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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Mévio, estado civil..., servidor público federal, RG..., CPF..., endereço eletrônico..., com endereço..., por seu advogado, com procuração em anexo, com escritório no endereço..., onde receberá as intimações devidas, vem respeitosamente, com fundamento no Art. 5°, inciso LXXII, alínea “a”, da Constituição Federal e Lei n° 9.507/97, impetrar: HABEAS DATA Em face do ato praticado pelo Sr. Ministro dos Esportes, vinculado à União, pessoa jurídica de direito público interno, com endereço..., pelas razões de fato e de direito: I. DOS FATOS O autor, servidor público federal, tem a intenção de se submeter a novo concurso e, para tal, necessita de acesso a informações pessoais que constam nos assentamentos do Ministério do Esporte. Para isso, solicitou por petição tais informações ao Ministro que, por sua vez, negou o pedido sob a justificativa de que todas as informações estão sob sigilo em virtude dos contratos firmados com o Comitê Olímpico Internacional (“COI”) para a realização das Olímpiadas e ainda, na grande demanda de trabalho no órgão que não permitiria a prestação das informações requeridas naquele momento. Ocorre que, como restará demonstrado, o ato é ilegal e merece ser afastado. II. DO DIREITO A Constituição da República de 1988 assegura a todos o direito à informação, direito esse considerado fundamental (CRFB, art. 5.º, inciso XIV e XXXIII), sendo assim, o habeas data visa tutelar informações de caráter personalíssimo constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, para a retificação de dados, anotações ou complemento de informações pessoais. No caso em tela o que se pleiteia é a garantia constitucional de ter conhecimento a informações personalíssimas constante em banco de dados de entidade governamental, o que também é assegurado pela Lei. nº 9.507/97 em seu Art. 7°, incisos I e II. Ademais, tem-se ainda a mesma garantia reforçada na Lei de Acesso à Informação de 2011, em seus artigos. 6º, 7º, 31, §1º, I, que preconizam a obrigação dos órgãos e entidades do poder pública acerca da autenticidade, integridade proteção e disponibilidade das informações. Por fim, a Lei 13.709/18 (“LGPD”), confirma, em seu art.18, que o titular de dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição. Nesta senda, resta evidenciado que a legislação é uníssona ao garantir o acesso aos dados pessoais por seu titular, sendo necessária apenas a requisição ao órgão público controlador, não assistindo razão ao ministro ao negá-los ao impetrante. III. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) seja o coator notificado para que preste as informações necessárias no prazo de 10 (dez) dias (Art. 9° da Lei n° 9.507/97); b) seja a ação julgada procedente para marcar data e horário para que o coator apresente ao autor as informações a seu respeito, nos termos da fundamentação (Art. 13, inciso I, da Lei n° 9.507/97); c) a intimação do representante do Ministério Público (Art. 12 da Lei n° 9.507/97); d) a prioridade no julgamento (Art. 19 da Lei n° 9.507/97); e) a juntada dos documentos que comprovam a negativa da informação requerida mediante petição administrativa (Art. 8°, parágrafo único, inciso I, da Lei n° 9.507/97 e Art. 320 do Código de Processo Civil). Dá-se a causa o valor de ... Local... Data Advogado... OAB...
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