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Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 1 Medicamentos: Substância que introduzida no organismo humano, vai preencher a finalidade de prevenção, diagnóstico e terapêutica (SOUZA, 1998). (Ex:Tylenol) Remédio: É qualquer coisa, inclusive medicamentos que tratam o doente. (Ex: massagens, passeios) Drogas: qualquer substância que administrada ao organismo vivo, pode produzir alterações somáticas ou funcionais (Ex: álcool, nicotina, chá de maracujá). Fármaco: é a droga que é farmacologicamente ativa, capaz de produzir efeito terapêutico benéfico (princípio ativo). (Ex: paracetamol) FORMAS FARMACÊUTICAS Maneiras distintas de apresentar o mesmo medicamento. Atender diferentes necessidades fisiológicas, terapêuticas ou farmacotécnicas: 1. Absorção em regiões diferentes do TGI. (Trato gastrointestinal) 2. Duração do efeito terapêutico. 3. Praticidade. 4. Mascarar odor e sabor. o Sólidas; o Líquidas; o Semi-sólidas. Soluções: Um ou mais fármacos dissolvidos em água. Xaropes: Preparações líquidas aquosas viscosas com quantidades consideráveis de açúcar. Elixires: Fármacos dissolvidos em álcool e água. Suspensões: ▪Dispersões de partículas sólidas do fármaco em um líquido aquoso no qual ele é insolúvel. SEMIOLOGIA semiologia Administração de Medicamentos I Conceitos Básicos mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 2 Pós e Granulados: Mistura de fármacos com adjuvantes em forma seca, finamente divididos. Comprimidos: Formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão da mistura de pós, contendo fármaco e adjuvante. Disponível – a forma como é apresenta (100mg) / Prescrito – O que é preciso fazer ( individual para cada paciente) Drágeas: Formas farmacêuticas sólidas recobertas por uma camada gastrorresistente e diversas camadas de açúcar, ceras e outros adjuvantes. Cápsulas: Constituídas por invólucro de gelatina dura ou mole, de forma e capacidade variáveis. Óvulos: Formas sólidas, que como os supositórios, se fundem ou liquefazem à temperatura do corpo. São colocados no interior da vagina. Pomadas e pastas: Constituídas de base monofásica na qual podem estar dispersos fármacos sólidos ou líquidos. Uso externo para ação tópica e para fins de proteção ou lubrificação. Géis: Constituídos de líquidos estruturados a partir de agentes gelificantes. Usados para que os ingredientes ativos permaneçam em contato com a superfície da pele sem que ocorra absorção. Cremes: Preparações semi-sólidas que contém um ou mais agentes medicinais dissolvidos ou dispersos em emulsões. Melhor aceitação pela pele que as pomadas. Desaparece com a fricção. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 3 PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS Lista o nome da droga e as orientações para sua administração. É responsabilidade de médicos e dentistas. Respaldo legal em portarias de cada município – enfermagem. A prescrição deve ser clara, legível, objetiva e estar assinada. COMPONENTES DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS * Se algum desses componentes estiver ausente, deve-se reter a droga até que seja obtida a informação desejada. VIA DE ADMINISTRAÇÃO Nome do Paciente Data e hora da prescrição Nome do medicamento Dose a ser administrada Via de administração Frequência da Administração Assinatura da pessoa que Prescreveu Oral • Deglutição. • Instilação por sonda. Tópica • Aplicação na pele ou mucosa. Inalatória • Aerosol. Parenteral • Injeção. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 4 RESPONSABILIDADES E DEVERES DA ENFERMAGEM Art. 13 – Avaliar criteriosamente sua competência técnica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem. Assegurar ao cliente uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de: o Imperícia: não prescrever uma medicação, pois é função de outro profissional. o Negligência: recusar administrar um medicamento. o Imprudência: administrar uma droga sem checar o nome do paciente, causando erro de medicação. DIREITOS DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM Art. 37 – Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de urgência e emergência. Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recursar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. PROIBIÇÕES Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos. Art. 31 – Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. Art. 32 – Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança da pessoa. REGISTRO DOCUMENTAL Transcrição manual Formulários para check Sistemas de informação PREPARO DE MEDICAMENTOS Função e responsabilidade da equipe de enfermagem. Preparo do ambiente: local limpo, arejado, organizado, de pouco trânsito, iluminado, com balcão de medicamentos, geladeira para drogas resfriadas, balcão, pia e armário para material. Prescrição completa – atenção nos “9 certos” Lavar as mãos e reunir o material Medicação certa Paciente certo Dose certa Via certa Horário certo Registro certo Ação certa Forma farmacêutica certa Monitoramento certo Assinatura - Nº de registro no conselho de classe - Horário Documento: Registro de Administração de Medicamentos (RAM) mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 5 CUIDADOS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Ler cuidadosamente o rótulo do frasco. Não tocar no medicamento com a mão. Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa, ou se houver dúvida da prescrição. Segurar o frasco com o rótulo voltado para cima (visível). Não desprezar medicações em locais expostos ao contato. Tirar dúvidas do paciente antes de administrar. Verificar existência de alergias relatadas pelo paciente. Não deixar a bandeja na enfermaria e sair. Checar a medicação após a administração. Cuidado em administrar medicamentos por ordem verbal. Facilita a absorção das drogas através do trato gastrointestinal. É apresentado nas formas líquida e sólida. Consiste praticamente em orientar o paciente e família quanto a tomada do medicamento. o Lave as mãos. o Confira a prescrição. o Calcule as doses. o Coloque o medicamento em um copo, sem tocar no medicamento. o No caso de medicação líquida: manter o recipiente de medição ao nível dos olhos. Ajude o paciente a sentar ou elevar a cabeceira do leito. Ofereça um copo de água junto com os medicamentos sólidos. Aconselhe o paciente a engolir um medicamento de cada vez. Manter a cabeça na posição normal ou com leve flexão do pescoço. Permaneça com o paciente até que ele tenha engolido todos os medicamentos. Registre o volume de líquidos consumidos na folha de controle hídrico Registre a administração dos medicamentos. ATENÇÃO AOS NOVE CERTOS ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR SONDA ENTERAL Usado quando o paciente não consegue por via oral. Lave as mãos. Confira a prescrição. Verifique a localização da sonda. Separe e clampeie ou feche a sonda gástrica por 15 a 30 minutos, antes e depois, caso a droga interaja com alimentos ou necessiteque o estômago esteja vazio. Prepare a medicação e o material: água para enxague da sonda, seringa, toalha ou forro descartável e luvas. Adicione de 15 a 60 ml de água aos medicamentos líquidos mais espessos. Triture os comprimidos, exceto os que possuem revestimento. Abra a proteção da cápsula para liberar a droga em pó. Evite esmagar os grânulos dos comprimidos de liberação lenta. Administração de Medicamentos Via Oral mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 6 Misture cada droga separadamente, com um mínimo de 15 a 30 ml de água. Ajude o paciente a ficar na posição de Fowler (se possível) Coloque luvas limpas Conecte a seringa na sonda e instile de 15 a 30 ml de água para gravidade. Acrescente o medicamento diluído à seringa e aplique suave pressão com o êmbolo da seringa. Enxágue a sonda com 5ml de água entre cada instilação de medicamento e com até 30ml ao final de todas as drogas. Pince a sonda enquanto a seringa esvazia. Feche por 30 minutos a sonda nasogástrica que estiver sendo utilizada para aspirar secreções gástricas depois da administração de um medicamento. Mantenha a cabeceira da cama elevada por no mínimo 30 minutos. Administração de medicamentos à pele ou membranas mucosas Aplicações cutâneas: Unguentos, pomadas e adesivos transdérmicos. o Unguento: é incorporado a um veículo (óleo, loção ou creme). Aqueça o unguento caso ele venha a ser aplicado em uma área sensível da pele; aplique com a ponta dos dedos, gaze ou algodão; friccione; e aplique calor sobre a área, se desejado. o Adesivos cutâneos: Substâncias aglutinadas em curativos aderentes. Aplicados em área com circulação adequada; peito, ombros e parte superior dos braços; depilar áreas com grandes quantidades de pelo; datar o adesivo. o Pomadas: substância em base viscosa e é aplicada na pele, sem friccionar. (ex: nitroglicerina) Aplicações oftálmicas: Os medicamentos são fornecidos líquida, instilados em gotas ou como pomadas. Aplicados ao longo da margem da pálpebra inferior. Aplicação na conjuntiva. Instilado em gostas ou pomadas. Piscar em vez de esfregar para distribuir o fármaco. Procedimentos iniciais: checar prescrição, preparar medicação, lavar as mãos e calçar luvas. Limpar as pálpebras e os cílios caso haja resíduos. Esfregue os olhos do canto interno ao canto externo. Oriente o paciente olhar na direção do teto. Faça uma bola na pálpebra inferior. Movimente o recipiente do medicamento a partir da região inferior da linha de visão do paciente ou a partir do lado do olho. Segure firme o recipiente acima do local de instilação sem tocar a superfície do olho. Instile a quantidade receitada de gotas. Oriente o paciente a fechar os olhos lentamente e em seguida piscar várias vezes. Ofereça um lenço para limpar os olhos. Administração Via Tópica mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 7 Aplicações otológicas (orelha externa) Umedecer o cerume impactado ou instilar medicamentos para tratar infecções. Manipular a orelha para deixar o canal auditivo mais reto. Inclinar a cabeça do paciente para trás e instilar. Colocar uma bola pequena de algodão na orelha. Aguardar 15 minutos para instilar na outra orelha. Aplicações nasais: Aplicação em gotas ou spray no interior do nariz. Inclinar a cabeça do paciente para trás ou para o lado. Caso não possa sentar: toalha ou travesseiro sob o pescoço. Instile com o conta-gotas na direção da passagem nasal. Oriente o paciente a respirar pela boca e permanecer na posição por cerca de 15 minutos. Aplicações sublinguais e bucais: Sublingual (sob a língua): absorção de forma lenta. Bucal: contra as bochechas. Não mastigar ou engolir. Não comer ou fumar enquanto o medicamento é absorvido. Aplicações vaginais: Tratar infecções locais. Supositórios, comprimidos dissolúveis e cremes. Esvaziar a bexiga. Lubrificar a extremidade do aplicador Deite-se de costas, dobre os joelhos e abra as pernas. Separe os lábios vaginais e insira o aplicador no interior da vagina (em geral de 5 a 10 cm). Empurre o êmbolo para inserir o medicamento. Remover o aplicador, colocá-lo sobre uma gaze limpa. Permanecer deitada de 10 a 30 min Descartar ou lavar o aplicador, armazenando-o. Administra os medicamentos às vias aéreas inferiores - pulmões possuem alta vascularização, logo, medicamentos podem ser rapidamente absorvidos. Utilização de inaladores (inaladores de pó seco / inaladores com dosímetro) o Dispositivos para administração de substâncias nas Vias Respiratórias. o Consiste em um recipiente com medicamento e mais uma peça para ser colocada na boca pela qual o aerossol é inalado. Uso de nebulizadores o Alternativa para alguns pacientes, como lactantes, crianças mais jovens e idosos com dificuldades para coordenar a expiração com o auxílio de inaladores manuais. o Converte líquidos em aerossóis usando ar comprimido. o Os componentes do nebulizador devem ser limpos depois de cada aplicação. Administração Via Inalatória mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 8 É a via utilizada para administração de medicamentos em tecidos por meio de injeções; É usualmente utilizada quando se deseja uma ação rápida da droga; Quando não há possibilidade de administrá-la por via oral; Quando há interferência na assimilação da droga pelo trato gastrintestinal. VIAS PARENTAIS Com absorção: o Intramuscular o Subcutânea o Intraperitoneal o Intradérmica Sem absorção: o Intravenosa o Intra-arterial o Peridural CAMADAS DA PELE SERINGAS Tamanhos variados 1, 3, 5, 10, 20 São calibradas em u (unidade), cc (centímetro cúbico) ou ml (mililitro). AGULHAS Apresentam comprimento e calibres (largura) diferentes. A haste (comprimento da agulha) depende da profundidade em que o medicamento será instilado. Não se prenda as cores. Fatores que são consideradas ao escolhes uma seringa e uma agulha: o Tipo de medicamento; o Profundidade do tecido; o Volume da droga prescrita; o Viscosidade da droga; o Tamanho do paciente. Principais Vias • Intradérmica • Subcutânea • Intramuscular Locais de absorção • Tecido Conjuntivo • Tecido Adiposo • Músculo Administração Via Parenteral mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 9 TAMANHO DE AGULHAS E SERINGAS Tipo de Injeção Tamanho da Seringa Tamanho da Agulha Subcutânea Até 1 ml 13 x 4,5 Intramuscular 3 a 5 ml 25 x 7 25 x 8 Intradérmica 1 ml 13 x 4,5 Insulina, SC 1 ml 13 x 4,5 MEDICAMENTOS Ampolas (recipiente de vidro lacrado): devem ser quebradas para que o medicamento seja retirado. Frascos (recipiente de vidro ou plástico / possui uma tampa de plástico auto vedante): deve ser perfurado com uma agulha ou com um adaptador sem agulha para remover o medicamento. Pode ser suficiente para uma ou várias doses. Cartuchos pré-cheios: A cápsula já vem com uma agulha acoplada. VIA INTRADÉRMICA Administração de pequena quantidade de medicamento na camada dérmica da pele. Aplicação correta: detecção da pápula. Indicações: o BCG; o Testes diagnósticos e de sensibilidade. Introduzir agulha no ângulo de 10º a 15º com o bisel para cima; Volume de 0,01 ml ao máximo de 0,05ml; utilizar seringa de 1ml e agulha 13x4,5 (calibre 25 a 27/ 1,25 cm de comprimento). ÁREAS DE APLICAÇÃO: o Face interna do antebraço; o Região escapular; o Inserção inferior do músculo deltoide direito. Complicações possíveis: o A derme pode ser lesada; o Dor, prurido e desconforto; o Reações decorrentes de anti-sépticos; o Úlceras com necrose do tecido. VIA SUBCUTÂNEA É a administração de medicamentos entre a pele e o músculo, no tecido subcutâneo (mais profundo), cuja absorção é mais lenta do que a mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 10 da via intramuscular, pois a absorção se faz por capilares. (Início da ação em até 30 min.) Indicações: Vacinas (Antirrábica e Antissarampo); Anticoagulantes (Heparina, Liquemine, Clexane); Hipoglicemiantes (Insulinas). Doses variando entre 0,5ml a 1ml; Definir o ângulo conforme a agulha disponível (13x4,5 - ângulo de 90º; 25x7 - ângulo de 45º). ÁREAS DE APLICAÇÃO: o Face externa do braço; Região glútea; Face anterior e externa da coxa; Região periumbilical; Região escapular; Região inframamária e Flanco direito ou esquerdo. Para evitar lipoatrofia (ruptura da gordura no local das injeções aplicadas repetidas vezes) e a lipo-hipertrofia (acúmulo de gordura no local) faz-se um rodízio dos locais cada vez que uma injeção é aplicada. Possíveis complicações: o Embolias; o Lesão de nervos; o Úlceras ou necrose de tecidos; o Fenômeno de Arthus; o Formação de tecido fibrótico. VIA INTRAMUSCULAR A via intramuscular é utilizada para administrar medicamentos irritantes, por ser menos dolorosa, considerando- se que existe menor número de terminações nervosas no tecido muscular profundo. Agulha: 25x7ou 25x8 VANTAGENS: o Absorção mais rápida que no tecido subcutâneo (maior vascularização); o Tolera doses maiores até 4ml (3 ml – TIMBY); o Não irrita mucosa gástrica. DESVANTAGENS: o Risco de lesar vasos sanguíneos e nervos; o Risco de contaminação, infecção (abscessos, nódulos, endurecimento da região e celulites). mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 11 VIA INTRAMUSCULA-DELTÓIDE o É o local menos usado pois se trata de um músculo pequeno, utilizado apenas em adultos. o Devido a sua menor capacidade, as injeções nesse lugar estão limitadas a no máximo 1ml de solução. o Para a aplicação de injeção no deltóide, recomenda-se que o paciente esteja em posição sentada ou deitada; o Para localizar: o Medir 4 dedos abaixo do ombro, aplicar em um ângulo de 90°; o Não friccionar após. Contra indicações: o Crianças de 0 – 10 anos; o Pacientes com pequeno desenvolvimento muscular local (idosos); o Volumes superiores a 2ml (1 ml – TIMBY); o Substâncias irritantes; o Parestesias ou paralisias do membro (sequela de DVC); o Mastectomizadas e/ou esvaziamento cervical. VIA INTRAMUSCULAR – VASTO LATERAL DA COXA (VLC) o O músculo vasto lateral é um dos quatro que compõe o quadríceps, na parte externa na coxa. o É considerado desprovido de grandes nervos ou vasos, o que garante relativa segurança ao paciente. o Local especialmente preferido para administrar injeções em bebês e crianças pequenas, além de pacientes magros, ou debilitados, em que possuem os músculos glúteos com desenvolvimento deficiente. o Máximo de 3 ml; o Utiliza-se o terço médio do vasto lateral, 12cm acima da articulação do joelho e 12cm abaixo da articulação coxofemoral em um ângulo de 45° a 60°. o Localiza-se essa região colocando uma mão exatamente em cima do joelho e a outra logo abaixo do trocanter maior na parte superior da coxa; insere-se então a agulha na lateral da coxa. o Esta região está contraindicada para recém-nascidos (0 a 28 dias); o Pode ocorrer fibrose por aplicações no mesmo local; Apalpe a extremidade inferior do acrômio. Trace uma linha imaginária na axila. Injete entre esses dois pontos. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 12 o Risco de lesão do nervo femorocutâneo. VIA INTRAMUSCULAR – RETO FEMORAL o Localiza-se na parte anterior da coxa. o Pode ser usado em bebês. o O Enfermeiro aplica exatamente no terço médio da coxa, com o paciente sentado ou deitado na posição supina. VIA INTRAMUSCULAR – DORSO- GLÚTEA o Segue os mesmos passos para injeção do músculo deltóide sendo que o músculo utilizado é o grande glúteo. o O principal músculo desse local é o glúteo máximo, que é grande e por consequência capaz de suportar uma boa quantidade de medicamentos injetado sem o mínimo desconforto após a aplicação. o A região é dívida em 4 quadrantes determinado o QSE; o O cliente deve estar em decúbito ventral com cabeça lateralizada, e os braços estendidos ao longo do corpo. o Área vascularizada e inervada com espessura de tecido subcutâneo (1 a 9 cm). o Contra indicações: crianças < 2 anos (TIMBY < 3 anos). o Até 4 ml. o Se o sítio dorsoglúteo não for identificado de forma correta, danos ao nervo ciático, com subsequente paralisia da perna, podem acontecer. o Para localizar a região: ❖ TÉCNICA EM Z o Para aplicar medicamentos muito irritantes por via intramuscular, a técnica em Z é indicada, pois promove a vedação do trajeto e a manutenção do medicamento no espaço intramuscular. o Segure a pele com a mão dominante (esticando), realize a introdução da agulha no músculo, aspire a seringa sem soltar a pele, atenção para o retorno do sangue, injete o medicamento lentamente, ao término da injeção permaneça coma agulha introduzida por +10s, retire a agulha e solte a pele. o A soltura da pele implicará em vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento. Divide-se a nádega em quatro quadrantes imaginários. Palpa-se a crita ilíaca posterior e o trocanter maior. Traça-se uma linha diagonal imaginária entre as dua marcas. Insere-se a agulha superior e lateralmente no ponto intermediárioda linha diagonal. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 13 VIA INTRAMUSCULAR – VENTRO- GLÚTEA o O sítio ventroglúteo utiliza o músculo glúteo médio e o glúteo mínimo, localizados no quadril. o Menor risco, não há vasos e nervos importantes; geralmente há menos gorduras e maior limpeza. o Também é seguro para o uso em crianças. o A desvantagem é que a área de aplicação é muito pequena. o Para localizar: o Menos doloroso; o Máximo de 4ml; o Coloca-se a mão E no quadril D ou vice versa, apoiando o dedo indicador sobre a espinha ilíaca (crista) ântero-superior, e a palma voltada sobre a cabeça do fêmur, afastar os demais dedos formando um triângulo e aplicar no meio deste em um ângulo de 90°. CUIDADOS AO ESCOLHER A VIA IM E CUIDADOS GERAIS 1 Higienização simples das mãos antes do preparo da medicação e de realizar o procedimento; 2 Uso adequado dos EPIs e EPCs; 3 Sempre utilizar os sete certos; 4 Usar sempre técnica asséptica; 5 Espessura do tecido adiposo; 6 Quantidade de medicamento a ser administrada; 7 Idade. 8 Evitar locais com paralisia, edema, hiperemia, abscesso e fístula arteriovenosa. 9 Aspirar, puxando o êmbolo da seringa para verificar se nenhum vaso sanguíneo foi atingido. 10 Administrar lentamente. 11 Observar reações adversas após administração. 12 Pacientes submetidos a mastectomia e/ou esvaziamento cervical. FINALIDADES Administração de medicamentos por meio de veias periféricas e centrais. Quando há necessidade de ação rápida Doenças que afetam a absorção ou metabolismo das medicações Manutenção dos níveis de medicação no sangue Evitar repetição de injeções IM Medicação por período prolongado (oncologia) OUTROS USOS Nutrição parenteral Aplicação de medicações que sofrem alteração no suco gástrico ou são irritantes por outras vias Administração de grandes volumes Instalar terapêutica com sangue e hemoderivados Coloque a palma da mão sobre o trocanter maior e o dedo indicador sobre a crista ilíaca. Movimente o dedo médio, fazendo-o afastar-se do indicador o mais longe possível, ao longo da crista ilíaca. Injete no centro do "triângulo" formado pelo dedo indicador, médio e a crista ilíaca mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 14 ADMINISTRAÇÃO VIA INTRAVENOSA Essa via oferece efeito imediato. Por isso é a via mais perigosa para administração de medicamentos. As substâncias administradas não podem ser anuladas. ADMINISTRAÇÃO E MEDICAMENTOS INTRAVENOSOS É escolhida quando: o Há necessidade de uma reação rápida durante uma emergência; o Os pacientes apresentam doenças que afetam a absorção ou o metabolismo de medicações; o Os níveis das medicações no sangue precisam ser mantidos em um nível terapeuticamente consistente, como ocorre no tratamento de infecções causadas por patógenos resistentes às medicações ou quando é oferecido alívio às dores em pós-operatório; o For para o bem do paciente, evitando o desconforto de repetidas injeções intramusculares. o Há a necessidade de um mecanismo de administração de terapia medicamentosa durante um período de tempo prologando, como no caso de pacientes com câncer. TIPOS: Administração contínua (durante várias horas): é administrada por infusão gravitacional ou por meio de um dispositivo eletrônico para infusão, do tipo controlador ou bomba. Administração intermitente (durante um período curto de tempo): três formas – em bólus, secundárias e aquelas nas quais um dispositivo para controle de volume é utilizado. o Em bólus – aplicação toda de uma vez (1ml/min). Ocorre de duas maneiras: por uma conexão já existente em um equipo intravenoso ou por meio de um fecho medicamentoso. o Infusões secundárias – medicação diluída em 50 a 100 ml de solução, por até 60 minutos. o Dispositivo para controle de volume – é utilizado para administrar medicamentos com volume pequeno de solução, em intervalos intermitentes, e para evitar a sobrecarga acidental do sistema circulatório. LOCAIS DE APLICAÇÃO VEIAS METACÁRPICAS LOCAL: localizadas no dorso das mãos. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 15 QUANDO USADO: Geralmente no pré-operatório, clientes/pacientes hospitalizados. VANTAGENS: Acesso fácil, por ter veias calibrosas. DESVANTAGENS: Perda da mobilidade do pulso, punção dolorosa. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Observar inserção do cateter, pois o local é de fácil inflamação pela grande mobilidade. VEIAS BASÍLICAS LOCAL: Localizadas ao longo do osso ulnar, vai do pulso até o ombro e une-se com a veia subclávia. QUANDO USADO: Clientes/pacientes que tentam retirar o cateter, pelo fato de serem menos visíveis. VANTAGENS :veias calibrosas e fortes; administração de medicamentos que podem ser irritantes. DESVANTAGENS: Posição desconfortável e dolorosa durante a punção. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Fixar adequadamente o cateter, para que não saia, devido a sua localização. VEIA CEFÁLICA LOCAL: Localizado ao longo do osso radial, vai do pulso até o ombro e une- se com a veia subclavia. QUANDO USADO: Na maioria das terapias endovenosas. VANTAGENS :veia calibrosa que aceita cateteres calibrosos. DESVANTAGENS: Punção dolorosa devido a aceitação de cateteres calibrosos. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Fixar adequadamente o cateter e observar sinais flogísticos. VIAS DE ACESSO Vias de Acesso Venoso o Periférica o Central o Central via periférica Duração o Curta – até 24 horas o Média – até 72 - 96 horas o Longa – > de 4 semanas CATETER VENOSO CENTRAL Dispositivo de acesso venoso que vai até a veia cava superior. Acesso até a veia cava superior para administrar líquidos ou medicamentos em grandes volumes de sangue. Utilização: o Quando o paciente precisa receber líquidos e medicamentos por longos períodos. o Medicações irritantes às vias periféricas. o Difícil acesso ou manutenção de um cateter de via periférica. Cateter percutâneo não tunelizado (PICC) o Inserido através da pele em uma veia periférica (como a jugular ou a subclávia). o É utilizado quando os pacientes necessitam de terapia hídrica ou medicamentos por curto prazo, nutrição parental ou terapia medicamentosa durante alguns dias ou semanas. mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 16 o São mais seguros por reduzir a ocorrência de pneumotórax o Riscos: trombose e infecção Cateteres tunelizados o São inseridos em uma veia central, com uma parte do cateter presa ao tecido subcutâneo. Sua extremidade terminal sai da lateral da pele na direção do apêndice xifóide. o Terapias por longo período de tempo o Reduz os riscos de infecção – tunelização Cateteres implantáveis o Ficam totalmente inseridos sob a pele, sem exposição. o Proporcionam maior proteção contra infecções. o Possuem uma conexão autovedante. o Conexões implantadas são capazes de suportar aproximadamente duas mil punções. Pode permanecer por anos. USANDO UM CATETER VENOSO CENTRAL Prepare o material Prepare uma seringa com 3 a 5 ml de SF estéril 0,9%. Solte o cample, na porção exposta do cateter. Higienize o orifício com algodão e álcool. Lave o cateter com a SF. Higienize novamente e insira a agulha ou adaptador por meio da conexão. Fixe o sistema com fita. Abra o clampe no equipo e regule a taxa de infusão. Remova a agulha ou adaptador ao final da administração. Enxague o cateter com solução salina ou heparina, conforme protocolo da instituição. Coloque novamente o clampe do cateter. PUNÇÃO VENOSA – CATETER FLEXÍVEL Segundo o TIMBY – Trocar em até 72h Jelco ou Abocath Recomendado para terapias intravenosas periféricas. Indicado para infusões de média duração em todo tipo de paciente - neonatos, pediátricos e adultos. Agulha siliconizada, com bisel trifacetado mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 17 PUNÇÃO VENOSA – CATETERES AGULHADOS São cateteres para infusão de medicações rápidas, numerados em números impares de 19 a 27. Devem, antes de serem inseridos na veia (punção) ser totalmente preenchidos com solução SF 0,9%. Indicação: infusões de curta duração, baixo volume, em bolus ou flush, pacientes c/ veias muito finas e comprometidas. Contra indicação: nunca utilizar com solução irritante. PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA – PRÉ-PUNÇÃO Verificar e analisar a prescrição médica Realizar a higiene das mãos Avaliar o paciente e prescrição e preparar o material o Bomba de infusão o Cateteres periféricos o Extensores o Seringas o Equipos PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA – PUNÇÃO Selecionar o cateter adequado Higienizar as mãos e calças luvas SEMPRE Preparar o local da punção o Realizar a antissepsia da pele com álcool a 70%: movimento em sentido único durante 30s o Deixar evaporar antes da punção o Garroter de 10 a 15 cm acima do local em que será puncionado o Fazer tricotomia se necessário o Não tocar no local após antissepsia. Inserir o cateter com bisel da agulha para cima o Inserir o cateter diretamente sobre a veia em um só movimento eângulo de 15° a 30°. o Quando ocorre refluxo sanguíneo pelo cateter e a infusão de 2 ml de SF 0,09% sem queixas de dor e sem alteração do local da inserção. o Havendo êxito, soltar o garrote o Realizar no máximo duas tentativas de punção. Realizar estabilização e cobertura do cateter PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA – PÓS- PUNÇÃO Identificar o local da punção 08/05 – 10h Enfa. Millena Batista Organizar o ambiente Orientar pacientes e familiares Iniciar a infusão mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 18 Documentar procedimento no prontuário do paciente LAVAGEM DO CATETER Deve ser uma rotina nos casos de infusão por bolus, infusão rápida, lenta e intermitente. Volume necessário: 3 a 5 ml. Observação importante: o Seringas menores de 10 ml podem gerar pressões capazes de romper cateteres e/ou lesionar vasos. COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS Acidentes no local da punção: Inflamaçã local: flebites, abscesso, hematomas e esclerose da veia por repetidas punções no mesmo local. Embolia por: injeção de ar, óleo ou coágulo sanguíneo. Choque: apresenta sintomas como sudorese, congestionamento da face, vertigem, palidez, agitação, ansiedade, tremores, cianose e hipertermia, podendo levar a morte. ATENÇÃO! A presença de hematoma ou dor indica que a agulha está fora da veia, retire-a e puncione em outro local, acima do local anteriormente puncionado. Fazer rodízio de veias. Observar a medicação a ser introduzida, que não poderá conter flóculos ou precipitados. TÉCNICA DE PREPARO E APLICAÇÃO DE INJEÇÕES MATERIAL o Seringa esterilizada; o Agulhas esterilizadas; o Medicação prescrita; o Recipiente com algodão embebido em álcool a 70%; o Garrote para medicação EV. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA o Certificar-se que toda a medicação esteja no corpo da ampola e não no gargalo; o Fazer a desinfecção do gargalo, com algodão embebido em álcool a 70%; o Quebrar a ampola, protegendo-a com algodão; o Abrir a embalagem da seringa e agulha com os devidos cuidados assépticos; o Conectar a agulha e verificar a sua adaptação e o funcionamento da seringa. ] o Retirar a medicação da seringa, mantendo-a verticalmente com a agulha para cima, girando o êmbolo lentamente; o Retirar a agulha da ampola; o Retirar o ar da seringa; o Identificar a seringa; o Coloca-la na bandeja. Colocar a ampola entre os dedos indicador e médio com uma das mãos e pegar a seringa com os dedos indicador e médio da outra mão; Adaptar a agulha na ampola cuidando para não tocar na borda da mesma; mailto:batistamillena@gmail.com Millena Batista / batistamillena@gmail.com / P4 – Enfermagem 19 TÉCNICA EM CASO DE FRASCO- AMPOLA o Retirar a tampa metálica do frasco; o Fazer a desinfecção da tampa de borracha com algodão embebido em álcool a 70%; o Abrir a ampola de diluente; o Preparar a seringa e agulha; o Aspirar o diluente seguindo as orientações da técnica de ampolas (sem tocar a agulha); o Segurar o frasco com os dedos indicador e médio; o Introduzir a ponta da agulha no frasco e injetar o diluente contido na seringa; o Retirar a agulha e a seringa do frasco; o Agitar o frasco, com movimentos circulares, até a diluição do medicamento, evitando a formação de espuma; o Colocar o frasco e a seringa em posição vertical, com o embolo da seringa voltada para baixo e aspirar a droga prescrita; o Identificar a seringa. mailto:batistamillena@gmail.com
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