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Vias de Administração de Medicamentos Via de Administração de Medicamentos É o caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo, ou seja, sua porta de entrada. Os medicamentos estão disponíveis em diferentes formas ou preparações, o que determina sua via de administração. Existem alguns fatores que determinam a escolha da via a se administrar um medicamento, são eles: TIPO DE AÇÃO DESEJADA RAPIDEZ DE AÇÃO DESEJADA NATUREZA DO MEDICAMENTO Vias de Administração As principais vias de administração de fármacos são: Epidérmica, otológica, nasal e oftalmológica. Oral, sublingual e retal. Endovenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmica. TÓPICA ENTERAIS PARENTERAIS DIRETAS PARENTERAIS INDIRETAS Transdérmica, inalatória e trasmucosa. Via Tópica Nesta via, o medicamento é aplicado diretamente onde deseja-se a ação; Efeito local. MÉTODOS: Epidérmica Oftalmológica Otológica Via Epidérmica Aplicação de medicamentos diretamente na pele, sob forma de pomadas, cremes, loções, entre outros. FORMA DE APLICAR: Lavar as mãos e a zona a tratar; Depositar uma quantidade suficiente do produto sobre a zona a tratar; Espalhar de forma suave e uniforme; Quando ficarem excessos, devem ser retirados com uma gaze; Registrar no prontuário. 1 2 3 4 5 Via Oftalmológica Aplicação de medicamentos diretamente na região ocular. FORMA DE APLICAR: Antes de realizar a aplicação do medicamento, é necessário limpar os olhos, para remover secreções ou crostas; Com o paciente posicionado em decúbito dorsal ou sentado, o profissional deve expor a conjuntiva da pálpebra inferior e solicitar que dirija o olhar para cima; Administra a medicação com o conta gotas; Orientar ao paciente que feche as pálpebras e mexa os olhos, o que espalha uniformemente a medicação; Registrar no prontuário. 1 2 3 4 5 Via Otológica Aplicação de medicamentos diretamente no ouvido. FORMA DE APLICAR: Posicionar o paciente em decúbito lateral; Distender o meato acústico externo da orelha do paciente, para facilitar que a medicação alcance os tímpanos; Administra a medicação com o conta gotas; Orientar ao paciente que permaneça por um tempo na mesma posição; Registrar no prontuário. 1 2 3 4 5 Efeito de Primeira Passagem É a metabolização que acontece antes que o fármaco chegue na circulação sistêmica. O fármaco entra na circulação porta e chega no fígado. Essa passagem do fármaco pelo fígado, pode afetar a biodisponibilidade. Ocorre uma perda parcial do fármaco. Via oral Consiste na administração de medicamentos pela boca; Os medicamentos administrados por via oral são absorvidos pelo trato gastrointestinal (TGI); É o método mais comum de prescrição e administração de medicamentos. Via Enteral Via oral VANTAGENS • Facilidade de administração; • Executada por leigos; • Econômico; • Segurança; • Não requer técnica estéril na sua preparação; • Alta adesão ao tratamento. DESVANTAGENS • Perda em vômitos; • Diarreias; • Alguns fármacos podem ser atingidos pelo pH gástrico; • Necessita de colaboração do paciente; • Irritação gástrica. • Parte dos fármacos são metabolizados. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES • Não é indicada em pacientes apresentando náuseas, vômitos, dificuldade de deglutição, ou estejam em jejum para cirurgia. • Pacientes em uso de Sonda Nasogástrica (SNG) ou Sonda Nasoenteral (SNE) as medicações VO devem ser administradas através das mesmas. Este medicamento deverá ser diluído em água e antes e após a administração deve- se realizar a lavagem das sondas. • Após a administração do medicamento por VO verificar se o paciente deglutiu realmente a medicação. Via oral Via Sublingual Consiste na administração de medicamentos abaixo da língua. Nesse procedimento, solicita-se que o paciente abra a boca e repouse a língua no palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua e deve permanecer até a sua absorção total. As medicações administradas por esta via promovem uma rápida absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente. Muito utilizada para aplicar medicações em algumas urgências, como, por exemplo: medicações para precordialgia e para hipertensão. Via Sublingual VANTAGENS • Possui absorção mais rápida; • Não há metabolismo de primeira passagem; • Não passa pelo suco gástrico; • Não sofre influência de outros medicamentos (aumento, redução ou retardo); • Segue para a circulação sistêmica. DESVANTAGENS • Absorção de pequenas quantidades, devido ao calibre dos vasos; • Exige colaboração do paciente; • Sabor desagradável. Via Retal Consiste na administração de medicamentos pelo ânus. Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem também ser administrados por via retal, em forma de supositório. São muito utilizados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por VO: náuseas, vômitos, impossibilidade de engolir e paciente desacordado ou inconsciente; Possui absorção rápida; Vias Parenterais Envolve injetar um medicamento nos tecidos corporais via que não utiliza o trato gastrointestinal. VANTAGENS • Efeito rápido; • Utilizada em emergências; • Evitam o metabolismo de primeira passagem (permitindo a absorção diretamente na circulação sistêmica). DESVANTAGENS • Dor; • Alto custo. Na via parenteral utiliza-se agulhas e seringas esterilizadas, seguindo técnicas padronizadas. A VIA PARENTERAL É DIVIDIDA EM: DIRETA INDIRETA Injeta medicamentos nos tecidos corporais; Vão para a corrente sanguínea por efeito secundário; VIA INTRADÉRMICA (ID) VIA SUBCUTÂNEA (SC) VIA INTRAMUSCULAR (IM) VIA ENDOVENOSA (EV) OU INTRAVENOSA (IV) VIA TRANSDÉRMICA VIA INALATÓRIA VIA TRANSMUCOSA Vias Parenterais Via Intradérmica Nesta via, os medicamentos são administrados na derme. Via restrita a pequenos volumes, não deve ultrapassar 0,5 ml; Usada para reações de hipersensibilidade: • Provas de ppd (tuberculose); • Testes alérgicos; E Aplicação da vacina BCG. Local de aplicação: • face interna do antebraço (mais utilizado); • Inserção inferior do músculo deltóide (para aplicação de BCG). Administrar medicamento com bísel para cima, e observar a formação da pápula; Não massagear o local. Via Intradérmica Via Subcutânea Nesta via, os medicamentos são administrados no tecido adiposo, onde a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura. Usada para administração de: • Algumas vacinas (febre amarela, tríplice e tetra viral e varicela); • Anticoagulantes (heparina) Ex: Clexane; • Hipoglicemiantes (insulina). Suporta de 0,5 a 1,5 ml; O local de aplicação deve ser revezado ou pelo menos 2,5 cm de distância do local anterior, quando utilizado por período indeterminado, para evitar iatrogenias. Via Subcutânea VANTAGENS • Absorção ocorre de forma contínua e segura; • Não há degradação gástrica; • Não tem efeito de primeira passagem. DESVANTAGENS • Dor causada pela administração; • Requer profissional habilitado; • Administração de volumes pequenos; • Absorção e efeito lento; • Risco de lesão ou edema no local da aplicação. LOCAIS DE APLICAÇÃO IMPORTÂNCIA DA PREGA CUTÂNEA COM A PREGA / SEM A PREGA Via Intramuscular Nesta via, os medicamentos são administrados diretamente no músculo, via muito utilizada devido a rápida absorção. • TÉCNICA: • Bisel lateralizado (pelo sentido de orientação das fibras musculares); • Ângulo de 90º. VOLUMES: • Vasto lateral da coxa: máximo de 4 ml; • Glúteo (ventro glútea e dorso glútea): máximo 5 ml; • Deltóide ( exceto em vacinas): máximo 2 ml. VANTAGENS • Absorção e efeito rápidos; • Substâncias aquosas e oleosas podem ser administradas. DESVANTAGENS • Dor causada pela administração; • Requer profissional habilitado; • Risco de atingir uma veia ou o nervo ciático acidentalmente. Via IntramuscularDeltóide LOCAIS DE APLICAÇÃO - INTRAMUSCULAR Recomendada para realização de vacinas; Suporta o volume de 1 até 2 ml. Medir 4 dedos abaixo do acrômio, e segurar o músculo durante a introdução da agulha. Vasto Lateral da Coxa Mais utilizada para auto medicações e realização de vacinas em bebês; Volume recomendado até 4 ml. Na região ântero-lateral da coxa, no terço médio. LOCAIS DE APLICAÇÃO - INTRAMUSCULAR Região mais conhecida para administração de medicamento intramuscular; Risco de lesão do nervo ciático, por isso é contraindicada em crianças; Dorsoglútea Técnica: dividir o glúteo em quatro quadrantes, realizar a medicação no local correto: QUADRANTE SUPERIOR EXTERNO. Volume recomendado até 5 ml; LOCAIS DE APLICAÇÃO - INTRAMUSCULAR Técnica para administração - IM Lave as mãos e calçar as luvas; Preparar o medicamento; Explicar o procedimento ao paciente e expor a área da aplicação; Com os dedos polegar e indicador, segurar o corpo da seringa; Com a mão não dominante, fazer a assepsia do local e segurar o músculo firmemente; 1 2 3 4 5 Introduzir a agulha com o bisel lateralizado, num ângulo de 90º, aspirar para verificar se atingiu algum vaso sanguíneo e introduzir o medicamento; Retirar a agulha e comprimir o local com algodão e registrar. 6 7 Administração de Medicamentos Via Intramuscular Técnica em Z Minimiza a irritação da pele no local da injeção; Deve-se puxar o tecido subjacente aproximadamente 2,5 a 3,5 cm lateralmente ou para baixo, segurar a pele nesta posição até administrar toda a medicação. A agulha deve permanecer inserida por 10 segundos. Em seguida retira a seringa com agulha e libera a pele. Essa técnica “veda” o medicamento no músculo; Administração de Medicamentos Via Intramuscular Técnica em Z Administração de Medicamentos Via Intramuscular Técnica em Z Via Endovenosa É a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de uma veia, com uso de dispositivo intravenoso; A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua de grande volume; Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a reposta do cliente também é imediata. A biodisponibilidade instantânea transforma a via EV na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. Indicam-se diluições em seringas de 10 e 20 ml, ou seja, com 10 ou 20 ml de água destilada. Para medicamentos com altas concentrações, indicam-se diluições em Soro Fisiológico 0.9% ou Soro Glicosado 5%. VANTAGENS • Não absorção; • Administração de grandes volumes; • Exatidão e rapidez da dose desejada na circulação; • Via para urgências e emergências; • Não passa pelo efeito de primeira passagem. DESVANTAGENS • Incomodo; • Dificuldade de execução; • Custo operacional; • Riscos: infecções, flebite; • Não há possibilidades de remoção; • Só substâncias aquosas. Via Endovenosa LOCAIS DE APLICAÇÃO DORSO DA MÃO BRAÇO E ANTEBRAÇO Técnica para administração - EV Lave as mãos e calçar as luvas; Preparar o medicamento; Explicar o procedimento ao paciente e expor a área da aplicação; Respeitar a preferência do paciente, sempre que possível; Garrotear o braço, realizar a antissepsia do local com algodão e álcool a 70%; 1 2 3 4 5 Esticar a pele durante a introdução da cateter, com o bisel voltado pra cima, observar o retorno do sangue, soltar o garrote e injetar o medicamento lentamente; Retirar o cateter, comprimir o local e registrar. 6 7 Complicações da Administração EV COMPLICAÇÕES LOCAIS Ocorrem com frequência, mas são menos graves. HEMATOMA EXTRAVASAMENTO DE SANGUE FLEBITE INFLAMAÇÃO DA VEIA Complicações da Administração EV INFILTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS OU SOLUÇÕES NÃO VESICANTES NOS TECIDOS PRÓXIMOS A INSERÇÃO DO CATETER EXTRAVASAMENTO INFILTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS OU SOLUÇÕES VESICANTES Complicações da Administração EV SEPTICEMIA EMBOLIA PULMONAR E GASOSA Choque séptico, infecção generalizada causada pela presença de microorganismos causadores de doenças na corrente sanguínea. É a obstrução de uma artéria do pulmão (artéria pulmonar) pelo acúmulo de material sólido trazido através da corrente sanguínea, geralmente um coágulo de sangue (trombo). Via Transdérmica Conhecida como via cutânea; Aplicados na pele através de um adesivo, para um efeito sistêmico; O medicamento é administrado lentamente de forma constante, durante horas, dias ou até mais tempo; Como resultado, os níveis do medicamento no sangue, podem ser mantidos relativamente constantes. VANTAGENS • Ausência de risco de infecção; • Administração simples, conveniente e indolor; • Possibilidade de autoaplicação; • Liberação lenta no local de ação; DESVANTAGENS • Pode provocar irritação no local. Via Transdérmica Via Inalatória O medicamento é aspirado e vai até os pulmões; No interior dos pulmões, as partículas administradas são absorvidas e entram na corrente sanguínea; Útil para fármacos gasosos; Exemplos: anestésicos e broncodilatadores. Via Transmucosa O medicamento é administrado na mucosa; A absorção do medicamento ocorre devido a alta vascularização das mucosas; Conjuntival, geniturinária, entre outras. Administração direta no órgão alvo. Vias Parenterais Especiais Existem outras vias parenterais. Geralmente a enfermagem não é responsável pela realização delas, porém o profissional é responsável pelo seu monitoramento. INTRATECAL INTRAÓSSEA INTRAPERITONEAL INTRAPLEURAL INTRA-ARTERIAL Injeção de medicamentos através das meninges; Infusão direta na medula óssea; Medicamentos infundidos na cavidade peritoneal; Tubo torácico no espaço pleural; Medicamentos direto nas artérias.
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