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Habeas Data

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA FEDERAL DA 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ___ 
 
 
ROBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº.., 
inscrito no CPF sob o nº..., endereço eletrônico, residente e domiciliado em..., 
na rua, nº, bairro, representada por seu advogado acordo com o art. 77, V, do 
CPC, conforme procuração e assinada em anexo, com endereço profissional na 
rua, bairro, nº, Cidade, CEP, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar, 
com fulcro no art. 5º, inciso L XXII, alínea a, da Constituição da República 
Federativa do Brasil , bem como na Lei nº 9.507/97, impetrar o presente, 
HABEAS DATA, em face ato coator praticado pelo SUPERINTENDENTE 
REGIONAL DO INSS, AUTARQUIA FEDERAL, vinculada ao Ministério 
do Trabalho e da Previdência Social , sediada na rua, nº..., 
bairro...,Estado... pelos fundamentos de fato e de direito que se seguem: 
 
DA GRATUIDADE 
 
Primeiramente se faz importante asseverar que o habeas data, por 
mandamento constitucional, caracteriza-se como ação gratuita nos 
termos do art. 5º, inciso LXVII, da Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988, c/c o art. 21 da Lei nº 9.507/97. 
 
Razão pela qual não se deve falar em recolhimento de custas 
processuais, ou quaisquer outros valores para a prestação da justiça 
ora requerida. 
 
CABIMENTO DO HABEAS DATA 
O habeas data é uma ação constitucional que tem como objeto a 
tutela dos direitos fundamentais, direito líquido e certo do impetrante 
referentes a informações personalíssimas que pretende conhecer, as 
quais se encontram em registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público, assim, por meio do habeas data 
objetiva-se fazer com que todos tenham acesso às informações que o 
Poder Público ou entidade de caráter público possuam a seu respeito, 
conforme o previsto na Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988, no art. 5º, inciso LXXII, alínea a e na Lei nº 9.507/97, 
art. 7º, inciso I. 
No caso em tela, faz-se presente a condição da ação necessária 
para a impetração do habeas data, visto que a impetrante procurou 
obter a informação de caráter pessoal pela via administrativa através de 
um requerimento, como foi descrito na narração fática, mas o mesmo 
foi negado com base em uma justificativa infundada. 
 
DA LEGITIMIDADE DO AGENTE COAUTOR 
 
A legitimidade para a impetração de habeas data é sempre do 
impetrante para informações de si, ou seja, é um remédio 
personalíssimo. A legitimidade ativa para a impetração do habeas data 
está prevista no art. 5º, inciso LXXII, alínea a, na Constituição da 
República Federativa do Brasil e no art. 7º, inciso I, da Lei nº 9.507/97. 
Assim, no caso em tela, o legitimado ativo para impetrar o habeas 
data é a Sr.ª Magnólia, pois visa assegurar o conhecimento de 
informação de caráter personalíssimo que foi recusado, sem nem uma 
justificativa, pelo Superintendente Regional do INSS. 
 
Da leitura do art. 5º, inciso LXXII, alínea a, da CRFB de 1988, c/c 
o art. 1º, parágrafo único da Lei nº 9.507/97, pode-se extrair que o 
legitimado passivo é sempre registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público, ou seja, é sempre que tem o 
poder-dever de conceder vistas, retificação ou de dados referentes ao 
legitimado ativo. 
No caso em tela, conclui-se que o legitimado passivo é o 
Superintendente Regional do INSS, que tem o poder-dever de conceder 
as informações pleiteadas pela impetrado. 
 
 
DOS FATOS 
 
 
O impetrante durante o período de 40 anos na empresa “Cadilac”, 
tendo constatado que, além do tempo de contribuição para com o Seguro 
Social, preenchia os demais requisitos para concessão do benefício de 
aposentadoria. 
 
Por conta disso, o paciente ingressou com requerimento do 
benefício previdenciário junto ao INSS, o qual foi deferido pela autarquia 
federal. 
 
Ocorre que no dia do recebimento do benefício, não houve 
nenhum pagamento. Após dirigir-se à agência da autarquia mais 
próxima de sua residência, Roberto, ora impetrante, notou que os 
números de seu CPF e RG estavam errados no cadastro do órgão, o 
que inviabilizou o recebimento do benefício. 
 
Diante de tal situação, o paciente requereu a correção dos seus 
dados, administrativamente, junto ao INSS. 
 
No entanto, para a sua surpresa o pedido de correção de dados 
foi indeferido pelo Superintendente Regional da autarquia federal, 
sob o fundamento de que somente o Presidente da República 
poderia retificá-lo. 
 
 
 
DO DIREITO 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
assegura a todos o direito à informação, direito esse considerado 
fundamental (CRFB, art. 5º, inciso XIV e XXXIII), porém o habeas data 
visa tutelar informações de caráter personalíssimo constantes de 
registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público, para a retificação de dados, anotações ou complemento de 
informações pessoais. 
 
No caso em tela o que se pleiteia é a garantia constitucional de ter 
seus dados refertes ao RG e CPF retificados, pois estes estão diversos 
no banco de dados da autarquia federa, a qual se nega a modificá-los 
trazendo transtornos ao impetrante. 
 
Tal direito vem assegurado na Constituição Federal, in litteris: 
 
“Art. 5º LXXI – conceder-se-á habeas data Para assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público.” 
 
O dispositivo exarado acima assegura à impetrante o direito ao 
conhecimento da informação de caráter pessoal que está em seu poder 
em face da sua recusa no fornecimento da informação solicitada pela 
via administrativa. 
 
Ressalta-se que tal garantia também vem assegurada na Lei 
Nº 9.507/97, expressamente: 
 
“Art. 7º Conceder-se-á habeas data: 
 
I – para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante, constante de registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público.” 
II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação 
ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob 
pendência judicial ou amigável. 
 
Tal lei infraconstitucional visa ratificar a tutela assegurada 
pela Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, no art. 5º, 
inciso LXXII, alínea a. 
 
Assim, cumpre destacar que, a impugnação administrativa do 
Superintendente Regional do INSS, feriu o direito líquido, certo e 
personalíssimo do Impetrante, não restando outra alternativa a não ser 
impetrar o presente Mandado de Segurança, para que lhe seja garantido 
o direito tolhido pela autoridade federal. 
 
 
DOS PEDIDOS: 
 
Diante do exposto, requer: 
1. A notificação da autoridade coatora, sobre os fatos 
narrados, assim, se for interesse prestar informações, de 
acordo com o art. 11 da Lei nº 9.507/97; 
2. A oitiva do representante do Ministério Público no prazo 
legal de cinco dias nos termos do art. 12 da Lei 
nº 9.507/97; 
3. Pedido de prioridade de julgamento conforme o art. 19 da 
Lei nº 9.507/97; 
4. Que julgue procedente o pedido, determinando ao 
impetrado o conhecimento da informação aqui pleiteada. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.045,00 (um mil, quarenta e 
cinco reais) para fins legais. 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
Local/data 
Advogado. 
OAB/UF

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