Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema Genital Feminino – Gametogênese Yasmin Azevedo Neves Anatomia do Sistema Reprodutor e Urinário Feminino (Genitália externa e interna, tubas uterinas, ureteres, bexiga e uretra) Breve Introdução: Os órgãos genitais femininos preparam-se para dar suporte ao embrião em desenvolvimento durante a gravidez. Os órgãos femininos sofrem mudanças de acordo com o ciclo reprodutivo, o ciclo menstrual, que dura em média 28 dias. Os órgãos genitais femininos primários são os ovários produtores de óvulos. Os ductos acessórios incluem as tubas uterinas, onde normalmente ocorre a fertilização; o útero, onde o embrião se desenvolve; e a vagina, que age como canal de parto e recebe o pênis durante o intercurso sexual. Externamente presencia-se: - Monte do púbis onde têm os pelos pubianos, o monte do púbis é uma almofada gordurosa que repousa sobre a sínfise púbica. Após a puberdade, os pelos púbicos cobrem a pele dessa área. - Grandes lábios que é a parte mais externa da vulva, os lábios maiores envolvem outras duas pregas finas e sem pelos chamadas lábios menores, que delimitam um espaço chamado vestíbulo (“hall de entrada”), que abriga os óstios (aberturas) externos da uretra e da vagina. - Pequenos lábios que fica mais internamente. - Clitóris localizado no ponto de encontro dos lábios menores, consiste em uma raiz e um pequeno corpo cilíndrico formado por dois corpos cavernosos e a glande do clitóris, que fica na parte superior, o clitóris (“colina”), uma estrutura saliente composta basicamente de tecido erétil sensível ao toque e que incha com sangue durante a estimulação sexual. O clitóris é homólogo ao pênis, tendo glande e corpo (embora não exista uretra em seu interior). É encapuzado por uma prega de pele, o prepúcio do clitóris, formado pela junção anterior dos dois lábios menores. – Vestíbulo da vagina é o espaço circundado pelos lábios menores no qual se abrem os óstios da uretra e da vagina. - Orifício externo da uretra - Períneo feminino é uma região em forma de diamante (losangular). - Região anal Internamente presencia-se: - Vagina é um tubo musculomembranáceo distensível, serve como canal para a líquido menstrual, canal de parto, recebe o pênis e o sêmen; situa-se posteriormente a bexiga e a uretra. - Útero é um órgão muscular oco com paredes espessas onde o embrião e feto se desenvolvem que se localiza na cavidade pélvica, em posição anterior ao reto e posterossuperior à bexiga urinária, pode ser dividido em duas partes principais (corpo e colo). - Tubas uterinas conduzem os ovócitos que são liberados mensalmente de um ovário, é um local habitual de fertilização. - Ovários são os pares de ovários em forma de amêndoa, localizado lateralmente ao útero. As superfícies dos ovários são lisas nas meninas, mas após a puberdade elas adquirem cicatrizes e depressões decorrentes da liberação mensal dos óvulos, local onde se desenvolve os gametas femininos e também produzem os hormônios sexuais femininos. TUBA UTERINA: As tubas uterinas recebem o ovócito, sendo o local da fertilização. Cada tuba uterina inicia-se lateralmente perto de um ovário e termina medialmente, onde se abre na parte superior do útero. As tubas uterinas estão presas à parte superior do corpo do útero e seus óstios se abrem na cavidade uterina. É dividida em porções, regiões. - Poção parte uterina que é mais próxima do útero com o seu óstio interno que permitirá a passagem do óvulo. - Porção do istmo que faz a ligação da parte uterina com a ampola. - Porção ampola que é a maior porção da tuba uterina que faz a curva. - Porção infundíbulo que se presencia uma ampliação da tuba uterina permitindo maior facilidade de captação do óvulo. OBS: As fímbrias, numerosas pregas digitiformes da mucosa, com 1 mm de largura, estão presas às extremidades do infundíbulo e se estendem a partir de sua circunferência interna para além da parede muscular da tuba. Uma dessas fímbrias, a fímbria ovariana, é mais longa e mais profundamente ramificada do que as outras, e encontra-se tipicamente aplicada ao polo tubário do ovário. No momento da ovulação, as fímbrias incham e se estendem como resultado do ingurgitamento dos vasos na lâmina própria, que auxilia na captura do ovócito liberado. Todas as fímbrias, assim como a mucosa que reveste toda a extensão das tubas, são recobertas por um epitélio simples cilíndrico ciliado cujos cílios batem em direção à ampola. URETERES: A urina, coletada dos cálices renais e esvaziada na pelve renal, sai dos rins através dos ureteres. Os ureteres são tubos delgados, com aproximadamente 25 cm de comprimento, que transportam a urina dos rins para a bexiga. Cada ureter começa superiormente, no nível de L II, como uma continuação da pelve renal. A partir daí, ele desce na posição retroperitoneal através do abdome. Os ureteres desempenham um papel ativo no transporte da urina. A distensão do ureter pela entrada da urina estimula sua musculatura a contrair, estabelecendo ondas peristálticas que impelem a urina para a bexiga. Isso significa que a urina não chega à bexiga apenas por gravidade. Embora os ureteres sejam inervados por fibras nervosassimpáticas e parassimpáticas, o controle neural da peristalse parecer insignificante comparado à resposta de estiramento local do músculo liso ureteral. BEXIGA: A bexiga urinária é um reservatório cujo tamanho, posição e relações variam de acordo com seu conteúdo e o estado das vísceras vizinhas. Quando a bexiga está vazia, localiza-se inteiramente na pelve menor, mas quando se distende, expande-se anterossuperiormente na cavidade abdominal. A bexiga vazia tem formato tetraédrico e apresenta um fundo, um colo, um ápice, uma face superior e duas faces inferolaterais. O fundo da bexiga é triangular e localizado posteroinferiormente. Nas mulheres, está intimamente relacionado com a parede anterior da vagina. O colo, localizado mais inferiormente, é mais fixo e logo acima do plano da abertura inferior da pelve menor. O colo da bexiga é essencialmente o óstio interno da uretra, que se encontra em uma posição constante, independentemente da variação de posição da bexiga, nas mulheres, está relacionado com a fáscia pélvica, que circunda a parte superior da uretra. URETRA FEMININA: A uretra feminina tem aproximadamente 4 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro. Inicia-se no óstio interno da uretra na bexiga urinária. Está suspensa atrás do púbis por ligamentos pubovesicais, e anteriormente pelo ligamento suspensor do clitóris. Atravessa a membrana do períneo e normalmente termina no óstio externo da uretra, no vestíbulo da vagina. Algumas vezes abre-se na parede anterior da vagina. Exceto durante a passagem da urina, as paredes anterior e posterior da uretra estão justapostas e o epitélio é elevado em pregas longitudinais, uma das quais, na parede posterior do canal, é denominada de crista uretral. Muitas pequenas glândulas uretrais mucosas e pequenas depressões semelhantes a recessos ou lacunas abrem-se na uretra e podem dar origem a um divertículo uretral. De cada lado, próximo da extremidade inferior da uretra, diversas dessas glândulas (glândulas de Skene) estão agrupadas e se abrem no ducto parauretral: cada ducto corre para baixo, no tecido mucoso, e termina em uma pequena abertura na margem lateral do óstio externo da uretra. Histologia do Sistema Reprodutor e Urinário Feminino (Ovários, tubas uterinas, útero e bexiga) OVÁRIOS: Os ovários têm a forma de amêndoas. A sua superfície é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Sob o epitélio germinativo há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que é responsável pela cor esbranquiçada do ovário. Abaixo da túnica albugínea há uma região chamada cortical, na qual predominam os folículos ovarianos. Folículo é o conjunto do ovócito e das células que o envolvem. Os folículos se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região cortical, o qual contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito característico, formando redemoinhos. Esses fibroblastos respondem a estímulos hormonais de um modo diferente dos fibroblastos de outras regiões do organismo. A parte mais interna do ovário é a região medular, que contém tecido conjuntivo frouxo com um rico leito vascular. O limite entre a região cortical e a medular não é muito distinto. TUBAS UTERINAS: As tubas uterinas (ovidutos, antigamente denominadas trompas de Falópio) são dois tubos musculares de grande mobilidade, medindo cada um aproximadamente 12 cm de comprimento. Uma de suas extremidades – o infundíbulo – abre- se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e tem prolongamentos em forma de franjas chamados fímbrias; a outra extremidade – denominada intramural – atravessa a parede do útero e se abre no interior deste órgão. A parede da tuba uterina é composta de três camadas: (1) uma mucosa; (2) uma espessa camada muscular de músculo liso disposto em uma camada circular ou espiral interna e uma camada longitudinal externa; (3) uma serosa formada de um folheto visceral de peritônio. A mucosa tem dobras longitudinais que são muito numerosas na ampola. Em razão dessas pregas, o lúmen da ampola se assemelha a um labirinto em seções transversais da tuba. Essas dobras tornam-se menores nos segmentos da tuba mais próximos ao útero. Na porção intramural, as dobras são reduzidas a pequenas protuberâncias e a superfície interna da mucosa é quase lisa. A mucosa é formada por um epitélio colunar simples e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. O epitélio contém dois tipos de células, um é ciliado e o outro é secretor. No momento da ovulação, a tuba uterina exibe movimentos ativos decorrentes de sua musculatura lisa, e a extremidade afunilada da ampola (com numerosas fímbrias) se coloca muito perto da superfície do ovário. Isso favorece a captação do ovócito que foi ovulado. A secreção tem funções nutritivas e protetoras em relação ao ovócito. A secreção também promove ativação (capacitação) dos espermatozoides. ÚTERO: O útero tem a forma de uma pera, em que o corpo do útero é a porção dilatada cuja parte superior, em forma de cúpula, é chamada fundo do útero; a sua porção estreitada, que se abre na vagina, é a cérvice ou colo uterino. A parede do útero é relativamente espessa e formada por três camadas. Externamente há uma delgada serosa – constituída de mesotélio e tecido conjuntivo – ou, dependendo da porção do órgão, uma adventícia – constituída de tecido conjuntivo sem revestimento de mesotélio. As outras camadas uterinas são o miométrio, uma espessa camada de músculo liso, e o endométrio, ou mucosa uterina revestindo a cavidade uterina. – Miométrio: O miométrio, a camada mais espessa do útero, é composto de pacotes ou grandes feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. Os pacotes de músculo liso se distribuem em quatro camadas não muito bem definidas. A primeira e a quarta camadas são compostas principalmente de fibras dispostas longitudinalmente, isto é, paralelas ao eixo longo do órgão. Pelas camadas intermediárias passam os grandes vasos sanguíneos que irrigam o órgão. Durante a gravidez o miométrio passa por um período de grande crescimento como resultado de hiperplasia (aumento no número de células musculares lisas) e hipertrofia (aumento no tamanho das células). Durante esta fase, muitas células musculares lisas adquirem características ultraestruturais de células secretoras de proteínas e sintetizam ativamente colágeno, cuja quantidade aumenta significantemente no útero. Após a gravidez há degeneração de algumas células musculares lisas, redução no tamanho de outras e degradação enzimática de colágeno. O útero reduz seu tamanho para as dimensões aproximadas de antes da gravidez. – Endométrio: O endométrio consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples que às vezes se ramificam nas porções mais profundas (próximo do miométrio). As células que revestem a cavidade uterina se organizam em um epitélio simples colunar formado por células ciliadas e células secretoras. O epitélio das glândulas uterinas é semelhante ao epitélio superficial, mas células ciliadas são raras no interior das glândulas. O tecido conjuntivo da lâmina própria é rico em fibroblastos e contém abundantematriz extracelular. As fibras de tecido conjuntivo são constituídas principalmente de colágeno de tipo III. O endométrio pode ser subdividido em duas camadas que não podem ser bem delimitadas morfologicamente: (1) a camada basal, mais profunda, adjacente ao miométrio, constituída por tecido conjuntivo e pela porção inicial das glândulas uterinas; (2) a camada funcional, formada pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final e desembocadura das glândulas e também pelo epitélio superficial. Enquanto a camada funcional sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais, a basal permanece quase inalterada. Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são muito importantes para o fenômeno cíclico de perda de parte do endométrio durante a menstruação. Das artérias arqueadas, que se orientam circunferencialmente nas camadas médias do miométrio, partem dois grupos de artérias que proveem sangue para o endométrio: as artérias retas, que irrigam a camada basal, e as artérias espirais, que irrigam a camada funcional. BEXIGA: A bexiga e as vias urinárias armazenam a urina formada pelos rins por algum tempo e a conduzem para o exterior. Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, embora a parede se torne gradualmente mais espessa no sentido da bexiga. A mucosa é formada por um epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo que varia do frouxo ao denso. As células mais superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais. Nestas células, a membrana plasmática em contato com a urina é especializada, apresentando placas espessas separadas por faixas de membrana mais delgada. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões delgadas, e as placas espessas se invaginam e se enrolam, formando vesículas fusiformes, que permanecem próximo à superfície celular. Ao se encher novamente, sua parede se distende e ocorre um processo inverso, com transformação das vesículas citoplasmáticas fusiformes em placas que se inserem na membrana, aumentando a superfície das células. Esta membrana plasmática especial é sintetizada no complexo de Golgi e tem uma composição química peculiar: os cerebrosídeos constituem o principal componente da fração dos lipídios polares. A túnica muscular é formada por uma camada longitudinal interna e uma circular externa. A partir da porção inferior do ureter aparece uma camada longitudinal externa. Essas camadas musculares são mal definidas. Na parte proximal da uretra, a musculatura da bexiga forma o seu esfíncter interno. O ureter atravessa a parede da bexiga obliquamente, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas músculo longitudinal, cuja contração abre a válvula e facilita a passagem de urina do ureter para a bexiga. As vias urinárias são envolvidas externamente por uma membrana adventícia, exceto a parte superior da bexiga, que é coberta por membrana serosa (peritônio). Processo de Gametogênese (Ovogênese e desenvolvimento folicular) A gametogênese (formação dos gametas) é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas, os gametas (ovócitos/espermatozoides) a partir de células precursoras bipotentes. Esse processo, que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara essas células para a fecundação. Durante a gametogênese, o número de cromossomos é reduzido pela metade e a forma das células é alterada. * Gametogênese feminina. No ovário embrionário, as células germinativas são chamadas de ovogônias. A ovogônia completa a mitose e o estágio de duplicação do DNA da meiose no quinto mês de desenvolvimento fetal, dando origem aos ovócitos primários (4n) 2 . Ao nascimento, cada ovário contém cerca de meio milhão de ovócitos primários. As melhores evidências indicam que, neste momento, a mitose das células germinativas cessa e nenhum ovócito adicional pode ser formado. No ovário, a meiose não é retomada até a puberdade 3 . Se um ovócito primário se desenvolve, ele divide-se em duas células, um grande ovo (ovócito secundário) e um pequeno primeiro corpúsculo polar. Apesar da diferença de tamanho, tanto o ovócito secundário como o corpúsculo polar contêm 23 cromossomos duplicados (2n). O primeiro corpúsculo polar degenera. Se o ovócito secundário é selecionado para a ovulação, a segunda divisão meiótica ocorre imediatamente antes de o ovócito ser liberado do ovário 4 . As cromátides-irmãs separam-se, mas a meiose é interrompida mais uma vez. A etapa final da meiose, na qual cada cromátide-irmã vai para células separadas, não ocorre se o ovócito não for fertilizado. O ovário libera o ovócito maduro durante um processo chamado de ovulação. Se o ovócito não for fertilizado, a meiose nunca será completada, e o ovócito degenera 5 . Se houver a fertilização por um espermatozoide, o passo final da meiose ocorre 6 . Metade das cromátides- irmãs permanece no ovo fertilizado (zigoto), ao passo que a outra metade é liberada no segundo corpúsculo polar (1n). O segundo corpúsculo polar, assim como o primeiro, degenera. Como resultado da meiose, cada ovócito primário dá origem a somente um ovo. Um cromossomo é definido pela presença de um centrômero, uma constrição de uma porção do cromossomo. Antes da replicação do DNA na fase S do ciclo celular, os cromossomos existem como cromossomos de cromátide única. Uma cromátide (um dos dois filamentos do cromossomo) consiste em filamentos paralelos de DNA. Após a replicação do DNA, os cromossomos tornam-se cromossomos de cromátides duplas. O espermatozoide e o ovócito (gametas masculino e feminino) são células sexuais altamente especializadas. Cada uma dessas células contém a metade do número de cromossomos (número haploide) presentes nas células somáticas (as células do corpo). O número de cromossomos é reduzido durante a meiose, um tipo especial de divisão celular que ocorre somente durante a gametogênese. A maturação dos gametas é chamada de espermatogênese no sexo masculino e de ovogênese no sexo feminino. O ritmo dos eventos durante a meiose difere nos dois sexos. Em ambos os sexos, as células germinativas das gônadas embrionárias primeiro sofrem uma série de divisões mitóticas que aumentam o seu número 1. Após, as células germinativas estão prontas para sofrer meiose, o processo de divisão celular que forma os gametas. No primeiro passo da meiose 2, o DNA das células germinativas (2n) é replicado até que cada cromossomo seja duplicado (46 cromossomos duplicados = 92 cromossomos). A célula, agora chamada de espermatócito primário ou ovócito primário, contém duas vezes a quantidade normal de DNA (4n). Entretanto, a divisão da célula e dos cromossomos não ocorre como na mitose. Em vez disso, cada cromossomo duplicado forma duas cromátides- irmãs idênticas, unidas em uma região conhecida como centrômero. Os gametas primários, então, estão prontos para sofrer divisões meióticas e dar origem às células haploides. Na primeira divisão meiótica 3, um gameta primário divide-se em dois gametas secundários (espermatócito secundário ou ovócito secundário). Cada gameta secundário recebe uma cópia de cada autossomo duplicado mais um cromossomosexual (2n). Na segunda divisão meiótica 4, as cromátides-irmãs separam-se. Nos homens, as células dividem-se durante a segunda divisão meiótica, originando dois espermatozoides haploides (1n) a partir de cada espermatócito secundário. Nas mulheres, a segunda divisão meiótica dá origem a um ovócito e a uma pequena célula, chamada de corpúsculo polar. O que acontece depois depende de se o ovócito é fertilizado ou não. O momento das divisões mitótica e meiótica é bastante diferente em homens e em mulheres. * Ovogênese. Os óvulos são produzidos em um processo chamado ovogênese (“geração de ovos”) que, assim como a espermatogênese, inclui as divisões da meiose com redução dos cromossomos; no entanto, existem diferenças nítidas na temporização e no resultado desses dois processos. - A ovogênese leva muitos anos para ser concluída. No período fetal, células-tronco chamadas ovogônias originam o suprimento vitalício de ovócitos da mulher, que são detidos em um estágio inicial da meiose I aproximadamente na hora do parto. Esses ovócitos primários permanecem “parados” na meiose I por décadas, até serem ovulados de seus folículos. Somente em resposta à influência do aumento repentino de LH, que sinaliza a ovulação, o ovócito primário termina a meiose I e entra na meiose II como um ovócito secundário — mas depois ele é detido novamente e não conclui a meiose II até um espermatozoide penetrar sua membrana plasmática. Só após a conclusão da meiose II o ovócito é chamado tecnicamente de ovo. - A ovogênese produz um único óvulo. A ovogênese produz normalmente quatro células-filhas: o grande óvulo e três células menores chamadas corpos polares. Isso acontece porque durante a divisão celular a maior parte do citoplasma permanece com uma única célula-filha, a que será o óvulo definitivo. As outras três células, os corpos polares, contêm o DNA primário. Os corpos polares degeneram rapidamente, sem serem fertilizados ou contribuírem para o embrião em desenvolvimento. ARTIGO DO APG: Gravidez tardia: relações entre características sociodemográficas, gestacionais e apoio social. Artigo de 2016. Gravidez tardia é a gestação que ocorre na faixa etária de 35 anos ou mais. O objetivo geral foi averiguar possíveis relações entre o apoio social e variáveis sociodemográficas e gestacionais em gestantes tardias. A pesquisa é considerada descritiva e de corte transversal, foi realizada com 150 gestantes tardias em Unidades Básicas de Saúde. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Estruturado (dados sociodemográficos e gestacionais) e a Escala de Apoio Social. A maioria das gestantes apresentou baixa renda e escolaridade, tinha em média 37,5 anos de idade, além de não ter planejado a gravidez (60,7%). Resultado foi a média de idade das gestantes entrevistadas foi 37,5. A idade materna após os 35 anos tem sido apontada pela literatura como um fator de risco para a saúde da mãe e do bebê. A maioria das gestantes (44%) se encontrava em uma união estável, seguida pelo estado civil casada com 36,7%, ou seja, mais de 80% delas tinham um companheiro. Em eventos de vida importantes como a gravidez, em que ocorre em maior ou menor grau transformações físicas e emocionais, o apoio social pode representar um recurso inestimável no desenvolvimento de uma gestação saudável. Portanto, as propriedades benéficas do apoio social global e de suas dimensões podem ser refletidas em fatores da vida e relacionadas à saúde subjetiva das pessoas.
Compartilhar