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Sistema Genital Feminino - Ovogênese

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Sistema Genital Feminino – 
Gametogênese 
Yasmin Azevedo Neves 
Anatomia do Sistema Reprodutor e 
Urinário Feminino 
(Genitália externa e interna, tubas 
uterinas, ureteres, bexiga e uretra) 
Breve Introdução: Os órgãos genitais femininos 
preparam-se para dar suporte ao embrião em 
desenvolvimento durante a gravidez. Os órgãos 
femininos sofrem mudanças de acordo com o ciclo 
reprodutivo, o ciclo menstrual, que dura em média 28 
dias. Os órgãos genitais femininos primários são os 
ovários produtores de óvulos. Os ductos acessórios 
incluem as tubas uterinas, onde normalmente ocorre a 
fertilização; o útero, onde o embrião se desenvolve; e 
a vagina, que age como canal de parto e recebe o 
pênis durante o intercurso sexual. 
Externamente presencia-se: 
- Monte do púbis onde têm os pelos pubianos, o 
monte do púbis é uma almofada gordurosa que 
repousa sobre a sínfise púbica. Após a puberdade, 
os pelos púbicos cobrem a pele dessa área. 
- Grandes lábios que é a parte mais externa da 
vulva, os lábios maiores envolvem outras duas 
pregas finas e sem pelos chamadas lábios 
menores, que delimitam um espaço chamado 
vestíbulo (“hall de entrada”), que abriga os óstios 
(aberturas) externos da uretra e da vagina. 
- Pequenos lábios que fica mais internamente. 
- Clitóris localizado no ponto de encontro dos 
lábios menores, consiste em uma raiz e um 
pequeno corpo cilíndrico formado por dois 
corpos cavernosos e a glande do clitóris, que 
fica na parte superior, o clitóris (“colina”), uma 
estrutura saliente composta basicamente de 
tecido erétil sensível ao toque e que incha com 
sangue durante a estimulação sexual. O clitóris é 
homólogo ao pênis, tendo glande e corpo (embora 
não exista uretra em seu interior). É encapuzado por 
uma prega de pele, o prepúcio do clitóris, 
formado pela junção anterior dos dois lábios 
menores. 
– Vestíbulo da vagina é o espaço circundado 
pelos lábios menores no qual se abrem os óstios 
da uretra e da vagina. 
- Orifício externo da uretra 
- Períneo feminino é uma região em forma de 
diamante (losangular). 
- Região anal 
Internamente presencia-se: 
- Vagina é um tubo musculomembranáceo 
distensível, serve como canal para a líquido 
menstrual, canal de parto, recebe o pênis e o 
sêmen; situa-se posteriormente a bexiga e a uretra. 
- Útero é um órgão muscular oco com paredes 
espessas onde o embrião e feto se desenvolvem 
que se localiza na cavidade pélvica, em posição 
anterior ao reto e posterossuperior à bexiga urinária, 
pode ser dividido em duas partes principais 
(corpo e colo). 
- Tubas uterinas conduzem os ovócitos que são 
liberados mensalmente de um ovário, é um local 
habitual de fertilização. 
- Ovários são os pares de ovários em forma de 
amêndoa, localizado lateralmente ao útero. As 
superfícies dos ovários são lisas nas meninas, mas 
após a puberdade elas adquirem cicatrizes e 
depressões decorrentes da liberação mensal 
dos óvulos, local onde se desenvolve os 
gametas femininos e também produzem os 
hormônios sexuais femininos. 
 
 
TUBA UTERINA: As tubas uterinas recebem o 
ovócito, sendo o local da fertilização. Cada 
tuba uterina inicia-se lateralmente perto de um 
ovário e termina medialmente, onde se abre na 
parte superior do útero. As tubas uterinas estão 
presas à parte superior do corpo do útero e seus 
óstios se abrem na cavidade uterina. É dividida em 
porções, regiões. 
- Poção parte uterina que é mais próxima do útero 
com o seu óstio interno que permitirá a passagem 
do óvulo. 
- Porção do istmo que faz a ligação da parte 
uterina com a ampola. 
- Porção ampola que é a maior porção da tuba 
uterina que faz a curva. 
- Porção infundíbulo que se presencia uma 
ampliação da tuba uterina permitindo maior 
facilidade de captação do óvulo. 
OBS: As fímbrias, numerosas pregas digitiformes da 
mucosa, com 1 mm de largura, estão presas às 
extremidades do infundíbulo e se estendem a partir 
de sua circunferência interna para além da parede 
muscular da tuba. Uma dessas fímbrias, a fímbria 
ovariana, é mais longa e mais profundamente 
ramificada do que as outras, e encontra-se 
tipicamente aplicada ao polo tubário do ovário. No 
momento da ovulação, as fímbrias incham e se 
estendem como resultado do ingurgitamento dos 
vasos na lâmina própria, que auxilia na captura do 
ovócito liberado. Todas as fímbrias, assim como a 
mucosa que reveste toda a extensão das tubas, são 
recobertas por um epitélio simples cilíndrico ciliado 
cujos cílios batem em direção à ampola. 
 
URETERES: A urina, coletada dos cálices renais e 
esvaziada na pelve renal, sai dos rins através dos 
ureteres. Os ureteres são tubos delgados, com 
aproximadamente 25 cm de comprimento, que 
transportam a urina dos rins para a bexiga. Cada 
ureter começa superiormente, no nível de L II, como 
uma continuação da pelve renal. A partir daí, ele 
desce na posição retroperitoneal através do 
abdome. 
 
Os ureteres desempenham um papel ativo no 
transporte da urina. A distensão do ureter pela 
entrada da urina estimula sua musculatura a 
contrair, estabelecendo ondas peristálticas que 
impelem a urina para a bexiga. Isso significa que a 
urina não chega à bexiga apenas por gravidade. 
Embora os ureteres sejam inervados por fibras 
nervosassimpáticas e parassimpáticas, o controle 
neural da peristalse parecer insignificante comparado 
à resposta de estiramento local do músculo liso 
ureteral. 
BEXIGA: A bexiga urinária é um reservatório cujo 
tamanho, posição e relações variam de acordo 
com seu conteúdo e o estado das vísceras 
vizinhas. Quando a bexiga está vazia, localiza-se 
inteiramente na pelve menor, mas quando se 
distende, expande-se anterossuperiormente na 
cavidade abdominal. A bexiga vazia tem formato 
tetraédrico e apresenta um fundo, um colo, um 
ápice, uma face superior e duas faces 
inferolaterais. O fundo da bexiga é triangular e 
localizado posteroinferiormente. Nas mulheres, está 
intimamente relacionado com a parede anterior 
da vagina. O colo, localizado mais inferiormente, é 
mais fixo e logo acima do plano da abertura inferior 
da pelve menor. O colo da bexiga é essencialmente 
o óstio interno da uretra, que se encontra em uma 
posição constante, independentemente da variação 
de posição da bexiga, nas mulheres, está 
relacionado com a fáscia pélvica, que circunda a 
parte superior da uretra. 
 
URETRA FEMININA: A uretra feminina tem 
aproximadamente 4 cm de comprimento e 6 mm 
de diâmetro. Inicia-se no óstio interno da uretra 
na bexiga urinária. Está suspensa atrás do púbis 
por ligamentos pubovesicais, e anteriormente 
pelo ligamento suspensor do clitóris. Atravessa a 
membrana do períneo e normalmente termina no 
óstio externo da uretra, no vestíbulo da vagina. 
Algumas vezes abre-se na parede anterior da vagina. 
Exceto durante a passagem da urina, as paredes 
anterior e posterior da uretra estão justapostas e o 
epitélio é elevado em pregas longitudinais, uma das 
quais, na parede posterior do canal, é denominada 
de crista uretral. Muitas pequenas glândulas uretrais 
mucosas e pequenas depressões semelhantes a 
recessos ou lacunas abrem-se na uretra e podem dar 
origem a um divertículo uretral. De cada lado, próximo 
da extremidade inferior da uretra, diversas dessas 
glândulas (glândulas de Skene) estão agrupadas e 
se abrem no ducto parauretral: cada ducto corre 
para baixo, no tecido mucoso, e termina em uma 
pequena abertura na margem lateral do óstio 
externo da uretra. 
 
 
 
Histologia do Sistema Reprodutor e 
Urinário Feminino 
(Ovários, tubas uterinas, útero e bexiga) 
OVÁRIOS: Os ovários têm a forma de amêndoas. 
A sua superfície é coberta por um epitélio 
pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio 
germinativo. 
 
Sob o epitélio germinativo há uma camada de 
tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que 
é responsável pela cor esbranquiçada do 
ovário. Abaixo da túnica albugínea há uma 
região chamada cortical, na qual predominam os 
folículos ovarianos. Folículo é o conjunto do 
ovócito e das células que o envolvem. Os folículos 
se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da 
região cortical, o qual contém fibroblastos 
dispostos em um arranjo muito característico, 
formando redemoinhos. Esses fibroblastos 
respondem a estímulos hormonais de um modo 
diferente dos fibroblastos de outras regiões do 
organismo. A parte mais interna do ovário é a 
região medular, que contém tecido conjuntivo 
frouxo com um rico leito vascular. O limite entre a 
região cortical e a medular não é muito distinto. 
 
TUBAS UTERINAS: As tubas uterinas (ovidutos, 
antigamente denominadas trompas de Falópio) são 
dois tubos musculares de grande mobilidade, 
medindo cada um aproximadamente 12 cm de 
comprimento. 
 
Uma de suas extremidades – o infundíbulo – abre-
se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e tem 
prolongamentos em forma de franjas chamados 
fímbrias; a outra extremidade – denominada 
intramural – atravessa a parede do útero e se 
abre no interior deste órgão. A parede da tuba 
uterina é composta de três camadas: 
(1) uma mucosa; 
(2) uma espessa camada muscular de músculo liso 
disposto em uma camada circular ou espiral 
interna e uma camada longitudinal externa; 
(3) uma serosa formada de um folheto visceral de 
peritônio. 
A mucosa tem dobras longitudinais que são muito 
numerosas na ampola. Em razão dessas pregas, o 
lúmen da ampola se assemelha a um labirinto em 
seções transversais da tuba. 
 
Essas dobras tornam-se menores nos segmentos 
da tuba mais próximos ao útero. Na porção 
intramural, as dobras são reduzidas a pequenas 
protuberâncias e a superfície interna da mucosa é 
quase lisa. A mucosa é formada por um epitélio 
colunar simples e por uma lâmina própria de 
tecido conjuntivo frouxo. O epitélio contém dois 
tipos de células, um é ciliado e o outro é 
secretor. 
 
No momento da ovulação, a tuba uterina exibe 
movimentos ativos decorrentes de sua musculatura 
lisa, e a extremidade afunilada da ampola (com 
numerosas fímbrias) se coloca muito perto da 
superfície do ovário. Isso favorece a captação do 
ovócito que foi ovulado. A secreção tem funções 
nutritivas e protetoras em relação ao ovócito. A 
secreção também promove ativação 
(capacitação) dos espermatozoides. 
ÚTERO: O útero tem a forma de uma pera, em que 
o corpo do útero é a porção dilatada cuja parte 
superior, em forma de cúpula, é chamada fundo 
do útero; a sua porção estreitada, que se abre 
na vagina, é a cérvice ou colo uterino. A parede 
do útero é relativamente espessa e formada por 
três camadas. Externamente há uma delgada 
serosa – constituída de mesotélio e tecido 
conjuntivo – ou, dependendo da porção do órgão, 
uma adventícia – constituída de tecido conjuntivo 
sem revestimento de mesotélio. As outras camadas 
uterinas são o miométrio, uma espessa camada 
de músculo liso, e o endométrio, ou mucosa 
uterina revestindo a cavidade uterina. 
– Miométrio: O miométrio, a camada mais espessa 
do útero, é composto de pacotes ou grandes 
feixes de fibras musculares lisas separadas por 
tecido conjuntivo. Os pacotes de músculo liso se 
distribuem em quatro camadas não muito bem 
definidas. A primeira e a quarta camadas são 
compostas principalmente de fibras dispostas 
longitudinalmente, isto é, paralelas ao eixo longo 
do órgão. Pelas camadas intermediárias passam 
os grandes vasos sanguíneos que irrigam o 
órgão. Durante a gravidez o miométrio passa por 
um período de grande crescimento como 
resultado de hiperplasia (aumento no número de 
células musculares lisas) e hipertrofia (aumento 
no tamanho das células). Durante esta fase, muitas 
células musculares lisas adquirem características 
ultraestruturais de células secretoras de proteínas e 
sintetizam ativamente colágeno, cuja quantidade 
aumenta significantemente no útero. Após a gravidez 
há degeneração de algumas células musculares lisas, 
redução no tamanho de outras e degradação 
enzimática de colágeno. O útero reduz seu tamanho 
para as dimensões aproximadas de antes da 
gravidez. 
– Endométrio: O endométrio consiste em um 
epitélio e uma lâmina própria que contém 
glândulas tubulares simples que às vezes se 
ramificam nas porções mais profundas (próximo 
do miométrio). As células que revestem a cavidade 
uterina se organizam em um epitélio simples 
colunar formado por células ciliadas e células 
secretoras. O epitélio das glândulas uterinas é 
semelhante ao epitélio superficial, mas células 
ciliadas são raras no interior das glândulas. O tecido 
conjuntivo da lâmina própria é rico em 
fibroblastos e contém abundantematriz 
extracelular. As fibras de tecido conjuntivo são 
constituídas principalmente de colágeno de tipo III. O 
endométrio pode ser subdividido em duas 
camadas que não podem ser bem delimitadas 
morfologicamente: (1) a camada basal, mais 
profunda, adjacente ao miométrio, constituída por 
tecido conjuntivo e pela porção inicial das 
glândulas uterinas; (2) a camada funcional, formada 
pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina 
própria, pela porção final e desembocadura das 
glândulas e também pelo epitélio superficial. 
Enquanto a camada funcional sofre mudanças 
intensas durante os ciclos menstruais, a basal 
permanece quase inalterada. Os vasos sanguíneos 
que irrigam o endométrio são muito importantes para 
o fenômeno cíclico de perda de parte do 
endométrio durante a menstruação. Das artérias 
arqueadas, que se orientam circunferencialmente nas 
camadas médias do miométrio, partem dois grupos 
de artérias que proveem sangue para o endométrio: 
as artérias retas, que irrigam a camada basal, e as 
artérias espirais, que irrigam a camada funcional. 
 
BEXIGA: A bexiga e as vias urinárias armazenam a 
urina formada pelos rins por algum tempo e a 
conduzem para o exterior. Os cálices, a pélvis, o 
ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, 
embora a parede se torne gradualmente mais 
espessa no sentido da bexiga. 
 
A mucosa é formada por um epitélio de transição 
e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo 
que varia do frouxo ao denso. As células mais 
superficiais do epitélio de transição são 
responsáveis pela barreira osmótica entre a 
urina e os fluidos teciduais. Nestas células, a 
membrana plasmática em contato com a urina é 
especializada, apresentando placas espessas 
separadas por faixas de membrana mais 
delgada. Quando a bexiga se esvazia, a 
membrana se dobra nas regiões delgadas, e as 
placas espessas se invaginam e se enrolam, 
formando vesículas fusiformes, que permanecem 
próximo à superfície celular. Ao se encher 
novamente, sua parede se distende e ocorre um 
processo inverso, com transformação das 
vesículas citoplasmáticas fusiformes em placas 
que se inserem na membrana, aumentando a 
superfície das células. Esta membrana plasmática 
especial é sintetizada no complexo de Golgi e tem 
uma composição química peculiar: os cerebrosídeos 
constituem o principal componente da fração dos 
lipídios polares. A túnica muscular é formada por 
uma camada longitudinal interna e uma circular 
externa. A partir da porção inferior do ureter 
aparece uma camada longitudinal externa. Essas 
camadas musculares são mal definidas. Na parte 
proximal da uretra, a musculatura da bexiga forma o 
seu esfíncter interno. O ureter atravessa a parede da 
bexiga obliquamente, de modo que se forma uma 
válvula que impede o refluxo de urina. A parte do 
ureter colocada na parede da bexiga mostra 
apenas músculo longitudinal, cuja contração abre a 
válvula e facilita a passagem de urina do ureter para 
a bexiga. As vias urinárias são envolvidas 
externamente por uma membrana adventícia, exceto 
a parte superior da bexiga, que é coberta por 
membrana serosa (peritônio). 
 
 
Processo de Gametogênese 
(Ovogênese e desenvolvimento folicular) 
A gametogênese (formação dos gametas) é o 
processo de formação e desenvolvimento das 
células germinativas especializadas, os gametas 
(ovócitos/espermatozoides) a partir de células 
precursoras bipotentes. Esse processo, que 
envolve os cromossomos e o citoplasma dos 
gametas, prepara essas células para a 
fecundação. Durante a gametogênese, o número 
de cromossomos é reduzido pela metade e a forma 
das células é alterada. 
* Gametogênese feminina. No ovário 
embrionário, as células germinativas são 
chamadas de ovogônias. A ovogônia completa 
a mitose e o estágio de duplicação do DNA da 
meiose no quinto mês de desenvolvimento fetal, 
dando origem aos ovócitos primários (4n) 2 . Ao 
nascimento, cada ovário contém cerca de meio 
milhão de ovócitos primários. As melhores evidências 
indicam que, neste momento, a mitose das células 
germinativas cessa e nenhum ovócito adicional 
pode ser formado. No ovário, a meiose não é 
retomada até a puberdade 3 . Se um ovócito 
primário se desenvolve, ele divide-se em duas 
células, um grande ovo (ovócito secundário) e 
um pequeno primeiro corpúsculo polar. Apesar da 
diferença de tamanho, tanto o ovócito secundário 
como o corpúsculo polar contêm 23 
cromossomos duplicados (2n). O primeiro 
corpúsculo polar degenera. Se o ovócito 
secundário é selecionado para a ovulação, a 
segunda divisão meiótica ocorre imediatamente 
antes de o ovócito ser liberado do ovário 4 . As 
cromátides-irmãs separam-se, mas a meiose é 
interrompida mais uma vez. A etapa final da meiose, 
na qual cada cromátide-irmã vai para células 
separadas, não ocorre se o ovócito não for 
fertilizado. O ovário libera o ovócito maduro 
durante um processo chamado de ovulação. Se 
o ovócito não for fertilizado, a meiose nunca será 
completada, e o ovócito degenera 5 . Se houver a 
fertilização por um espermatozoide, o passo final 
da meiose ocorre 6 . Metade das cromátides-
irmãs permanece no ovo fertilizado (zigoto), ao 
passo que a outra metade é liberada no 
segundo corpúsculo polar (1n). O segundo 
corpúsculo polar, assim como o primeiro, degenera. 
Como resultado da meiose, cada ovócito 
primário dá origem a somente um ovo. 
 
 
Um cromossomo é definido pela presença de um 
centrômero, uma constrição de uma porção do 
cromossomo. Antes da replicação do DNA na fase 
S do ciclo celular, os cromossomos existem como 
cromossomos de cromátide única. Uma cromátide 
(um dos dois filamentos do cromossomo) consiste em 
filamentos paralelos de DNA. Após a replicação 
do DNA, os cromossomos tornam-se cromossomos 
de cromátides duplas. O espermatozoide e o 
ovócito (gametas masculino e feminino) são 
células sexuais altamente especializadas. Cada 
uma dessas células contém a metade do número 
de cromossomos (número haploide) presentes 
nas células somáticas (as células do corpo). O 
número de cromossomos é reduzido durante a 
meiose, um tipo especial de divisão celular que 
ocorre somente durante a gametogênese. A 
maturação dos gametas é chamada de 
espermatogênese no sexo masculino e de 
ovogênese no sexo feminino. O ritmo dos eventos 
durante a meiose difere nos dois sexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em ambos os sexos, as células germinativas das 
gônadas embrionárias primeiro sofrem uma série 
de divisões mitóticas que aumentam o seu número 
1. Após, as células germinativas estão prontas 
para sofrer meiose, o processo de divisão celular 
que forma os gametas. No primeiro passo da 
meiose 2, o DNA das células germinativas (2n) é 
replicado até que cada cromossomo seja 
duplicado (46 cromossomos duplicados = 92 
cromossomos). A célula, agora chamada de 
espermatócito primário ou ovócito primário, contém 
duas vezes a quantidade normal de DNA (4n). 
Entretanto, a divisão da célula e dos cromossomos 
não ocorre como na mitose. Em vez disso, cada 
cromossomo duplicado forma duas cromátides-
irmãs idênticas, unidas em uma região conhecida 
como centrômero. Os gametas primários, então, 
estão prontos para sofrer divisões meióticas e 
dar origem às células haploides. Na primeira 
divisão meiótica 3, um gameta primário divide-se em 
dois gametas secundários (espermatócito secundário 
ou ovócito secundário). Cada gameta secundário 
recebe uma cópia de cada autossomo 
duplicado mais um cromossomosexual (2n). Na 
segunda divisão meiótica 4, as cromátides-irmãs 
separam-se. Nos homens, as células dividem-se 
durante a segunda divisão meiótica, originando dois 
espermatozoides haploides (1n) a partir de cada 
espermatócito secundário. Nas mulheres, a segunda 
divisão meiótica dá origem a um ovócito e a uma 
pequena célula, chamada de corpúsculo polar. 
O que acontece depois depende de se o 
ovócito é fertilizado ou não. O momento das 
divisões mitótica e meiótica é bastante diferente em 
homens e em mulheres. 
* Ovogênese. Os óvulos são produzidos em um 
processo chamado ovogênese (“geração de 
ovos”) que, assim como a espermatogênese, inclui 
as divisões da meiose com redução dos 
cromossomos; no entanto, existem diferenças nítidas 
na temporização e no resultado desses dois 
processos. 
- A ovogênese leva muitos anos para ser concluída. 
No período fetal, células-tronco chamadas 
ovogônias originam o suprimento vitalício de 
ovócitos da mulher, que são detidos em um 
estágio inicial da meiose I aproximadamente na 
hora do parto. Esses ovócitos primários 
permanecem “parados” na meiose I por 
décadas, até serem ovulados de seus folículos. 
Somente em resposta à influência do aumento 
repentino de LH, que sinaliza a ovulação, o 
ovócito primário termina a meiose I e entra na 
meiose II como um ovócito secundário — mas 
depois ele é detido novamente e não conclui a 
meiose II até um espermatozoide penetrar sua 
membrana plasmática. Só após a conclusão da 
meiose II o ovócito é chamado tecnicamente de ovo. 
- A ovogênese produz um único óvulo. A ovogênese 
produz normalmente quatro células-filhas: o 
grande óvulo e três células menores chamadas 
corpos polares. Isso acontece porque durante a 
divisão celular a maior parte do citoplasma 
permanece com uma única célula-filha, a que 
será o óvulo definitivo. As outras três células, os 
corpos polares, contêm o DNA primário. Os 
corpos polares degeneram rapidamente, sem 
serem fertilizados ou contribuírem para o embrião 
em desenvolvimento. 
 
ARTIGO DO APG: Gravidez tardia: relações entre 
características sociodemográficas, gestacionais 
e apoio social. 
Artigo de 2016. Gravidez tardia é a gestação 
que ocorre na faixa etária de 35 anos ou mais. 
O objetivo geral foi averiguar possíveis relações 
entre o apoio social e variáveis 
sociodemográficas e gestacionais em gestantes 
tardias. A pesquisa é considerada descritiva 
e de corte transversal, foi realizada com 150 
gestantes tardias em Unidades Básicas de 
Saúde. Os instrumentos utilizados foram: 
Questionário Estruturado (dados 
sociodemográficos e gestacionais) e a Escala 
de Apoio Social. A maioria das gestantes 
apresentou baixa renda e escolaridade, tinha 
em média 37,5 anos de idade, além de não ter 
planejado a gravidez (60,7%). Resultado foi a 
média de idade das gestantes entrevistadas foi 
37,5. A idade materna após os 35 anos tem sido 
apontada pela literatura como um fator de risco 
para a saúde da mãe e do bebê. A maioria das 
gestantes (44%) se encontrava em uma união 
estável, seguida pelo estado civil casada com 
36,7%, ou seja, mais de 80% delas tinham um 
companheiro. Em eventos de vida importantes 
como a gravidez, em que ocorre em maior ou 
menor grau transformações físicas e emocionais, 
o apoio social pode representar um recurso 
inestimável no desenvolvimento de uma gestação 
saudável. Portanto, as propriedades benéficas 
do apoio social global e de suas dimensões 
podem ser refletidas em fatores da vida e 
relacionadas à saúde subjetiva das pessoas.

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