Buscar

lei_saneam_residuos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

"Informe Econômico": Municípios podem ficar sem recursos para saneamento
A um dia do prazo final definido pela Lei 12.305/2010, menos de 10% dos municípios brasileiros entregaram o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos...
Renato Carvalho / Agências
  http://www.dci.com.br/informe-economico-municipios-podem-ficar-sem-recursos-para-saneamento-id305645.html
Municípios podem ficar sem recursos para saneamento
A um dia do prazo final definido pela Lei 12.305/2010, menos de 10% dos municípios brasileirosentregaram o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, prevendo formas de manejo do lixo em cada cidade. A partir de hoje, os repasses de recursos federais para as áreas de saneamento e limpeza urbana serão suspensos para as cidades que não apresentarem o plano.
A obrigatoriedade está prevista na lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010. Apesar do prazo de dois anos, apenas as prefeituras de 400 cidades e os governos de nove estados e doDistrito Federal conseguiram entregar o planejamento.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, do total de planos entregues até hoje, 291 já foram aprovados e contratados. Neste total, estão incluídos os planos estaduais que foram concluídos pelos governos de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Mato Grosso, Sergipe, da Bahia, de Santa Catarina, do Amazonas, de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal.
Com a aprovação e contratação dos planos, o repasse de recursos federais permanece normalizado. Outros 197 planos municipais ainda estão em análise.
Os planos de gestão de resíduos devem incluir, por exemplo, a previsão de audiências públicas com a comunidade local para discutir questões relacionadas ao lixo e a estratégia para a erradicação dos lixões e construção de aterros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos também obriga a desativação de todos os lixões do País até 2014. Mais da metade dos municípios não dão destinação correta para o lixo.
Os impactos da Lei 11.445/07 no Setor de Saneamento básico
http://www.cosanpa.pa.gov.br/index.php/component/content/article/36-latest-news/139-lei-do-saneamento-e-regulamentada
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou no último dia 21 de junho o decreto de regulamentação da Lei 11.445 de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento. O decreto 7.217/2010 determina normas para a correta execução da prestação de serviços de saneamento básico.
De acordo com o texto, consideram-se serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial, incluindo eventuais dispositivos de medição, assim como, quando vinculadas a esta finalidade, as atividades de reservação, captação e adução de água bruta, assim como tratamento, adução e reservação de água tratada.
Ainda de acordo com o texto, os serviços públicos de esgotamento sanitário são constituídos pelas atividades de coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários; transporte e tratamento dos esgotos sanitários; e disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos oriundos da operação de unidades de tratamento, inclusive fossas sépticas.
Ouvimos o advogado e Assessor da Presidência da COSANPA, Nonato Vasconcelos, que discorre sobre o impacto da Lei 11.445/07 no setor de Saneamento Básico, a seguir:
“O setor de saneamento básico carecia de uma legislação que de fato lhe proporcionasse um conjunto de regras tecnicamente avançadas, a exemplo de outros setores da economia e dos serviços públicos, com o objetivo de melhor organizar suas atividades e competências.
A Lei 11.445/07, denominada de Lei Nacional do Saneamento Básico, estabelece as diretrizes nacionais e trata dos aspectos técnico, sócio-econômico, institucional, de mercado, entre outros, relacionados à prestação dos serviços e, assim, inovou sobremaneira no modo de se fazer a gestão do saneamento básico no Brasil.
Por inferência do texto constitucional, o saneamento básico é considerado serviços públicos de interesse local e como tal de responsabilidade dos municípios. A Lei 11.445/07 fixou as competências de planejamento, organização, regulação, fiscalização, prestação dos serviços, que podem ser delegadas a terceiros, exceto o planejamento que é indelegável.
Os contratos de prestação de serviços sejam contratos de concessão ou contratos de programa serão regulados e fiscalizados pelo órgão ou entidade competente e serão executados de acordo com o plano municipal de saneamento básico, elaborado e discutido com a comunidade previamente à sua assinatura. Todos os contratos deverão ser auto-suficientes economicamente porque não será mais permitido o subsidio cruzado entre contratos. Sistemas economicamente deficitários devem ser devolvidos ao seu titular, esgotada a possibilidade de subsidio fiscal e tarifário proporcionado pelo município.
O grande desafio é ajustar o setor à nova legislação, cumprindo com as determinações impostas coercitivamente pela União aos municípios. Os municípios brasileiros, em especial o médio e pequeno, necessitarão da assistência da União e dos Estados para adequarem-se ao patamar da Lei 11.445/07. O setor de saneamento básico, onde estão inseridos o abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta e disposição de resíduos sólidos (lixo) e drenagem urbana, requer elevados investimentos em obras de infra-estrutura, tecnologia, recursos humanos, entre outros, recursos que os municípios, com raríssimas exceções, não possuem.
Em que pese a complexidade do tema, podemos afirmar que a Lei 11.445/07 é verdadeiramente um marco regulatório do setor que beneficiará a todos envolvidos direta ou indiretamente em seus serviços, inclusive o usuário consumidor, depositário final dos benefícios da lei.
Resíduos Sólidos e Tecnologia, artigo de Antonio Silvio Hendges
Publicado em outubro 20, 2011 por HC
Tags: resíduos sólidos
 0
http://www.ecodebate.com.br/2011/10/20/residuos-solidos-e-tecnologia-artigo-de-antonio-silvio-hendges/ 
 0
 [EcoDebate] A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010 e Decreto 7.404/2010) estabelece diversos princípios, instrumentos, diretrizes e metas para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos no Brasil. Em 2010 o Brasil produziu 61 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, sendo que aproximadamente 43% não receberam nenhum tratamento ou destinação adequada. Cerca de 20% dos municípios brasileiros adotam sistemas de coleta seletiva, mas em torno de 75% destinam os resíduos para lixões e aterros que comprometem o ambiente e a saúde coletiva. Os aterros sanitários praticamente não tratam os gases da decomposição e inviabilizam o aproveitamento adequado destes como combustíveis.
Com as adequações exigidas pela nova legislação, ações como a redução, reutilização, reciclagem, coleta seletiva, responsabilidade compartilhada, logística reversa e destino ambiental correto são fundamentais ao gerenciamento dos resíduos e a erradicação dos lixões prevista para 2014. A participação de cooperativas e associações de trabalhadores com materiais recicláveis e reutilizáveis e a geração de trabalho, renda e fontes de negócios através da valorização dos resíduos sólidos são incentivados, transformando-os em insumos de novas cadeias produtivas. Metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposição final dos resíduos devem ser estabelecidas.
Para que a realidade dos resíduos sólidos no país seja adequada às exigências da política nacional deste setor, os administradores públicos ou privados precisam buscar tecnologias que possam dinamizar a organização e execução das atividades relacionadas ao gerenciamento correto e eficiente da grande variedade de resíduos descartados. Tecnologias sociais capazes de desenvolver a interação comunitária como a educação ambiental em todos os setores sociais e produtivos, a valorização dos catadores através do associativismo, cooperativação e organização socioprodutiva, a capacitação gerencial, administrativa e financeira dos agentes públicos e privados responsáveis pelasdiversas etapas necessárias são indispensáveis.
É também fundamental no gerenciamento dos resíduos sólidos a adoção de tecnologias capazes de realizarem com eficiência técnica os diversos processos desde a separação, seleção, tratamento, reintrodução nas cadeias produtivas e destino ambiental adequado dos rejeitos. Entre os instrumentos econômicos da Política Nacional de Resíduos Sólidos está a possibilidade de destinação de recursos para pesquisas relacionadas às tecnologias limpas, desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresariais voltados para a melhoria dos processos produtivos e reaproveitamento dos resíduos, aquisição de máquinas e equipamentos, atividades de inovação e desenvolvimento no gerenciamento dos resíduos sólidos (Lei 12.305/201, artigo 42, incisos VII e VIII; Decreto 7.404/2010, artigo 81, incisos I e II).
Tecnologias óticas para classificação automática e triagem dos resíduos residenciais e industriais, geração de combustíveis derivados de resíduos (CDR), compostagem e produção de adubos orgânicos, aproveitamento energético dos gases da decomposição, plasma térmico, uso das cinzas da combustão dos resíduos na construção civil e indústria cerâmica e outras tecnologias já consolidadas ou em desenvolvimento, são essenciais para que a União, os Estados e os Municípios consigam executar os respectivos planos de gerenciamento e incentivarem a dinamização da economia e das oportunidades de negócios relacionadas ao reaproveitamento, reciclagem e reintrodução dos resíduos sólidos em novas cadeias produtivas.
Antonio Silvio Hendges, articulista do EcoDebate, é Professor de Biologia; Agente Educacional no RS; Assessoria em tendências ambientais, resíduos sólidos e educação ambiental. Email: as.hendges@gmail.com
Política de resíduos avança, mas governo dá tiro no pé ao cortar orçamento para ciência e inovação 
http://revistasustentabilidade.com.br/politica-de-residuos-avanca-mas-governo-da-tiro-no-pe-ao-cortar-orcamento-para-ciencia-e-inovacao/
Se os acordos setoriais não forem feitos, o governo tem a prerrogativa de decretar o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), porém, segundo José Valverde, jurista especializado em direito ambiental e presidente do Instituto Cidadania Ambiental, há uma vontade entre todos os setores de chegar aos acordos. Nos próximos dias, segundo Valverde, o governo deve lançar o edital de chamamento para acordos de logística reversa para o setor e embalagens pós-consumo, pois já se chegou a um acordo sobre as diretrizes básicas.
Valverde, que assessorou o deputado Arnaldo Jardim, o relator do grupo de trabalho na Câmara dos Deputados que tirou do limbo de 10 anos a PNRS em 2010, acompanha de perto as negociações dos cinco grupos setoriais no governo. Há impasses, como o do setor de embalagens de lubrificantes que ainda não conseguiu encontrar uma fórmula prática para atender à meta de recolhimento de 60%.
Para Valverde, este tipo de discussão é superável, mas o que mais o preocupa é a desarticulação dentro do governo. Apesar do interesse do governo federal em implantar a PNRS, do outro lado, Valverde critica os cortes no orçamento de ciência e tecnologia, pois a inovação será essencial para transformar os sistemas produtivos.
“Assim, o Governo de uma só vez compromete o desenvolvimento sustentável, a competitividade da economia e o bem estar das gerações futuras”, explicou. “Uma gestão de resíduos sólidos moderna não pode prescindir da contribuição da pesquisa, da inovação e do desenvolvimento tecnológico”.
Leia a íntegra da entrevista concedida com exclusividade à Revista Sustentabilidade.
Revista Sustentabilidade: Qual a importância dos acordos setoriais para a implantação da Logística Reversa?
José Valverde: Os acordos setoriais estão previstos na Lei 12.305/201 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS e transpassa o tradicional modelo de “comando e controle” e promove o inédito princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Trata-se de um instrumento jurídico inovador em legislação que permite o pacto entre governo e setor empresarial, tendo como objeto a implantação da logística reversa.
Além disso, o Decreto nº 7.404/2010 que regulamentou a PNRS avançou em relação a esse instrumento, tornando-o o principal meio pelo qual a logística reversa deverá ser colocada em prática.
RS: Qual a diferença entre acordos setoriais e termos de compromisso?
JV: Ambos se assemelham pela mesma natureza jurídica, ou seja, são instrumentos que buscam pactuar os compromissos entre o poder público e o setor empresarial para que a logística reversa seja colocada em prática. Contudo, uma diferença se evidencia entre os dois instrumentos: por exemplo: no caso de uma ou mais empresa não aderir ao acordo do seu setor, poderão individualmente por meio do termo de compromisso celebrar, diretamente com o poder público a estruturação e prática da logística reversa.
RS: Como o Governo Federal tem encaminhado os acordos setoriais? Existem pontos mais complicados na negociação dos acordos?
JV: O Governo foi proativo na iniciativa de estruturar os acordos setoriais, isso se constata na celeridade do Decreto regulamentador da Lei que instituiu o Comitê Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa. Por outro lado, o setor empresarial tem estado aberto a negociar, essa vontade coletiva é determinante nessa construção. São cinco os grupos de trabalho constituídos que negociam os acordos setoriais: descarte de medicamentos, embalagens em geral, óleo lubrificante, seus resíduos e embalagens, medicamentos, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista e eletroeletrônico.
O grupo de trabalho de óleo lubrificante, seus resíduos e embalagens avançou com o governo e um edital de chamamento para o acordo setorial foi publicado no final de dezembro passado, tendo seu prazo expirado em fevereiro. A negociação governo entre representantes do setor não chegou a consenso, pelo fato da meta de recolhimento fixada pelo governo em 60%. Existe atualmente um impasse que acredito seja perfeitamente superável.
Outro grupo de trabalho, o de embalagens em geral, esse muito complexo pela diversidade de cadeias produtivas interessadas, acaba de alinhar as diretrizes quanto ao acordo sobre as embalagens pós-consumo, o que permitirá o governo lançar nos próximos dias o edital de chamamento.
Os demais grupos ainda trabalham a elaboração de termos referências de viabilidade técnica e econômica.
Vale lembrar que a ausência da acordos setoriais e/ou termos de compromisso deverá ser objeto de regulamento, veiculado por decreto editado pelo Poder Público.
RS:O Governo do Estado de São Paulo recentemente celebrou termos de compromisso com os setores deEmbalagens de óleos lubrificantes, Embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, materiais de limpeza e afins, Embalagens de agrotóxicos e Pilhas e baterias, qual à importância desse evento e o que isso pode refletir para os demais setores?
JV: Do ponto de vista legal São Paulo acertou na iniciativa, fundamentou-se na sua Lei Estadual de Resíduos Sólidos (Lei 12.300/2006) em total harmonia com as diretrizes da PNRS.
No tocante a gestão de resíduos o Estado foi assertivo, além de reconhecer a importância e a conformidade dos programas voluntários (dos setores) já em andamento, a medida tem caráter de ações práticas e isso tende a promover avanços nos próprio setores celebrantes, bem como induzir outros setores da cadeia produtiva as mesmas práticas que permitam a correta destinação dos resíduos sólidos.
RS: Será preciso investimento em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação para atender às demandas dos acordos? Haverá geração de novos empregos para dar destino correto a todos os itens nos acordos?
JV: No Brasil, os cortes anunciados pelo Governo Federal em áreas estratégicas como Ciência, Tecnologia e Inovação e na Educação sob a justificativa de aumento do superávit primário e a redução da dívida pública demonstram uma visão imediatistae obtusa em detrimento de um Projeto Nacional de Desenvolvimento de longo prazo. Assim, o Governo de uma só vez compromete o desenvolvimento sustentável, a competitividade da economia e o bem estar das gerações futuras.
Uma gestão de resíduos sólidos moderna não pode prescindir da contribuição da pesquisa, da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Nesse aspecto a PNRS estabelece como um de seus objetivos que as variáveis tecnológicas sejam consideradas na gestão de resíduos sólidos. E, determina como um de seus instrumentos de execução a pesquisa científica e tecnológica.
Por aqui, atualmente a reciclagem gera US$ 2 bilhões/ano, ou seja, 0,3% do PIB, além de evitar a emissão de 10 milhões de toneladas de gases de efeito estufa.
Todavia, a prevenção e o manejo de resíduos permanecem como um grande desafio, pois embute a necessidade de repensarmos os atuais processos produtivos, sob o foco de produzirmos mais utilizando menos recursos naturais, além da necessidade de investirmos na inovação tecnológica, que pode criar toda uma gama de novos produtos que poderão, inclusive, influenciar nos modos de consumo da população.
Neste aspecto reside um potencial formidável para toda uma cadeia produtiva que começa a se estruturar no País a partir da regulamentação da PNRS, especialmente com a estruturação dos acordos setoriais e consequentemente da execução da logística reversa
RS: Como o consumidor será afetado no seu dia a dia? A partir de quando ele sentirá a diferença?Como o cidadão, contribuinte, será afetado no seu dia a dia? 8. Qual será o papel do público para garantir o sucesso da implementação a PNRS?
JV: A PNRS trata diretamente com o consumidor, sobretudo ao elencá-lo no rol da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.
No que diz respeito a coleta seletiva e a logística reversa o consumidor tem função determinante para o sucesso de ambas as iniciativas, sendo que a lei inclusive é taxativa ao caráter obrigatório da participação dos consumidores, seja, por exemplo, no acondicionamento e na disponibilização correta dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis. A inobservância da Lei pelos consumidores poderá gerar advertência e multas.
Por outro lado também, a legislação abre o caminho para que o poder público municipal premie com incentivos econômicos seus munícipes (consumidores) que participarem da coleta seletiva formal.
Vale observar a importância dos órgãos de defesa dos consumidores internalizarem essa pauta de resíduos sólidos de forma efetiva. Pois, o modelo brasileiro estabelecido pela PNRS que tem como fundamento a logística reversa trará muitos benefícios aos consumidores, uma vez que o setor empresarial quando colocar um produto no mercado terá que apresentar a alternativa de destinação para o pós consumo, as entidades de defesa dos consumidores deverão contribuir para que o direito de descartar corretamente seja garantido.
RS: Qual o poder do governo para garantir a implementação do acordo (quais serão os agentes responsáveis pela fiscalização do cumprimento do acordo) ? Quais as obrigações dos governos estaduais e municipais?
JV: O Governo tem agido de forma objetiva e positiva para que os acordos setoriais não sejam “letra morta de lei”, e sim sejam instrumentos que promovam a mudança na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil.
Em tese a competência da fiscalização deverá ser feita pelos órgãos ambientais nas diferentes esferas (federal, estadual e municipal).
A PNRS tem o objetivo de estabelecer os princípios e normas gerais sobre a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos. Estados e Municípios que pela referida legislação têm competência para formalizar acordos setoriais e termos de compromisso devem a partir das diretrizes estabelecidas articular o diálogo entre com o setor empresarial, especialmente por suas entidades representativas com o objetivo de alavancar a estruturação e implementação da logística reversa em seus territórios.

Outros materiais