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Questionário : Processo civil III. Professora : Maria de Jesus Paixão Nunes. Teoria Geral dos Recursos e Processos nos Tribunais. 01)De que atos poderão ser interpostos os recurso? Subjetivos São aqueles que levam em consideração a pessoa do recorrente. Legitimidade O "vencido" está legitimado, isto é, a parte que tenha sofrido prejuízo jurídico com a decisão. Também estão legitimados o Ministério Público - quer esteja atuando na condição de parte, quer na de custos legis -, o terceiro interveniente e o terceiro prejudicado (CPC, art. 996). Interesse Para recorrer é indispensável que o recurso seja útil e necessário ao recorrente, a fim de evitar que este sofra prejuízos com a decisão. Assim, constata-se que haverá interesse em recorrer somente àquele que for sucumbente, ou seja, àquele que não recebeu da decisão tudo o que dela esperava. Objetivos São aqueles que dizem respeito ao recurso em si. Tempestividade Para a interposição do recurso, há um prazo fixado na lei, sendo que para alguns recursos, o prazo é de 15 (quinze) dias (art. 1.003, §5º do CPC); para outros como o agravo retido ou de instrumento, é de 15 (quinze) dias (art. 1.015 do CPC) etc. Decorrido o prazo, não mais poderá ser interposto o recurso. Esses prazos são contados do momento em que o advogado tem conhecimento da decisão: quando a decisão for prolatada em audiência, conta-se da audiência - ainda que o advogado a ela não esteja presente, mas tenha sido intimado regularmente; quando prolatada fora da audiência, quando for intimado pelo órgão oficial (art. 224 do CPC), lembrando que evidenciado o conhecimento da decisão, ainda que não intimado, o prazo tem início. Cabimento Em princípio, todos os atos com conteúdo decisório são passíveis de recursos, uma vez que o legislador, além de prever o recurso para as sentenças e decisões terminativas, adotou o princípio da "recorribilidade das interlocutórias", pelo qual somente aquelas decisões que o legislador estabeleceu não serem passíveis de recurso é que não são recorríveis. O exemplo de decisão interlocutória irrecorrível está no art. 1.007, §6º do CPC: a decisão que releva a pena de deserção da apelação é irrecorrível, como proclama o seu parágrafo único. Não estando prevista a irrecorribilidade, todas as decisões sujeitam-se ao recurso. Para cada espécie de decisão, há previsão de um recurso adequado: contra a sentença cabe apelação; contra decisão interlocutória cabe agravo de instrumento; contra acórdão unânime cabe recurso especial ou recurso extraordinário, e assim por diante. Não é possível utilizar-se um recurso por outro. Somente em situações excepcionais, em que houver dúvida quanto à natureza do ato judicial, será possível admitir-se um recurso por outro - princípio da fungibilidade recursal. Mas deverá o recurso inadequado ter sido interposto no prazo do recurso adequado, sob pena de ofensa ao pressuposto da tempestividade. Preparo O art. 1.007, do CPC, determina que no ato da interposição do recurso se comprovará o preparo. Logo, o prazo para o preparo não é o mesmo do recurso, mas se encerra antes, já que no ato da interposição deve-se comprovar a sua realização. Ausente o preparo exigido em lei, ocorre a deserção, que é uma pena ao recorrente desidioso, mas que pode ser relevada, desde que alegado e provado o justo impedimento. 02)Conceitue recurso. Qual a natureza jurídica dos recursos? Recurso pode ser definido como uma ferramenta para provocar no judiciário o reexame de decisão, com o objetivo de reformá-la, invalidá-la e, como no exemplo dos embargos de declaração, esclarecê-la. Essa ferramenta deve ser interposta de forma voluntária, pelo legitimado, na maioria dos casos a parte sucumbente. Não possuem natureza de ação, não criando nova relação jurídica. Para bem compreender a natureza jurídica dos recursos é preciso inicialmente distingui-los das ações autônomas de impugnação (revisão criminal, habeas corpus e mandando de segurança). Pois, ao contrário destas, os recursos não têm o condão de inaugurarem uma nova relação jurídica processual, ou seja, não instauram um processo novo. Na verdade, o recurso nada mais é do que uma extensão do próprio direito de ação exercido no processo. Entretanto, é importante dizer que parte da doutrina defende a existência de outros desdobramentos no sentido de encarar o recuso como a instauração de uma nova relação processual, o que é uma posição bem minoritária na doutrina. 03)O que vem a ser error improcedendo e error in judicando? O error in iudicando é resultante da má apreciação da questão de direito (v.g., entendeu-se aplicável norma jurídica impertinente ao caso) ou de fato (v.g., passou despercebido um documento, interpretou-se mal o depoimento de uma testemunha), ou de ambas, pedindo-se em conseqüência a REFORMA da decisão, acoimada de injusta, de forma que o objeto do juízo de mérito no recurso identifica-se com o objeto da atividade cognitiva no grau inferior da jurisdição. O error in procedendo implica em vício de atividade (v.g., defeitos de estrutura formal da decisão, julgamento que se distancia do que foi pedido pela parte, impedimento do juiz, incompetência absoluta) e por isso se pleiteia neste caso a INVALIDAÇÃO da decisão, averbada de ilegal, e o objeto do juízo de mérito no recurso é o próprio julgamento proferido no grau inferior. 04)A decisão do juízo ad quem, substitui a decisão do juízo aquo ? pesquise . Pela regra do Código de Processo Civil de 1973, no Capítulo VI, dos recursos para o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, entende-se, que o recurso especial e o recurso extraordinário se sujeitam ao duplo juízo de admissibilidade recursal. Assim, pode-se afirmar que o juízo de admissibilidade dos recursos retromencionados tem dois momentos, quais sejam: 1) no juízo a quo, quando o Presidente do Tribunal admite ou não o recurso; 2) no juízo ad quem, quando, no seu julgamento no órgão de segundo instância, verifica‐se preliminarmente se o recuso é cabível. Nesse passo, depois da apresentação das contrarrazões ou decorrido o seu prazo sem apresentação daquela, os autos serão remetidos ao Presidente ou Vice‐Presidente do respectivo Tribunal para que, em decisão fundamentada em louvor ao princípio do livre convencimento motivado, sob pena de nulidade (art. 93. IX da CF), proceda ao juízo de admissibilidade recursal, dizendo se dá seguimento ou não ao envio desse recurso ao Tribunal Superior. Confira-se: Art. 542. Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o recorrido, abrindo-se- lhe vista, para apresentar contrarrazões. 05)Conceitue juízo de admissibilidade e juízo de mérito de um recurso. O juízo de admissibilidade analisa se recurso atende os pressupostos formais exigidos pela lei. Nesta fase, caso o recurso esteja de acordo com as normas, diz-se que o recurso foi conhecido ou admitido. Caso não contenha as preliminares necessárias, o recurso não será conhecido, prejudicando a análise do mérito, ou seja, o recurso morre antes mesmo de ser avaliado. Já o juízo de mérito irá avaliar a matéria a qual o recurso desafia, ou seja, irá analisar as razões e o pedido constante do recurso, que não se confunde com o mérito da causa propriamente dito. Nesta fase diz-se que caso a decisão atacada seja mantida, diz-se que o recurso não foi provido. Já, se a decisão é reformada, esclarecida, anulada ou cassada, diz-se que o recurso foi provido. 06)Quais os requisitos de admissibilidade intrínsecos e extrínsecos? Comente sobre eles. Os requisitos de admissibilidade recursal são classificados em intrínsecos e extrínsecos. Fazem parte do primeiro o cabimento, inexistência de fato impeditivo ou extintivo, a legitimidade e o interesse para recorrer. Já do segundo fazem parte a tempestividade, preparo e regularidade formal. 07)O rol de recursos cíveis é taxativo? Justifique.tem-se, por certo, que o rol é taxativo. Entretanto, deverá ser mitigado em caso de urgência de matéria não versada nas hipóteses do art. 1.015, do CPC. As análises que serão abordadas ao longo do estudo demonstrarão que, desde a promulgação do CPC de 2015, surgiu a grande divergência não só doutrinária, mas também jurisprudencial, a qual trazia três linhas de raciocínio acerca de tal recurso, sendo elas: I) o rol é absolutamente taxativo e deve ser interpretado restritivamente; II) o rol é taxativo, mas comporta interpretações extensivas ou analogia; III) o rol é exemplificativo. Desta forma, diante a interposição de vários recursos sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça, buscando a uniformização do tema, instaurou o procedimento de demanda repetitiva que aqui se analisa. Além disso, deve-se verificar o que os doutrinadores vêm lecionando sobre o novo recurso de agravo de instrumento confrontando posicionamentos distintos dos doutrinadores acerca do novo rol do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, bem como com as divergências doutrinárias e o entendimento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. 08)Quem tem legitimidade para recorrer? Possuem legitimidade para recorrer: a parte, o terceiro prejudicado e o Ministério Público. Malgrado o tratamento dispensado pelo Código de Processo Civil, a legitimação para recorrer difere do interesse em recorrer. 09)Pode o advogado recorrer em nome próprio? Pesquise. “Consoante o disposto no art. 23 da lei nº 8.906/94, o detentor do direito de percepção aos honorários fixados judicialmente, será sempre o advogado constituído pela parte. Desta assertiva extrai-se a conclusão de que o advogado, em nome próprio, não em nome do cliente, pode pleitear a revisão, via recurso, da fixação da verba honorária arbitrada em seu prol” 10)Qual o prazo para interposição dos recursos cíveis? No novo CPC, todos os recursos têm prazo de 15 dias, tanto para interposição quanto para a resposta (arts. 1.002 e 1.003, prazo em dobro para Fazenda Pública, Ministério Público e Defensoria Pública – arts. 180, 183 e 186), com exceção dos embargos de declaração (art. 1.023), que tem 5 dias. 11)Quem são os recorrentes que são isentos de custas judiciais? Lei nº 9.289/1996: Art. 4: São isentos de pagamento de custas: -a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundações. -os que provarem insuficiência de recursos e os beneficiários da assistência judiciária . -Os assistidos pela Defensoria Pública . -o Ministério Público. -os autores nas ações populares, nas ações civis públicas e nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. 12)Defina preparo e porte de remessa e retorno. Preparo é o adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. É uma causa objetiva de inadmissibilidade e independe de qualquer indagação quanto à vontade do omissivo. O valor do preparo é a soma da taxa judiciária mais o porte de remessa e de retorno dos autos. O porte de remessa e retorno dos autos é a quantia devida para custear o deslocamento do processo até a sede do STJ em Brasília, onde será julgado, e a devolução ao tribunal de origem. O valor deve ser previamente pago sempre que o processo tramitar em um tribunal e uma das partes interpuser recurso para o STJ. 13) Faça um pequeno texto explicando sobre o recurso adesivo e seu processamento. Há preparo em recurso adesivo? O recurso adesivo é interposto mediante petição dirigida ao juiz a quo contendo a identificação do processo em que a sentença foi prolatada, os fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão. Em regra, os meios de impugnação das sentenças e decisões pressupõe a sucumbência, isto é, a desconformidade entre o que o recorrente pretendia e o que foi decidido. O Código de Processo Civil deixa claro que os recursos somente podem ser interpostos pelo vencido, pelo terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público. Vencido é, portanto, aquele que, sendo parte na relação processual, sofreu um gravame com a decisão - decisão interlocutória, sentença e acórdão. Nesse caso, as exigências para o recurso independente e para o recurso adesivo são as mesmas, mas o recorrente principal, por características personalíssimas, está dispensado do preparo. Tais circunstâncias, que são personalíssimas e justamente por isso, não se transferem para o recorrente adesivo. 14)Qual a ocasião oportuna para comprovar o recolhimento do recurso? No momento da interposição do recurso. Art. 511, do NCPC 15)Comente sobre a possibilidade de complementação do recurso. É a segunda chance que o juiz da ao recorrente para realizar o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção pelo não pagamento. Entretanto é importante salientar que é vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do Art. 1007, § 4 °. Do NCPC. INSUFICIÊNCIA TOTAL do preparo: é possível a complementação (deve recolher em dobro). INSUFICIÊNCIA PARCIAL do preparo: não é possível a complementação. 16)Conceitue renúncia, desistência. Renúncia é manifestação unilateral de vontade, pela qual o titular do direito de recorrer declara a sua intenção de não o fazer. A desistência ocorrerá caso à parte, após a interposição de um recurso desejar desistir do feito. Nessa hipótese deverá manifestar sua vontade de que o recurso não seja levado a julgamento, mediante petição. 17)Quais os requisitos legais para interposição de recurso adesivo? São dois os requisitos do recurso adesivo: que tenha havido sucumbência reciproca e que tenha havido recurso do adversário. 18)Cite 4 princípios recursais e comente sobre cada um deles. Principio da taxatividade - O rol legal de recursos e taxativo, numerus clausus. Só existem os previstos em lei, não sendo dado as partes formular meios de impugnação das decisões judiciais além daquelas indicada pelo legislador. - Princípio da singularidade ou da unirrecorribilidade - É o que estabelece que para cada ato judicial cabe um único tipo de recurso adequado. Princípio da fungibilidade dos recursos - Consiste na possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro, que seria o cabível... é um princípio de aproveitamento do recurso interposto erroneamente". - Princípio da proibição da reformatio in pejus - Guarda relação direta com a extensão do direito devolutivo dos recursos. Aquele que recorre só o faz para melhorar a sua situação. 19)Comente sobre a Remessa necessária, correição e pedido de reconsideração. Remessa necessária consiste na necessidade, imposta por lei, de que a sentença, para tornar- se eficaz, seja reexaminada pelo tribunal, ainda que não tenha havido nenhum recurso das partes. É condição indispensável para que possa transitar em julgado. Correição é a medida administrativa de natureza disciplinar, para a hipótese de o juiz, por meio de uma decisão, promover a inversão tumultuaria do processo. Pedido de reconsideração não tem previsão legal, mas é formulado com frequência, Já previsto como lei, não se obriga ao reexame da questão suscitada. O questionamento mais interessante que suscita é o de saber se o juiz pode reconsiderar e até quando pode fazê-lo. 20)Que são efeitos dos recursos? Os efeitos decorrem de Lei? Justifique. São as consequências que o processo sofre com a sua interposição. Não decorrem da vontade das partes ou do juiz, mas de determinação legal. É a lei que estabelece quais os efeitos de que um recurso é dotado 21)Conceitue precedente judicial. Precedente judicial é a decisão judicial tomada em um caso concreto, que pode servir como exemplo para outros julgamentos similares. 22)Conceitue súmula e enunciadode súmula. Súmula: é o resumo da jurisprudência predominante e pacifica de determinado tribunal. Sua finalidade precipua é ser um farol de tal compreensão jurisprudencial, proporcionando, ainda, estabilidade ao ordenamento. Enunciado de Súmula: é apenas um verbete que expressa determinado posicionamento constante da Súmula. 23)De acordo com o código de processo civil, quais os precedentes considerados obrigatórios? Qual o artigo? O CPC, em rol taxativo, no artigo 927 estabeleceu quais decisões geram precedentes. São elas: as decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade; as súmulas vinculantes; os acórdãos em incidente de assunção de competência (IAC) ou de resolução de demandas repetitivas (IRDR) e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; as súmulas do STF em matéria constitucional e do STJ em matéria infraconstitucional e a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. 24)Quais as atribuições de um relator? Ao relator cabe estudar o caso, firmar seu entendimento, para, então, elaborar o relatório e levar o caso a julgamento, a fim de, na correspondente sessão, expor os detalhes aos seus pares, emitindo seu voto. O relator é o magistrado em segunda instancia a quem, mediante sorteio é distribuído o processo, incumbindo-lhe emitir o relatório do caso e submeter o feito ao julgamento de seus pares, além de emitir seu voto, com suas razões de decidir acerca do assunto analisado. 25)Para aferição da tempestividade de recurso interposto pelo correio, qual a data a ser considerada. Pesquise. O artigo 1.003 do CPC/73 estabelece o seguinte: "para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem". 26) É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos? Justifique. Sim, de acordo com o artigo 1007 §3º diz que é dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos. 27)O que vê a ser deserção? Deserção de recurso processual é o abandono do recurso pelo recorrente, caracterizado pela falta de preparo no prazo legal. 28)Indique quais os processos de competência originária dos Tribunais e comente sobre cada um deles. Reclamação - "Fora do sistema recursal, mas com possibilidade de produzir efeitos análogos aos do recurso, a Constituição instituiu, no âmbito da competência originária do STF e STJ, a figura da reclamação, cujo procedimento veio a ser disciplinado pela Lei nº 8.038, de 28/05/1990. Trata-se de remédio processual que, na dicção dos arts. 102,1, "I" e 105, I, "f", da Lei Maior, se presta a aparelhar a parte com um mecanismo processual adequado para denunciar àquelas Cortes Superiores atos ou decisões ofensivos à sua competência ou à autoridade de suas decisões (...) O novo CPC, na esteira do entendimento do STJ e STF, ampliou, agora por lei processual federal, a possibilidade de interposição da reclamação para qualquer tribunal, atribuindo o seu julgamento ao órgãos jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir" AÇÃO RESCISÓRIA- "O que caracteriza o recurso é ser, na lição de Pontes de Miranda, 'uma impugnativa dentro da mesma relação jurídico-processual da resolução judicial que se impugna. Só cabem recursos, outrossim, enquanto não verificado o trânsito em julgado da sentença. Operada a coisa julgada, a sentença torna-se imutável e indiscutível para as partes do processo (CPC, Art.502). Mas a sentença, tal como ocorre com qualquer outro ato jurídico, pode conter um vício ou uma nulidade. Seria iniquidade privar o interessado de um remédio para sanar o prejuízo sofrido. É por isso que a ordem jurídica não deixa esse mal sem terapêutica. E, quando a sentença é nula, por uma das razões qualificadas em lei, concede-se ao interessado ação para pleitear a declaração de nulidade" Coisa julgada: efeito de imutabilidade de uma decisão. Material: abarca o mérito, impedindo sua rediscussão. Formal: impede o ajuizamento de outra ação nos mesmos moldes, mas, uma decisão transitada em julgado pode, ainda assim, conter algum vício, por vezes muito grave. Para isso, existe a ação rescisória, que tem como foco retirar o efeito de imutabilidade. Não é um recurso, é uma nova ação, de competência originária, proposta direto nos Tribunais Homologação de decisão estrangeira: " Dispõe o art.961 do NCPGque 'a decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias'. Ressalvou, contudo, a hipótese de existir disposição em sentido contrário em lei ou tratado". Para que uma decisão estrangeira tenha validade no Brasil, precisa ser homologada. Só serão analisados os requisitos formais da decisão. Juízo de delibação (feito pelo STJ) "Verifica-se, por meio desse crivo por que passa o julgado, se está ele regular quanto à forma, à autenticidade, à competência dos órgãos prolator, bem como se penetra na substância da sentença para apurar se, frente ao direito nacional, não houve ofensa à ordem pública e aos bons costumes" "Não há revisão de mérito do julgado. Pela homologação, o Estado não indaga da justiça ou injustiça da sentença estrangeira; verifica apenas se preenche determinadas condições, frente às quais a nacionaliza e lhe confere no seu território" Conflito de competência - "A cada causa corresponde a competência de um juiz ou tribunal. Vários órgãos judiciários, no entanto, podem ser convocados a atuar sucessivamente, em graus hierárquicos diversos num mesmo processo, em razão do recurso interposto pela parte ou mesmo ex officio, nos casos de duplo grau de jurisdição necessário. Mas é inadmissível que, simultaneamente, mais de um órgão judiciário seja igualmente competente para processar e julgar a mesma causa" pode ser positivo ou negativo. Será positivo quando diversos juízes competentes para um mesmo processo e negativo quando todos se recursam a funcionar o feito Incidente de arguição de inconstitucionalidade - "No direito brasileiro, o controle de constitucionalidade das leis é feito de duas maneiras distintas pelo Poder Judiciário: pelo controle incidental e pelo controle direto. Dá-se o primeiro quando qualquer órgão judicial, ao decidir alguma causa de sua competência, tenha que apreciar, como preliminar, a questão da constitucionalidade da norma legal invocada pela parte. A segunda espécie de controle é da competência apenas do STF e dos Tribunais dos Estados e refere-se à apreciação da lei em tese. Aqui, o vício inconstitucionalidade é diretamente declarado, como objeto de ação especifica; por isso, fala- se em ação declaratória de inconstitucionalidade" Casos que alegação de inconstitucionalidade de forma difusa. Alega-se que algo é inconstitucional em processos concretos 29)No tocante aos recursos é correto afirmar que: a)Os recursos, por sua natureza devolutiva, impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. b) O recorrente poderá, a qualquer tempo mesmo sem anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. c) A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. d) De acordo com as normas processuais vigentes, não cabe recurso contra despachos exarados. e) Durante o prazo para interposição do recurso, se houver o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente o prazo depois da intimação. 30)Joana e Fátima citadas em uma demanda indenizatória proposta por Pedro, sob o rito comum. Após a audiência de mediação, que restou infrutífera, apenas Joana constituiu advogado, que apresentou contestação.O juiz decretou a revelia de Fátima e, finda a fase instrutória, julgou procedente o pedido formulado por Pedro em face de ambas as rés. Joana para interpor recurso de apelação deverá verificar o prazo: a) 10 dias b) Simples de 15 dias úteis. c) Dobrado de 20 dias úteis d) Dobrado de 30 dias úteis. e) Dobrado de 30 dias corrido. 31) Situação hipotética: Na interposição de recurso especial, o recorrente não juntou documento comprobatório de feriado local durante o prazo, o que seria necessário para atestar a tempestividade de seu recurso. Assertiva: Nesse caso, segundo o Superior Tribunal de Justiça, o relator deverá conceder prazo para a juntada de documento de comprovação do feriado para sanar o vício. • Certo • Errado 32)Paulo ajuizou ação de cobrança contra Pedro, julgada procedente em primeiro grau de jurisdição. O processo tramita pelo meio eletrônico. Inconformado com a r. sentença Pedro apresenta recurso de apelação dentro do prazo legal, mas não comprova no ato da interposição do recurso, o recolhimento do preparo. Neste caso: a)-O magistrado deverá aplicar imediatamente a pena de deserção à Pedro. b) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro do valor do preparo, dispensado o porte de remessa e retorno, sob pena de deserção. c) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para recolher o valor do preparo, inclusive porte de remessa e retorno, sob pena de deserção. d) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro do valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. e) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para recolher o valor preparo, dispensado o porte de número e retorno, sob pena de deserção. Bom estudo! QUESTIONÁRIO DE PROCESSO Civil III. V2. 01)- Quais os pressupostos de admissibilidade do recurso de apelação? Redigir um pequeno texto, sobre esse recurso. O recurso de apelação é prevista nos artigos 1.009 a 1.014 do CPC, é um recurso cabível contra sentença proferida por juiz de primeira instância a fim de reformá-la ou invalidá-la. O recurso de apelação será interposto, em 15 dias úteis, contra a sentença desfavorável ao recorrente. Divide-se tal recurso em parte de mérito e parte preliminar, em que devemos nos atentar a atacar as decisões interlocutórias que não comportaram agravo de instrumento, para na ocasião do recurso de apelação se buscar a reforma ou a nulidade da decisão interlocutória prejudicial. Ademais, o recurso de apelação deve ser preparado, isto é: recolhidas as custas necessárias e comprovado o recolhimento, sob pena de não conhecimento do recurso de apelação por deserção(desrespeito a um dos pressupostos extrínsecos). Podemos esquematizar o procedimento atinente ao recurso de apelação do seguinte modo: 1. Interposição do recurso de apelação no primeiro grau; 2. Recebido o recurso de apelação, deverá o juiz atribuir a este os efeitos conforme taxados na lei (regra da suspensividade); 2. Recebido o recurso de apelação, deverá o juiz atribuir a este os efeitos conforme taxados na lei (regra da suspensividade); 3. Ato contínuo, o juiz intimará o apelado para, em 15 dias úteis, apresentar contrarrazões do recurso de apelação. 4. Caso em sede de preliminar das contrarrazões do recurso de apelação, o apelado requeira a revisão de decisões interlocutórias que não suportaram recurso de agravo de instrumento, deverá o juiz intimar o apelante para se manifestar em 15 dias úteis acerca do alegado. 5. Depois de juntados o recurso de apelação, as contrarrazões e a possível resposta às contrarrazões, deverá o juiz remeter os autos ao Tribunal competente. Cumpre mencionar que, segundo o CPC/15, ao juízo de primeiro grau não compete fazer qualquer juízo prévio de admissibilidade 6. Recebidos os autos no Tribunal competente, tem-se o sorteio do relator. 7. Se for o caso de decisão monocrática, o relator julgará, sozinho, o recurso de apelação. Podendo, todavia, a parte prejudicada opor agravo interno para levar a decisão à análise do Colegiado. 8. Não sendo caso de decisão monocrática, o relator deverá elaborar seu voto, expondo o resumo dos fatos e os fundamentos de seu voto, para - por fim - votar pelo conhecimento ou não do recurso de apelação e se conhecido, pelo provimento ou não deste. Vale mencionar que não haverá revisão do relatório. De sorte que depois de confeccionado, já se põe na mesa para julgamento no órgão Colegiado. Por fim, vale mencionar que o CPC/15 simplifica a técnica para o pedido de concessão de efeito diferenciado do recurso de apelação, de modo que basta ao requerente fazer uma petição simples dirigida ao Tribunal competente, justificando a razão para a atribuição do efeito diferenciado. De tal modo, se o pedido de concessão de efeito diferenciado for feito entre a interposição do recurso de apelação e a remessa dos autos ao Tribunal, a petição deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal, que promoverá o sorteio de um relator: este deferirá ou não o pedido de efeito diferenciado e ficará prevento para julgar o recurso de apelação quando os autos chegarem ao Tribunal. Mas, se os autos com o recurso de apelação já estiverem no Tribunal, a petição simples de pedido de concessão de efeito diferenciado deverá ser dirigida ao relator do recurso de apelação. Os requisitos de admissibilidade se dividem em duas categorias: 02) Existe preparo no recurso adesivo? Justifique sua resposta. Se o recurso exigir preparo, mas o recorrente principal, por circunstâncias pessoais (for beneficiário da justiça gratuita, p. ex.), estiver liberado de fazê-lo, o recorrente adesivo não terá, por isso, esse benefício'. Nesse caso, as exigências para o recurso independente e para o recurso adesivo são as mesmas, mas o recorrente principal, por características personalíssimas, está dispensado do preparo. Tais circunstâncias, que são personalíssimas e justamente por isso, não se transferem para o recorrente adesivo. 03)Comente sobre o processamento do recurso adesivo. O recurso adesivo é aquele que faculta ao recorrido interpor recurso fora do prazo normal, pois este, não tinha inicialmente a intenção de recorrer, entretanto, em virtude de recurso interposto pela parte contrária, apresenta em peça autônoma, porém, juntamente com as contra-razões, o recurso adesivo que irá contestar apenas a parte da decisão em que foi sucumbente. Requisitos do recurso adesivo: O recurso adesivo não é admitido se a parte já manejou o seu recurso de forma independente, ainda que esse recurso não tenha abarcado a totalidade da sucumbência na decisão recorrida, ainda que tenha sido intempestivo ou irregular. Sucumbência reciproca dos litigantes: Previsto no artigo 997 § 1° do CPC, tem como primeiro requisito a sucumbência reciproca dos litigantes: "§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro". Cabimento: restrito à apelação, ao recurso extredinário e ao recurso especial, por força do artigo 997 § 2°, II. Cabe também quando o recurso ordinário constitucional fizer as vezes de apelação (art. 1.027, II, "b", CPC) nos casos de ações propostas por Município ou pessoa residente no Brasil em face de Estado estrangeiro ou de organismo internacional (CF/88, art. 109, II). O recurso que foi interposto de forma adesiva fica subordinado ao recurso independente da outra parte, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras quanto aos requisitos de admissibilidade, inclusive prazo e preparo, conforme previsão do § 2º do artigo 997. 04) Dê o conceito de recurso de apelação, verificando o pedido de reapreciação das decisões interlocutórias, em que não cabe recurso. (extinto agravo retido). A apelação é o recurso processual previsto para ser interposto contra a sentença proferida por juiz de primeiro grau, com ou sem resoluçãode mérito (art. 1.009 do CPC). Busca a reforma ou a invalidação da sentenças. A Apelação pode ser interposta no processo de conhecimento, cautelar e de execução, seguindo os procedimentos comuns, ou seja, ordinário ou sumário, ou algum procedimento especial. É um instrumento processual destinado a corrigir erro de forma (vício no procedimento) ou reexaminar provas. É um recurso de cognição ampla. Uma observação, nos juizados especiais não é cabível recurso de apelação. Cabe sim recurso inominado no prazo de dez dias. Contudo o novo C PC de 2015 estabelece novo prazo de quinze dias. Algumas exceções à interposição da Apelação são -Sentença proferida por juiz federal de primeiro grau que julga causa entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no país (artigo 105, inciso II, alínea "c" da CF/1988. -Sentença que julga execução fiscal com valor inferior a cinquenta Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN (art. 34 da Lei nº 6.830/1980). -Sentença prolatada em ação civil nos juizados especiais cíveis (art. 41 da Lei nº 9.099/95). Sentença que decreta a falência cabe agravo (art. 100 da Lei nº 11.101/2005) -Sentença que homologa conciliação judicial, não cabendo quaisquer recursos. 05)O rol constante do artigo 1015, é considerado taxativo? Justifique sua resposta. Sim. Ele é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. 06) Enumere os requisitos de admissibilidade do recurso de apelação. Pesquise. Intrínsecos: Tem-se por requisitos intrínsecos, aqueles ligados a essência das partes, devem ser analisados no caso concreto para que se aufira ser cabível o recurso contra a decisão que se pretende impugnar, atestar que a parte possui legitimidade recursal, interesse nas modalidades adequação, necessidade e utilidade de interpor o recurso e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. Classificação: A) Cabimento: Trata-se de requisito bem delineado por Araken de Assis como aquele em que: "avalia-se a aptidão do ato para sofrer impugnação e o recurso adequado". Tendo por parâmetro a taxatividade recursal, determinada decisão somente poderá ser combatida por uma única espécie de recurso, dentre as elencadas no art. 994 do CPC/15, em atenção também a unicidade recursal. Assim, o caminho normal do processo é pela existência de pelo menos um ato judicial, geralmente final, que não seja passível de recurso, por formar a coisa julgada, sendo esta irrecorrível. B) Legitimidade: Em termos de legitimidade o CPC/15 trás como legitimados as partes, o terceiro juridicamente interessado e o ministério público, seja atuando como custos legis, seja, obviamente, quando atua como parte. A ideia de sucumbência para adquirir legitimidade recursal passou por sensível mudança, não sendo a mera sucumbência do direito material que gera a legitimidade recursal, mas qualquer circunstância, inclusive de ordem processual, que possibilite uma melhoria da condição do possível recorrente. C) Interesse de Recorrer: Haverá interesse para recorrer sempre que o julgamento por Tribunal de Segunda Instância puder produzir melhoria na situação jurídica do recorrente, devendo ser: útil (possibilitar situação mais favorável ao recorrente) e necessário (o recurso deverá ser o mecanismo essencial para a reforma ou revisão da decisão a quo). D) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer: Analisaremos aqui fatos praticados pelo recorrente antes ou depois da interposição do recurso que impedem ou extinguem o Definidos pela legislação, os fatos extintivos impedem que o recurso seja interposto, sendo divididos em: a) Renúncia: é ato unilateral da parte, exercido antes da interposição do recurso, independendo da aceitação da outra parte, não podendo ser revogada, exigindo, para a sua validade, requisitos de validade e eficácia dos negócios jurídicos em geral, devendo ser expressa e dirigida ao juízo presença dos prolator da decisão; b) Aquiescência: trata-se da aceitação, tácita ou expressamente, a qualquer momento, dos termos da decisão pela parte sucumbente no todo ou em parte, sendo negócio jurídico unilateral que independe da manifestação de vontade da outra parte, devendo ser feita antes da interposição do recurso. Extrinsecos: São requisitos intimamente ligados ao modo de exercer o recurso, podendo-se a) Tempestividade: tem-se por tempestivo o recurso interposto dentro do prazo legal, sem que haja a coisa julgada formal ou material da decisão objeto de recurso. Com exceção aos embargos de declaração, interpostos no prazo de 5 dias, os demais recursos serão tempestivos quando protocolados nos 15 dias subsequentes a intimação da parte. Especificamente em relação a Fazenda Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública terão prazo em dobro em todas as suas manifestações, seja para recorrer ou contrarrazoar. b) Preparo: é o valor financeiro a ser dispensado pela parte recorrente para ter seu apelo analisado quanto ao conhecimento e possivelmente ao mérito, referindo-se ao valor necessário para que a máquina estatal do Poder Judiciário seja movimentada. Marinoni define: "Preparar o recurso significa adiantar a quantia necessária para fazer frente aos gastos financeiros oriundo da interposição do recurso." A Fazenda Pública e o Ministério Público são dispensados do preparo. A insuficiência no valor do preparo somente importará deserção quando, intimado pessoalmente, o recorrente não saná la em 5 dias. Na interposição, quando o recorrente não comprovar o preparo, mesmo que insuficiente, será intimado para recolher o valor em dobro, sob pena de deserto. Quando houver dúvida fundada no recolhimento do preparo, tendo em vista a primazia do julgamento de mérito, caberá ao relator conceder prazo para que o recorrente possa sanar o vício. c) Regularidade formal: por imposição legal, o recurso terá forma rígida, com quatro requisitos formais básicos: petição escrita, identificação das partes, motivação e, por fim, pedido de reforma, invalidação, esclarecimento ou integração da decisão alvo de recurso. A petição será escrita e dirigida, via de regra, ao órgão prolator da decisão, com razões em anexo ao Tribunal ad quem, com exceções ao agravo de instrumento interposto já no segundo grau e aos embargos de declaração interposto e julgado pelo prolator da decisão embargada. A fundamentação recursal consiste em demonstrar os 07) Quais os efeitos para o recurso de apelação? Existem exceções? Quando a apelação é recebida com efeito suspensivo, suspende-se o procedimento e envia-se a câmara recursal, destarte não pode a parte executar tal decisão prolatada. Mas quando o efeito é devolutivo, nada se impede que a parte possa exercer seu direito e pedir execução de sentença nos próprios autos. As exceções constam no art. 1.012, § 1º, do Código de Processo Civil. Note-as: "Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:l - homologa divisão ou demarcação de terras;ll - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;VI - decreta a interdição." 08) Há possibilidade de inovar no recurso de apelação? Justifique sua resposta. Não se pode inovar no recurso-é dito rotineiramente. Na realidade, não se pode inovar em qualquer fase processual, ressalvadas as exceções legais (por exemplo, fatos novos, aquiescência do outro litigante ou questões de ordem pública: artigos: 339, 342 e 487 do CPC). 09) Como se dá o processamento da apelaçãoem primeira instância? E em segunda instância. Relate. Interposto o recurso de apelação, o juiz determinará a intimação do apelado para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, apresentar suas contrarrazões. No mesmo prazo o apelado poderá recorrer adesivamente, hipótese em que o juiz mandará intimar o apelante para contrarrazões. O Código de Processo Civil não prevê expressamente o prazo de 15 (quinze) dias para interposição do recurso adesivo, o que é dispensável haja vista o exigido pelos princípios da isonomia e da igualdade processual. Atendidas todas as formalidades - constantes dos §§ 1º e 2º do artigo 1.010-os autos serão remetidos ao tribunal independentemente de qualquer juízo preliminar de admissibilidade (§ 3º). Na vigência do Código Buzaid, ao juízo a quo era atribuída a análise preliminar relativa à admissibilidade do recurso de apelação, cujo reexame competia ao tribunal. Além disto, pela legislação revogada o juiz estava autorizado a rejeitar liminarmente o recurso se a sentença estivesse em conformidade com súmulas do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça. Assim, se o magistrado prolator da sentença decidisse que o recurso de apelação era inadmissível, ou o rejeitasse liminarmente, ao apelante cabia interpor agravo de instrumento. Nota-se que eliminando uma decisão e eventual recurso contra ela, a Lei nº 13.105/2015 prestigiou a celeridade do processo, atribuindo exclusivamente ao tribunal a competência para decidir sobre a admissibilidade do recurso (art. 932, III). Consequentemente, atendidas as regras dos §§ 1º e 2º do artigo 1.010 do Código de Processo Civil, deverá o juiz, sem mais delongas, remeter o processo ao tribunal, e surgindo qualquer obstáculo à respectiva remessa, o apelante deverá se utilizar da reclamação (artigo988, CPC). 10) Comente sobre o art. 942 do código de processo civil. Faça um pequeno texto explicativo. Caput: O CPC/73 previa o chamado 'embargos infringentes', cuja utilidade era fazer o voto minoritário, em um novo julgamento com aplicação do colegiado. Todavia, o novo CPC substituiu o instituto criando uma sessão especial de julgamento caso haja voto divergente. Ressalte-se que, não é necessário que as partes requeiram o novo julgamento, pois diante de voto minoritário, automaticamente os autos serão colocados em pauta. Sendo assim, caso o resultado da apelação seja não unânime, não poderá o Presidente do órgão colegiado proclamar desde logo o resultado. O julgamento, neste caso, deverá prosseguir em outra sessão, a ser designada, com a presença de outros julgadores, que serão convocados em termos previamente definidos no regimento interno do tribunal, em número para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicialmente alcançado, assegurado às partes e a eventuais terceiros intervenientes o direito de apresentar nova sustentação oral perante os novos integrantes da turma julgadora. O dispositivo aumento as hipóteses em que será necessária a instauração dessa sessão especial. Súmulas: 390 do STJ, 293 do STF, Súmula 455 do STF. 11) Comente sobre o processamento do recurso de apelação em caso de Improcedência de plano. 285 A. Ocorrerá na situação em que o autor ingressar com uma demanda e naquele juízo já houver julgado um litígio do mesmo tipo, porém para que isso ocorra necessário verificar alguns aspectos, quais sejam, que a sentença seja de total improcedência para o autor (porque neste caso o réu não terá nenhum prejuízo); que naquele juízo tenha havido julgamento de ação idêntica para servir de fundamento a esta, cumpre salientar que necessariamente esta ação com os mesmos fundamentos seja daquele juízo em que o juiz exerce sua jurisdição, e o último dos requisitos é que, necessariamente, a matéria discutida seja de Direito e não de fato, pois de fatos o réu deverá defender-se pelos meios de provas e se eventualmente o réu não tiver oportunidade para tal haverá afronta a principios constitucionais como o da ampla defesa e contraditório, portanto tratando-se de matéria de direito o autor terá condições de demonstrar o pleito através de documentos. Por fim, como previsto no parágrafo 1º do artigo 285 - A, o autor terá condições de apelar da decisão neste caso o juiz poderá se retratar em 5 (cinco) dias e a ação seguirá normalmente, e caso o juiz decida em mantê-la o réu será citado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. 12) Quando é possível o cabimento do agravo de instrumento? É um recurso interposto contra decisões interlocutórias, isto é, que não se enquadrem na descrição de sentença. De acordo com o artigo 1015, cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica: alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do artigo 373, § 19; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Vale destacar que embora o rol seja considerado taxativo, este traz a possibilidade de abarcar outros casos definidos em lei, ou seja, podem haver outras decisões interlocutórias recorríveis pelo agravo de instrumento, desde que previstas expressamente na legislação. 13) Analise as situações previstas no art. 1015 do CPC. O dispositivo traz o rol de hipóteses em que caberá o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias. Trata-se de rol taxativo, a fim de evitar os agravos interpostos somente para procrastinar o feito. Nesse sentido, o CPC adota o princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias, ou seja, prevalece que as decisões sejam impugnadas através da apelação. Todavia, se a interlocutória puder causar grave dano de difícil reparação ao bem da vida pretendido, que não possa esperar para ser impugnado via preliminar de apelação, o jurisdicionado poderá, dentro das situações previstas na lei, agravar a decisão. Seguindo a mesma sistemática do processo de conhecimento, as decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, processo de execução e processo de inventário, também caberão agravo de instrumento. 14) Redija um pequeno texto sobre processamento do recurso de Agravo de Instrumento. O agravo de instrumento é um recurso que pretende obter a reforma das decisões chamadas de interlocutórias. São aquelas decisões que não encerram o processo, mas têm poder em questões pontuais em cada caso. Um exemplo claro é quando, dentro de uma decisão interlocutória, uma das partes pede para usar seu benefício para que tenha acesso à justiça gratuita e o juiz a nega. Desta forma, a parte atingida pode entrar com o Agravo de Instrumento para que o Tribunal de Justiça de seu estado possa intervir no caso para que o juiz em questão conceda o benefício de gratuidade. 15) Em que situação poderá ser interposto O agravo Interno? O art. 1.021 do CPC estabelece que o agravo interno é cabível contra decisão proferida pelo relator. Sua leitura pode, então, gerar a impressão de que este recurso só pode ser empregado como meio destinado a impugnar decisões monocráticas, unipessoais,proferidas pelos relatores. Ao relator incumbe proferir uma série de decisões unipessoais, monocráticas. Algumas delas estão expressamente previstas no CPC, mas também há casos expressos em disposições normativas contidas em outras leis. Outras decisões monocráticas podem ser proferidas pelo relator, porém, não obstante não haja expressa menção a elas em textos legais. 16) É possível o juízo de retratação no agravo de instrumento? Justifique. No caso do agravo de instrumento, não há previsão legal do momento próprio para que o juiz a quo exerça o juízo de retratação. A lei dispõe, tão-somente, que "se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo" (art. 529 do CPC). 17) Comente sobre a regularidade formal do agravo de instrumento verificando todos os artigos. Artigo 1015 - O dispositivo traz o rol de hipóteses em que caberá o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias. Trata-se de rol taxativo, a fim de evitar os agravos interpostos somente para procrastinar o feito. Nesse sentido, o CPC adota o princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias, ou seja, prevalece que as decisões sejam impugnadas através da apelação. Todavia, se a interlocutória puder causar grave dano de difícil reparação ao bem da vida pretendido, que não possa esperar para ser impugnado via preliminar de apelação, o jurisdicionado poderá, dentro das situações previstas na lei, agravar a decisão. Seguindo a mesma sistemática do processo de conhecimento, as decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, processo de execução e processo de inventário, também caberão agravo de Instrumento. Artigo 1016 O preceito trata dos requisites que o agravo de instrumento deverá preencher para que tenha regularidade formal. Neste sentido: "A norma contida no artigo 524, III, do Código de Processo Civil visa permitir que o agravado seja intimado a se defenda. Dessa forma, se o agravante deixar de indiciar o nome e endereço do advogado do litisconsorte passivo, e não do agravado, não pode o judiciário ser tão rigoroso e negar seguimento ao agravo de instrumento". 18) Quais os requisitos, cabimento e efeitos dos Embargos de declaração? Além do prazo, que é de 05 (cinco) dias, segundo determina o art. 535 do CPC, a lel determina que a decisão deve padecer de omissão, contradição, ou obscuridade. A omissão pode ser explicada como a ausência de pronunciamento judicial, por algum lapso, sobre algum ponto que devia ter se pronunciado. A contradição há um defeito no pronunciamento, ou seja, o magistrado manifesta idélas contrárias a respeito da decisão analisada, e dessa forma, a parte irá pedir para que o magistrado explicite qual das posições é a que será assumida. Na obscuridade, por sua vez, o magistrado não deixa claro qual seria a sua posição em relação à questão controvertida. Pela leitura da decisão, ou de algum ponto especifico, a parte tem dúvidas a cerca da real posição do magistrado, em virtude de uma manifestação confusa. Assim, através dos Embargos, a parte pede ao magistrado que esclareça o seu posicionamento. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 1 - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; Il-suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de oficio ou a requerimento: Ill-corrigir erro material. Efeitos devolutivo e interruptivo de prazos recursals: 1. Efeito devolutivo - O primeiro dos efeitos dos embargos de declaração è impedir o trânsito em julgado da decisão embargada. Por um lado, como se verá a seguir, eles interrompem o prazo para a interposição de outros recurso eventualmente cabivels. Por outro, eles reabrem a possibilidade de alguma reapreciação da decisão - ainda que nos estritos limites da função dos embargos declaratórios: (1) esclarecer a decisão, eliminando-lhe obscuridades ou contradições: (i) integrar a decisão, suprindo-lhe omissões; ou (ii) corrigir erros materiais contidos na decisão. 2. Efeito Interruptivo de prazos recursals - Os embargos tém ainda efeito interruptivo do prazo para a interposição de outros recursos eventualmente cabivels contra a decisão. Uma vez interpostos, interrompem-se os prazos para a interposição dos demais recursos, por qualquer das partes (art. 1.026, caput, segunda parte). Note-se, aqui, que se trata do fenômeno da interrupção: os prazos começam a contar de novo, desde o início, a partir da intimação da decisão dos 19) Discorra sobre o efeito modificativo dos embargos de declaração. Há necessidade nesse caso de contraditório? A discordância que houver será apenas a respeito dos limites de modificabilidade nas decisões com a utilização dos embargos declaratórios, assunto sobre o qual Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery discorreram com profundidade. Para eles os embargos declaratórios podem provocar o efeito modificativo nos seguintes casos: suprimento de omissão, esclarecimento de contradição e correção de erro. Esses juristas entendem que a modificação do julgado normalmente é uma decorrência natural da apreciação dos embargos declaratórios quando em caso de suprimentos de omissão ou eliminação de contradição. A novidade do posicionamento é a possibilidade de os embargos declaratórios corrigirem erro judicial, o que é ainda um ponto polêmico na doutrina. 20) Os embargos de declaração é um recurso de primeiro e segundo grau? Justifique sua resposta. Sim, os embargos de declaração podem ser conceituados como o recurso que visa ao esclarecimento ou à integração de uma decisão judicial. Esta deve ser compreendida como qualquer ato decisório, incluindo-se neste conceito a sentença, o acórdão e a decisão interlocutória. 21) Quais os recursos extremos ou de superposição que temos? Especiais: Também conhecido como REsp, o recurso especial tem por objetivo manter a hegemonia das leis federais e proteger o direito objetivo. É o instrumento processual utilizado para contestar, em face do Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma decisão determinada por um Tribunal Estadual ou um Tribunal Regional Federal. Extraordinários: Também conhecido como REX, o recurso extraordinário tem a função de rebater decisão que contrarie a CF/88. O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão do Poder Judiciário responsável pelo controle da constitucionalidade, e por resguardar as normas constitucionais e seus princípios fundamentais. 22) Em que situação podemos interpor recurso Especial e Extraordinário? Primeiramente deve-se dizer que o Recurso Especial e o Recurso Extraordinário são recursos são de fundamentação restrita, ou seja, fundamentação inerente apenas à ofensa à matéria constitucional ou à legislação federal. Além disso, a interposição de tais recursos depende de prequestionamento, ou seja, uma alegação levantada anteriormente pela parte recorrente sobre a eventual lesão para que o recurso seja admitido. Esses requisitos diferenciados de admissibilidade reflete a grande preocupação da legislação de forma a evitar o uso incorreto destes recursos, que devem ser tidos como excepcionais. Além disso, o uso indiscriminado destes recursos poderiam sobrecarregar o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. 23) Quais os pressupostos para admissibilidade dos recursos Especial e extraordinário? Notadamente, o recurso extraordinário e o recurso especial são meios de impugnação excepcionais, com efeito devolutivo estrito, que visam obter a apresentação de uma pauta de conduta à interpretação correta do texto constitucional ou do texto infraconstitucional federal, missão essa exercida com caráter paradigmático pelo STF e STJ. São pressupostos intrínsecos de admissibilidade: o cabimento, a legitimidade recursal, o São pressupostos extrínsecos tintivo do direito de recorrer. de 12 páginasQaridade formal. 24) Quais matérias são tratadas em recurso Especial e Extraordinário? São comuns ao recurso especial e ao recurso extraordinário a necessidade de esgotamento das vias ordinárias e o prequestionamento da matéria. O recurso extraordinário, porém, apresenta um terceiro requisito: a repercussão geral, tratada no art. 102, § 3º, da Constituição e no art. 1.035 do CPC/2015. Os requisitos específicos dos recursos excepcionais, considerando-se aqueles que são comuns aos dois recursos (RE e REsp), defluem do Texto Constitucional (arts. 102, III, e 105, III). 25) Qual o prazo para interposição de Recurso Especial e Extraordinário? De acordo com o artigo 1030 do CPC estabelece que, uma vez interposto o recurso especial e/ou recurso extraordinário, o recorrido deve ser intimado para responder no prazo de 15 dias. 26) Comente sobre o procedimento do recurso Especial e Extraordinário. O procedimento a observar na tramitação do recurso especial é, em regra, o mesmo previsto para o recurso extraordinário, as diferenças surgem no que se refere aos pressupostos particulares da repercussão geral, no caso do extraordinário, e às peculiaridades das causas repetitivas, no âmbito do recurso especial. As petições dos recursos deverão conter: exposição do fato e do direito: deve o recorrente descrever os fatos ocorridos e correlacionar com a norma jurídica; demonstração do cabimento do recurso interposto; neste ponto, deve o recorrente demonstrar que preencheu os requisitos gerais de interposição do recurso (por exemplo: cabimento, tempestividade, preparo, etc.) além da observância dos requisitos especiais (prequestionamento, repercussão geral, etc.). Não é facultativa a demonstração do cabimento, mas obrigatória. As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida: o recorrente deve demonstrar de forma cabal ao tribunal as razões pelas quais acredita que o recurso deva ser provido, de forma a reformar ou invalidar a decisão. 27) Qual a finalidade os Embargos de Divergência? Fale sobre o processamento do mesmo. O recurso de embargos de divergência foi criado com a finalidade de uniformizar a jurisprudência interna do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. No Superior Tribunal de Justiça, o recurso de embargos de divergência é cabível quando o acórdão de Turma ou de Seção divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, ou seja, de Turma, da Seção ou da Corte Especial. No Supremo Tribunal Federal, os embargos de divergência são cabíveis quando o acórdão divergir do julgamento de Turma ou Plenário. A previsão específica dos embargos de divergência encontra-se nos artigo 1.043 e 1.044 do atual Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015). Os embargos de divergência servem para impugnar decisão colegiada e não cabem embargos de divergência contra decisão singular de Ministro Relator. "Portanto, pode-se concluir que os embargos de divergência não são cabíveis contra decisão monocrática. Por conseguinte, o recurso de embargos de divergência apenas encontra cabimento para impugnar as manifestações colegiadas". 28) O que vem a ser afetação? Pesquise. Afetação é "a decisão proferida pelo relator que, feita a seleção dos recursos paradigmas e preenchidos os demais requisitos do art. 1.036, caput, do CPC, identificará com precisão a questão juridica a ser submetida a julgamento, determinando a suspensão do todos os processos que versem sobre a mesma questão, coletivos ou individuais, que tramitem em território nacional" (GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios). 29) Quando é cabível recurso Especial E Extraordinário? As hipóteses de cabimento do recurso especial e do recurso extraordinário estão previstas na Constituição Federal, nos artigos 102 (recurso extraordinário) e 105 (recurso especial). O recurso extraordinário tem como objeto questões de direito constitucional, enquanto que o recurso especial se volta para análise de questões de direito infraconstitucional Federal. Caso venha a ser admitido, o recurso especial é julgado pelo Superior Tribunal de Justiça; enquanto que o julgamento do recurso extraordinário, após ser admitido, compete ao Supremo Tribunal Federal. O artigo 1.029 do CPC/15 deixa claro que os referidos recursos devem ser interpostos em petições distintas perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, demonstrando-se: (1) a exposição dos fatos e das razões de direito; (ii) a demonstração do cabimento do recurso Interposto; (i) as razões de reforma ou de anulação da decisão recorrida. 30) Comente sobre o processamento do Recurso Ordinário Constitucional. Fundamentação: Artigos 102, inciso II, alinea "a"; e 105, inciso II, alíneas "a" e "b", da CF e artigos 30 a 35, da Lei nº 8.038/90. É o recurso cabivel contra decisão denegatória de habeas corpus ou mandado de segurança, proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior, Portanto, pode ser interposto perante o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. A interposição do recurso deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão denegatória. As razões recursais deverão estar anexadas à petição de interposição, devendo ser dirigidas ao STF ou STJ, conforme o caso. 31) O que vem a ser prequestionamento e repercussão geral no recurso Extraordinário? Pequise. No do prequestionamento da matéria constitucional, o recorrente deve arguir a controvérsia constitucional em todas as instâncias, de forma que a matéria já tenha sido discutida pelos demais órgãos jurisdicionais antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal. O recorrente demonstre no recurso extraordinário a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Esse requisito da demonstração da repercussão geral dos recursos extraordinários visa selecionar os recursos que realmente tenham uma importância para toda a sociedade e, não apenas, ao caso individual. CERTIFICADOS
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