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PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

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PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PROFª EDICLEIA MARTINS RAMPANI
Temperatura e armazenamento:
TA: Temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC
Geladeira: entre 2 e 8ºC
Vias:
IM: Intramuscular
EV: Endovenosa/ IV: Intravenosa
SC: Subcutânea
ID: Intradermica
Soluções:
AD: Água Destilada
SF: Solução Fisiológica de Cloreto de Sódio 0,9%
SG: Solução Glicosada 5%
RL: Ringer Lactato
R: Ringe
Velocidade de infusão para via endovenosa:
EV Bolus: Administração Rápida – em até 1 minuto
EV Rápido: Infusão Rápida – entre 1 a 30 minutos
EV Lento: Infusão Lenta – entre 30 a 60 minutos
EV Contínuo: Infusão Lenta e Contínua – acima de 60 minutos e contínua
EV Intermitente: Infusão Lenta – acima de 60 minutos, mas não contínua
PREPARO E ADM. DE MEDICAMENTOS
Fórmulas para conversão:
mg em g: dividir por 1000
mL em L: dividir por 1000
g em kg: dividir por 1000
g em mg: multiplicar por 1000
L em mL: multiplicar por 1000
Kg em g: multiplicar por 1000
Fórmula para cálculo de gotas:
nº de gotas/minutos = V/T x 3
V = Volume em mL
T = Tempo em horas
3 = Constante
Fórmula para cálculo de microgotas:
nº de microgotas = nº de gotas x 3R: Ringe
Equivalência e conversões:
1 gota = 3 microgotas
1 mL = 20 gotas = 60 microgotas
1 microgota/minuto = 1 mL/h
1 mg = 1000 mcg
1000 mL = 1 litro (L)
1000 mg = 1 grama (g)
100 mg = 0,1 g
1000 g = 1 quilograma (kg)
mL/h = mcg/min
mL = cc (centímetro cúbico) – sinônimo
 FÓRMULAS E CONVERSÕES
Observar as principais abreviaturas:
• gt = gota
• gts = gotas
• mcgt = microgota
• g = grama
• mg = miligrama
• cp ou comp = comprimido
• amp = ampola
• ml = mililitro
• cc3 = centímetro cúbico = ml
• U = unidade
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral
Definição:
É a administração de medicamento pela boca
Contra-indicações:
Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.
Em casos de vômito.
Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via sublingual
Definição:
Consiste em administrar o medicamento embaixo da língua e deixar que seja absorvido pela mucosa oral.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via gástrica/ enteral
Definição:
Introdução do medicamento por meio da sonda nasogástrica (SNG)/ Sonda nasoenteral(SNE);
Utilizada para pacientes inconscientes ou com dificuldade em deglutir;
Os medicamentos são diluídos e introduzidos na sonda com o auxílio da seringa;
As cápsulas também são abertas e o pó dissolvido em agua e introduzidos na sonda com o auxílio da seringa;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via nasal
Definição:
Consiste em levar a mucosa nasal um medicamento líquido, objetivando aliviar a congestão nasal (vasodilatação);
Aumentar a ejeção do leite do puerpério quando utilizado o medicamento ocitocina; 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via ocular
Definição:
Aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via auricular
Definição:
Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via retal
Definição:
Introdução de medicamento no reto por meio de supositório ou clister medicamentoso;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Vaginal
Definição: 
Introdução do medicamento no canal vaginal;
Indicações:
Drenar secreções vaginais anormais (lavagem vaginal)
Reduzir infecção vaginal;
Preparo pré operatório;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via tópica ou cutânea
Definição:
Aplicação de medicamento na epiderme por meio de pomadas;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Parenteral
Definição: 
Consiste na administração do medicamento pelas vias EV, IM, SC, ID, utilizando seringas, agulhas, cateteres e medicamentos esterilizados.
Indicação:
Quando se requer ação rápida do medicamento;
Na administração de medicamentos para pacientes inconscientes, com distúrbios gastrintestinais ou com dificuldade em deglutir;
Na administração de medicamentos que se tornam ineficientes quando em contato com os suco gástrico;
Características:
As drogas são administradas em forma líquida, em veículo aquoso ou oleoso, cristalino ou em suspensão;
São drogas estéreis e o material utilizado para preparação e administração também é estéril;
A infusão deve ser lenta, para evitar lesões nos capilares que podem levar a microembolias;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Intradermica (ID)
Definição:
É a aplicação de drogas na derme;
Geralmente utilizada para realizar testes de hipersensibilidade,
 imunização vacina BCG;
Locais de aplicação:
Face interna do antebraço;
Inserção inferior do deltóide D (BCG)
Obs.: Normalmente é administrada sem assepsia
 local a fim de não interferir na reação da droga;
A substância injetada deve formar uma pequena 
pápula na pele “casca de laranja”
Não friccionar o local.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Subcutânea (SC)
Definição:
A via subcutânea, também chamada hipodérmica, é indicada principalmente para drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas;
Certas vacinas como sarampo, drogas como a insulina e a heparina e outros hormônios, têm indicação específica por esta via.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Subcutânea 
Locais de Aplicação:
Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações, nervos e grandes vasos sanguíneos (ver figura ao lado):
Parte posterior do braço;
Face lateral externa e anterior da coxa;
Região abdominal (exceto região periumbilical);
Glúteo.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Intramuscular (IM)
Definição:
É a deposição de medicamento dentro do tecido muscular;
Depois da via endovenosa é a de mais rápida absorção; 
Também é de mais fácil acesso, daí o seu largo emprego;
Locais de aplicação:
1. Região deltoidiana (4 dedos abaixo do ombro).
2. Região ventrolútea (VG) ou de Hochstetter – músculo glúteo médio.
3. Região da face ântero-lateral da coxa (FALC) – músculo vasto lateral.
4. Região dorsoglútea (DG) – músculo grande glúteo (quadrante superior externo).
Observações:
Em nosso meio, a região FALC é usada também para recém-nascidos;
Na escolha do local, devem ser consideradas as condições musculares;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Intramuscular (IM)
Escolha da agulha:
Para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em consideração: 
O grupo etário, a condição física do cliente e a solubilidade da droga a ser injetada;
Angulação da agulha:
Nas regiões D e DG, a posição é perpendicular à pele, num ângulo de 90º;
Na região VG, recomenda-se que a agulha seja dirigida ligeiramente à crista ilíaca;
Observações:
Em caso de substância oleosa, pode-se aquecer um pouco a ampola para deixá-la menos densa;
Caso venha sangue na seringa, retirar e aplicar o medicamento em outro local;
Estabelecer rodízio nos locais da aplicação de injeções;
O uso do músculo deltóide é contraindicado em pacientes com complicações vasculares do membro superior, pacientes com parestesia ou paralisia do braço, e mulheres que sofreram mastectomia.
A aplicação em “Z” consiste em puxar a pele e o tecido subcutâneo para um lado. Esta técnica é pouco usada e os benefícios pouco eficazes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO - IM
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Intravenosa (IV)/ Endovenosa (EV)
Definição: É a introdução de medicamento diretamente na veia.
Finalidades:
Obter efeito imediato do medicamento;
Administração de drogas, contraindicadas pela via oral, SC, IM, ou por sofrerem a ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para os tecidos;
 Administração de grandes volumes de soluções em casos de desidratação, choque, hemorragias, cirurgias;
Efetuar nutrição parenteral;
Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Intravenosa (IV)/ Endovenosa (EV)
Locais de Aplicação:
Veias superficiais:
Veias superficiais de grande calibre da dobra do cotovelo: cefálica, basílica e mediana;
Veias do dorso da mão e antebraço;
Veias profundas: por meio de cateteres introduzidos por punção ou
flebotomia (feita pelos médicos);
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO EV
Observações:
Não administrar drogas que contenham precipitados ou flóculos em suspensão (deve ser cristalina);
Para administrar dois medicamentos ao mesmo tempo, puncionar a veia uma vez, usando uma seringa para cada droga. Só misturar drogas na mesma seringa senão existir contraindicação;
Fazer rodízio dos locais de punção;
A presença de hematoma ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está fora dela: retirar a agulha e pressionar o local com algodão;
A nova punção deverá ser feita em outro local, porque a recolocação do garrote aumenta o Hematoma;
Para facilitar o aparecimento da veia pode-se empregar os seguintes meios:
Aquecer o local com auxílio de compressas ou bolsas de água quente;
Fazer massagem local com suavidade, sem bater;
Pedir ao paciente que, com o braço voltado para baixo, movimente a mão (abrir e fechar) e o braço (fletir e estender) diversas vezes;
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Acidentes que podem ocorrer:
Choque: vasodilatação geral com congestão da face, seguida de palidez, vertigem, agitação, ansiedade, tremores, hiperemia, cianose, podendo levar à morte.
Ex: de choques que podem ocorrer:
Pirogênico: atribuído à presença de “pirogênio” no medicamento (substância produzida por bactérias existentes no diluente);
Anafilático: devido à susceptibilidade do indivíduo à solução empregada;
Embolia: devido à injeção de ar, coágulo sanguíneo ou medicamento;
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Acidentes locais:
Esclerose: endurecimento da veia por injeções repetidas no mesmo local;
Necrose tecidual: devido a administração de substâncias irritantes fora da veia;
Hematoma: por rompimento da veia e extravasamento de sangue nos tecidos próximos.
Inflamação local e abscessos: por substâncias irritantes injetadas fora da veia ou falta de assepsia;
Flebite: injeções repetidas na mesma veia ou aplicação de substâncias irritantes, tornando a área dolorosa e hiperemiada;
Infiltração: extravasamento do medicamento para fora da veia.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Segurança do Paciente (SP) é definida pelo Ministério da Saúde (MS) como a “redução a um mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado em saúde”. Este dano diz respeito ao comprometimento de estruturas ou funções do organismo humano, seja físico, social ou psicológico.
CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Conhecer as drogas e seus cuidados específicos:
• Melhor horário.
• Diluição e o prazo de validade após diluição.
• Ingestão com água ou leite.
• Antes, durante ou após as refeições.
• Os entorpecentes devem ser guardados em local com chave.
Os medicamentos devem ser estocados na farmácia e na unidade. Deve-se
manter os de uso individual.
• Lavar as mãos
Não tocar com a mão comprimidos, cápsulas e drágeas.
• Desprezar o medicamento quanto verificar mudança no odor, consistência,
turvação ou depósitos anormais. 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
REFERÊNCIAS
CRF-SP. Orientação sobre administração de medicamentos injetáveis em farmácias. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/orienta%C3%A7%C3%A3o-farmac%C3%AAutica/641-fiscalizacao-parceira/farm%C3%A1cia/9647-fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-parceira2.html. Acesso em: 10 fev. 2020.
ENFERMAGEM ILUSTADA. Seringas: Tipos e Indicações. Disponível em: https://enfermagemilustrada.com/seringas-tipos-e-indicacoes-2/. Acesso em: 10 fev. 2020.
FIBRA CIRURGICA. Seringas e Agulhas Descartáveis. Disponível em: https://www.fibracirurgica.com.br/material-de-consumo/seringa-descartavel#1. Acesso em: 9 fev. 2020.
PRIME CIRURGICA. Material Medico. Disponível em: https://www.primecirurgica.com.br/material-medico-s466/. Acesso em: 10 fev. 2020.
PROGENERICA. Syringes. Disponível em: http://www.progenerica.com/products/syringes/. Acesso em: 10 fev. 2020.
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS, Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde; Fascículo III/ Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: CRF SP, 2010. 56 p.; Disponível em: <http://www.crfsp.org.br/documentos/materiaistecnicos/fasciculo_3.pdf>

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