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Teoria Geral dos Recursos

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Recursos em Processo Penal
Teoria Geral dos Recursos
Conceito e Características
Recurso é o instrumento processual voluntário de impugnação de decisões judiciais, previsto em lei federal, utilizado antes da preclusão e na mesma relação jurídica processual, objetivando a reforma, a invalidação, a integração ou o esclarecimento da decisão judicial impugnada. 
Desse conceito podem ser extraídas as principais características dos recursos:
a) voluntariedade: a existência de um recurso está condicionada à manifestação da vontade da parte, que demonstra seu interesse de recorrer com a interposição do recurso;
b) previsão legal: para que um recurso possa ser conhecido, é indispensável a análise do cabimento, compreendido pela doutrina como a previsão legal da existência do recurso. Portanto, se a lei não prevê recurso contra determinada decisão, significa dizer que tal decisão é irrecorrível, o que, no entanto, não impede que a parte volte a questionar a matéria em preliminar de futura e eventual apelação, por meio de habeas corpus ou mandado de segurança;
c) anterioridade à preclusão ou à coisa julgada: o recurso é interposto antes da formação da preclusão ou da coisa julgada;
d) desenvolvimento dentro da mesma relação jurídica processual de que emana a decisão impugnada: a interposição de um recurso não faz surgir uma nova relação jurídica processual. Na verdade, o que ocorre com a interposição de um recurso é o simples desdobramento da relação anterior, em regra perante órgão jurisdicional diverso e de hierarquia superior.
Elementos comuns que contribuem para a compreensão do que sejam os recursos:
a) é ato de parte, portanto não é recurso a atividade de ofício do juiz (senão um mero reexame, completamente dispensável, a nosso ver);
b) a parte recorrente deve ter sofrido um gravame, um prejuízo;
c) é um direito que deve ser exercido no mesmo processo, ou seja, não instaura o recurso uma nova situação jurídico-processual, senão que constitui desdobramento ou nova fase do mesmo processo que gerou a decisão impugnada;
d) a decisão deve ser recorrível; portanto, não pode ter-se operado a coisa julgada (ainda que formal);
e) estabelece um julgamento sobre o julgamento (ou seja, o juízo sobre o juízo, de CARNELUTTI);
f) permite que outro órgão jurisdicional (superior, hierarquicamente) modifique a decisão, anulando-a, ou reformando-a, no todo ou em parte.
Fundamento dos recursos:
a) Falibilidade humana: o juiz é um ser humano e, portanto, falível. Pode cometer erros, equivocar-se, proferir uma decisão iníqua. Daí a necessidade de se prever um instrumento capaz de reavaliar o acerto (ou não) das decisões proferidas pelos magistrados. De mais a mais, não há como negar que a previsão legal dos recursos também funciona como importante estímulo para o aprimoramento da qualidade da prestação jurisdicional.
b) Inconformidade de quem sofreu prejuízo: absolutamente natural o inconformismo da parte diante de uma decisão que lhe seja desfavorável. Afinal, em qualquer setor da atividade humana, ninguém se conforma com um primeiro julgamento contrário aos seus interesses. Este o motivo pelo qual se entende que a parte possui uma necessidade psicológica de obter uma reavaliação da decisão gravosa, ainda que sirva para confirmar o teor da decisão impugnada. A possibilidade de reexame dá conforto psicológico às partes, em razão da existência de um mecanismo de revisão da decisão da causa.
c) Controle do conteúdo decisório;
d) Julgar é exercício de PODER!
Tentativa de equilíbrio:
Falibilidade e necessidade de reeexame
Vedação do reexame infinito
Limitação conceitual: ato de parte que sofre prejuízo, discutindo no mesmo processo uma decisão recorrível que poderá ser revisada por juízo superior.
Carnelutti: juízo²
Natureza Jurídica:Quanto à natureza jurídica dos recursos, deve-se ter presente a distinção entre eles e as ações autônomas de impugnação (revisão criminal, habeas corpus e mandado de segurança), pois, ao contrário delas, os recursos não são “ações processuais penais”, não instaurando uma nova situação jurídica processual. Os recursos são uma continuidade da pretensão acusatória ou da resistência defensiva, conforme a titularidade de quem o exerça.
(a) Continuidade da pretensão acusatória ou resistência defensiva (?)
(b) Ação autônoma, mas no mesmo processo (?)
Obs. Possibilidade recursal na fase pré processual? (581, V, CPP)
Quanto à natureza jurídica dos recursos, são encontradas várias correntes doutrinárias:
a) o recurso funciona como desdobramento do direito de ação que vinha sendo exercido até o momento em que foi proferida a decisão: a nosso ver, o recurso é uma fase do mesmo processo, um desdobramento da mesma ação. Ao ser interposto, o procedimento desenvolve-se em nova etapa da mesma relação processual;
b) o recurso funciona como nova ação dentro do mesmo processo;
c) o recurso funciona apenas como um meio destinado a obter a reforma da decisão, não importando se provocado pelas partes ou se determinado ex officio pelo juiz nas hipóteses em que a lei o obriga a adotar esta medida.
Fundamento dos recursos:
a) Fundamento psicológico;o recurso visa a satisfação de uma necessidade psicológica, inata no ser humano, se que ninguém se contenta com um julgamento desfavorável
Obs. Reforma processual no Chile; sistema de partes;
b) Fundamento político; para o princípio do duplo grau de jurisdição, toda decisão estatal deve estar sujeita a reexame, a ausência de controle daria ao titular de tal decisão um poder limitado e absoluto, o que não deve ser aceito em um Estado de Direito. Evidente que haverá um ato final, em relação ao qual não caiba mais recursos e, portanto, controle, mas isso decorre, inclusive, da possibilidade anterior de ter funcionado um ou mais dos mecanismos de controle.
Controle dos atos estatais(?)
c) Fundamento Jurídico: o princípio do duplo grau de jurisdição, que assegura o direito a reexame das decisões por um órgão jurisdicional diverso daquele que proferir a decisão, em grau de hierarquia superior
a liberdade do juiz se torna uma liberdade vigiada
Obs. Uniformização de jurisprudência?!
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição:
Em suma: havendo órgão colegiado em primeiro grau, pode existir restrição recursal; mas jamais restrição recursal com julgamento monocrático em primeiro grau (juiz singular).
Deve ser entendido como a possibilidade de um reexame integral (matéria de fato e de direito) da decisão do juízo a quo, a ser confiado a órgão jurisdicional diverso do que a proferiu e, em regra, de hierarquia superior na ordem judiciária. A doutrina costuma apontar alguns fundamentos para o duplo grau de jurisdição:
a) falibilidade humana: o juiz é um ser humano e, portanto, falível. Pode cometer erros, equivocar-se, proferir uma decisão iníqua. Daí a necessidade de se prever um instrumento capaz de reavaliar o acerto (ou não) das decisões proferidas pelos magistrados.
b) inconformismo das pessoas: é absolutamente natural o inconformismo da parte diante de uma decisão que lhe seja desfavorável. Afinal, em qualquer setor da atividade humana, ninguém se conforma com um primeiro julgamento contrário aos seus interesses. Este o motivo pelo qual se entende que a parte possui uma necessidade psicológica de obter uma reavaliação da decisão gravosa, ainda que sirva para confirmar o teor da decisão impugnada.
Organização política do Poder judiciário (sistema recursal):
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: [...]
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em únicaou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
CADH está expressamente:
Artigo 25. Proteção judicial
1. Toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízes ou tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem seus direitos fundamentais reconhecidos pela constituição, pela lei ou pela presente Convenção, mesmo quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no exercício de suas funções oficiais.
Classificação de Recursos:
a) Recurso Ordinário: reexame total do caso penal.
· são aqueles que têm por objeto provocar um novo exame (total ou parcial) do caso penal já decidido em primeira instância, por um órgão superior (ad quem), alcançando tanto as matérias de direito como também fáticas, com possibilidade de decisão sobre a determinação dos fatos, sua tipicidade, a prova, dosimetria da pena etc.
· Exemplo típico de recurso ordinário é a apelação, do art. 593 do CPP.
b) Recurso Extraordinário: reexame da aplicação da norma jurídica (não do mérito).
· onde os tribunais superiores entram no exame, unicamente, da aplicação da norma jurídica efetuada pelo órgão inferior, sendo assim um juízo limitado ao aspecto jurídico da decisão impugnada. Em última análise, limitam a discussão a questões de direito, expressamente previstas em lei. 
· São exemplos o recurso especial (art. 105, III, da Constituição) e o recurso extraordinário (art. 102, III, da Constituição).
Obs. Crítica da classificação a partir da construção do sistema de justiça criminal.
Os recursos ainda podem ser classificados, tomando por base a extensão da matéria impugnada, em totais ou parciais:
a) recursos totais: são aqueles em que a parte utiliza sua faculdade de impugnar toda a matéria permitida, ou seja, plena impugnação de todo o campo legalmente reexaminável.
· Exemplo típico é o recurso de apelação, total por excelência, pois permite ampla discussão sobre a matéria fática e jurídica, assim tendo procedido a parte.
b) recursos parciais: nesse caso, a parte interessada utiliza de parte de sua faculdade de impugnação, ainda que a lei lhe permitisse ampla rediscussão de todas as questões decididas. 
· Quando o réu é condenado, por exemplo, pela prática de um crime sem violência ou grave ameaça, a uma pena inferior a 4 anos, mas que não foi substituída (indevidamente) por pena restritiva de direitos, poderá apelar de toda ou de parte da decisão.
· Se optar por discutir, exclusivamente, a recusa por parte do juiz em substituir a pena, abrindo mão de buscar o reexame da prova e da própria condenação, estará fazendo um recurso parcial.
Quanto às restrições na fundamentação, os recursos podem ser de fundamentação livre ou vinculada:
a) recurso de fundamentação livre: confunde-se com os recursos ordinários e totais, pois a lei não restringe a fundamentação a ser utilizada no recurso, permitindo assim que a parte recorra de todas as questões fáticas e de direito.
· Novamente é a apelação o melhor exemplo.
b) recurso de fundamentação vinculada: em sentido oposto, aqui a própria lei limita a matéria que pode ser impugnada, definindo em que limites se deve dar a fundamentação. 
· São exemplos o recurso em sentido estrito, em que a fundamentação fica vinculada à situação jurídica definida no inciso e os recursos extraordinário e especial, em que o fundamento do recurso fica restrito à matéria definida no dispositivo legal (por exemplo, no recurso especial, a interposição com base no art. 105, III, “a”, limita a fundamentação à demonstração de que a decisão contrariou tratado ou lei federal, ou negou-lhe vigência, conforme o caso). 
· Também são um recurso de fundamentação vinculada os embargos infringentes, em que a limitação vem dada não pela lei, mas pela matéria objeto do voto vencido. 
· Ou seja, a fundamentação dos embargos infringentes está limitada e circunscrita pelo voto vencido, não podendo ir além dele (ou melhor, do objeto da divergência).
Atendendo ao grau hierárquico, os recursos podem ser horizontais ou
verticais:
a) recursos horizontais: são aqueles que se resolvem pelo mesmo órgão jurisdicional que proferiu a decisão recorrida, sendo, portanto, pouco eficazes por razões psicológicas facilmente compreensíveis. 
· Exemplo de recurso horizontal são os embargos declaratórios, em que a decisão incumbe ao mesmo órgão que o proferiu. 
· O recurso em sentido estrito é misto, na medida em que no primeiro momento ele é horizontal, permitindo que o juiz que proferiu a decisão se retrate (ou não), subindo em caso de manutenção da decisão proferida (vertical).
b) recursos verticais: resolvem-se pelo Tribunal Superior àquele órgão jurisdicional que proferiu a decisão. 
· São exemplos a apelação, recurso extraordinário, especial, embargos infringentes etc.
Alguma doutrina ainda classifica os recursos em voluntários e obrigatórios (ou de ofício). Voluntários são todos os recursos que dependem da manifestação da parte interessada, que poderá recorrer ou não, no todo ou em parte, da decisão. Excetuando os casos previstos no art. 574 (recursos obrigatórios), todos os demais são voluntários.
Princípios específicos:
a) Taxatividade: é necessário que seja verificado o cabimento do recurso, a previsão legal do mesmo e se a decisão é recorrível (se a decisão não transitou em julgado).
Obs. Interpretação extensiva vs. analogia
b) Fungibilidade: é o único princípio inserido no CPP. Tal principio propicia ao juiz a possibilidade de aceitar o recurso errado como sendo o correto ou determinar que a parte realize a correção, desde que haja boa-fé. Deste modo, desde que não transcorrido o tempo, não estará precluso o direito de recorrer. Em alguns casos não é possível saber qual é o recurso adequado. Deste modo, para privilegiar o direito de defesa, a parte não será prejudicada.
Obs. art. 579 do CPP
c) Unirrecorribilidade: para cada decisão somente é cabível um único recurso, para que sejam evitados recursos protelatórios e a interposição de diversos recursos. Entretanto, são exceções à regra o Recurso Especial (REsp), o Recurso Extraordinário (RE), os Embargos de Declaração e os Embargos Infringentes.
Obs. Art. 593, §4º, CPP
d) Dialeticidade: necessidade de instauração do contraditório nos recursos. Os Embargos de Declaração somente possuíram a instauração do contraditório quando possuírem características infringentes (modificativos).
e) Motivação/Fundamentação: todo e qualquer recurso deve ser fundamentado, expondo as questões de fato e/ou de direito que o sustentam, a ausência de razões também viola o contraditório, porque sem elas não tem a outra parte condições plenas de contra-arrazoar. Por isso, os tribunais ultimamente têm determinado que os autos baixem em diligências para que o defensor ofereça as razões ou seja nomeado um dativo para isso.
Obs. Art. 93, IX, CF
f) Proibição da Reformatio in pejus: é o principio da vedação de reforma para pior. Ex. O réu foi condenado a 4 anos de reclusão. Se apenas o réu recorrer, não pode o Tribunal reformar a sentença para 5 anos de reclusão. Isso somente pode acontecer caso o Ministério Público também recorra.
Obs. Reformatio e sistema acusatório? Compatibilidade?
Obs. Recurso e a ideia romana de controle – político – das decisões.
Obs. Art. 617, CPP
Obs. Reformatio in pejus no Júri – Atenção com a correlação entre critérios levados em conta pelo conselho de sentença e ampliação do debate nos recursos.
g) Non reformatio in pejus” indireta (personalidade) - somente é utilizado quando umasentença é impugnada e anulada. Neste caso, a nova sentença não pode ser mais prejudicial ao réu do que a sentença que foi anulada. Ex. 6 anos de reclusão. Sentença anulada. 7 anos de reclusão. Isso não pode ocorrer.
h) “Reformatio in mellius” - Quando o recurso for exclusivo para a acusação, o Tribunal pode reformar a decisão se for benéfico para o réu. Tal recurso possui efeito suspensivo para os demais réus do processo, mesmo que estes não tenham recorrido da decisão.
i) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: somente podem ser recorridas as decisões previstas no rol taxativo do artigo 581 do CPP. As demais não podem ser recorridas por falta de previsão legal (sob pena de ferir o principio da taxatividade). Isso não significa que tais decisões não podem ser impugnadas por ações autônomas.
j) Extensão subjetiva dos efeitos: “não se trata de extensão do recurso, mas de extensão da decisão proferida no julgamento do recurso. Se houvesse extensão do recurso, o corréu que não recorreu seria intimado a apresentar razões, poderia fazer sustentação oral, recorrer da decisão proferida no julgamento do recurso, etc. Entretanto, nada disto ocorre”. Trata-se de uma situação excepcional, em que um réu não recorrente pode ser beneficiado pela decisão proferida no recurso interposto pelo corréu, desde que não diga respeito a circunstâncias de caráter pessoal. 
Obs. Art. 580, CPP
k) Disponibilidade: os recursos são voluntários, pois refletem a vontade das partes de alterar a decisão. Deste modo, a parte pode desistir do mesmo após sua interposição, sem qualquer prejuízo. O Ministério Público não pode desistir do recurso interposto, por vedação legal do artigo 576 do CPP.
l) Convolação: por força do qual uma impugnação adequada pode ser recebida e conhecida como se fosse outra. Segundo a doutrina, essa possibilidade de convolação do recurso visa evitar prejuízo ao recorrente, quando, a despeito da adequação da via impugnativa, estejam ausentes no recurso interposto outros pressupostos recursais, tais como a tempestividade, a forma, o preparo, o interesse e a legitimidade.
m) Voluntariedade dos Recursos: A existência de um recurso está condicionada à manifestação da vontade da parte, que demonstra seu interesse de recorrer com a interposição do recurso. A propósito, o art. 574, caput, primeira parte, do CPP, preceitua que os recursos serão voluntários. Prestigia-se, com esse princípio, o princípio dispositivo, vinculando-se a existência de um recurso à vontade da parte sucumbente.
n) Complementariedade: admite-se que a parte recorrente possa complementar as razões de recurso já interposto sempre que, no julgamento de embargos de declaração interpostos pela parte contrária, for criada uma nova sucumbência em virtude da alteração ou integração da decisão. Essa complementação, todavia, estará limitada à nova sucumbência, de modo que, sendo parcial o recurso já interposto, não poderá o recorrente aproveitar-se do princípio para impugnar parcela da decisão que já devia ter sido impugnada anteriormente. Nessa linha, consoante disposto no art. 1.024, § 4º, do novo CPC, subsidiariamente aplicável ao processo penal, caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
o) Variabilidade: significa que o recorrente pode variar de recurso, isto é, pode interpor novo recurso em substituição a outro anteriormente interposto, desde que o faça dentro do prazo legal. Até o advento da Lei nº 11.689/08, que extinguiu o protesto por novo júri, era comum que a doutrina citasse o seguinte exemplo: em julgamento perante o Tribunal do Júri, após ser condenado pela prática de um delito a uma pena superior a 20 (vinte) anos de reclusão, o defensor interpôs um recurso de apelação. Todavia, percebendo o cabimento do protesto por novo júri, o advogado interpõe este recurso em substituição à apelação anteriormente interposta, pugnando por sua substituição, o que é feito dentro do prazo de 5 (cinco) dias.
p) Colegialidade: a parte tem o direito de, recorrendo a uma instância superior ao primeiro grau de jurisdição, obter um julgamento proferido por órgão colegiado. Seu escopo é promover a reavaliação da causa por um grupo de magistrados, não mais entregando a decisão da demanda a um juízo singular, como geralmente ocorre na 1ª instância.
q) Tantum devolutum quantum appellatum: tanto se devolve quanto se apela. É uma limitação imposta pelo efeito devolutivo. Mas, diante da autorização da reformatio in mellius, esse princípio acaba sendo uma limitação recursal ao acusador
Requisitos de Admissibilidade
Dessarte, os requisitos dos recursos podem ser objetivos ou subjetivos: 
1. Requisitos objetivos: 
· cabimento; 
· adequação; 
· tempestividade; 
· preparo (apenas nos casos em que a ação penal é de iniciativa privada). 
2. Requisitos subjetivos: 
· legitimidade; 
· existência de um gravame (interesse).
a) Cabimento
· inexistência de coisa julgada
· compreendido como a previsão legal da existência do recurso. Portanto, se a lei não prevê recurso contra determinada decisão, tal decisão é irrecorrível, o que, no entanto, não impede que a parte volte a questionar a matéria em eventual preliminar de futura e eventual apelação ou por meio de habeas corpus ou mandadode segurança.
b) Adequação
· escolha do meio de impugnação adequado para decisão tomada.
· Obs. Íntima relação com taxatividade/fungibilidade.
· Obs. Regularidade formal.
· Obs. Interposição vs. Razões nos recursos criminais
· O pressuposto objetivo da adequação deve ser compreendido, portanto, como a utilização da via impugnativa correta para se insurgir contra a decisão. Faz-se necessária pertinência entre o recurso legalmente previsto para a decisão impugnada e aquele efetivamente interposto pelo sucumbente. 
· Se a doutrina aponta a adequação como pressuposto objetivo de admissibilidade recursal, também costuma dizer que referido pressuposto não tem caráter absoluto, sendo mitigado pelo princípio da fungibilidade, nos exatos termos do art. 579 do CPP.
c) Legitimidade
· O CPP faz uma distinção entre os legitimados gerais, que são aqueles que tem legitimidade ampla, ou seja, podem recorrer de qualquer decisão, e os legitimados específicos, especiais ou restritos, que somente podem ocorrer em determinados casos.
· Os legitimados gerais são encontrados no art. 577, caput.
· São, portanto, legitimados para recorrer sempre – desde que presentes os outros requisitos objetivos e subjetivos – o MP, o querelante, o réu, o procurador e o defensor. Apesar de não estar expresso no artigo, é claro que o querelado também poderá recorrer nas ações penais privadas, estando compreendido na expressão “réu”.
· Pertinência subjetiva dos recursos?
· Partes? Assistente de acusação?
d) Interesse
· Tem sido identificado com a sucumbência, ou seja, com aquilo que a parte perdeu com a decisão, olhando-se, portanto, para trás, sob uma ótica retrospectiva. 
· Acreditamos, porém, que se deve adotar uma ótica prospectiva, isto é, para o futuro, verificando-se o que a parte pode vir a ganhar com o recurso.
· súmula 283 do STF.
· Quanto ao interesse do MP é preciso que distingamos se está atuando como parte de uma ação penal pública ou como custus legis em uma ação penal privada. No caso da ação penal exclusivamente privada, se o querelante não quiser apelar da sentença absolutória, o MP não poderá fazê-lo, já que estaria ferindo o princípio da disponibilidade da ação penal privada que é exercido pelo querelante quando não recorre. Entretanto, se a sentença for condenatória, poderá o membro do MP recorrer para aumentar a pena, bem como pela revogação de qualquer benefício fixado na sentença.
· O acusado tem os mesmos interesses na ação penal pública e privada. Quando a sentença for condenatória, o interesse doacusado é amplo e irrestrito, ou seja, pode recorrer para alcançar a absolvição, para reduzir a pena, para pleitear algum benefício, etc.
e) Ausência de fato impeditivo
Antes da reforma do CPP, além da renúncia, havia outros dois fatos impeditivos do prosseguimento dos recursos, que eram o não recolhimento à prisão, tanto para interpor a apelação da sentença penal condenatória quanto para interposição de RESE da decisão de pronúncia. Quando ainda existiam esses fatos impeditivos, caso o réu que estivesse em liberdade fosse condenado ou pronunciado, para apelar ou interpor RESE, deveria recolher-se a prisão, sob pena de o recurso ser declarado deserto e não ser conhecido.
Entretanto, tais previsões não mais se encontram em nosso ordenamento, vez que incompatíveis com a CF, especialmente no que tange ao princípio de estado de inocência, nos termos da súmula 347 do STJ.
· Para que um recurso possa ser conhecido, há de se verificar se estão presentes (ou não) determinados fatos que impedem seu conhecimento. 
· Hoje, como não se admite mais o recolhimento do acusado à prisão como pressuposto recursal – revogado art. 594 do CPP –, a renúncia e a preclusão subsistem como únicos fatos que impedem o conhecimento do recurso.
· Preclusão
· preclusão temporal: decorre do não exercício da faculdade, poder ou direito processual no prazo determinado. Em sede de recursos, a preclusão temporal ocorre quando transcorre in albis o prazo para recorrer, ou quando a impugnação apresentada pela parte é intempestiva;
· preclusão lógica: decorre da incompatibilidade da prática de um ato processual com relação a outro já praticado. Com relação aos recursos, a preclusão lógica ocorre, por exemplo, com a renúncia, que se apresenta incompatível com a interposição do recurso do qual a parte abriu mão;
· preclusão consumativa: ocorre quando a faculdade já foi validamente exercida. Em relação aos recursos, a preclusão consumativa está relacionada aos princípios da unirrecorribilidade e da variabilidade dos recursos, anteriormente estudados.
· Renúncia: renúncia do direito de recorrer a principal elucidação deste tipo de fato que impede a parte de recorrer.
· Recolhimento à prisão: deixou de ser fato pois é inconstitucional
f) Ausência de fato extintivo
· Já o fato extintivo é posterior à interposição do recurso, o qual é superveniente ao próprio recurso, impedindo o seu conhecimento. 
· A desistência e o não pagamento do preparo são exemplos de fatos extintivos do direito de recorrer. 
· A taxa paga ao Estado pela utilização e movimentação da máquina judiciária. Há recursos que exigem o recolhimento do preparo e há recursos que não exigem.
g) Preparo
· específico para os recursos nos processos instaurados a partir de ação penal de iniciativa privada. 
· O pagamento das despesas recursais é um requisito cujo descumprimento conduz à deserção, como já explicado. 
h) Tempestivamente
· deve ser interposto no prazo previsto em lei, sob pena de preclusão temporal.
· Considera-se o recurso tempestivo quando oferecido dentro do prazo estabelecido em lei, sendo o prazo processual uma distância temporal entre os atos do processo, cujos marcos são o início do prazo (dies a quo) e seu término (dies ad quem).
· Obs. Prazo processual penal vs. prazo penal
· Interposição vs. razões
i) Regularidade Formal
· de modo que não basta a correta eleição do recurso; deve a parte corretamente interpô-lo. Há que se observar estritamente a forma e os formalismos exigidos pela Lei para o recurso escolhido, sob pena de sequer ser conhecido. 
· Assim, a faculdade disposta no art. 578 do CPP, que admite a interposição por petição ou termo nos autos e, não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por alguém, a seu rogo, na presença de duas testemunhas, só é aplicável aos recursos interpostos em primeiro grau. 
· Não é correta a interposição de um recurso extraordinário, por exemplo, por termo nos autos, ou ainda (neste mesmo recurso) de uma mera petição de interposição sem a respectiva fundamentação
Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito
Em matéria recursal, estabelece-se um duplo juízo de admissão do recurso: 
a) juízo de admissibilidade ou de prelibação: em que se analisam os requisitos objetivos e subjetivos dos recursos, ou seja, o atendimento às exigências legais para que o recurso seja conhecido ou não conhecido, significa, admitido ou não, sem análise, neste momento, do mérito; 
b) juízo de mérito recursal: uma vez admitido o recurso, logo, pressupõe o conhecimento (admissão) no momento anterior, passa o tribunal ad quem para a análise do seu objeto, ou seja, do mérito do recurso, em que poderá dar provimento ou negar provimento ao (pedido no) recurso. 
· Duplo controle: juízo a quo/ad quem
· JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE = CONHECIDO
· JUÍZO DE MÉRITO = PROVIDO
Como regra, deverá o juízo a quo, especialmente quando de primeiro grau, admitir e determinar a subida do recurso interposto. Excepcionalmente, quando o recurso for manifestamente: 
a) incabível ou inadequado, como, por exemplo, o recurso que impugne um despacho de mero expediente ou uma decisão interlocutória simples irrecorrível
b) ou intempestivo, como a apelação interposta no 6º dia após a última intimação; 
c) ou for caso de deserção, pois, devidamente intimado, o recorrente não recolheu as custas necessárias (preparo, na ação penal de iniciativa privada); 
d) ou interposto por parte ilegítima, como um terceiro que pretenda ingressar como assistente da acusação sem demonstrar o vínculo exigido pelo art. 268 do CPP;
e) ou for manifesta a falta de interesse recursal pela ausência de gravame.
Efeitos dos recursos:
a) Efeito devolutivo: regra para o próprio limite conceitual.
· Obs. Extensão (plano horizontal) vs. Profundidade
· Extensão (Total/parcial): eleger/elencar quais são as matérias devolvidas. Ex. Nulidade, incompetência...
· Obs. É possível, tratando-se da matéria devolvida, a conversão de diligências para determinação de produção de novas provas (art. 616, CPP).
· Interativos ou regressivos: são aqueles recursos em que se atribui ao próprio juiz que ditou a decisão reexaminá-la, ou seja, regressa para o mesmo juiz. 
· É o caso dos embargos declaratórios, em que incumbe ao juiz que proferiu a sentença (ou câmara/turma criminal em caso de acórdão) decidir novamente, esclarecendo a contradição, ambiguidade, obscuridade ou omissão. 
· Não há, além dos embargos declaratórios, outro recurso com efeito regressivo.
· Reiterativos ou devolutivos: são os devolutivos propriamente ditos, que necessariamente devolvem o conhecimento da matéria para um tribunal ad quem, ou seja, para um órgão superior àquele que proferiu a decisão. 
· Exemplo típico é o recurso de apelação, em que caberá ao tribunal reexaminar a decisão proferida pelo juiz de primeiro grau. 
· Também possuem esse efeito os embargos infringentes, recurso ordinário, recurso extraordinário e recurso especial.
· Misto: nesse caso, há efeito duplo, pois permite que o juiz a quo possa reexaminar sua própria decisão e, caso a mantenha, o recurso será remetido para o tribunal ad quem. Ou seja, o recurso é regressivo no primeiro momento e, caso o juiz não reforme sua decisão, passa a ter o efeito devolutivo propriamente dito, com o recurso subindo para o tribunal ad quem. 
· O recurso em sentido estrito é um exemplo desse efeito recursal. Também o agravo da execução, previsto no art. 197 da LEP, na medida em que (predomina o entendimento de que) seu processamento segue aquele previsto para o recurso em sentido estrito.
b) Efeito suspensivo:
· Obs. Aprimoramento técnico: suspende efeitos da sentença? Não é condição própria da existência do sistema recursal?
· Por efeito suspensivo se entende aquele obstáculo legal a que a sentença proferida possa surtir todos os seus efeitos antes do trânsito em julgado. Tal efeito determina a impossibilidade de executar-se a resolução judicial recorrida. Como regra, os recursos proferidos contra a sentença penal condenatória devem ter efeito suspensivo, assegurando-seao réu o direito de recorrer em liberdade e assim permanecer até o trânsito em julgado. Isso porque, no processo penal, a liberdade é a regra; e a prisão, uma exceção. Mas isso não impede a prisão do imputado nesse momento, pois, como veremos, bastará a existência fundamentada de periculum libertatis (art. 312) para que o réu seja preso. Já a apelação interposta contra a sentença penal absolutória nunca terá efeito suspensivo, pois como determina o art.596.
c) Efeito Regressivo/Iterativo
Juízo de retratação: 589, CPP/ 197, LEP c/c 589, CPP
Processo e Julgamento dos Recursos
· Obs. Interposição/Razões/Contrarrazões
· Obs. Art. 618, CPP
· Funcionamento TJMS – Regimento Interno:
· Câmaras TJMS: art. 141, Reg. Interno
· Dinâmica de julgamento: Relatório/ Parecer MP/ Pauta / Julgamento / Sustentação oral / Votos / Vista (...) 
· 
· Obs. Questão de ordem: Art. 7º, X, EOAB
· Obs. Reflexões sobre art. 932, CPC
Cumprimento em segunda instância
· Parâmetro STF ADC 43, 44
Prazos Recursais
	Hipótese
	Prazo
	Fundamento Legal
	Reexame de medidas cautelares aplicadas pelo juiz de garantias
	10 dias
	Art. 3º, §2º, do CPP
	Prazo de duração do Inquérito Policial – Regra Geral
	10 dias preso / 30 dias solto
	Art. 10 do CPP
	Prazo de duração do Inquérito Policial na Lei de Tóxicos
	30 dias preso / 90 dias solto
	Art. 51 da Lei 11.343/2006
	Prazo de duração do inquérito policial na Justiça Federal
	15 dias preso / 30 dias solto
	Art. 66 da Lei 5.010/1966
	Prazo para contestar o arquivamento do inquérito policial 
	30 dias a partir do recebimento da comunicação
	Art. 28, §1º, do CPP
	Prazo para propositura da queixa-crime
	6 meses, a contar da data do conhecimento da autoria
	Art. 38 do CPP
	Prazo para a representação
	6 meses, a contar da data do conhecimento da autoria
	Art. 38 do CPP
	Prazo para oferecimento da ação penal privada subsidiária da pública
	6 meses, a contar da inércia do Ministério Público
	Art. 38 c/c 29 do Código de Processo Penal
	Prazo para oferecimento da denúncia
	5 dias preso / 15 dias solto
	Art. 46 do CPP
	Prazo para aditamento da queixa
	3 dias
	Art. 46, §2º, do CPP
	Prazo para o aceite do perdão
	3 dias
	Art. 58 do CPP
	Prazo para a perempção quando o querelante deixa de promover o andamento do processo
	30 dias
	Art. 60, I, do CPP
	Prazo para a perempção quando o querelante morrer ou se ausentar e os substitutos não retomarem a ação
	60 dias
	Art. 60, II, do CPP
	Resposta do não aceite da exceção de suspeição por parte do juiz
	3 dias
	Art. 100 do CPP
	Levante do sequestro, caso a ação penal não tenha sido intentada
	60 dias
	Art. 131 do CPP
	Duração do exame de insanidade mental
	45 dias, prorrogáveis, se necessário
	Art. 150, §1º, do CPP
	Prazo de elaboração do laudo oficial
	10 dias, podendo ser prorrogado
	Art. 160, § único, do CPP
	Resposta dos quesitos ao perito oficial
	10 dias de antecedência
	Art. 159, §5º, I do CPP
	Laudo complementar para efeitos de classificação de lesão corporal (art. 129 do CP)
	30 dias após a data do crime
	Art. 168, §2º, do CPP
	Intimação do interrogatório por videoconferência
	10 dias com antecedência
	Art. 185, §3º, do CPP
	Citação por edital
	De 15 a 90 dias
	Art. 361 e 364 do CPP
	Prazo para apresentação da resposta do acusado
	10 dias
	Art. 396 do CPP
	Marcação da Audiência de Instrução e Julgamento no procedimento ordinário
	60 dias
	Art. 400 do CPP
	Alegações finais orais
	20min + 10min
	Art. 403 do CPP
	Alegações finais por memoriais
	5 dias
	Art. 404, parágrafo único do CPP
	Proferir sentença no caso de apresentação de alegações finais por memoriais
	10 dias
	Art. 404, parágrafo único do CPP
	Oitiva do MP no júri após a resposta do acusado
	5 dias
	Art. 409 do CPP
	Prazo do procedimento da 1ª fase do júri
	90 dias
	Art. 412 do CPP
	Apresentação do rol de testemunhas para Plenário do Júri
	5 dias
	Art. 422 do CPP
	Pedido de habilitação como assistente de acusação para atuação no júri
	5 dias antes da sessão
	Art. 430 do CPP
	Sustentação oral no júri
	1h30 para cada, e 1h de réplica e tréplica. Obs.: mais de um acusador ou defensor dividirão o tempo. Havendo mais de um acusado, + 1h (Art. 477, § 2º, do CPP)
	Art. 477 do CPP
	Juntada de documentos para utilizar em Plenário do Júri
	Até 3 dias antes da sessão
	Art. 479 do CPP
	Defesa preliminar nos crimes afiançáveis
	15 dias
	Art. 514 do Código de Processo Penal
	Defesa preliminar nos crimes da Lei de Tóxico
	10 dias
	Art. 55 da Lei 11.343/2006
	Prisão temporária
	5 dias + 5 dias, e, se for hediondo 30 dias + 30 dias (art. 2º, §4º, da Lei 8.072/1990)
	Art. 2º da Lei 7.960/1989
	
	
	
	RECURSOS
	Prazo
	Fundamento legal
	Recurso em sentido estrito
	5 dias (petição) / 2 dias (razões)
	Art. 586 c/c 588 do do Código de Processo Penal
	Apelação
	5 dias (petição) / 8 dias (razões)
	Art. 593 c/c 600, caput e §4º do Código de Processo Penal
	Apelação em Contravenção Penal (razões)
	3 dias
	Art. 600 do Código de Processo Penal
	Apelação pela assistência de acusação (razões)
	3 dias após o MP
	Art. 600, §1º do Código de Processo Penal
	Apelação no JECRIM
	10 dias
	Art. 82, §1º, da Lei 9.099/1995
	Embargos infringentes ou de nulidade
	10 dias
	Art. 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal
	Embargos de declaração
	2 dias
	Art. 382 c/c 619 do Código de Processo Penal
	Embargos de declaração no JECRIM
	5 dias
	Art. 83 da Lei 9.099/1995
	Embargos de declaração no STF
	5 dias
	Art. 337, §1º do RISTF c/c 619 do Código de Processo Penal
	Recurso Extraordinário
	10 dias
	Súmula 602 do STF
	Recurso Especial
	15 dias
	Art. 255 RISTJ c/c art. 1.003, §5, do Código de Processo Civil
	Recurso ordinário em HC
	5 dias
	Art. 30 da Lei 8.038/1990
	Carta Testemunhável
	48 horas
	Art. 640 do Código de Processo Penal
	Mandado de segurança
	120 dias
	Art. 23 da Lei 12.016/2009
	Agravo em execução
	5 dias
	Art. 197 da Lei 7.210/1984 c/c Súmula 700 do STF

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