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EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo Apresentação da disciplina Bem-vindo(a) à disciplina de Empreendedorismo! Empreender é um desafio e, para obtermos o êxito desejado, o processo empreendedor requer muita atenção, conhecimento e dedicação. Será que todos podem empreender? Quando lembramos nossos sonhos de criança encontramos várias recordações empreendedoras latentes. Os sonhos que pareciam impossíveis nos moviam em determinada direção e adicionavam sabor à vida! Na idade adulta, muitas pessoas se reencontram com estes ideais, alguns antes mesmo de entrar para o mercado de trabalho formal, outros após acumular alguma experiência de vida. Mas este interesse não é de hoje! Os economistas, que já no século XVII buscavam definições e estudos sobre a atividade empreendedora, persistem esta corrente até os dias atuais, com o recente aporte dos psicólogos, voltados à parte comportamental do indivíduo, e muito se construiu em termos de estudos e conhecimento sobre o empreendedorismo. Pergunte a si mesmo se você tem essa vocação empreendedora! Há características que nos definem como tal, algumas muito evidentes, outras nem tão óbvias assim. Nessa disciplina você conhecerá aspectos da motivação empre- endedora e as características que definem o empreendedor, além de conceitos, técnicas e ferramentas que auxiliam esta atividade. Estudaremos também a importância do empreendedorismo para o indivíduo e para a sociedade, como construtor de riqueza e desenvolvimento econômico e social, gerador de empregos e inclusão, fomentando a inovação e o processo criativo. Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo Introdução Olá, seja bem-vindo(a) à primeira unidade de aprendizagem da disciplina Empreendedorismo! Você sabia que o empreendedorismo é uma atividade muito antiga, cujo conceito está atrelado às expedições militares e mercantilistas dos séculos passados? Saberia dizer quais são os propósitos do empreendedorismo? Tem ideia da importância deste assunto para o desenvolvimento econômico? Neste tópico vamos estudar o histórico do empreendedorismo e conhecer as escolas de pensadores dedicadas a conceituar esta atividade, que, além do lucro direto, tem como propósito a realização pessoal. Você também aprenderá sobre a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento socioeconômico de um país, especialmente quando ele ocorre em um ambiente de pesquisa e inovação, produzindo bens e serviços de maior valor agregado, além de contribuir com o expressivo aumento de postos de trabalho. Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Objetivos e conceitos de empreendedorismo Vamos inciar nossa jornada pelo mundo do empreendedorismo? Seus primeiros passos serão compreender a formação do conceito de empreendedorismo, os tipos básicos de empreendedorismo e a importância desta atividade. Conceitos de empreendedorismo Diversos pesquisadores já se dedicaram à tarefa de conceituar empreendedorismo. Para Dolabela (1999), por exemplo, o empreendorismo está ligado à realização e ao estilo de vida, sendo o trabalho confundido com prazer. Já para Pinchot (1989) a necesidade de realização é o fator que melhor define empreendedorismo. Por sua vez, Kuratko e Hodgetts (1998) afirmam que o empreendedorismo não se restringe apenas à criação de negócios, mas também à criação de oportunidades e ao compromisso de assumir riscos calculados. Portanto, segundo estes autores, podemos afirmar que o empreendedorismo consiste na criação de negócios por meio de oportunidades identificadas, assumindo riscos calculados, atendendo aos anseios de realização pessoal daquele que empreende, encontrando prazer no trabalho e definindo um estilo de vida. Para aprofundarmos nossa discussão acerca da evolução do conceito de empreendorismo, vamos conhecer agora as cinco escolas propostas por Filion (1999). Confira a seguir. Escola econômica Você sabe por que a palavra empreendedorismo, muitas vezes, remete à ideia de aventura arriscada em busca de lucro? O motivo são as primeiras abordagens sobre o assunto, em 1755, época das navegações comerciais e da exploração do novo mundo. Foi neste período que o economista francês Richard Cantillon (2002) projetou na incerteza da revenda de uma mercadoria, comprada por um preço certo, o risco de se obter lucro. EMPREENDEDORISMO Fonte: Sergey Mikhaylov, Shutterstock, 2017. Posteriormente, já na primeira metade do século XX, o economista austríaco Joseph Alois Schumpeter (1982) apresentou o conceito da “destruição criadora” e a ideia de inovação, ou seja, a introdução de novos produtos, processos, insumos e estruturas organizacionais. Perceba que nesta escola o objetivo é provocar uma destruição da ordem econômica vigente e propor uma nova solução. Escola comportamentalista Ainda no fim do século XX são as características comportamentais que definem o empreendedor. McClelland (1972) caracterizou o empreedendor por meio de suas características e motivações, sendo a autorrealização o elemento fundamental de sua teoria. Para a maioria dos autores, esta escola e a escola econômica são consideradas as principais correntes que definem empreendedorismo. EMPREENDEDORISMO Escola fisiológica Nesta escola, Harrel (1994) defende que o empreendedorismo é uma característica inata do indivíduo, no qual o ambiente pouco interfere; reforçando a ideia de que o indivíduo já nasce pronto. Escola positivo-funcional Neste momento, a relação entre o indivíduo e o ambiente ganha importância. Para Filion (1999) e Miner (1998) não basta o indivíduo ser um empreendedor por natureza, pois o sucesso depende também do ambiente. Escola do mapeamento cognitivo Por fim, Cossette (1994) define o empreendedorismo a partir do raciocínio estratégico. Para ele, é preciso estar atento ao ambiente e voltado ao conhecimento e à inovação. Você deve perceber que nesta escola o capital intelectual e a inovação são os pilares fundamentais do processo empreendedor. Os principais aspectos do empreendedorismo são: risco e lucro elevado; inovação e oportunidade; realização pessoal. Empreendedorismo social e intraempreendedorismo Você sabia que nem sempre o objetivo final do empreendedorismo é o lucro? É possível empreender também ajudando os outros. Você pode criar uma organização não governamental (ONG) e proporcionar ganhos sociais, por exemplo; ou fundar uma associação que promova o bem estar da sociedade ou de um grupo específico. A esta prática chamamos de empreendedorismo social (MELO NETO; FROES, 2002). Observe a seguir as diferenças entre o empreendedorismo privado, que visa o lucro individual, e o empreendedorismo social, voltado para a comunidade. EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo privado Empreendedorismo social É individual É coletivo Produz bens e serviços para o mercado Produz bens e serviços para a comunidade Foco no mercado Foco nas soluções para problemas sociais Tem no lucro sua métrica de desempenho Tem no impacto social sua métrica de desempenho Propõe-se a satisfazer clientes e ampliar as potencialidades do negócio Promove o bem estar social, removendo pessoas de situação de risco Fonte: Adaptado de MELO NETO e FROES, 2002. Outra forma reconhecida de empreendedorismo é o intraempreendedorismo. Você, por exemplo, já teve uma ideia que julgou fantástica, e que traria benefícios a uma organização, como uma melhoria no processo produtivo ou uma forma de atender melhor o cliente? A esta prática chamamos de intraempreendedorismo. Assim, podemos dizer que o intraempreendedorismo ocorre dentro de uma organização, pública ou privada, e busca inovação para competitividade (HASHIMOTO, 2006). O empreendedorismo social e o intraempreendedorismo são formas de empreender, produzir riqueza e obter realização pessoal dentro de uma organização. Importância do empreendedorismo Alguns estudiosos, como Timmons (1990), afirmam que o empreendedorismo é uma das revoluções silenciosas degrande impacto do século XX, assim como a Revolução Industrial no século XIX. Você saberia dizer por quê? Observe: se antes houve uma migração do campo para as cidades, e o abandono das atividades artesanais em prol da produção industrial, agora percebemos que ganha espaço a movimentação de microempreendedores e suas startups, com negócios digitais, iniciativas artesanais voltadas para a qualidade e customização dos bens e serviços, em linha com as orientações ambientais e EMPREENDEDORISMO com novos ambientes de trabalho. Vale destacar ainda que as revoluções silenciosas provocam grandes mudanças, mas nem sempre podemos percebê-las de imediato, pois não há uma ruptura aparente. Fonte: wavebreakmedia, Shutterstock, 2017. Desta forma, devemos compreender que o empreendedorismo tem um papel fundamental na nova economia, pois, além de produzir inovação e conhecimento, ele é capaz de promover a melhoria contínua de processos, conhecida como inovação incremental, o que o torna ainda responsável pela geração de empregos e pela inclusão social. Vale destacar que a nova economia é aquela que abandona o emprego formal, como única forma de trabalho, e valoriza o conhecimento gerado dentro e fora das organizações. Neste contexto, podemos dizer que o empreendedorismo é essencial para o desenvolvimento econômico de um país. Dornelas (2005) ressalta ainda que há dois tipos de empreendedores: o de oportunidade e o de necessidade. Vamos conhecer a diferença? Acompanhe. EMPREENDEDORISMO O empreendedorismo de necessidade está mais presente em países em desenvolvimento, como o Brasil, sendo resultado da necessidade de subsistência, do desemprego e da informalidade. Já o empreendedor por oportunidade, mais presente em países desenvolvidos, cria seu negócio com base em conhecimento de mercado e planejamento, com clara visão de onde pretende chegar. O empreendedorismo por oportunidade vem crescendo no Brasil, mas ainda não tem a representatividade ideal. É na inovação que encontramos valor agregado hoje e, portanto, maior oportunidade de geração de riqueza, aumento de renda e, consequentemente, desenvolvimento econômico e social. Fonte: Quick Shot, Shutterstock, 2017. O incentivo à pesquisa e inovação promove o empreendedorismo por oportunidade, gerando desenvolvimento econômico e social em um país, além de riquezas. EMPREENDEDORISMO O Empreendedor Introdução Bem-vindo(a) à unidade de aprendizagem 2! Todo empreendedor pode ser um gestor. Mas, será que todo gestor é, necessariamente, um empreendedor? Afinal, como podemos identificar um empreendedor? Quais são os aspectos que constituem este personagem que tomou conta do cenário dos negócios nos últimos anos? Na primeira unidade de aprendizagem estudamos o empreende- dorismo, seus conceitos e importância. Agora você aprenderá a identificar o comportamento de um empreendedor, assim como suas características mais marcantes, com base em um perfil psicológico, e conhecerá ainda o conceito de Capital Intelectual. Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Teoria de McClelland, Capital Intelectual e perspectiva psicológica A partir de agora vamos estudar as características e o comportamento de um empreendedor, entender o conceito de Capital Intelectual e aprender sobre o trabalho do psicólogo David McClelland. Características comportamentais do empreendedor Uma situação que vem mudando nas últimas décadas é a percepção de que nem todo administrador é um empreendedor, e que muitas vezes a habilidade de gestão não é, necessariamente, o forte de muitos empreendedores (DORNELAS, 2003). Como já abordado anteriormente, podemos dizer que o risco é inerente ao lucro na atividade empreendedora, cuja proporção determinará sua atratividade. Fonte: Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Para que você aprofunde seus conhecimentos sobre os aspectos que envolvem o perfil do empreendedor, vamos estudar alguns conceitos. De acordo com Filion (1999), a base do empreendedor é a sua visão do negócio, e é por meio dela que o indivíduo organiza e desenvolve seu empreendimento, auxiliando a definir e atingir objetivos, mantendo elevado nível de consciência do ambiente, detectando oportunidades de negócios. A visão do negócio é responsável também por disparar o alerta para novas oportunidades e tomadas de decisões de risco moderado, com foco na inovação. Confira, a seguir, algumas características atribuídas aos indivíduos empreendedores, de acordo com Dornelas (2008). Visionários: estabelecem uma visão de futuro e de vida do negócio, e têm habilidade de implementá-la. Hábeis tomadores de decisão: tomam uma decisão com segurança, mesmo diante de adversidades, aplicando-a de modo rápido e seguro. Sabem fazer a diferença: transformam a abstração em algo concreto, agregando valor a uma ideia de bem ou serviço. Sabem explorar as oportunidades: enxergam oportunidades em ideias que outros não conseguem. Determinados e dinâmicos: superam obstáculos com devoção aos objetivos. Dedicados: investem o tempo que for necessário para concretizar seus planos. Otimistas e apaixonados: acreditam em seus projetos e transformam a paixão em combustível para seguir em frente. Independentes: têm na inovação a primazia, isto é, ser o primeiro a fazer algo, uma especial satisfação. Gostam de fazer seu próprio caminho. Líderes aglutinadores: sabem estimular, valorizar e recompensar aqueles com quem trabalham. Construtores de redes de relacionamento: sabem estabelecer relacionamentos produtivos, internos e externos. Organizados: racionalizam muito bem seus recursos e capitais para maximizar seus desempenhos. Hábeis planejadores: estruturam todos os passos da constituição de seus negócios, formalizando- os em um consistente Plano de Negócios. Valorizam o conhecimento: têm consciência de que quanto mais souberem acerca do ramo de negócios maiores serão as chances de sucesso. EMPREENDEDORISMO Têm consciência dos riscos: sabem mapear e gerenciar os riscos inerentes ao negócio pretendido, e têm ciência das chances de sucesso; Criadores de valor para a sociedade: conseguem gerar valor para a sociedade por meio da inovação, criando novos empregos. Desta forma, de acordo com Dolabela (1999), podemos dizer que o empreendedor de sucesso apresenta um conjunto de atitudes e comportamentos que o tornam mais criativo, aptos a reconhecer oportunidades e buscar recursos para negócios lucrativos. Fonte: Nokz, Shutterstock, 2017. Dornelas (2008) elenca ainda três habilidades necessárias ao empreendedor. Observe a seguir. Habilidades técnicas: conhecimento técnico sobre sua área de atuação e capacidade para trabalhar em grupo, ouvindo e comunicando com clareza. Habilidades gerenciais: conhecimento de todas as áreas da empresa, da produção ao financeiro, controle dos processos e bom negociador. Habilidades pessoais: disciplinado, inovador, persistente e apto a gerenciar o risco de desenvolver liderança com visão do negócio. EMPREENDEDORISMO Os empreendedores são capazes de observar oportunidades e conceber uma visão de futuro, dedicando tempo e esforço para a construção do negócio. Conhecimento e Capital Intelectual No tópico anterior vimos que o empreendedor tem, entre várias características comportamentais, a capacidade de valorizar o conhecimento e construir redes de relacionamento (DORNELAS, 2008). Drucker (1994) define o conhecimento como o recurso econômico básico, substituindo o capital, os recursos naturais e a mão-de- obra como meios de produção, e gerenciá-lo eficientemente se tornou fator crítico de competitividade para as organizações. É importante destacar que a Gestão do Conhecimento é um processo que facilita e estimula a criação, o compartilhamento e o uso de conhecimentos individuais e coletivos, agregando valor e acrescentando vantagem competitiva a processos, produtos e serviços (TERRA, 2005). Considerando a importância da Gestão do Conhecimento, entender o conceitode Capital Intelectual é fundamental para uma ação empreendedora. O Capital Intelectual, segundo Stewart (1998), pode ser encontrado em três elementos, conforme veremos a seguir. Capital Humano: provê inovação e renovação, que pode ser individual ou coletiva/empresarial. Capital Estrutural: fornece o suporte por meio de sistemas de informação, redes, laboratórios, entre outros meios. Capital Cliente: responsável pela conversão do capital intelectual em dinheiro, trata-se do valor dos relacionamentos de negócio entre uma empresa e as pessoas, seus clientes. Capital Humano Capital Estrutural Capital Cliente Capital Intelectual EMPREENDEDORISMO O Capital Intelectual é fundamental para uma organização se manter competitiva, investindo em fator humano, estrutural e na relação com os clientes. A contribuição teórica de McClelland Você sabe quem foi David McClelland? Considerado um dos mais importantes estudiosos do comportamento empreendedor, este psicólogo é responsável por importantes obras que serviram de referencial para estudos posteriores. Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2017. Agora, convido você a fazer uma rápida viagem pelo trabalho de McClelland. Acompanhe! No início da década de 1950, junto com outros estudiosos, McClelland publicou “The Achievement Motive” (1953), obra que apresentou o conceito da motivação realização, resultado de suas pesquisas na Universidade de Wesleyan, entre 1947 e 1952. Cinco anos depois, surge “Talent and Society” (1958), que trabalha os conceitos de personalidade e realização. EMPREENDEDORISMO No Brasil, em 1972, McClelland apresenta a obra “Sociedade Competitiva” (1961), estabelecendo a relação entre motivação e desenvolvimento econômico. Neste livro, o autor propõe que a motivação humana reside em três necessidades: realização, afililação e poder. Em 1982 McClelland realiza um novo estudo, que envolve empreendedores de 32 países, estabelecendo as dez Características do Comportamento Empreendedor (CCE’s), formando três conjuntos relacionados com as necessidades de realização, afiliação e poder. Posteriormente, as CCE’s foram aplicadas (Mansfield et al., 1987) em um estudo que produziu um questionário para inventariar as CCE’s (MSI, 1990), consolidando a contribuição teórica de McClelland para a pesquisa do empreendedorismo. McClelland concebeu um modelo com dez características, baseadas nas três motivações do indivíduo (realização, afiliação e poder), para avaliar o nível de empreendedorismo de cada um. EMPREENDEDORISMO Necessidades e importância do empreendedorismo Introdução Bem-vindo (a) à Unidade de Aprendizagem 3! Será que todo empreendedor conhece suas potencialidades, sendo capaz de prever comportamentos diante das adversidades? Neste tópico de estudo vamos conhecer as motivações que impelem o ser humano à ação, e mais especificamente a buscar seus objetivos e realizar sua visão de negócio e de vida! Você estudará também as necessidades importantes para a construção da motivação, os três conjuntos apontados pelo psicólogo David McClelland, além do seu método para avaliar o desempenho do empreendedor. Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Necessidades de realização, afiliação e poder, atitude e avaliação de desempenho Você saberia dizer o que leva um empreendedor a seguir em frente com seus projetos e manter-se firme em seus propósitos? Vamos aprender sobre os conceitos de motivação do empreendedor. Você conhecerá a teoria das necessidades do psicólogo David McClelland e estudará as Características Comportamentais Empreendedoras (CCE’s). Motivação empreendedora Tão importante quanto conhecer as características é compreender as motivações do empreendedor. Afinal, são elas que movem as pessoas a produzir transformações na sociedade. Fonte: Shutterstock, 2017. Puente (1982) listou alguns princípios que fazem aflorar a motivação humana. Acompanhe a seguir. EMPREENDEDORISMO Orientação clara para o futuro; toda energia é dedicada a projetos e objetivos que irão se estabelecer ao longo do tempo. Busca pela excelência, com tendência a desencadear as potencialidades e experiências vividas, uma vez que a motivação está em atingir todo seu potencial, e não na consecução de objetivos. Necessidade constante de feedback positivo, com foco na perfeição. Coerência entre crenças e valores e aquilo que está sendo feito, pois o contrário seria desmotivador. Podemos encontrar também fatores desmotivadores, que contaminam o ambiente, conforme estabelecido por Spitzer (1997) e apresentado no Quadro a seguir. 1. Politicagem dentro da organização 11. Falta de follow-up 2. Sonegação de informação 12. Tolerância ao desempenho inferior 3. Informações obscuras 13. Mudanças desnecessárias 4. Injustiças 14. Incapacidade da gerência 5. Regras desnecessárias 15. Competição interna excessiva 6. Propostas desencorajadoras 16. Excesso de controle 7. Trabalho mal projetado 17. Desonestidade 8. Críticas excessivas 18. Comportamento em relação a benefícios e responsabilidades mal gerenciados 9. Reuniões improdutivas 19. Hipocrisia 10. Subutilização de recursos humanos 20. Tédio decorrente do trabalho de má vontade Fonte: adaptado de SPITZER, 1997. Desta forma, é importante atenção para os elementos que interferem no desempenho, desmotivando as pessoas, e gerenciar as situações que possam comprometer o projeto. De acordo com Dolabela (1999), o empreendedor é automotivado, ou seja, valoriza a liberdade de ação; já o intraempreendedor, além de automotivado, aprecia o acesso a recursos organizacionais e possíveis recompensas dentro da organização. EMPREENDEDORISMO Fonte: ImageFlow, Shutterstock, 2017. Para Longenecker, Moore e Petty (1997), o lucro, a independência e um estilo de vida prazeroso resumem as recompensas esperadas por um empreendedor. O lucro, na abordagem dos autores, representa uma ruptura dos limites de ganhos, sendo mais importante para alguns indivíduos do que para outros. A independência, por sua vez, reside na possibilidade de ser chefe de si mesmo, consciente de que isso implica em mais dedicação e EMPREENDEDORISMO uma jornada maior de trabalho. Por fim, estilo de vida prazeroso está diretamente associado à diversão com que as pessoas conduzem o trabalho, e no prazer e na satisfação da realização deste, independentemente do tamanho do empreendimento. A motivação é o combustível que move o empreendedor na busca de seus objetivos, e o mantém firme no propósito escolhido. As 10 Características de Comportamento Empreendedor (CCE’s) de David McClelland O psicólogo McClelland (1972) afirma que realização, afiliação e poder são os motivadores que impulsionam o empreendedor. De acordo com ele, junto com estas motivações estão integradas dez características e comportamentos que definem o empreendedor. No conjunto de realização temos cinco características, intrínsecas à necessidade de se desafiar e autoafirmar, que buscam a satisfação de chegar ao objetivo. Observe a seguir. Busca de oportunidades e iniciativa: proatividade com vistas à expansão do negócio, atento às formas de obter recursos financeiros e materiais. Assumir os riscos calculados: avalia e gerencia riscos, controlando resultados, colocando-se em situação de risco moderado. Persistência: não se abate diante de obstáculos, buscando novas estratégias para superá-los, ainda que isto lhe custe grande esforço e dedicação. Exigência de qualidade e eficiência: atento a processos de melhoria contínua, seja na qualidade, no tempo ou nos custos da execução, com o propósito de atender ao escopo previamente planejado. Comprometimento: envolve-se tanto que assume total responsabilidade, colaborando com os empregados, e até colocando-se no lugar deles para garantir que o trabalho seja concluído, sempre pensando na satisfação do cliente. No conjunto referente à associação, ou afiliação, definido pela necessidade de ser bem aceito pelas pessoas e de se relacionar,temos três características, conforme observaremos a seguir. EMPREENDEDORISMO Busca de informações: dedicação total para obter informações sobre o ambiente externo (clientes, fornecedores e concorrentes) e ambiente interno, buscando formas de melhorar ou criar novos produtos e serviços. Estabelecimento de metas: determina metas e objetivos desafiadores, realizáveis, carregados de significado pessoal. Planejamento e monitoramento sistemáticos: planeja o volume de tarefas, subdividindo-as em conjuntos menores, a justando o cronograma, controlando e avaliando a progressão, registrando todas as atividades e custos e mitigando riscos na tomada de decisões. Por fim, no conjunto de poder, voltado para as necessidades de dominar a situação, temos as duas últimas características. Confira a seguir. Persuasão e redes de contato: desenvolve relações comerciais e pessoais para atingir seus objetivos, identificando e acionando pessoas-chave, persuadindo e influenciando os demais. Independência e autoconfiança: prevalece a autonomia diante das regras e controles externos, confia em sua própria capacidade de resolução em momentos de dificuldades e resultados desanimadores. Os estudos de McClelland evidenciaram o quanto as pessoas empreendedoras se destacam por suas características, ficando um passo à frente daqueles que não sentem necessidade de empreender. Fonte: Gunnar Pippel, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO O conjunto de motivadores estabelecido por McClelland, realização, afiliação e poder, traduz com propriedade o comportamento empreendedor. Avaliação do desempenho do empreendedor Vamos conversar agora sobre a avaliação do desempenho do empreendedor. Você tem ideia de como podemos fazer isso? Saiba que existem vários instrumentos para inventariar a capacidade empreendedora. Um dos métodos mais difundidos no meio acadêmico é o questionário de McClelland (1987), que relaciona as Características Comportamentais Empreendedoras (CCEs). O questionário é composto por 55 afirmações com o propósito de identificar as dez CCEs propostas pelo autor, integrantes dos três conjuntos de necessidades vistos anteriormente: realização, afiliação e poder. O resultado da aplicação desta metodologia indicará a predominância de apenas uma das três necessidades por indivíduo, determinando seu comportamento empreendedor dominante. Fonte: Rasdi Abdul Rahman, Sshutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Por exemplo, aqueles que se destacam pela necessidade de realização tendem a buscar a excelência naquilo que fazem, estando em constante aprimoramento. Os empreendedores que apresentam este perfil são seduzidos por objetivos desafiadores, pelo prazer da conquista e realização. Já os que têm na necessidade de afiliação sua maior representatividade, por outro lado, buscam o bom relacionamento com todos. Estes empreendedores procuram pessoas próximas, com quem tenham familiaridades, sendo este ponto mais importante do que as competências. Eles costumam trabalhar bem em equipe, mas falham na posição de liderança. Os empreendedores, que têm na necessidade de poder a sua maior expressão, são capazes de influenciar os outros, além de ter a decisão em suas mãos. São propensos a impressionar os demais, pelo exercício do poder, e valorizam muito mais este aspecto do que a cooperação. Conhecer a característica dominante permite ao empreendedor perceber fortalezas e fraquezas, e assim melhorar sua performance nos negócios. EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo no Brasil Introdução Diversas crises financeiras já assolaram o Brasil ao longo da história, exigindo criatividade e inovação da população e governantes. Você sabia que o empreendedorismo é uma ferramenta capaz de exercer um papel fundamental neste cenário, auxiliando o desenvolvimento econômico do país? Vamos estudar a evolução histórica do empreendedorismo no Brasil e sua importância em nossas vidas. Você conhecerá o panorama atual desta prática, além aprender sobre as estratégias fundamentais para a obtenção de êxito nos negócios. Vamos começar? EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo no Brasil – histórico e evolução Estudaremos a importância do empreendedorismo para o crescimento econômico dos países; sendo nosso foco de aprendizagem o cenário brasileiro. Breve histórico Para começar, vamos conhecer a história do empreendedorismo e do crescimento econômico no Brasil, por meio da trajetória de pessoas dispostas a mudar. Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017. De acordo com Chiavenato (2010), um dos grandes estudiosos da administração moderna, o empreendedorismo sempre esteve presente no Brasil, desde a descoberta do país, em 22 de abril de 1500. No período de colonização, o Brasil passou por um processo de explorações, invasões e centralização do poder pela coroa portuguesa, responsável por definir todas as negociações EMPREENDEDORISMO naquela época. Importante destacar que o país enfrentou diferentes ciclos de evolução econômica, com grande impacto no nosso desenvolvimento, como o Ciclo do Pau-brasil (1501), Ciclo da Cana-de-açúcar (1530), Ciclo do Ouro (1560), Ciclo do Algodão (1600), Ciclo da Pecuária (1730), Ciclo do Café (1850) e Ciclo da Borracha (1890), conforme observamos no Quadro a seguir. Ciclos Econômicos do Brasil 1501 1530 1560 1600 1730 1850 1890 Ciclo do Pau- Brasil Ciclo da Cana de Açucar Ciclo do Ouro Ciclo do Algodão Ciclo do Pecuária Ciclo do Café Ciclo da Borracha Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2010. As grandes transformações ocorridas ao longo da história do Brasil demonstram como o empreendedorismo sempre esteve presente nas mudanças econômicas. Cabe pontuar que todos os ciclos econômicos citados foram desenvolvidos tendo como base a mão de obra escrava, situação que só acabou em 1888. Somente neste momento o Brasil se tornou uma terra próspera para os imigrantes, que fugiam das guerras, perseguições e fome, entre outros motivos, para fomentar a mão de obra necessária e especializada para o crescimento econômico. EMPREENDEDORISMO Fonte: alexmak7, Shutterstock, 2017. Devemos considerar também as criações industriais, a partir do século XVII, com o início da Revolução Industrial e a substituição da mão de obra assalariada por máquinas. Nesta época, a construção da primeira estrada de ferro no Rio de Janeiro e a criação das Companhias de Iluminação a Gás e de Navegação a Vapor representaram mais um marco no desenvolvimento econômico que ocorria no país. EMPREENDEDORISMO Fonte: A. and I. Kruk, Shutterstock, 2017. Ficou fácil perceber agora como o processo de construção de riquezas nas nações consegue se fortalecer com a prática do empreendedorismo? No decorrer da história brasileira, vários personagens estiveram ativos na construção do país colonial e pós-coloniais, conforme veremos a seguir. Empreendedores no Brasil A presença de empreendedores em nosso país deixa um rastro para a história, sendo possível elencar diversos expoentes. Em 1904, o cientista Oswaldo Cruz, por exemplo, propõe a campanha de vacinação contra a varíola e a febre amarela. Já no final da década de 1950, o lema do então presidente Juscelino Kubitschek, “50 anos em 5”, começou o mudar o perfil do país, de ruralista para industrial, atraindo diversas empresas multinacionais. Não podemos esquecer da construção da Catedral de Brasília, conforme figura a seguir, inaugurada em 21 de abril de 1960, com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. EMPREENDEDORISMO Fonte: ostill, Shutterstock, 2017. Entre 1964 e 1985, época que governo militar assumiu o comando do país, sem o voto direto da população, vivemos um momento de estagnação das empresas e o avanço de obras públicas, além das perseguições a pessoas contra ao regime instaurado. O crescimento do Brasil está atrelado à ousadia de brasileiros que saíram da zona de conforto para enfrentar as dificuldades de um país jovem, que precisa empreender. Se por um lado estes fatos dopassado foram o pontapé para o surgimento de vários empreendedores no Brasil, é possível afirmar que a partir da década de 1990 o país dá uma grande arrancada. EMPREENDEDORISMO Dornelas (2012) destaca alguns empreendedores que fizeram a diferença neste período, entre eles: Luiz de Queirós, referência nas principais universidades do país, responsável pela criação da Escola Superior de Agricultura (Universidade de São Paulo – UPS); Alexandre Costa, dono de uma das marcas de maior crescimento no varejo alimentício; Luiza Helena Trajano, responsável por transformar uma pequena loja de eletrodomésticos em uma das principais redes de distribuição do país; e David Neeleman, que desenvolveu uma grande companhia aérea com poucos recursos. Assim, podemos afirmar que o empreendedorismo, nasce do desejo das pessoas de modificarem o que já existe, por algo inovador, criativo. Chiavenato (2010) explica que a prática empreendedora está presente quando alguém, incomodado com o que já existe, promove uma modificação em prol de melhorias. Características do empreendedorismo no Brasil Como estudamos anteriormente, já existiram e surgirão muitos empreendedores para colaborar com o desenvolvimento do nosso país. Para fomentar e motivar a prática empreendedora, você deve ter mente que são necessários investimentos, públicos e privados. Mas, antes de estudarmos sobre as dificuldades deste setor, vamos conhecer os dois tipos de empreendedores brasileiros? Acompanhe a seguir. Empreendedor por necessidade: no geral, pessoa desempregada, com poucos recursos, que não consegue voltar ao mercado de trabalho e resolve abrir o próprio negócio para ter renda. Empreendedor por oportunidade: o planejamento está presente e o empreendedor busca oportunidades de negócios. São profissionais independentes que pretendem aumentar a renda. Vamos aprender agora sobre as dificuldades para empreender. Para começar citaremos as diversas taxas, a burocracia relativa à documentação e a mão de obra custosa. É possível afirmar que estes são os fatores que fazem dos brasileiros um dos povos com os maiores índices de mortalidade de empresas (fechamento): em média, para cada 10 empresas, seis não conseguem passar dos cinco anos de atividade (LIMA et al, 2017). EMPREENDEDORISMO Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017. No Brasil, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é considerado o principal órgão fomentador de negócios empreendedores, pois desde 1972 foca seus esforços para a disseminação da competividade e da sustentabilidade em todos os estados brasileiros. Uma pesquisa do Sebrae, em parceria com outros órgãos, aponta que as micro e pequenas empresas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e as médias e grandes empresas são responsáveis por 73% (LIMA et al, 2017). Você percebe que são estas as empresas que impulsionam a economia? O mesmo estudo indica que temos mais de 6,5 milhões de empresas no país, sendo que 97% são pequenos empreendedores que estão crescendo com seus negócios. Com essa força empresarial, há estimativas da volta contratações nos próximos anos, com mais de 44 mil novos empregados em diversos setores. A pesquisa prova que quem empreende contribui para a geração de novos empregos. EMPREENDEDORISMO Os consumidores estão cada vez mais exigentes, buscando inovações e personalização do atendimento. Chiavenato (2010) explica a importância dos empreendedores para o crescimento brasileiro, dentro de um contexto globalizado, dinâmico e competitivo. Para ele, a visão sistêmica, ou seja, ver o todo, ser crítico e seguir um planejamento, é uma das chaves do sucesso hoje. Para o autor, todas as empresas, sejam elas micros, pequenas ou grandes, estão interligadas em um sistema, e uma depende da outra para um crescimento econômico geral. Podemos concluir que o empreendedorismo não é uma prática solitária, depende de parcerias e uma forte rede de contatos para ser colocado em prática. Fonte: ByEmo, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Observe como Dolabela (1999, p. 97) descreve um empreendedor que acredita em seu sonho e estuda muito alcançar resultados. Está em situação de sucesso quem busca, e não quem realiza um sonho! Mesmo porque os sonhos, metaforicamente, não são realizáveis — quando se tornam realidade, os sonhos deixam de produzir a emoção que geravam no momento anterior. Por seu turno, fracasso não é não conseguir realizar os sonhos, mas desistir de realizá-los! A única situação de fracasso é a desistência. Para entendermos melhor este cenário de vontades e muitas dificuldades, vamos analisar o índice de empreendedorismo de alguns países. Você imagina como está posicionado o Brasil? Confira no Quadro a seguir a situação brasileira, à frente de países como China, Estados Unidos e Alemanha: a taxa de empreendedorismo brasileira aponta que, entre 2015 e 2016, o país teve um crescimento na abertura de empresas de 19,6%, o maior comparando com outros países. Taxa de Empreendedor 2016 Rússia México Índia EUA China Alemanha Africa do Sul Brasil 6,3 9,6 10,6 12,6 10,3 4,6 6,9 19,6 0 5 10 15 20 25 Fonte: LIMA et al, 2017. EMPREENDEDORISMO Diante destes números é possível entendermos que a crise financeira impulsiona as pessoas, que acabaram perdendo seus empregos e/ou necessitam melhorar a renda, a se aventurarem na abertura de novos negócios, além de aproveitarem as oportunidades que aparecem no mercado ou ainda os espaços que não foram explorados. A pesquisa do Sebrae demonstra que 51% dos empreendimentos estão na região Sudeste do pais e 49% distribuídos: 22% na região Sul, 15% na região Nordeste e 12% na regiões Centro-Oeste e Norte (LIMA et al, 2017). Por fim, vale esclarecer que os investimentos em cursos, além de treinamentos focados em criatividade e inovação, são importantes para o desenvolvimento da prática empreendedora no país, além de uma revisão governamental no excesso de burocracias, taxas e impostos. EMPREENDEDORISMO Necessidade empreendedora no Brasil Introdução Você sabia que o empreendedorismo demanda comportamentos adequados para a geração de ideias, criatividade e riquezas em um país? Vamos estudar a atitude empreendedora e a importância desta prática para o nosso crescimento pessoal e profissional. Você perceberá que muitas transformações que ocorreram nas últimas décadas, como a possiblidade de estudar via internet ou as alternativas de transporte que beneficiam a todos, por exemplo, surgiram por causa da dedicação de pessoas com o perfil empreendedor. Aprenderemos sobre as mudanças comportamentais, que têm influência em nossas vidas e no formato que conhecemos de trabalhar, além dos modelos empresarias empreendedores. Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Comportamento e reação da necessidade empreendedora Você saberia dizer por que determinados comportamentos são considerados essenciais para a ação do empreendedor? Neste tópico de estudo entenderemos a importância de adotar uma atitude empreendedora. Necessidade do comportamento Estamos inseridos em um cenário de intensa competividade, com grande variedade de produtos e serviços incentivando o consumo, uma das características marcantes do sistema capitalista em que vivemos. Dornelas (2012), um estudioso reconhecido do comportamento empreendedor, define os empreendedores brasileiros como visionários, indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar as oportunidades, são determinados, dinâmicos, dedicados ao trabalho, otimistas e apaixonados pelo que fazem. Para o autor, os empreendedores assumem riscos calculados, em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas. Eles são responsáveis por agregar valor para a sociedade, onde o empreendimento encontra-se inserido, tornando-o atraente e necessário. Vivemos um período de grandes e constantes mudanças que exige novos comportamentos. EMPREENDEDORISMO Fonte: turgaygundogdu, Shutterstock, 2017. Apartir de casos bem-sucedidos em nosso país, Dornelas (2012) destaca as características do empreendedor brasileiro e explica seu comportamento. De acordo com a análise do autor, os empreendedores: são independentes e constroem o próprio destino; ficam ricos; são líderes e formadores de equipes; são bem relacionados (networking); são organizados; planejam, planejam, planejam; possuem conhecimento. Sabemos que não é fácil mudar um comportamento, ao contrário, mudar é sempre difícil, menos para o empreendedor, que busca e gosta de mudanças. Para eles, a mudança é uma forma de melhoria, de oportunidade e necessidade de sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. EMPREENDEDORISMO Reagir às mudanças Como já estudamos, ser empreendedor é estar consciente dos riscos, é buscar soluções para conflitos; significa não ficar parado. É este tipo de comportamento que auxilia o empreendedor a perceber negócios de oportunidades ao invés de problemas. Mas, muitas interrogações aparecem no processo de mudança: será que vai dar certo? O caminho é este mesmo? Como devo proceder? Em princípio, precisamos ter em mente que os termos ideia e oportunidade não são sinônimos. Você saberia dizer qual é a diferença entre elas? Chiavenato (2010) explica que ideia é algo que não existe ou já existe, mas não foi colocado em prática. Assim, note que nem sempre uma ideia é uma oportunidade de negócio. Por outro lado, identificar mercados pouco explorados, que nunca ninguém pensou em trabalhar, é uma oportunidade. EMPREENDEDORISMO Fonte: alphaspirit, Shutterstock, 2017. Para exemplificar, observe este caso do mercado bancário, apresentado por Dornelas (2012). O autor cita o empréstimo consignado para aposentados, cujas parcelas são debitadas diretamente do benefício recebido pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Este tipo de empréstimo começou a ter força no Brasil a partir de 2007, quando os bancos fizeram uma parceria com o INSS para autorizar o débito em folha. Dez anos depois mais de 37% dos aposentados possuem algum tipo de empréstimo com estas características no Brasil. Ou seja, antes de 2007 os aposentados tinham dificuldades para conseguir empréstimos, por não apresentarem garantias e empregos, atualmente são bem- vindos ao sistema bancário, já que a aposentaria representa uma garantia do pagamento. Assim, podemos dizer que esta ação foi uma oportunidade de negócio. As mudanças tecnológicas são outro exemplo das oportunidades que estão surgindo. Perceba quanto tempo você dedica para os aplicativos do seu celular, e quais deles mudaram a forma como você fazia as coisas, como o uso de GPS, a leitura de livros ou ainda as redes sociais. EMPREENDEDORISMO Diante de tantas mudanças, como o empreendedor deve reagir neste ambiente inconstante? Para os novos desafios, Chiavenato (2010) destaca a importância dos estudos em prol do planejamento, afinal, o empreendedor de sucesso quer participar das mudanças. O empreendedor que ser protagonista, participar das mudanças e ser um agente transformador. Mudança de mercado e de vida Podemos afirmar que o empreendedorismo é um fenômeno fundamental para o mercado, pois participa da geração de novas empresas e, consequentemente, de novos empregos. Desta forma, estas transformações, decorrentes das ações empreendedoras, são capazes de mudar a forma de viver de muitas pessoas. Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Vale destacar que o tamanho do empreendimento não interfere no potencial de transformação. Uma padaria no seu bairro, por exemplo, é um empreendimento que gera empregos e facilita a vida das pessoas pela proximidade. Mas é possível que esta padaria seja mais empreendedora, caso ela traga novos tipos e formatos de pães, atendimento e formas de pagamentos diferenciados. Pense em um pequeno empreendedor de sua região e perceba a riqueza que ele é capaz de gerar, transformando a vida das pessoas. Por fim, podemos dizer que o cenário de mudanças é uma situação corriqueira em nossas vidas. Faça uma análise da sua vida há cinco anos: como era sua rotina e o que mudou neste período? Talvez pouca coisa tenha mudado na sua casa, então, observe a região onde você vive e as transformações do mercado, em geral, e você perceberá as mudanças tecnológicas, políticas, econômicas, de empregabilidade, entre outras, que ocorreram em apenas cinco anos. EMPREENDEDORISMO Etapas de evolução e modelos empresariais e profissionais Você sabia que o empreendedor pode estar empregado em uma empresa? Veremos que o ato de empreender não está ligado, necessariamente, à abertura de novos negócios. Vamos conhecer diferentes modelos empresariais, além de sua evolução, de forma cronológica, para entendermos estes processos de transformação. Etapas de evolução Em sua trajetória de desenvolvimento, o Brasil conta com diversos empreendedores de sucesso, que motivaram a transformação de nosso mercado. É importante destacar que este processo está em evolução devido à crise econômica, já que o empreendedorismo se fortalece a partir de desafios. Nesta situação podemos observar dois tipos de empreendedores: por necessidade, à procura de recolocação no mercado, por meio de novos negócios; além do empreendedor que busca oportunidades para ampliar e fortalecer sua carreira profissional. A crise econômica é uma forma de mudança para as empresas, servindo como estímulo para a evolução dos processos no trabalho. Vale destacar que uma das principais etapas de desenvolvimento avançado do empreendedorismo ocorre a partir de 1990, com o incentivo à criação de incubadoras de empresas, conhecidas como startups. Chiavenato (2010) define as startups como um local, especialmente, criado para abrigar organizações, oferecendo uma estrutura para estimular, agilizar e favorecer a transferência de resultados de pesquisa para atividades produtivas. Confira, a seguir, outros incentivos que ocorrem no Brasil. EMPREENDEDORISMO Modelos de negócios Conceitos Incubadoras de negócios São testes de novas empresas antes de irem ao mercado. Montam projetos e aguardam investimentos. Startups Em geral, estão voltadas para projetos tecnológicos. Vendem serviços e produtos inéditos, com investimentos específicos para estas áreas. Aceleradoras A ideia principal é tornar um projeto de negócio real, o mais rápido possível, com ajuda de parceiros, investidores e colaboradores. Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2010. Sobre as transformações que ocorreram no Brasil não podemos deixar de citar a redução da mão de obra formal, que favorece novas formas de renda e aumenta a atividade empreendedora no país. Em tempo de crise e poucas ofertas de emprego, as pessoas buscam alternativas, mesmo sendo por necessidade, e querem conhecer o mercado para montar seus próprios negócios. Conforme podemos verificar na figura a seguir, as transformações são inevitáveis e ocorrem conosco ao passar do tempo. Fonte: Ollyy, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Modelos empresariais O empreendedorismo pode ser definido a partir de alguns estilos, como o empreendedor corporativo (intraempreendedor ou empreendedor interno), que estudaremos a seguir; o empreendedor de novos negócios, que cria e desenvolve dentro da empresa onde atua; e o empreendedor social, que visa melhorar a vida das pessoas por meios de ações sociais. Note que o empreendedorismo está presente na vida das organizações como uma necessidade de sobrevivência profissional. Com um mercado e clientes exigentes, os empresários precisam provar que seus produtos são inovadores e melhores, e somente os empreendedores são capazes de entrar nesta corrida. Fonte: ASDF_MEDIA, Shutterstock, 2017. No empreendedorismo não há um único modelo para definir um negócio, mas, muito trabalho e planejamento. EMPREENDEDORISMO No Brasil há várias empresas nacionais que se destacam no mercado. O site de comércio eletrônicoBuscapé é um ótimo exemplo para ilustrarmos a determinação de organizações que fazem sucesso na internet. Criado em 1998, por três estudantes encantados com sites de busca, tem a intenção de comparar preços de determinados produtos. A empresa já passou por diversas modificações e, atualmente, é considerada uma das mais importantes em busca de produtos para compras no Brasil. A seguir, confira o nome de outros empreendedores que conseguiram definir modelos empresariais de sucesso no Brasil. Empreendedor Empresa Abílio Diz Grupo Pão de Açucar Alexandre Costa Cacau Show Antônio Alberto Saraiva Habib´s Luísa Trajano Magazine Luísa Robinson Shiba China in Box Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2010. O empreendedorismo empresarial é uma forma concreta de fortalecimento da economia. Imagine se dependêssemos somente das empresas multinacionais para nosso desenvolvimento? Seria difícil, além de perdermos nossos aspectos culturais, perderíamos as características empreendedoras de inovar e competir. Modelos profissionais: intraempreendedorismo O empreendedor não está focado somente em abrir um negócio, ele pode ser um empreendedor corporativo, atuando dentro de uma organização, como empregado, ajudando os donos, inclusive, a melhorarem seus processos, produtos, serviços, entre outros. No Brasil temos vários empreendedores de destaque nesta modalidade profissional interna. Neste caso, eles são chamados de intraempreendedores. EMPREENDEDORISMO Fonte: leedsn, Shutterstock, 2017. Estes colaboradores não precisam ser, por exemplo, gerentes ou presidentes das empresas. Pode ser qualquer funcionário disposto a colaborar com o aperfeiçoamento dos processos, com ideias de novos produtos e serviços, formas de entregas mais rápidas e eficientes, melhorias no atendimento ao cliente, entre outros. O intraempreendedor enfatiza seu plano de carreira focado no crescimento da empresa. Como vimos, a atitude empreendedora é de extrema importância para nosso crescimento profissional e pessoal, afinal, podemos ser empreendedores no nosso dia a dia, participando mais da sociedade, investigando, lendo e descobrindo. As organizações precisam de funcionários críticos e, consequentemente, mais empreendedores, para ajudar em seu desenvolvimento. EMPREENDEDORISMO Administração e atitude empreendedora Introdução Você sabia que os administradores exercem funções diferentes dos empreendedores? Já parou para refletir sobre os desafios da mulher empreendedora no mercado de trabalho? Saberia dizer se o mercado apresenta exigências e situações diferentes para mulheres e homens empreendedores? Vamos comparar os perfis dos administradores e empreendedores, conhecer a capacidade geradora de novos empregos dos empreendedores e aprender sobre as dificuldades enfrentadas pela mulher empreendedora, que convive com situações de preconceito e machismo no ambiente profissional. Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Características; atitude; capacitação e criação de empregos Para começar, reflita: em um momento de crise financeira, como o empreendedor pode colaborar com a geração de empregos? Vamos estudar as características empreendedoras e conhecer a importância da atitude no mercado do empreendedorismo. Siga em frente! Características empreendedoras Imagine um empresário que não consegue alavancar as vendas porque seu concorrente vende produtos com qualidade similar e, ainda, mais baratos. Parece difícil, certo? Não para o empreendedor, que pode mudar suas estratégias e, entre outras ações, estudar o concorrente, fazer parcerias e conhecer melhor novos e diferenciados produtos. A partir deste exemplo, podemos dizer que as características empreendedoras resultam e mostram comportamentos que definem se o indivíduo é, realmente, um empreendedor. Você sabia que todos nós temos muitas destas características, mas não as praticamos por falta de estímulos ou, muitas vezes, porque não queremos mudar? Desejar a mudança significa estar inconformado sobre a forma como vivemos, seja na vida pessoal ou profissional. Chiavenato (2010) classifica as características empreendedoras como fundamentais para o desenvolvimento do empreendedo- rismo e sua prática, conforme observamos no quadro a seguir. EMPREENDEDORISMO Características Definições Iniciativa Participar, se envolver, fazer parte do processo, não esperar acontecer. Perseverança Insistir sempre e nunca desistir nos primeiros momentos. Coragem para correr riscos Estar atento às mudanças e se arriscar para alcançar objetivos. Capacidade de planejamento Sempre se planejar. O fato de correr riscos não indica falta de planejamento. Eficiência e qualidade Prezar pela qualidade e cumprimento do prometido. Rede de contatos Buscar parcerias e participar de eventos e feiras relacionados ao seu serviço ou produto. Liderança Liderar a empresa e equipe; ser uma referência. Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2010. Uma das principais características do empreendedor é ser visionário. Por isso, para estes profissionais é imprescindível ter uma visão do todo, enxergar e transformar ideias em locais onde muitos não percebem uma oportunidade. Fonte: MJTH, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Como já afirmamos anteriormente, muitas destas características podem estar em nós. Você consegue identificar quais são as suas? Você se identifica com alguma delas? Conhece alguém com várias características empreendedoras? Estas são algumas das perguntas que podemos utilizar para identificarmos um comportamento empreendedor. O empreendedor é arrojado por natureza, ele deseja realizar suas vontades e conquistar seus sonhos. Por fim, é importante destacar que o empreendedorismo não está associado à idade ou a uma forma de viver, mas à vontade de transformação. Atitude empreendedora Você saberia definir atitude? Saiba que atitude é a forma de expressar um comportamento e fazer com que ele se pratique. Podemos dizer que é a expressão da mudança, do querer fazer e acontecer em diversas situações do nosso cotidiano. A atitude está presente quando há ação e desejo de mudança. Dornelas (2012) lista o roteiro fundamental para a atitude empreendedora, destacando alguns comportamentos funda- mentais. Confira: enxergar tendências; pensar em formas de investir em novas oportunidades no mercado de trabalho; saber ler a realidade a partir de diversos ângulos; olhar para um segmento e enxergar o que ninguém viu antes; ter autonomia; ter iniciativa pessoal; ser curioso; estar sempre em busca de novos conhecimentos. EMPREENDEDORISMO Assim, podemos concluir que o empreendedor é, então, identificado por atitudes e características próprias, que o destaca perante àquelas pessoas que não as possuem. Criação de empregos O empreendedor é um agente de criação de empregos. Por exemplo, quando abre uma empresa e os negócios começam a apresentar bons resultados, surge a necessidade de ampliar e, consequentemente, contratar novos empregados para a expansão. A criatividade e a inovação geram empregos, e o empreendedor tem esse papel, de criar e inovar. Vale destacar que o tamanho do negócio não importa, o importante é a geração de valores para a sociedade. Note que, quando novos empregos surgem, mais pessoas são favorecidas, consumindo e comprando mais, melhorando, assim, as condições econômicas da região e, consequentemente, do país. Um bom exemplo desse cenário é o aplicativo Uber, utilizado para realizar a comunicação entre o passageiro e o motorista particular. Este aplicativo de celular mudou a forma como as pessoas solicitam um táxi, fazendo com que motoristas amadores, de forma simplificada, consigam levar passageiros com a mesma função de um táxi, mas com custos menores. Perceba que este aplicativo foi capaz de gerar oportunidade para milhares de novos motoristas no Brasil, que enxergaram uma possibilidade de mercado para atender pessoas que tinham poucas opções de transporte. EMPREENDEDORISMOFonte: woaiss, Shutterstock, 2017. Vale destacar que somente o trabalho gera riqueza, e o empreendedorismo impulsiona a força de trabalho, o que, consequentemente, gera recursos. EMPREENDEDORISMO O administrador e o empreendedor: diferenças e similaridades Embora os nomes soem como sinônimos, estudaremos agora as diferenças entre o administrador e o empreendedor, além da importância de cada um dos perfis. Você sabia que juntos eles alcançam resultados cada vez melhores? Acompanhe! Administrador Vamos começar pelo administrador. O curso de Administração é um dos mais procurados no Brasil, sendo esta função muito presente no cotidiano das empresas e dos funcionários. Os administradores são responsáveis por planejar e dirigir os recursos das organizações, de forma organizada, garantindo a melhor prática das atividades e setores, como atendimento ao cliente, logística, gestão de pessoas, finanças e custos, entre outros. O adminstrador tem o raciocínio lógico para melhorar o desenvolvimento das empresas, além de cautela para planejar como atingir os resultados. O administrador é necessário para o sucesso de uma empresa, pois ele está preparado para dirigir o negócio ou a organização, além de planejar a melhor forma para obter lucros. EMPREENDEDORISMO Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2017. Sem os administradores, certamente muitas empresas teriam dificuldades em um mercado cada vez mais dinâmico, exigente e com desafios, como crises econômicas e escassez de recursos, como matéria-prima diversificada e mão de obra qualificada. No desempenho das suas atividades, é o administrador quem define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja aplicações, resolve problemas e gera inovação e competitividade (CHIAVENATO, 2010). Empreendedor Você sabia que a palavra empreendedorismo tem origem francesa? O termo entreprendre, do francês antigo, significa, de uma forma mais simplificada, “intermediário” (entre comprador). Como já estudamos, estamos falando de alguém que corre risco, pois investe seu próprio dinheiro. EMPREENDEDORISMO Fonte: Atstock Productions, Shutterstock, 2017. O empreendedor é um agente da transformação, que busca de forma contínua a inovação e a criatividade, e tem como principal característica ser diferente dos demais. Ele é fundamental para o mercado atual, de grandes mudanças e com clientes exigentes. O empreendedor desequilibra o padrão e cria novos parâmetros de inovação e criatividade. Dentro de um conceito mais contemporâneo, Chiavenato (2010) afirma que o empreendedor é uma pessoa que está dentro de uma organização aprendendo a inovar, buscando alternativas e ideias criativas, que sejam funcionais e inéditas. Note que este empreendedor pode atuar dentro da empresa, com outros donos, ou abrir seu próprio negócio. EMPREENDEDORISMO Diferenças entre o empreendedor e o administrador O administrador, como o próprio nome diz, administra um empreendimento; já o empreendedor é a pessoa que corre riscos e funda seus negócios. Mas o que move estes profissionais? O dinheiro é a força que impulsiona o administrador, enquanto realizar um sonho é o foco e a motivação do empreendedor. Outra diferença que merece destaque são os prazos: focado nos resultados, o administrador precisa estabelecer e cumprir metas de forma muito breve, e o empreendedor trabalha com visão sistêmica, buscando prazos médios e longos para seu planejamento. Vale destacar que o administrador é alguém que delega e formaliza as atividades, diferentemente do empreendedor, que está junto e quer produzir com a equipe. O administrador pode ser um empreendedor, mas sendo somente administrador deve escolher diferentes estratégias, correndo menos riscos. Dornelas (2012) também reforça que há diferenças relevantes entre o empreendedor e o administrador, que ajudam a apontar perfis diferentes e alinham o papel de cada um, fora e dentro das organizações. Sobre esse tema, observe o quadro a seguir. Características do administrador e do empreendedor Orientação estratégica O empreendedor tem a percepção de oportunidade. O administrador guia-se pelos critérios de desempenho. Análise de oportunidades O empreendedor toma decisões rápidas. O administrador analisa e apresenta opções de decisões. Alocação dos recursos financeiros e da mão de obra O empreendedor prioriza a eficiência. O administrador foca no planejamento formal. EMPREENDEDORISMO Características do administrador e do empreendedor Controle dos recursos O empreendedor é flexível. O administrador é controlador. Estrutura gerencial O empreendedor é informal. O administrador é formal e segue a cultura organizacional. Fonte: adaptado de DORNELAS, 2012. Vale lembrar que, apesar das diferenças, cada profissional é de suma importância para a alavancagem das empresas. Apesar dos perfis diferentes, um não substitui o outro, sendo que o administrador tem uma função mais técnica e formal, e o que se espera do empreendedor é inovar, criar e correr mais riscos. EMPREENDEDORISMO Desafios da mulher empreendedora Veremos como a mulher vem se destacando no processo empreendedor, já que o Brasil é um destaque entre os países mais empreendedores do mundo, e aprenderemos sobre as diferenças entre o homem e a mulher empreendedores. Mulher empreendedora Podemos observar que, atualmente, mudanças culturais favorecem que a mulher tenha sua presença mais efetiva em diversas atividades, que antes eram dominadas por homens. Neste novo cenário, por que não pensar em mulheres empreendedoras, persistentes, talentosas, criativas e dedicadas? É importante perceber que a participação da mulher na administração de negócios e na liderança de equipes está cada dia mais evidente e isso representa um ótimo crescimento para a nossa economia. Fonte: Uber Image, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Dornelas (2012) cita alguns exemplos de mulheres empreen- dedoras, como Dona Zica Assis, que trabalhou como empregada doméstica e se inspirou no próprio cabelo, crespo e cacheado, para empreender. Ela desenvolveu produtos de salão de beleza, especializados neste tipo de cabelo, que praticamente não existiam, e apostou em uma oportunidade de mercado. Dona Zica criou o Instituto Beleza Natural e já foi classificada como uma das empresárias mais empreendedoras do Brasil. A mulher pode e deve ter as mesmas condições para empreender que o homem. Podemos citar também a brasileira Chioko Aoki, outro exemplo de mulher empreendedora. Fundadora de uma das redes de hotéis mais admiradas do mundo, o Blue Tree Hotels, Aoki tem negócios nos Estados Unidos, Ásia e Brasil. Sua lição de liderança é cativante, pois ela sempre esteve presente nas tomadas de decisões da empresa, que conta com mais de 20 unidades de hotéis de luxo. Estas duas mulheres são exemplos que revelam a importância da determinação e da vontade de crescer e mudar. Diferenças entre o homem e a mulher empreendedora No empreendedorismo, homens e mulheres apresentam características semelhantes, como visão sistêmica, saber correr riscos e aproveitar as oportunidades, entre outras. No entanto, Dornelas (2012) destaca três diferenças de gênero para empreender. Acompanhe a seguir. EMPREENDEDORISMO Dificuldades em conseguir linhas de crédito Entre as pessoas que conseguem linhas de crédito, como empréstimos, financiamentos, limite de cheque especial, entre outros, os homens ainda se destacam. No Banco do Brasil, por exemplo, 77% das aprovações de crédito para novas empresas foram destinadas para os homens (dados de 2016). A mulher se supera no fracasso A mulher tem mais força de superação diante do fracasso do que os homens. Esta, sem dúvida, é uma grande característica empreendedora, ou seja, quando seus negócios fracassam, as mulheres têm mais força para dar a volta por cima e prosseguir, aproveitando novas oportunidades. Mulheres possuem menos rede de contatos Tradicionalmenteno mercado, os homens têm mais facilidade quanto à rede de contatos. Isso ocorre porque os homens empreendem há mais tempo no mercado. A mulher está buscando seu espaço no mercado, espera-se que não haja mais diferenças empreendedoras de gênero no Brasil e no mundo. Assim como acontece com os homens, as mulheres precisam adotar a autoconfiança, principalmente quando estão determinadas a fazer e atingir seus objetivos. Persistência, saber correr riscos e estar comprometida com o que faz são algumas das características da mulher empreendedora brasileira. Desafios da mulher empreendedora Em tempos atuais, falar dos desafios das mulheres parece algo ultrapassado, mas vemos, na prática, que eles continuam presentes. Muitas mulheres que querem empreender são carentes de exemplos de empreendedoras de sucesso, o que limita as opções de referências. Outro ponto importante é a falta de apoio dos próprios familiares. Chiavenato (2010) aponta que há muito machismo em nossa cultura, um comportamento inadequado, que não aceita a igualdade de gênero, fortalecendo o sexo masculino perante o feminino, criando um cenário de dificuldades para a mulher. EMPREENDEDORISMO Imagine uma mulher negociando com um fornecedor machista? É possível supor que ela terá desvantagens em procedimentos corriqueiros, como prazos de entrega e preços. A mulher sofre com o machismo, que deve ser combatido com atitudes e comportamentos de valorização da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Podemos destacar ainda, de acordo com Dornelas (2012), que embora seja de maneira tímida, as mulheres estão participando das redes sociais, de forma profissional, mas esta é uma ferramenta muito utilizada pelos homens para realizar marketing estratégico de seus produtos e serviços. Fonte: Shestakoff, Shutterstock, 2017. EMPREENDEDORISMO Chiavenato (2010) destaca outros desafios enfrentados pela mulher, como a falta de investimento em negócios administrados por mulheres, decorrência do machismo. Desigualdade na educação também é um fator a ser considerado, já que muitas desistem dos estudos para cuidar dos lares e família. Outro grande desafio a ser destacado é o sexismo, preconceito baseado no gênero, que atrapalha a mulher por ser considerada, muitas vezes, o sexo frágil e que tem dificuldades de desempenhar funções praticadas por homens. Cenário que precisa ser transformado. EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo e Ecologia Introdução O que você sabe sobre sustentabilidade? Você já refletiu sobre como o empreendedor pode contribuir para melhor aproveitamento de recursos? É importante saber que cada empresa tem uma cultura de gestão que, por consequência, interfere na vida do empreendedor. Nesta unidade, estudaremos quais são as motivações de um empreendedor, seu papel na sociedade, bem como compreender a sua necessidade de poder. Veremos, também, o sistema ecológico e a cultura empreendedora, assim como desenvolvê-la para melhoria de vida das pessoas e de nosso país. E então, vamos conhecer mais esta etapa do empreendedorismo? Bons estudos! EMPREENDEDORISMO Motivações, papéis e necessidade de poder Você já pensou sobre quais as motivações de um empreendedor, seus aspectos de vida, incluindo seu papel na sociedade, e a necessidade de ter o poder? Então fique atento e siga em frente! Motivações A motivação pode ser definida como impulsos que geram a necessidade interna de alcançar objetivos, ou seja, as pessoas recebem estímulos, como participar de uma aula bem dinâmica, por exemplo, e se motivar a mudar um hábito ou mesmo um estilo de vida. Essa motivação pode ser momentânea, sem que se alcance o objetivo esperado, ou perdurar até que, realmente, chegue ao que se almeja. Nessa ótica, o empreendedor aproveita os motivos emocionais, biológicos e sociais para se motivar a realizar seus sonhos. O empreendedor precisa estar sempre motivado. Muitos desafios e dificuldades acontecem em sua vida e ele precisa de força para superá-las. Dornelas (2012) explica o que motiva um empreendedor a fazer acontecer: autorrealização (fazer o sonho acontecer); desejo de independência; autonomia para tomar decisões; desejo de ganhar dinheiro; busca de novos desafios (mudança na carreira / pós-carreira / aposentadoria); falta de alternativa (perda do emprego). EMPREENDEDORISMO Fonte: Fotogestoeber, Shutterstock, 2017. Dessa forma, podemos entender que existem diversos fatores que nos estimulam a desenvolver ações, a mudar e, consequentemente, buscar motivação. Nesse sentido, o empreendedor, como qualquer pessoa, precisa identificar suas necessidades para, então, descobrir o que precisa ser modificado, despertando uma motivação. Acompanhe a seguir como Abraham Maslow as definiu (CHIAVENATO, 2010): necessidades fisiológicas: comer, andar, dormir, ter abrigo (casa); necessidades de segurança: se sentir seguro, tanto dentro de casa quanto da empresa; necessidade social: sentir-se pertencente a um grupo, ser aceito; necessidade de estima: ser reconhecido, capacidade de envolvimento, participação nas tomadas de decisão; necessidade de autorrealização: saber aonde quer chegar e, ao chegar, criar novos objetivos de vida. EMPREENDEDORISMO Como já vimos, tendo nossas necessidades atendidas, estaremos motivados. Esse é o chamado ciclo motivacional, no qual a nossa necessidade provoca uma vontade de ação ou comportamento, despertando a busca por satisfação. Nesse sentido, é importante destacar que a motivação é o estímulo que leva a pessoa a tal mudança. Papel do empreendedor Podemos entender que o empreendedor tem papel fundamental nas empresas, seja atuando como líder de equipes ou mesmo como colaborador. Pense: se existissem apenas pessoas sem criatividade ou que não buscam mudanças, como seria a nossa situação hoje? Se alguém, em algum momento, não se sentir desconfortável, não desejar melhorias, não levantar questionamentos que beneficiem a vida coletiva, se as pessoas fossem acomodadas, é bem provável que não fosse possível usufruir de recursos que temos, como carros, iluminação, variedades de comida, entre outros. Por isso, é importante ter em mente que um empreendedor pode transformar uma oportunidade em algo real, ou seja, fazer acontecer. Transformar sonhos em realidade muda a vida das pessoas e identificar uma oportunidade de melhoria pode trazer inovações e gerar empregos. Necessidade de Poder De acordo com Chiavenato (2010), McClelland foi um dos principais pesquisadores sobre a motivação dentro do cenário empreendedor. Ele definiu três necessidades do ser humanos: realização, afiliação e poder, que é a mais relacionada a uma pessoa com perfil empreendedor, no sentido de proporcionar mudanças. EMPREENDEDORISMO Fonte: Woaiss, Shutterstock, 2017. Vamos entender melhor a necessidade de poder? Ela está associada à vontade que temos de vencer na vida e obter êxito em nossas escolhas. Na sociedade em que vivemos, podemos observar diversas pessoas que são referências de sucesso profissional, por exemplo, e que nos impulsionam a buscar esse modelo. Cada pessoa pode ter alguém como inspiração inspiração. Pense em um menino que sonha em ser jogador de futebol. Ele provavelmente se inspira em modelos como o jogador brasileiro Neymar Jr., ou no argentino Lionel Messi, ou no português Cristiano Ronaldo. É importante destacar que nem sempre esses modelos estão distantes do nosso dia a dia. Por isso, cada um de nós tem sua própria referência de sucesso, como vizinhos, colegas do trabalho, clientes, chefes, fornecedores, algum funcionário público, etc. Pessoas com perfil empreendedor gostam de competir, estar no controle das situações e vencer competições. É possível identificar algumas características comuns em pessoas que apresentam um perfil empreendedor. Elas buscam posições de liderança, em que suas ideias prevaleçam e lhes deem status e prestígio. É possível que situações que envolvam competiçãodiminuam o processo cooperativo, por terem foco na busca pela melhor solução. Podemos entender essas como algumas das motivações de um empreendedor. EMPREENDEDORISMO Sistema de vida ecológico, esfera de vida e pontos de referência Você já ouviu falar sobre esfera de vida e seus impactos no empreendedor? E a associação de ecologia com comportamento? Nesta unidade, veremos o empreendedor na sua existência e fundamentos de vida, seu papel ecológico, ético e cível na sociedade. Sistema de vida ecológico Podemos entender que ser empreendedor é um estilo de vida, uma forma de viver diferente do padrão. Assim, seu papel é ligar os recursos e as oportunidades que aparecem no mercado. Fonte: Jacob Lund, Shutterstock, 2017. O comportamento do empreendedor faz parte de um processo que comporta várias dimensões de sua vida, como explica Chiavenato (2010) sobre o sistema de vida ecológico de alguém com esse perfil. Observe o quadro a seguir. EMPREENDEDORISMO Dimensões do sistema ecológico empreendedor Harmonizar as diversas áreas de sua vida, viver bem no que faz Definir onde pode chegar com cada projeto, sem atropelar etapas Nível de exigência de si próprio e dos outros Estabelecer pontos de referência na sua vida. Fonte: CHIAVENATO, 2010, p. 114. Podemos entender, a partir dessas informações, que um empreendedor não é aquele que se adapta às mudanças, mas um agente que promove o início das mudanças. E o que significa, nesse cenário, ser sustentável? Essa é uma definição importante e está presente como grande desafio no cotidiano das empresas e das pessoas. Você saberia definir o que é sustentabilidade? O conceito que mais se aproxima do empreendedorismo é gerir medidas para as necessidades humanas, sem comprometer as gerações futuras e os recursos naturais. Vamos a um exemplo? Economizar água por meio do uso consciente, evitando o máximo do desperdício, assim como pensar em como diminuir a poluição em nosso sistema hídrico. Conseguiu perceber o que é ser sustentável? O empreendedor se destaca por ser inovador e criativo, bem como pode contribuir com projetos sustentáveis para melhor uso dos recursos naturais. Nesse ponto, devemos analisar, também, o ser sustentável que não está ligado somente à gestão ambiental, mas que se envolve também com a sociedade, gerando uma imagem positiva para os consumidores da empresa à qual ele está vinculado. Afinal, estamos cada vez mais conscientes do nosso consumo e muitos consideram importante comprar somente de empresas sustentáveis. É importante você atentar que esse comportamento não trata de pequenas atitudes de marketing, mas, sim, de algo efetivo, que seja perceptível na sociedade. Veja esse exemplo: uma empresa ‘adota’ uma praça da cidade, arcando com todos os custos de preservação. Em troca, a prefeitura da cidade concede um espaço na praça para que a empresa divulgue sua marca, desde que respeite o espaço público e não gere poluição visual (excesso de propagandas). Ficou claro? EMPREENDEDORISMO Esfera de vida A esfera de vida de uma pessoa está sempre ligada às suas experiências de vida em sociedade, ou seja, o ser social. Praticar um ato social sem ter a intenção de ganho financeiro ou ter algo em troca indica um ser social, como, por exemplo, ser voluntário em alguma organização sem fins lucrativos atendendo moradores de rua. Assim, podemos entender que a esfera de vida é o equilíbrio para a realização pessoal em relação ao mundo, ou seja, uma busca pela autoavaliação de comportamento para que seja possível repensar hábitos e procurar fazer atividades que tragam realização e satisfação. Fonte: Sam72, Shutterstock, 2017. Bem, você pode estar concluindo que a esfera de vida de um empreendedor direciona seu papel social de vida, destacando o ser cívico, ecológico e ético. Vamos entender melhor por meio do quadro a seguir? EMPREENDEDORISMO Valores Conceitos Cívico Respeita e se preocupa com sua região, país. Tem compromisso com sua comunidade. Respeita o interesse do público e os valores da sociedade, como participar do processo democrático, votar nas eleições, participar de reuniões escolares dos filhos, mostrar seu ponto de vista sobre os assuntos. Ecológico Busca inovações e criações com os recursos disponíveis de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente, como não piorar a utilização de recursos, reciclar, usar a oportunidade da natureza em favor das pessoas, sem degradação do que existe. Ético Estar apto a entender as diferenças entre o certo e errado. A ética está ligada ao direito e à moral, respeito as valores e respeito sobre ganhar quando todos ganham, como rever relações com os outros, ser honesto, não negociar pensando em apenas ganhar, afinal, em uma boa negociação, todos ganham. O empreendedor ajuda a aumentar as riquezas de um país, agindo de forma ética, buscando a excelência. Você consegue imaginar uma pessoa que tem perfil empreendedor atuando em um ambiente que não gosta? É bem possível que não, afinal, uma das suas características é a ousadia de fazer o que gosta de forma criativa e inovadora. Pontos de referência Geralmente, o empreendedor é especialista em previsões futuras, afinal ele é focado no que existe e na descoberta. Mas quais seriam as referências para um empreendedor? Chiavenato (2010) explica sobre essas referências e como elas já fazem parte do comportamento empreendedor. Observe a seguir. Autoconfiança e preparo para os riscos. Aprendizado. Buscar e ter contatos. Intuição. Conhecer o que faz. EMPREENDEDORISMO Empreender é um espelho e as pessoas geralmente se espelham naquilo que funciona. Ou seja, buscamos referências que deram certo. Vale ressaltar que esses pontos de referência de um empreendedor são exemplos de vida em que qualquer um pode se espelhar, seja no âmbito social, profissional, empreendedor e material. Pense em um empreendedor que pretende abrir uma empresa na área da tecnologia, quais seriam suas referências como empreendedorismo? Steve Jobs (Apple) e Bill Gates (Microsoft), provavelmente. EMPREENDEDORISMO Cultura empreendedora (elementos) Você sabe qual é a importância da cultura empreendedora para o crescimento de uma região ou de um país? Sabe como o ambiente de trabalho, seja para abertura de novos negócios, seja para empresas que existem, interfere na produtividade do empreendedorismo.? Siga em frente, pois vamos entender melhor esses pontos a seguir. Cultura Empreendedora A cultura empreendedora relaciona o perfil de um empreendedor com sua atitude. Dornelas (2012) a define como a ligação entre o empreendedorismo coletivo e o perfil do empreendedor, enraizado em sua prática constante, e não apenas momentâneo. Quando essa cultura está fortalecida é possível melhorar uma região, gerar riquezas. Para facilitar esse entendimento, vamos usar como exemplo a empresa Google. Hoje, não tem como pensar em site de buscas sem se lembrar do Google, não é? Você sabe por que ela é uma empresa com cultura empreendedora? A multinacional cresceu muito em todo o mundo e, por isso, manter sua forma de gestão é muito difícil, uma vez que surgem muitos desafios por conta das diferenças entre os mercados. Assim, sua cultura de valorização é muito presente, com refeições gratuitas, viagens, premiações, ambiente de trabalho descontraído e competição interna para atingir os objetivos. A cultura empreendedora proporciona um ambiente coerente com sua atividade, é funcional e atende às suas necessidades da empresa. O quadro a seguir apresenta alguns elementos que ajudam na prática da cultura empreendedora. EMPREENDEDORISMO Como criar cultura empreendedora? Garantir autonomia e confiança Ter mais apetite ao risco Estimular novas ideias Fomentar equipes multidisciplinares Investir em pesquisa Recompensar Apoio dos líderes. Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2010; DORNELAS, 2012. Atente que uma cultura empreendedora pode ser fomentada individualmente
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