir posturas que sejam confortáveis para beneficiar o processo respiratório e demais aspectos fisiológicos essenciais, favorecer a higienização do paciente e reduzir os riscos de desenvolvimento de lesões por pressão, dor e inchaço (FARIA, 2010). Esses apontamentos são feitos mediante a explicação sobre as posições que o indivíduo deve permanecer e conforme passagem de informações referentes as modificações de decúbito e transferência do paciente para cadeira de rodas, cama, entre outros, aplicação da mobilização global e orientações para o cuidador, atuação para que não haja imobilismo e suas complicações, como as deformidades, reconhecimento sobre o modo de locomoção do enfermo e execução de modificações 20 ambientais conforme seja possível e preciso, dando prioridade a situação ventilatória apresentada pelo paciente aplicando exercícios respiratórios, manobras para auxílio da eliminação de secreção e orientações referente aos exercícios, estimulação da tosse e aspiração traqueal (FLORENTINO et al., 2012). Em casos de pacientes que são dependentes, mas que se apresentam deambulantes, é almejado a manutenção de sua locomoção, da funcionalidade e do autocuidado, através das mudanças no posicionamento da pessoa que se encontra deitada, orientando sobre postura e transferência, efetuação da mobilização global conforme quadro clínico, realização de exercícios respiratórios, de equilíbrio, de coordenação motora e treino de tosse, adequando as possíveis perdas de funções por meio de estratégias de movimentos, favorecendo e indicando itens que auxiliem a marcha, treinamento domiciliar e em localidades externas da marcha. Com pacientes independentes, mas com ocorrências de vulnerabilidade deve ser feito o encaminhamento do indivíduo para ambulatórios ou centros de reabilitação em fisioterapia, treinamento de marcha, equilíbrio e coordenação, monitorização de redução de funcionalidade (muscular, sensorial, articular) e favorecendo mecanismos de proteção, realização de cinesioterapia para que haja aumento da amplitude articular, elasticidade e força dos movimentos, manutenção do condicionamento físico, adaptação aos auxiliadores a marcha (ANCP, 2009). O fisioterapeuta também realiza no paciente a avaliação de seu estado, podendo identificar sinais e sintomas, como é o caso de presença de dor, fadiga, respiração dificultada ou ofegante, inchaço nos membros inferiores por ocorrência de obstrução do sistema linfático, modificações a nível neurológico e demais comprometimentos na funcionalidade normal do corpo. O profissional atua com a avaliação realizada, os acometimentos relatados pelo paciente e com a troca de informações com a equipe multidisciplinar para chegarem na melhor intervenção e explicando aos familiares como a mesma será efetuada (FLORENTINO et al., 2012). Os cuidados, como já citados, envolvem o controle da dor, sendo essa originada por danos nos receptores nociceptores (receptores de dor) devido ao próprio câncer, por infiltração das neoplasias no tecido resultando em dor pela constrição de vísceras, no neuro-eixo, de troncos nervosos periféricos, penetração de estruturas que atuam na sustentação, no tegumento e na mucosa, apropriação e fechamento de vasos sanguíneos (FLORENTINO, 2012). Para seu controle, o fisioterapeuta pode utilizar técnicas que envolvam termoterapias, eletroterapia, cinecioterapia, terapias 21 manuais, métodos de relaxamento e posicionando o paciente de forma correta (GÓES et al., 2016). A preservação muscular ou seu ganho podem ser ocorrentes pela introdução de exercícios, sendo necessário verificar a progressão da doença. A adoção do alongamento e exercício com descarga de peso podem auxiliar na recuperação dos sarcômeros e das fibras conjuntivas, consequentemente na melhora das funções corporais e por meio da estimulação mecânica nas articulações pode gerar elevação da síntese de líquido sinovial e massa óssea (PAIÃO et al., 2012). Outra intercorrência tratada no quadro oncológico é o controle do linfedema, sendo essa ocorrência advinda da elevação da quantidade de proteína presente nas áreas vasculares, não sendo absorvidas, modificação da pressão osmótica e presença de líquidos no interstício, resultando em dilatações nos vasos linfáticos. A fisioterapia utiliza de variáveis métodos para conter essa alteração, mas a técnica de maior uso é a terapia física complexa, sendo aplicada por meio da união da drenagem linfática realizada manualmente, uso de compressas, realização de exercícios miolinfocinéticos e cuidados com a pele (GÓES et al., 2016). Há também as ações fisioterápicas voltadas as funcionalidades respiratórias e para serem administradas é preciso possuir ciência sobre a história de progressão do câncer e os pontos de indicação e contraindicação das técnicas. A permanência no leito hospitalar possibilita o aumento de secreções nos pulmões e consequentemente seu acúmulo, devido a diminuição do transporte mucociliar e a ausência de força da tosse para expelir as secreções. Métodos como as manobras respiratórias, uso de instrumentos que oscilam a expiração, drenagem postural, oxigenoterapia, técnicas de relaxamento são aplicadas nesse contexto pela equipe de fisioterapia (PAIÃO et al., 2012). 3.3 AS CONTRIBUIÇÕES DO CUIDADO PALIATIVO AOS PACIENTES Diante das circunstâncias citadas que podem acometer o indivíduo, a imobilidade e a dor sucedem inevitavelmente no paciente oncológico. A imobilidade se demonstra um sintoma que ao se progredir gera maiores agravamentos nos pacientes em situação terminal, podendo resultar em alterações na força proveniente dos músculos, na flexibilidade, na funcionalidade do corpo e no seu potencial aeróbico, tornando o quadro de maior propiciação para desencadear a síndrome de 22 imobilização. Com a instauração dessa síndrome pode haver modificações na função motora, degeneração muscular, encolhimento dos tendões com diminuição da capacidade de movimentação das articulações com início de manifestação de dor, assim se observa a necessidade do cuidado paliativo advindo do fisioterapeuta. A fisioterapia visa prevenir os comprometimentos na coordenação motora e prorrogando a adesão e progressão dos danos proveniente da imobilidade devido ao câncer e das doenças associadas. A aplicação dos procedimentos de reabilitação, podem auxiliar para que o paciente seja mais independente funcionalmente, usufrua de suas capacidades e seja respeitado as suas possíveis limitações (BURGOS, 2017). O cuidado paliativo apresenta ao paciente inúmeras contribuições, especialmente por possuir sua base voltada a valorização da vida, compreendendo todos os estágios de evolução do ser humano como naturais, principalmente a morte. Todas as etapas paliativas envolvemo cuidado que resulte na desaceleração da morte, mas ao mesmo tempo não aumentando os dias vividos com adoção de ações terapêuticas perseverantes, as quais quando tomadas poderiam resultar em mais dor e ausência de bem-estar ao paciente, sendo que o alívio da dor e demais sintomas prejudiciais é outro ponto atribuído ao cuidado paliativo. Além desses aspectos, é dado importância sobre os fatores psicológicos e espirituais, pontos importâncias no cuidado, juntamente com o apoio dado aos familiares, para que haja o enfrentamento da comorbidade de forma menos traumática e consigam passar pelo estado de luto (HERMES; LAMARCA, 2013). Em relação a dor, sua presença é quase constante e debilita indivíduos com câncer. Por meio da fisioterapia há como reduzir a concepção sobre a dor por intermédio de alongamentos, exercícios para melhora da respiração, posicionamento, estimulo das articulações, procedimentos manuais, fortalecimento das musculaturas através de exercícios passivos e ativos, métodos para realização da higiene dos brônquios, suporte de oxigenação e ventilação mecânica se necessário. Todas essas estratégias são empregadas como prevenção, inibição ou minimização de agravos e passadas nas orientações para a família e o paciente, evitando sofrimento desnecessário. Essas técnicas podem ser usadas em conjunto com acupuntura, massagem, métodos de relaxamento, respiração e distração propiciando a aquisição de maiores benefícios (FLORENTINO et al., 2012). Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2015), os cuidados paliativos pretendem oferecer ao paciente alívio para a totalidades de 23 intercorrências presenciadas, prevenção de novos prejuízos que podem comprometer ainda mais a saúde e promoção de ocasiões para que se possa vivenciar momentos que acrescentem ao indivíduo experiências significativas, que sejam relevantes para o mesmo, proporcionando sentimento de realização e crescimento espiritual e pessoal. Além disso, fornece ao enfermo meios para que consiga lidar com inúmeras questões durante o estágio da doença que se encontra, como: aspectos psicológicos, espirituais, físicos, sociais, as expectativas frente a circunstância vivida, os medos advindos da situação incerta, as necessidades e a esperança frente a uma possibilidade do prolongamento dos dias vividos, propicia ao paciente o preparo para que tenha autodeterminação para administrar o processo que envolve a morte, meios para que os familiares possam superar a perda e que haja ao paciente modos para exercer suas totais capacidades, mesmo perante a adversidade. Sendo assim, o cuidado paliativo abrange os cuidadores, pois podem apresentar inúmeras intercorrências em seu bem-estar pelo cuidado e acompanhamento contínuo, afetando o físico e mental. O cuidado a quem acompanha também influencia o enfermo, tornando existente a ele o alivio o da sensação de fardo devido a seu quadro de saúde delicado. 24 4. A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA A fisioterapia trata-se de uma ciência responsável por estudar o movimento humano, principalmente no que tange as alterações patológicas. No ramo da oncologia, exerce função primordial no alívio e atenuação de sintomas que tem sua gênese em alguma tumoração para que os pacientes possam desenvolver uma melhora na qualidade de vida (RANZI et al. 2019). Logo, na dimensão dos cuidados paliativos, os fisioterapeutas exercem funções de proporcionar o controle dos sintomas, sem a intenção de desencadear a cura, nem mesmo a prolongação da vida (MARCCUCCI, 2005). O fisioterapeuta possui grande importância na saúde do indivíduo. Sua atuação abrange inúmeras áreas, sendo na neurologia, cardiologia, ortopedia, angiologia, pediatria, oncologia, reumatologia, oncologia e ginecologia. É um profissional atuante frente ao primeiro contato ao paciente, realizando sua avaliação, o diagnóstico fisioterápico, a prescrição de técnicas e exercícios a serem adotados, efetivação do tratamento e realização do processo de alta ou encaminhamento a outras áreas da saúde caso o quadro do paciente necessite. Devido a sua atuação, o fisioterapeuta pode promover a saúde, executar ações de prevenção a doenças, na regeneração e cura (MAIA et al., 2015). 4.1 OS BENEFÍCIOS DA FIOSTERAPIA TERAPÊUTICA Devido à grande diversidade de áreas a serem atendidas pelo fisioterapeuta, os benefícios advindos do cumprimento da fisioterapia terapêutica são amplos e se diferem conforme o quadro de doenças apresentado pelo paciente. A adoção da prática fisioterápica pode ser precisa em qualquer estágio da vida. No caso dos idosos, o acompanhamento por um fisioterapeuta pode prevenir e auxiliar para que haja melhora na qualidade de vida. Juntamente com a velhice, pode ocorrer o desenvolvimento de comorbidades, como: hipertensão, obesidade, diabetes, problemas cardíacos, as quais podem prejudicar as funções corporais, mobilidade e consequentemente redução da autonomia, esses prejuízos podem ser prevenidos ou terem seus danos minimizados frente a adesão do plano terapêutico prescrito baseado na realização de atividades físicas (BARDUZZI et al., 2013). 25 Esse tipo de abordagem coopera para o conhecimento pessoal e profissional dos envolvidos na terapêutica. Isso porque precisam lidar com questões de morte e vida todo o tempo, em outros âmbitos, como nas unidades de terapias intensivas (UTI), os pacientes devem receber esse tipo de tratamento que é concedido com base nos seus direitos e sendo um dever dos profissionais de saúde ofertá-los, logo, é preciso que todos os profissionais que lidam com doenças terminais e graves sejam capazes de ceder apoio, compreensão e assistência de qualidade (MINOSSO; SOUZA; OLIVEIRA, 2016). Exemplificando outro grupo atendido por esse profissional, os trabalhadores que desenvolvem comprometimentos osteomusculares devido as suas funções laborais, podem ser beneficiados pela fisioterapia través da melhora das dores, estimulação da consciência do corpo, diminuição da presença da tensão nos músculos (SILVA; MORSCH, 2019). Salienta-se então, a importância de uma equipe multiprofissional preparada a prestar essa assistência terapêutica. Quando uma doença grave é a causa da perda das funções e qualidade de vida, os cuidados paliativos agem na prestação de uma assistência que estabelece amenização de sintomas e por consequente, proporcionar um apreço pela vida. Um dos profissionais de saúde que exercem esses papéis na fase paliativa e é considerado essencial no alívio de dores e sofrimentos é o fisioterapeuta (FARIA, 2010). Muitos são os recursos usados para gerar benefícios nos pacientes. A prescrição de alongamento é muito ocorrente, sendo aplicado para que haja o desenvolvimento da musculatura que passou por algum processo de encurtamento anormal, tornando os músculos mais extensivos resultando na manutenção ou na elevação da flexibilidade nas articulações. O uso de estimulações elétricas auxilia para que haja estimulação e ativação neuromuscular, muito usado em ocasiões que ocorra atrofia por ausência de mobilidade e hipotrofia, na presença de lesões na medula espinhal (GDF, 2016). Para indivíduos com comprometimentos na locomoção sendo presente alterações na marcha, o treino de locomoção é empregado para que aconteça o desenvolvimento da mobilidade. Em crianças com prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor o uso da estimulação precoce é aplicado para que ocorra a prevenção de comprometimentos a saúde e caso já haja esses danos, a estimulação visa bloquear a evolução desse agravo. Outro método usado é a termoterapia, administrada por meio de substâncias que entram em contato com o corpo e altera 26 sua temperatura, seja aumentando ou reduzindo, sendo utilizado para redução das dores, diminuição de edemas, auxílio no processo cicatricial, diminuição da rigidez dostecidos, entre outros (GDF, 2016). Em resumo, a fisioterapia auxilia na saúde do paciente por intermédio dos alívios da sintomatologia psicofísica, alongamentos, atuação na fadiga, técnicas de relaxamento, mobilizações articulares, terapias manuais, posicionamentos para que não ocorra o desenvolvimento de lesões por pressão, reabilitação de comprometimentos linfáticos, fortalecimento dos músculos e melhora do condicionamento físico por meio de exercícios ativos e passivos, técnicas para realização da higiene brônquica, execução de ações para melhora de complicações osteomioarticulares, terapia para a dor, exercícios respiratórios para melhora da funcionalidade pulmonar, suporte de oxigênio e aplicação da ventilação mecânica em casos que sejam necessitados nesse processo. A adesão a prescrição fisioterápica reduz as dores, os desconfortos, a ansiedade, evitam possíveis complicações, entre outros (MÜLLER; SCORTEGAGNA; MOUSSALLE, 2011). Em todo repertório terapêutico dos fisioterapeutas, são comuns algumas atividades que envolvam o relaxamento e a dor. No geral algumas técnicas podem ser comuns como por exemplo a de terapias manuais, termoterapia, eletroterapia, técnicas de relaxamento, posicionamentos adequados e cinesioterapia, essas escolhas são fruto de estudos que observam uma maior tensão muscular decorrente da dor em pacientes oncológicos (ARRAIS, 2014). Nas terapias manuais salientam-se algumas outras técnicas como a massoterapia, a liberação miofascial, dessensibilizarão, pompage, Maitlan, Mulligan e inibição de trigger. Que irão atuar como um relaxamento muscular intenso e a diminuição da sobrecarga muscular, reduzindo bloqueios articulares, controlar a postura, reduzir o estresse e a ansiedade, proporcionando ao final delas uma melhora na qualidade do sono e alívio das dores. Outra técnica eficaz para o alívio das dores é o alongamento, que tem um baixo custo é possível realizar em qualquer ambiente com a orientação do fisioterapeuta (ARRAIS, 2014). A eletroterapia por sua vez, é uma das que proporcionam o melhor resultado, trazendo consigo um alívio rápido de dores, diminuindo significativamente a escala da dor, que atrelado ao uso de analgésico podem trazer efeitos benéficos ainda melhores (MARCUCCI, 2005). 27 4.2 O FISIOTERAPEUTA E OS CUIDADOS PALIATIVOS A fisioterapia apresenta-se como uma área de grande importância para o cuidado e restauração da saúde humana, sendo exercida no intuito de favorecer a movimentação corporal e para que haja a funcionalidade adequada de todas os órgãos, funções e sistemas. Sua objetificação envolve a manutenção do movimento, sem que haja sintomatologias que apontem algum dano no decorrer da realização de funções básicas do cotidiano ou em atividades que necessitam de maior desempenho do corpo. Para alcançar esses objetivos há o uso de meios físicos, podendo ser empregado massagens, calor, água, exercícios, eletricidade, meios mecânicos e físicos de outros tipos. A pouco tempo atrás, ações fisioterápicas restringiam-se apenas ao cuidado da doença. O cuidado prestado era visando o tratamento e da recuperação de um organismo lesado, sedo inexistente a presença da prevenção e promoção da saúde perante as funções exercidas por esse profissional (FARIA, 2010). Devido a situação de grande complexibilidade desenvolvido pelo quadro oncológico, há a necessidade de atuação de uma equipe multidisciplinar no cuidado paliativo, para se ter visões distintas sobre o caso e tornando a executar um suporte completo a todos os envolvidos, sendo tomada as melhores decisões para assegurar o cuidado de qualidade ao paciente, o máximo de conforto, juntamente identificando e intervindo, quando possível, nas intercorrências negativas passadas pelo indivíduo ou seus familiares. Além disso, os profissionais buscam atuar de forma a compreender todos os fatores que estruturam a vida do enfermo, considerando em todo seu contato com o paciente o seu psicológico, seu estado psicossocial e sua espiritualidade, escutando sobre suas queixas e sua vivência hospitalar, dialogando, dedicando atenção ao indivíduo para que o mesmo não se sinta solitário ou abandonado durante essa etapa e ofertando apoio aos membros da família (MÜLLER; SCORTEGAGNA; MOUSSALLE, 2011). Nos hospitais e instituições a recepção de pacientes paliativos se tornam crescentes e é preciso desenvolver as habilidades profissionais para que eles saibam visualizar o seu campo de atuação, estabelecendo com o paciente a empatia e inter- relacionamento para que as terapias sejam de fatos evidentes. Para que isso ocorra, é preciso que os estigmas de morte e do processo do morrer sejam quebrados entre 28 os profissionais de saúde, incluindo os fisioterapeutas, para que não haja insegurança ou culpa, haja vista que se trata de um desfecho não controlável (MARCUCCI, 2005). O trabalho com os pacientes oncológicos exige uma avaliação constante e multidimensional. Os fisioterapeutas trabalham diretamente com esses pacientes e tendem a desenvolver atividades que promovam a reabilitação, ainda que na fase paliativa, e no alívio de dores, pois é uma das principais queixas (MELO et al., 2013). Contudo, é compreensível que haja certa aflição mediante o adoecimento e o findar da vida, logo, é complexo que desenvolver uma ligação com os indivíduos que recebem o diagnóstico terminal, haja vista a desesperança no futuro (SOUSA, 2009). O cuidado paliativo visando atuar frente a redução do sofrimento do paciente, possui como foco o indivíduo que está passando por um processo que há presença de uma comorbidade, e não ao contrário com enfoque dado a doença, assim há a retomada da valorização das relações entre as pessoas durante o processo doloroso de morrer, com presença de sentimentos positivos, envolvendo a empatia, a compaixão, a honestidade e a humildade (CORREIA; CARLO, 2012). Devido a comorbidade, o paciente é afetado pelos prejuízos em seu físico e assim esses danos acabam tornando uma intervenção negativamente em sua qualidade de vida, mas essa circunstância pode ser amenizada mediante a medidas que resultem na melhora da funcionalidade física do paciente, sendo essa um dos maiores objetivos proposto pelo cuidado paliativo (VITAL, 2017). Diante das incertezas que tangem a vida dos pacientes paliativos, a comunicação efetiva termina por ser um dos fatores que influenciam a boa aceitação do paciente mediante seu estado atual. Isso porque, eles devem ter a possibilidade de expressar seus sentimentos e suas particularidades e aos profissionais envolvidos deverão ofertar o respeito, acolhimento, e escuta qualificada não cabendo julgamentos quanto a crenças e costumes (MELO et al., 2013). Morrer na atual sociedade tornou-se um tabu e é vista com um olhar aflitivo e que provoca dor e insegurança para os homens, principalmente pela cultura ocidental, com a valorização do acúmulo de capitais e horas exaustivas de trabalho, adoecer e morrer lentamente trata-se de uma tortura incompreendida (SOUSA et al., 2009). Os óbitos, nas vivências dos fisioterapeutas são constantes e devem estes estar preparados para lidar com essas situações, nos cuidados paliativos isso não é diferente, cada paciente traz em si suas vivências e uma necessidade de alívio de 29 sintomas, logo, deverão estar presentes em um local onde sejam capazes de serem acolhidos e ouvidos num aspecto tangível (INCA, 2011). A morte, por sua vez, é uma consequência da vida ainda que não estejamos preparados. Isso ocorre mediante a finitude que permeia a existência humana e ao processo biológico por meio do qual todos os indivíduos passarão. As antigas civilizações visualizavam na morte, uma naturalidade e uma demonstração de poder, além de que era possível viver com suas riquezas e luxos na vida que viria após essa, contudo com o avanço da ciência e desenvolvimento, bemcomo o aparecimento de novas culturas, os indivíduos questionam-se cada dia mais sobre a morte e o que ocorre após ela (COMBINATO; QUEIROZ, 2006). Aos profissionais da saúde que se propõem assistir ao morrer, deve estar preparado para lidar com essas vivências e separá-las das suas particularidades (PAZIN, 2005). Ao compreender os anseios de um paciente em estado terminal, deve- se buscar subsídios para assisti-lo com qualidade e buscar compreender cada fase em que ele irá passar. Assim sendo é comum que os pacientes passem por uma ordem cronológica no processo da morte (SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006). Assim sendo, observa-se que os pacientes que integram os cuidados paliativos, estão voltados para a necessidade de promover o controle desenvolvimento de dores, para que os pacientes consigam utilizar da sua plena capacidade física e mental diante das suas limitações (KAPPUAN, 2013). Existe, contudo, uma necessidade de assumir que se chegou ao limite dos recursos cabíveis que possam resultar em cura, e proporcionar ao paciente um encaminhamento tranquilo e seguro para o fim da vida (GUTIERREZ, 2001). Então, a fisioterapia deverá exercer sua função de maneira mais humanizada, vendo o indivíduo como um ser que tem influência de diversos fatores como os psicológicos, espirituais, psicossociais e com o apoio da família, minimizando assim as ansiedades, sintomas depressivos, na melhoria do padrão e capacidade respiratório, mantê-lo ativo e incentivá-lo a apreciar a vida (MELO et al., 2013). Nos cuidados paliativos, contudo, salienta-se a necessidade trabalhar a prevenção de agravos e complicações imagináveis para cada caso clínico para que sejam evitados sofrimentos desnecessários (MARCUCCI, 2005). 4.3 A PROMOÇÃO DE BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA AO PACIENTE 30 A concepção sobre promoção da saúde interliga-se a autonomia de cada indivíduo e da coletividade para conseguir lidar com as variáveis que englobam a saúde. A promoção da saúde não se constitui apenas na inexistência de alguma comorbidade, mas se expande como uma tática transversal, com desenvolvimento mediado pelos diversos profissionais que englobam a área da saúde, sendo atuantes de forma complementar ao outro. Assim, não há como limitar a promoção apenas a prevenção, procedimentos de tratamento ou cura das doenças, suas ações enraízam- se no cuidado (AGUIAR et al., 2012). A promoção do bem-estar é ampla em sua designação, sendo englobado por linhas que apontam para a vivência em ambientes saudáveis, com o mínimo possível de vulnerabilidade e com valorização da obtenção do suporte social. O bem-estar está interligada com a qualidade de vida, tornando influenciado por meio das relações interpessoais, o cotidiano e o convívio. Sua construção envolve os aspectos objetivos, sendo formado por fatores básicos para não estar em uma condição que haja miséria, ou seja, uma situação de vida que tenha lazer, uma renda fixa, meios de transporte, saúde de qualidade, educação, entre outros fatores e os aspectos subjetivos, relacionados aos relacionamentos, ao estado psicossocial, a identidade social (BEZERRA et al., 2013). Para que aconteça a promoção do bem-estar e da qualidade de vida ao paciente, inúmeras ações podem ser realizadas pelos distintos profissionais presentes na saúde, sendo considerado para suas abordagens as características psíquicas, biológicas, culturais, sociais, ambientais. Entre a tomada dessas ações adentra a comunicação ativa entre profissional e paciente, resultando na redução de vulnerabilidades, ao acolhimento da pessoa com a saúde debilitada, auxiliando para que o enfermo tenha maior autonomia em seu processo de cuidado e consequentemente valorização sobre a vida do indivíduo, seus sentimentos e valores, compreensão sobre sua visão da realidade, redução do estresse por reconhecimento do processo a ser passado (BERTACHINI, 2012). O processo da comunicação possui íntima relação ao cuidado humanizado, não sendo apenas ocorrente por qualquer ação, mas pela promoção da saúde e da vida oferecida ao paciente em todo o processo, sendo formado pela concepção onde todos os envolvidos são vistos como humanos, não recaindo em uma situação de tratamento superficial. Além disso, envolve nesse processo de promoção as ações profissionais voltadas para que não haja a progressão da doença ou para que ocorra a minimização 31 de seus prejuízos no corpo humano, o apoio voltado ao paciente e seus familiares, a transmissão da educação em saúde, de forma que os cuidadores e o próprio paciente possuam maior compreensão e importância sobre as técnicas ensinadas, seja para movimentação de decúbito, higienização, pratica de exercícios respiratórios, entre outras (BERTACHINI, 2012). A área da fisioterapia aplicada aos cuidados paliativos foi criada relativamente a pouco tempo, tendo como propósito evitar intercorrências que prejudiquem a saúde, realização a manutenção, desenvolver e restabelecer a totalidade de desempenho dos diversos sistemas que constituem o corpo humano e atuar frente a prevenção de implicações negativas advindas do tratamento para o câncer. Conforme a progressão da comorbidade, torna ainda mais essencial a adoção dos cuidados paliativos, os fazendo quase uma exclusividade do estágio final da vida (FARIA, 2010). A Organização Mundial da Saúde (1982), através da sua unidade de câncer, desenvolveu políticas que visavam um aumento na qualidade de vida dos pacientes oncológicos através da divulgação de recomendações para o alívio da dor. Esses cuidados, inicialmente foram voltados exclusivamente para pacientes oncológicos, porém com o desenvolvimento de pesquisas foi possível visualizar e adicionar outras patologias terminais que também poderiam ser incluídas como cuidados paliativos (SEPULVEDA et al., 2002). O alcance a informação é outro ponto de grande valor para o processo humanizado. Com a familiarização e a compreensão sobre a situação de ter uma enfermidade crônica e ser um agente de ação e não apenas um telespectador do próprio tratamento, gera-se ao paciente maior esperança e confiança em sua progressão e sobre a previsão do que poderá acontecer. A ausência do acesso à informação induz o paciente a não pactuar com o tratamento podendo reduzir sua eficácia (TADDEO et al., 2012). Respeitar a independência de escolha do paciente oncológico é tão importante quanto qualquer outro aspecto. Assim, as relações de cuidados ao enfermo devem ser traçadas levando em consideração o convívio e o diálogo saudável e não tendo uma relação baseada em autoridade de uma pessoa sobre a outra. Essa boa relação se forma por intermédio de profissionais que substituem seu posicionamento perante a vida, as dores e os sofrimentos alheio. Na assistência humanizada, a atuação do profissional ao ouvir se interliga ao reconhecimento sobre as necessidades do paciente e auxilia no encontro de resoluções conforme as informações obtidas, 32 impulsionando o indivíduo a agir mediante a instrumentalização que são dadas a ele (RENNÓ; CAMPOS, 2014). Ao serem considerados e realizados pelo profissional os três aspectos pontuados, há estruturação de um ambiente onde se respeita as características individuais de cada pessoa, juntamente com o estímulo de um olhar ampliado para esse indivíduo para compreender não apenas a doença, mas outros inúmeros fatores como o espiritual, o social, o psicológico, e que ao serem zelados interver na enfermidade (FONTES; ALVIM, 2018). 4.4 A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS DO PROFISSIONAL DE FISIOTERAPIA AOS PACIENTES ONCOLÓGICOS Como citado anteriormente e reforça-se a importância sobre o atendimento prestado pelos serviços de fisioterapia abordando o cuidado paliativo, essa abordagem engloba fatores que se expandem não sendo apenas focalizado na adequação do funcionamento corporal. Devido a ser um profissionalque atua diretamente com o paciente oncológico, há uma visualização do indivíduo como um todo e compreensão de como apresenta o estado espiritual, psicossocial, psicológico do paciente, realizando o estímulo do mesmo, dialogando, ouvindo suas queixas ou sobre seu cotidiano, oferecendo momentos de atenção para todos os aspectos que envolve o paciente e atuando no apoio para familiares (MÜLLER; SCORTEGAGNA; MOUSSALLE, 2011). Exerce ações frente a diminuição das dores, dos sentimentos de estresse e depressão, realizando a manutenção e melhora de suas funções e do processo respiratório, tornando possível ao indivíduo exercer as suas atividades comuns do cotidiano e consequentemente estar ativo fisicamente e utilizando o máximo possível de suas capacidades mentais (MELO et al., 2013). Perante quaisquer circunstâncias que resultem em pacientes lesados, especialmente os oncológicos, o profissional fisioterapeuta se apresenta de grande importância. Atua trabalhando diretamente com o indivíduo, não apenas na reabilitação, mas na etapa paliativa onde há o disparo da dor, se tornando a queixa mais frequente. Suas atribuições perante esses indivíduos envolvem sua recuperação por intermédio de procedimentos corporais que atuam positivamente no organismo, estabelecendo mobilização passiva ou ativa, reestabelecendo a funcionalidade e movimentos das inúmeras partes afetadas do corpo. Por meio de técnicas e métodos 33 há a progressão benéfica dos sintomas manifestados e intervenções para que haja prevenção e traga qualidade para a vida do paciente com câncer (NASCIMENTO; NADAI, 2012). Na maioria dos pacientes oncológicos é identificado a exacerbação da tensão da musculatura devido a dor, nesses quadros há a administração de técnicas manuais, como: a liberação miofascial/pompage, dessensibilização, a massoterapia, bloqueio de trigger points para que haja o efeito de relaxamento das musculaturas afetadas, minimização da sobrecarga, soltura de pontos de fibrose, melhora de processos cicatriciais, controle sobre a postura, diminuição de obstruções nas articulações, redução da ansiedade e estresse. Como efeitos finais desses tratamentos há a melhora do sono e da qualidade de vida do paciente. Outra medida que pode ser tomada para melhora das tensões musculares resultante da dor, que possui custo reduzido, boa efetividade e facilidade de aplicação é o alongamento, o qual, deve ser efetuado mediante prescrição de um fisioterapeuta sempre que for possível (GÓES et al., 2016). Além disso, a aplicação de diferentes métodos pelo profissional fisioterapeuta focalizando no controle, redução ou prevenção dos sintomas referentes a respiração são essenciais para que o paciente tenha conforto para executar o processo de inspiração e expiração e ocorra a minimização de complicações (acúmulo de secreções, dispneia, atelectasia, entre outros) ao efetuar o processo respiratório (PAIÃO et al., 2012). Dessa forma, o papel do fisioterapeuta é a busca de um contínuo bem-estar e qualidade de vida dos seus pacientes, necessitando de um preparo profissional constante, assim como utilizar dos recursos fisioterapêuticos de forma eficaz em pacientes que não possuem uma cura terapêutica, englobando assim além do paciente, mas como sua família, de forma que a fisioterapia paliativa atua afim de reduzir os sintomas e promover a independência funcional do paciente oncológico. Por vezes, observa-se que os pacientes tendem a morrer sozinhos em seus quartos, sem ninguém por perto e costumam refletir sobre vida, alguns com pesar e frustação e outros com alívio pois poderão abandonar o sofrimento de uma vez (POLES; BOUSSO, 2004). Logo é imprescindível compreender o momento pelo qual o outro está passando. A família, exerce função primordial nesse contexto e deverá estar presente para fortalecer a vontade de aproveitar a vida independente do tempo restante, aos 34 profissionais, é preciso que compreendam o processo do luto, trata-se de uma situação que envolvem fatores físicos e psicológicos e que permeiam muitas fases durante sua vivência. O luto, de acordo com Duncan e Baumle, (2012) possui três fases principais, sendo elas a fase de choque, que estão relacionadas aos fatores emocionais de cada indivíduo, onde o sujeito enxerga os dias passando lentamente, podendo até pensar estar fora da realidade. A fase de realidade, consiste quando a pessoa passa assimilar melhor os fatos e adaptar-se a falta que outro faz ao seu redor. Já a fase de recuperação, consiste na integração da realidade do indivíduo, onde dele passará a tentar voltar a viver e realizar suas atividades diárias. Todos os profissionais da saúde, são formados com o intuito de salvar vidas. Contudo, observa-se que a morte é pouco abordada nas grades curriculares dos cursos, havendo então, uma certa dificuldade por parte deles em lidar com a perda e com pacientes terminais, isso porque sente-se incapazes e culpados por não ter conseguido alcançar a cura (OLIVEIRA; AMORIM, 2008). Uma das formas que podem ser utilizadas para compreender e acostumar-se com a morte é utilizando um raciocínio lógico. Saber que a morte é um processo inevitável, universal e irreparável, aceitar a finitude da vida e compreender que é impossível modificar o destino da humanidade, contribui para que a morte seja aceita como uma parte da vida, assim sendo, tudo que vive, um dia morrerá (BRÊTAS; OLIVEIRA; YAMAGUTI, 2006). Os profissionais fisioterapeutas vivenciam o processo do morrer de maneira. Uma das maneiras possíveis é por meio do aprofundamento nas questões religiosas, haja vista que estas podem proporcionar uma sensação de coragem, bem-estar e uma força interior para enfrentar adversidade, contudo, não deve ser utilizada como uma alternativa para escapar da realidade, mas sim para aceitar e superar as angustias trazidas (BOUSSO; SERAFIM; MISKO, 2010). 35 5. CONCLUSÃO De acordo com o exposto, o objetivo primordial da fisioterapia paliativa está fundamentado em: intervenções que findem no conforto e em uma melhor qualidade de vida aos pacientes que não possuam quadro de probabilidades de cura, em atuações que minimizem a sintomatologia, gerando independência de suas funcionalidades, diminuindo a estadia hospitalar e elevando o tempo que o paciente pode estar com seus entes queridos, para que tenha aceitação sobre sua condição mais rapidamente. O alcance dessas metas está intimamente ligado a comunicação entre paciente, familiares e profissionais que entejam atendendo o mesmo indivíduo. A atuação fisioterápica abrange ações que resultem na recuperação do paciente por intermédio de inúmeras técnicas efetuadas para que haja intervenções benéficas sobre o organismo, tornando possível a mobilização, recuperação da gesticulação e o funcionamento das inúmeras partes que constituem o corpo. Assim sendo, a fisioterapia atuante em setores de oncológicos e de cuidados paliativos, podem ser extremamente benéficos para o conforto, tranquilidade e diminuição das dores dos pacientes. Sua relevância é indispensável haja vista sua atuação em paralelo ao uso de medicações fortíssimas. Apesar da morte ser considerada um tabu social, os profissionais fisioterapeutas precisam estar preparados para a vivência do óbito e do luto, para que o paciente seja o beneficiário final. Salienta-se a impor ântica das instituições de formação acadêmica inclua o processo de morte e morrer nas grades curriculares desses profissionais para que haja um preparo por parte deles na atuação mediante a evolução para óbito, independente do setor em que esteja atuando. Levando em consideração os fatos observados referentes a complexibilidade do câncer e sua progressão que tende a resultar na fase terminal, o cuidado paliativo se torna essencial a ser exercido pelos profissionais em contato com o paciente oncológico.Esse cuido é pautado pela visão voltada ao enfermo e não a sua doença, resultando na valorização da vida e atuando na minimização da dor e outros prejuízos que podem comprometer o estado físico, levando em consideração todos os aspectos que moldam uma pessoa (espiritualidade, saúde mental, condição física, relação social, entre outros), sendo atuante para que o indivíduo possua bem-estar e qualidade de vida, além de proporcionar apoio aos familiares durante o processo paliativo e a fase de luto. 36 A promoção do bem-estar está intimamente ligada a qualidade de vida, a qual é possível ser alcançada por meio do cuidado, da compreensão do paciente como um todo, levando em consideração a totalidade de aspectos que formam o indivíduo para que a assistência a saúde oferecida seja de qualidade. Desta forma não há apenas ações limitadas ao tratamento, focalizados na cura da doença ou em estratégias de prevenção. A promoção permeia-se as medidas de cuidado. A fisioterapia é uma das áreas da saúde que possuem abordagem em inúmeras vertentes, atendendo desde crianças a idosos. O fisioterapeuta apresenta constância em sua presença no cotidiano do paciente hospitalizado, desde sua reabilitação até o estágio final de sua vida, como é o caso da fase terminal do câncer, sendo essa situação envolta por sofrimento e dor. A atuação desse profissional, juntamente com a adesão do paciente a prescrição fisioterápica permite que haja a diminuição das dores, dos desconfortos, da ansiedade, auxílio para que não haja complicações. O atendimento desse profissional na área oncológica foi estabelecido a pouco tempo, objetivando intervir nos danos à saúde, restabelecer e desenvolver o desempenho total das funções do corpo, realizar a manutenção e prevenir as intercorrências negativas advindas do câncer. Perante o paciente oncológico, as medidas fisioterapêuticas se apresentam de grande importância, principalmente frente aos cuidados paliativos. Nesse contexto as ações são realizadas visando a recuperação do estado de saúde do paciente, por intermédio de inúmeras técnicas, sendo elas empregadas para a melhora da dor, da mobilidade para que haja independência dos movimentos exercidos, evitando prejuízos respiratórios, desenvolvimentos de lesões por meio do longo tempo acamado, no oferecimento 37 REFERÊNCIAS AGUIAR, A. S. C. et al. Percepção do Enfermeiro sobre Promoção da Saúde na Unidade de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v.46, n.2, p. 428-35. 2012. ALVES, Bruna Araujo Sanches. 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