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Breve Histórico - Slides de Aula

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Unidade I
CORPOREIDADE E MOTRICIDADE HUMANA
Prof. Gil Oliveira
Introdução
O corpo como objeto de estudo em diversas áreas da 
Educação Física.
Aspectos Biológicos, Psicológicos e Sociais.
O corpo deve ser estudado e entendido em sua totalidade de 
aspectos.
O corpo reflete uma cultura!
A interação com esta cultura se dá pelo Movimento.
Como se deu a transformação do corpo durante os anos?
Como é o entendimento do corpo atualmente?
A corporeidade na história da humanidade
O corpo durante a história era utilizado de diversas formas, 
dentro de determinado contexto social.
Movimentos de atividades diárias, como correr, saltar, pular...
Movimentos corporais expressivos, que são formas não 
verbais de comunicação. Ex.: gestos, posturas e expressões 
faciais.
A ética corporal, sobre a aparência do próprio corpo. Ex.: 
pudor e ideal de beleza.
O controle de impulsos e necessidades.
Em cada sociedade, o corpo é visto, concebido e tratado de 
diversas formas, dependendo de diversos fatores. 
A corporeidade na história da humanidade
Os primeiros filósofos tinham uma visão integral do corpo –
um ser único, indivisível e visível.
O corpo para o grego era formado pela Soma (corpo) e pela 
Psique (alma/mente), e ambas se completavam.
A corporeidade na história da humanidade
Para o filósofo Platão: separação do mundo.
Mundo sensível – captada pelos sentidos, composta por 
matéria – dado à corrupção. Cópia do mundo inteligível.
Mundo inteligível – mundo ideal, onde somente o intelecto 
vive, sendo um verdade absoluta e perfeito.
 
 
 
 
 
 
A corporeidade na história da humanidade
Tipos de alma:
Alma superior: ligada à racionalidade, localizada na cabeça.
Leva a um caráter racional.
Alma inferior: ligada aos bens materiais e à luxúria, localizada 
na região abaixo do abdome.
Leva a um caráter concupiscível.
Alma irascível: ligada às emoções e paixões, localizada no 
peito do ser humano.
Leva a um caráter irascível.
A corporeidade na história da humanidade
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A corporeidade na história da humanidade
O corpo para o filósofo Aristóteles:
Não considera o corpo e alma como dois seres distintos –
helimorfismo (não separação do corpo/alma).
Considera que a alma é a vida do corpo; o corpo era a 
extensão da alma – extensão física.
A alma era responsável pelas faculdades de nutrição, 
reprodução e anímica.
Sendo que tanto a alma como o corpo se completavam.
É inconcebível a separação de corpo e alma – como se pode 
ter o pensamento sem o corpo?
Importante um corpo ativo.
A corporeidade na história da humanidade
Na Idade Média (séc. V ao XV), o corpo sofre um processo de 
descorporalização. Crescente importância a racionalização.
Corpo como instrumento de trabalho, sustento e comunicação 
da sociedade. Sistemas de castas (Feudal).
Descorporalização – questões religiosas: a igreja tinha forte 
influência no sistema social, comercial e político.
Santo Agostinho: definiu o corpo como cárcere da alma, e que 
o corpo físico é uma punição para alma.
Pessimismo com relação às sensações que o corpo 
provoca.
A alma deve manter a vigilância sobre o corpo e os sentidos 
para que eles não impeçam de conhecer a verdade 
divina, colocando o corpo no caminho divino.
A corporeidade na história da humanidade
Já no renascimento, após a Idade Média, diversos avanços 
tecnológicos, com a valorização do trabalho e, principalmente, 
do intelecto, capacidade de criação e transformação do 
mundo!!!
Esquema mecanicista – o homem como um animal racional.
Fonte: http://cache1.asset-
cache.net/gc/519190164-man-followed-by-
ideasgettyimages.jpg?v=1&c=IWSAsset&k=
2&d=OAp0Tb4KR597iKW9NN%2funF5E36jv
oAieZlD564ByvHQ%3d&b=MA==
A corporeidade na história da humanidade
René Descartes: desenvolvimento do Método para a 
construção do conhecimento.
A corporeidade na história da humanidade
Descartes estabelece a divisão entre o sujeito objeto (corpo) e 
espírito da matéria (mente). 
Tendo uma visão separatista e redutora, pensamento 
semelhante à Platão, porém, com uma concepção cartesiana.
O corpo é a extensão da alma e a alma não depende dele!!!
A mente controla o corpo.
Descartes não considerava as sensações obtidas pelo corpo, 
em que o corpo somente obedecia a comandos e vontades da 
mente.
Mente = Pensamento → única forma de adquirir conhecimento.
Nesta época, o corpo passa a ser objeto de estudo → perde-se 
a proibição da Igreja → avanço nos estudos.
A corporeidade na história da humanidade
O corpo passa a ser encarado como um objeto científico.
Porém, surge Friedrich Nietzcshe, contrapondo as 
concepções de dicotomia de Descartes.
Início da concepção de corpo vivo: o corpo dentro de um 
contexto social.
Experiências de um homem vivo e não um mero objeto.
A mente não sobrepõe mais o corpo, interage com ele por 
meio dos sentidos e das emoções.
Necessidade de conhecer a linguagem que o corpo transmite.
“ Pelo corpo que se conhece a alma e não o inverso!”
A corporeidade na história da humanidade
Karl Marx também tinha o mesmo pensamento de Nietzcshe, 
que o corpo faz parte do meio e interage com ele.
Esta relação é desenvolvida através dos movimentos e estes 
movimentos geram o trabalho → Trabalho com objetivo de
alteração do meio.
Porém, como os ideais capitalistas eram muito fortes, em 
relação à produção em massa e linhas de montagens, Marx 
critica que o ser humano perde a relação da matéria produzida 
com o corpo que a produz.
Em que o corpo que era responsável pela criação e 
construção, passa a ser somente uma mercadoria de mão de 
obra, principalmente após a Revolução Industrial.
Interatividade
Como que Descartes compreende a relação do corpo e da alma 
para desenvolver este modelo?
a) Corpo e alma vivem em harmonia, habitando o mesmo corpo.
b) Pensamento semelhante a Aristóteles, colocando uma 
separação entre corpo e mente.
c) O corpo é capaz de se movimentar, de sentir, de pensar, mas 
é movido pelas sensações.
d) Pensamento semelhante à Platão, colocando uma separação 
entre corpo e mente.
e) Confere ao corpo e à alma uma relação de dependência.
A corporeidade contemporânea
A visão dualista proposta por Platão e Descartes permanecem 
até hoje → Valorização do Pesar em detrimento do
Corpo/Movimento.
Porém Nietzsche e Marx são precursores dos pensadores 
contemporâneos, com a visão de um corpo único e 
representativo.
Porém, o pensamento contemporâneo apresenta uma visão 
mais complexa, tendo como base o ser humano e sua relação 
com o mundo.
Os principais pensadores sobre o corpo são:
Maurice Merleau-Ponty;
Michel Foucault.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
O corpo é a ligação entre o indivíduo e história, e este corpo 
sofrerá as decisões teóricas e práticas do conhecimento.
Exclusão da ideia cartesiana de separação de Descartes.
Fonte: 
http://www.estudoprati
co.com.br/filosofia-de-
merleau-ponty/
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
Ele trata as sensações do corpo como algo fundamental para 
percepção do mundo, e esta sensação se dá através do 
movimento; este movimento gera interação com o mundo.
Tem como objetivo compreender o homem de uma forma 
integral → O homem é o ser no mundo.
A experiência que o corpo gera a respeito de e com o mundo e 
com outros corpos.
O movimento irá gerar a Intensionalidade.
Permite o corpo sentir e perceber o mundo, os objetos e 
outros corpos.
Esta interação irá gerar sonhos, imaginação e desejos.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
Esta ideia é chamada de Subjetividade de Merleau Ponty.
A Subjetividade irá gerar a noção de Liberdade:
O mundo existe independente do homem, porém, ele não está 
totalmente constituído e construído, dependendo assim das 
ações individuais e coletivas.
A liberdade é resultante da interação entre o interior e exterior 
do ser humano (estruturas psicológicas e históricas).
Também é considerado o contexto histórico, as relações 
sociaise a afetividade, sendo isso uma experiência corporal e 
não intelectual → Conquistado pelo movimento e pela
percepção.
A corporeidade contemporânea – Merleau Ponty
Para Ponty, o ser humano desaprendeu a viver com seu corpo.
O corpo do ser humano deve olhar, observar e sentir:
Isso irá gerar uma experiência em que o corpo reconhece o 
espaço como expressivo e simbólico.
Desenvolvendo, assim, o potencial criativo do ser humano.
O corpo se torna sensível ao mundo, manifestando, assim, a 
sua Corporeidade.
Motricidade = intencionalidade do corpo pelo movimento
Superação da separação sujeito-objeto.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Estudos da relação de poder, o saber e o corpo.
Para Foucault, o corpo irá refletir uma cultura em que ele está 
inserido, tendo três conceitos:
o sujeito produtivo;
o modo como o sujeito se constitui ao longo da vida, por 
questões internas e externas;
a forma na qual o ser humano torna-se sujeito.
Fonte: http://www.universor
acionalista.org/michel-foucault-2/
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
O corpo sofre efeitos do poder → A forma como o poder
manifesta sobre este corpo.
O poder interfere na corporeidade do sujeito, refletindo em 
seus hábitos, sentimentos, emoções e ações.
Refletindo também na realidade concreta do indivíduo. O seu 
corpo, o corpo social e adentrando na sua vida cotidiana.
O poder não está relacionado ao poder governamental, mas, 
sim, em todas as esferas do indivíduo.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Estabelecendo, assim, diversas esferas de poder.
A forma deste poder ser utilizado é por meio da Disciplina.
Fonte: http://cache3.asset-
cache.net/gc/182929067-yellow-card-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSAsset&k=2
&d=KwzJ8MD4r6kAKp52YSYNW32x3nY
Ogw%2fqeT07uSzoUaI%3d&b=MjU=
A disciplina é instaurada por uma série de 
intervenções e controles regulatórios,
sendo isso uma Biopolítica. 
Biopolítica: Controle da massa e não 
individual.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Práticas disciplinadoras atuais:
imposições de gestos, atividades, uso, repartição espaciais;
cálculo de tempo;
prisões, hospitais e escolas.
Fonte: 
cdn.morguefile.com/imageDa
ta/public/files/h/HB28/05/l/143
1023733ug0e2.jpg
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Um corpo disciplinado o mantêm introjetado → Sem
consciência de questionamento pelo indivíduo.
Levando para um autocontrole não necessitando de controle 
externo produzindo um corpo dócil.
Desenvolvendo um controle da energia de trabalho, que se 
baseia em quatro elementos:
a distribuição de corpos em funções determinadas;
controle da atividade individual;
organização da formação, pela internalização e aprendizagem 
de funções;
composição das forças pela articulação funcional das forças 
corporais em aparelhos eficientes.
A corporeidade contemporânea – Michel Foucault
Sendo assim, a disciplina é observada no nosso corpo de três 
formas:
vigilância hierárquica;
sanções normalizadoras;
exames.
O corpo se tornando um objeto de submissão
Formando corpos para o exercício de tarefas específicas e, 
assim, aumentando a força dos corpos, em questões 
econômicas de utilidade.
O corpo é um confronto bélico!! Sem liberdade!!
Interatividade
O filósofo francês Merleau-Ponty traz uma concepção 
diferenciada de como perceber e conceber o corpo perante a 
mente. Com isso, como que o corpo é tratado segundo a ótica 
de Merleau-Ponty?
a) Noção de liberdade, em que o mundo não existe sem o 
homem.
b) Objetivo de buscar a compreensão do homem de uma forma 
segregada.
c) Uma visão diferente a respeito da mente, que encara as 
sensações como algo distinto dos sentidos.
d) O corpo é tratado como um campo criador de sentidos.
e) O corpo é uma matéria intelectual.
A motricidade humana na Educação Física
O corpo em movimento sempre foi um dos encantos da 
Educação Física, seja em um ambiente escolar, em um jogo 
recreativo ou em um contexto de alto rendimento.
Será que este encanto se dá pela compreensão completa do 
movimento?
Se a compreensão for realizada de uma maneira segregada...
Em muitos casos, a Educação Física acaba tendo uma visão 
reducionista do movimento, excluindo a complexidade das 
interações entre as diversas esferas do ser humano.
A motricidade humana na Educação Física
A motricidade surge como sinal da corporeidade que está no 
mundo para alguma objetivo.
O movimento está relacionado a um entendimento e interação 
com o mundo e o sujeito. Respeitando a complexidade do ser 
humano.
“ A motricidade representa a vocação da abertura do homem aos
outros e ao mundo, funcionando, em certo sentido, como 
provocação que liberta da solidão, para inseri-lo no plano da 
convivência.” (TOJAL, 2011)
A motricidade humana na Educação Física
Com isso, existe uma linha complexa entre os componentes 
internos. Ex.: sistema nervoso e componentes externos. Ex.: 
cultura.
Os componentes externos são captados a partir das 
experiências de interação com o meio externo, 
representando, assim, uma Intensionalidade.
Com isso, a Motricidade revela a intencionalidade operante do 
homem em se movimentar com sentido e conteúdo.
Com objetivo de sempre se superar, e não apenas uma 
máquina reprodutora de movimentos preestabelecidos.
A motricidade humana na Educação Física
Motricidade → busca pela superação de algo que seja
interessante para o sujeito, que é particular de cada indivíduo, 
tendo como foco o seu máximo.
A Educação Física deve se preocupar com o sujeito que 
produz o movimento e não somente com as estruturas que o 
produz – músculos, articulações e ossos.
A partir do corpo, a motricidade representa um significado 
para o corpo, pois este significado representa uma 
intencionalidade.
A motricidade humana na Educação Física
Intencionalidade que é manifestada na intenção do corpo, 
aumentando, assim, o entendimento da percepção, que é a 
ligação entre o corpo e o mundo.
Motricidade é muito mais que somente o organismo...
O homem é integral em movimento, sendo assim a expressão 
da corporeidade em belos movimentos corporais, com 
intencionalidade, em consonância com mundo, se 
relacionando com as coisas e inserido o homem em processo 
construtivo.
A motricidade humana na Educação Física
Pela motricidade, o homem tem suas primeiras experiências 
de exploração do mundo pelo movimento.
Constituindo, assim, um processo de humanização, pois a 
aprendizagem de cada indivíduo ocorre em sua relação com o 
meio social.
Fonte: 
https://cdn.morguefile.co
m/imageData/public/files/j/
Jogonesoft/01/l/145396923
3bx5mq.jpg
A motricidade humana na educação física
A motricidade humana é um fenômeno complexo.
A motricidade não nasce pronta, não apresenta uma ordem 
cronológica, nem acontece em estágio.
A motricidade é um constructo social, dependendo de uma 
interação.
Com isso, são apresentadas infinitas possibilidades de 
construção de uma motricidade do indivíduo.
Interatividade
O que é a motricidade humana?
a) É a expressão de uma intencionalidade segregada do ser 
humano.
b) É o ser humano visto de uma maneira integral, porém, sem 
objetivos e intenções definidos.
c) É a expressão da corporeidade, através da intencionalidade 
dos movimentos.
d) Expressão da corporeidade, sem a relação entre o homem e 
a cultura que ele percebe.
e) É uma compreensão do movimento.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
Qual o objetivo ou alvo de estudos da Educação Física?
Um corpo dividido e segregado: Anatomia; Fisiologia; 
Psicologia. Uma visão Dualista.
Essa separação é ruim para a compreensão do ser humano?
Depende...
“ (...) É fundamental que os especialistas não percam de vista a
totalidade do ser humano... as diferentes áreas do saber são 
apenas perspectivas, parcialização do homem, embora 
cooperem para o conhecimento, não desvelem seu ser total, 
mascarando sua essência.” (GONÇALVES, 2012)
A corporeidade na Educação Física e no esporte
A Educação Física se relaciona com a corporeidade ea 
motricidade humana, abrangendo diversas formas de 
atividades físicas.
As diversas formas de atividades físicas representam a cultura 
ou fenômenos culturais.
Quando ocorre a interação com a cultura, o sujeito se 
apropria dela, acontecendo, assim, um integração com 
sua história.
Desenvolvendo, assim, a formação da história da 
humanidade.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
É necessário que a Educação Física trate o corpo como sujeito 
e não objeto → Intensionalidade.
Corporeidade – uma proposta de superar a visão mecanicista 
ou a dicotomia fragmentadora do ser humano.
Educação Física acaba por trazer para a sua atuação a ideia 
de um corpo que desenvolve um trabalho por meio de 
movimento, de uma forma mecanizada → corpo-máquina 
e corpo-objeto.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
A ideia de corpo-máquina/objeto, foi trazido por Descartes –
mente controla o corpo, sem qualquer reflexão ou intenção.
Na sociedade moderna, são observados conceitos estéticos 
empregados em que se é colocado padrões e referenciais 
corporais para serem seguidos.
A manipulação em busca de uma beleza padroniza.
O corpo-objeto participa de um mundo de trocas, em que seus 
interesses são determinados por um sistema social, 
transformando o corpo em uma mercadoria.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
A Educação Física atua, principalmente, na esfera biológica 
para a manutenção da saúde corporal.
Com isso, práticas que são realizadas em qualquer tipo de aula 
de Educação Física acabam por utilizar o conceito de corpo-
máquina e o corpo-objeto:
correr em volta da quadra;
fazer alongamento, sem saber o motivo;
realização de movimentos repetitivos até a exaustão;
quando chega-se no limite, faz-se a utilização de 
anabolizantes para chegar ao padrão “ desejado” ou imposto.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
Corpo-máquina = corpo dócil, passivo perante o mundo real, 
conformista que acaba adotando tudo que a sociedade lhe 
impõe.
Assim, traz-se a ideia de um corpo que consome, um corpo-
mercadorias.
Corpo que pode ser trocado, modificado de acordo com os 
modismos culturais vigentes.
Consumo exagerado e desenfreado > Capitalismo.
Isto afeta a corporeidade dos indivíduos.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
Isto afeta a corporeidade dos indivíduos, mas como?
As questões sociais determinam as normas de relacionamento 
com o corpo, práticas de beleza, manipulação e mutilação, 
apresentando um significado superficial e simbólico.
Diversas alterações nos padrões de beleza durante o século 
XX, principalmente na busca por um corpo magro e com 
formas definidas.
Somente este padrão é bem aceito pela sociedade.
Acarretando problemas no conceito da autoimagem.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
A autoimagem é construída a partir de três componentes:
perceptivo – aparência física;
subjetivo – satisfação da aparência;
comportamental – situação de fuga, desconforto.
A autoimagem é reforçada pela sociedade, mediante 
aprovação e pela modelação, tentando reproduzir ou imitar um 
padrão determinado.
A corporeidade na Educação Física e no esporte
A busca incessante pelo padrão aceito pode levar a uma visão 
deturpada da autoimagem, gerando transtornos alimentares:
bulimia;
anorexia nervosa (autoinanição).
Estes tipos de transtornos têm as mulheres como principais 
vítimas.
Fonte: http://cache4.asset-
cache.net/gc/512623523-male-
anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSA
sset&k=2&d=1gc6FjpkWorOFC
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Fonte: http://cache1.asset-
cache.net/gc/471105594-
anorexia-
gettyimages.jpg?v=1&c=IWSAss
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A corporeidade na Educação Física e no esporte
Outro transtorno de autoimagem:
Disformia muscular.
Transtorno este que pode levar ao desenvolvimento da 
vigorexia, acarretando, principalmente, homens jovens.
O que leva a desenvolver os transtornos de imagem?
imposição da mídia, sociedade e meio esportivo;
considerar um padrão ideal e que sem ele não se obterá a 
felicidade;
o corpo como prisioneiro de um sistema de poder.
O profissional de Educação Física e a corporeidade
O profissional de Educação Física pode ter dificuldade em 
perceber e compreender a corporeidade, devido:
às características acadêmicas – processo científico;
à divisão pela qual o ser humano em movimento é estudado.
O profissional deve formular uma concepção diferenciada em 
relação ao corpo humano:
Não ter ideia de um corpo perfeito, ou a ser melhorada para 
um rendimento, mas, sim, um corpo vivo, que tem uma 
existência, racional e sensível.
O profissional de Educação Física e a corporeidade
A corporeidade considera um ser Biológico e também um ser 
Social → relação com o contexto social.
O profissional deve ser capaz de compreender o homem em 
sua totalidade e, assim, produzir uma intervenção condizente 
com a realidade deste homem.
Para conseguir aplicar esta concepção:
o profissional deve buscar um corpo possível em uma prática 
sistematizada;
deixar de lado o corpo idealizado, abandonando o modismo 
sazonal da Educação Física.
O profissional de Educação Física e a corporeidade
O profissional não pode desprezar as experiências do sujeito e 
o sistema social e cultural em que ele está inserido.
Procurar contribuir para o desenvolvimento deste corpo real e 
existente, que irá se movimentar em busca de uma superação.
Saber trabalhar o sujeito racional, criativo, dependente do 
conhecimento de si, dos outros e do mundo.
Se o profissional entender isso, ele agregará diversos valores 
que darão suporte à sua atuação.
O profissional de Educação Física e a corporeidade
A corporeidade exigirá um trabalho amplo do profissional:
atuará com uma grande variedade de sujeitos;
ir contra as mensagens vinculadas por diversos meios de 
comunicação.
A compreensão de uma corporeidade integral faz com que o 
profissional tenha consciência dos rumos que a área 
apresenta.
Valorizar o sentido de humanidade e o sujeito-autor de uma 
história e de uma cultura.
Interatividade
A busca por padrões de beleza e corpos esculturais pode 
desencadear alguns problemas para as pessoas que as seguem. 
Quais são estes problemas?
a) Transtornos de autoimagem, como a bulimia e anorexia.
b) Transtornos de intencionalidade, como a disformia
muscular.
c) Transtorno de autoimagem, como a vigorexia.
d) Deve-se se seguir os padrões e modas colocados pela área 
fitness e qualidade de vida.
e) A mídia não tenta impor qualquer tipo de padrão.
ATÉ A PRÓXIMA!

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